Feito esta semana, o anúncio dos indicados à sexta edição do Prêmio APTR de Teatro - relativa às produções que ocuparam os palcos do Rio de Janeiro (RJ) ao longo de 2011 - incluiu o nome de Claudia Netto. Para quem frequenta o teatro carioca, não chegou a ser surpresa a (justa) indicação da artista na categoria Melhor Atriz por seu desempenho como Judy Garland (1922 - 1969) no espetáculo Judy - O Fim do Arco-Íris. Também indicada na mesma categoria da edição carioca do Prêmio Shell de Teatro, Netto colhe os louros por sua performance brilhante nesta peça dramática que, embora reproduza números de shows feitos por Judy, não chega a ser um musical propriamente dito. O texto do dramaturgo inglês Peter Quilter joga luz sobre o crepúsculo da deusa Judy, flagrada em cena já decadente, em Londres, em 1968, na sua última turnê. Às voltas com pílulas e um empresário-amante inescrupuloso, Judy é retratada sem maquiagem no texto encenado no Brasil pela dupla Charles Möeller e Claudio Botelho. Ciente de que encarna a melhor personagem de sua trajetória nos palcos, Claudia Netto - atriz e cantora que ainda não lançou um disco que exponha todo o talento já conhecido por quem frequenta as plateias dos musicais encenados no Rio de Janeiro (RJ) - dá show literalmente. Tanto como atriz quanto como cantora. A ação dramática é entremeada com números dos shows feitos por Judy na capital da Inglaterra nessa fase crepuscular. É quando Netto - vista em cena na foto de Guga Melgar - encarna de forma mais incrível a personagem, soltando sua voz potente em músicas como For Once in My Life, (Ron Miller e Orlando Murden), That’s Entertainment (Arthur Schwartz e Howard Dietz), How Insensitive (versão em inglês de Insensatez, o clássico mundial de Tom Jobim e Vinicius de Moraes que quase ninguém sabia que fazia parte do repertório da cantora norte-americana) e, claro, a seminal Over the Rainbow (Harold Arlen e E.Y. Harburg), tema do filme O Mágico de Oz (1939). Em cena, Claudia Netto é Judy Garland no fim nada glamuroso do arco-íris. Por isso, as duas indicações nos dois prêmios - os mais importantes do teatro carioca - são justas e mais do que merecidas.
Guia jornalístico do mercado fonográfico brasileiro com resenhas de discos, críticas de shows e notícias diárias sobre futuros lançamentos de CDs e DVDs. Do pop à MPB. Do rock ao funk. Do axé ao jazz. Passando por samba, choro, sertanejo, soul, rap, blues, baião, música eletrônica e música erudita. Atualizado diariamente. É proibida a reprodução de qualquer texto ou foto deste site em veículo impresso ou digital - inclusive em redes sociais - sem a prévia autorização do editor Mauro Ferreira.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
6 comentários:
Feito esta semana, o anúncio dos indicados à sexta edição do Prêmio APTR de Teatro - relativa às produções que ocuparam os palcos do Rio de Janeiro (RJ) ao longo de 2011 - incluiu o nome de Claudia Netto. Para quem frequenta o teatro carioca, não chegou a ser surpresa a (justa) indicação da artista na categoria Melhor Atriz por seu desempenho como Judy Garland (1922 - 1969) no espetáculo Judy - O Fim do Arco-Íris. Também indicada na mesma categoria da edição carioca do Prêmio Shell de Teatro, Netto colhe os louros por sua performance brilhante nesta peça dramática que, embora reproduza números de shows feitos por Judy, não chega a ser um musical propriamente dito. O texto do dramaturgo inglês Peter Quilter joga luz sobre o crepúsculo da deusa Judy, flagrada em cena já decadente, em Londres, em 1968, na sua última turnê. Às voltas com pílulas e um empresário-amante inescrupuloso, Judy é retratada sem maquiagem no texto encenado no Brasil pela dupla Charles Möeller e Claudio Botelho. Ciente de que encarna a melhor personagem de sua trajetória nos palcos, Claudia Netto - atriz e cantora que ainda não lançou um disco que exponha todo o talento já conhecido por quem frequenta as plateias dos musicais encenados no Rio de Janeiro (RJ) - dá show literalmente. Tanto como atriz quanto como cantora. A ação dramática é entremeada com números dos shows feitos por Judy na capital da Inglaterra nessa fase crepuscular. É quando Netto - vista em cena na foto de Guga Melgar - encarna de forma mais incrível a personagem, soltando sua voz potente em músicas como For Once in My Life, (Ron Miller e Orlando Murden), That’s Entertainment (Arthur Schwartz e Howard Dietz), How Insensitive (versão em inglês de Insensatez, o clássico mundial de Tom Jobim e Vinicius de Moraes que quase ninguém sabia que fazia parte do repertório da cantora norte-americana) e, claro, a seminal Over the Rainbow (Harold Arlen e E.Y. Harburg), tema do filme O Mágico de Oz (1939). Em cena, Claudia Netto é Judy Garland no fim nada glamuroso do arco-íris. Por isso, as duas indicações nos dois prêmios - os mais importantes do teatro carioca - são justas e mais do que merecidas.
De passagem pelo Rio de Janeiro, tive a oportunidade de assistir a essa performance impagável de Claudia Netto como Judy Garland. Fisicamente nem tão parecida mas com um registro vocal inacreditavelmente idêntico, Claudia leva a platéia ao êxtase total. Além disso o espetáculo tem uma dramaturgia sedutora e bem resolvida. Imperdível
Bem que esse espetáculo poderia sair em CD e quem sabe até em DVD. É uma pena que ótimas peças como essa nunca vem aqui a Belo Horizonte, ficando apenas restrita a Rio e São Paulo. Por que sempre há um preconceito dos produtores de peças teatrais com relação a BH? Será que eles acham que BH não se pode competir com Rio e SP no quesito cultural? É lastimável isso.
E aí, Zé Pedro? Por quê você não aproveita e lança a atriz Cláudia Netto como cantora através de sua gravadora? Bota ela pra cantar umas boas músicas, e quem sabe até participar do projeto dedicado a Guilherme Arantes.
Descobri que a atriz Cláudia Netto já lançou um disco, batizado de "Basta Um Dia", pela Niterói Discos. Porém não sei em que ano o mesmo foi lançado. Vejam os detalhes sobre o disco dela aqui:
http://niteroidiscos.agenciaelipse.com.br/disco/218
Por que o Zé Pedro então não aproveita e lança o segundo álbum dela?
Descobri que o primeiro disco dela é de 2004, conforme dito no site da Niterói Discos.
Postar um comentário