Mauro Ferreira no G1

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sexta-feira, 23 de março de 2012

Humorista que fez graça até em disco, Chico Anysio sai de cena aos 80

Morto aos 80 anos nesta sexta-feira, 23 de março, o humorista Chico Anysio (1931 - 2012) vai ser sempre lembrado pelo talento singular para encarnar os mais variados tipos. Gênio do rádio que migrou para a TV, onde fez fama nacional, Anysio foi um humorista tão completo que fez graça até em disco, sobretudo nos anos 70, década em que gravou e lançou LPs pelas gravadoras Som Livre, CID e Philips. Sem falar que foi também compositor, tendo assinado A Fia de Chico Brito (música gravada por Dolores Duran em 1956) e - em parceria com Nonato Buzar - Rio Antigo, sucesso cult do repertório da cantora Alcione. Derivados do sucessos das personagens vividas por Anysio na televisão, títulos como Azambuja & Cia (1975, CID), Roberval Taylor (1976, CID) e Coalhada - O Craque que Faltou na Seleção (1979, Som Livre - com distribuição restrita ao Sul do Brasil) figuram na fase mais profícua da discografia de Anysio. Antes, em 1962, ele já lançara um LP, Chico Anisio Show, via Philips. Contudo, o maior sucesso do humorista na área musical foi a dupla Baiano e os Novos Caetanos, sátira aos tropicalistas que já no nome tirava sarro de Caetano Veloso e Novos Baianos. O primeiro LP do duo - Baiano e os Novos Caetanos, lançado em 1974 via CID - foi sucesso nacional com a música Vô Batê Pá Tu. Formada por Baiano e Paulinho (personagens vividos por Chico Anysio e Arnauld Rodrigues, respectivamente, no programa humorístico Chico City, exibido pela TV Globo nos anos 70), a dupla levava a música a sério. As letras eram jocosas, mas a moldura instrumental do repertório não faria ninguém rir. A dupla lançou mais três álbuns - Baiano e Os Novos Caetanos 2 (Som Livre, 1975), A Volta (CID, 1982) e Sudamérica (Barclay, 1985) - sem reeditar o sucesso do disco inicial. Gênio, Chico Anysio deixa saudades também na música.

20 comentários:

Mauro Ferreira disse...

Morto aos 80 anos nesta sexta-feira, 23 de março, o humorista Chico Anysio (1931 - 2012) vai ser sempre lembrado pelo talento singular para encarnar os mais variados tipos. Gênio do rádio que migrou para a TV, onde fez fama nacional, Anysio foi um humorista tão completo que fez graça até em disco, sobretudo nos anos 70, década em que gravou e lançou LPs pelas gravadoras Som Livre, CID e Philips. Sem falar que foi também compositor, tendo assinado com Nonato Buzar Rio Antigo, sucesso cult do repertório da cantora Alcione. Derivados do sucessos das personagens vividas por Anysio na televisão, títulos como Azambuja & Cia (1975, CID), Roberval Taylor (1976, CID) e Coalhada - O Craque que Faltou na Seleção (1979, Som Livre - com distribuição restrita ao Sul do Brasil) figuram na fase mais profícua da discografia de Anysio. O maior sucesso do humorista nessa área música foi a dupla Baiano e os Novos Caetanos, sátira aos tropicalistas que já no nome tirava sarro de Caetano Veloso e dos Novos Baianos. O primeiro LP da dupla - Baiano e os Novos Caetanos, lançado em 1974 pela CID - fez sucesso nacional com a música Vô Batê Pá Tu. Formada por Baiano e Paulinho (personagens vividos Chico Anysio e Arnauld Rodrigues, respectivamente, no programa humorístico Chico City, exibido pela TV Globo nos anos 70), a dupla levava a música a sério. As letras eram jocosas, mas a moldura instrumental do repertório não faria ninguém rir. A dupla lançou mais dois álbuns - Baiano e Os Novos Caetanos 2 (Som Livre, 1975) e A Volta (CID, 1982) - sem reeditar o sucesso inicial. Chico Anysio deixa saudades também na música.

Mauro Ferreira disse...

Morto aos 80 anos nesta sexta-feira, 23 de março, o humorista Chico Anysio (1931 - 2012) vai ser sempre lembrado pelo talento singular para encarnar os mais variados tipos. Gênio do rádio que migrou para a TV, onde fez fama nacional, Anysio foi um humorista tão completo que fez graça até em disco, sobretudo nos anos 70, década em que gravou e lançou LPs pelas gravadoras Som Livre, CID e Philips. Sem falar que foi também compositor, tendo assinado com Nonato Buzar Rio Antigo, sucesso cult do repertório da cantora Alcione. Derivados do sucessos das personagens vividas por Anysio na televisão, títulos como Azambuja & Cia (1975, CID), Roberval Taylor (1976, CID) e Coalhada - O Craque que Faltou na Seleção (1979, Som Livre - com distribuição restrita ao Sul do Brasil) figuram na fase mais profícua da discografia de Anysio. O maior sucesso do humorista nessa área musical foi a dupla Baiano e os Novos Caetanos, sátira aos tropicalistas que já no nome tirava sarro de Caetano Veloso e dos Novos Baianos. O primeiro LP da dupla - Baiano e os Novos Caetanos, lançado em 1974 pela CID - fez sucesso nacional com a música Vô Batê Pá Tu. Formada por Baiano e Paulinho (personagens vividos por Chico Anysio e Arnauld Rodrigues, respectivamente, no programa humorístico Chico City, exibido pela TV Globo nos anos 70), a dupla levava a música a sério. As letras eram jocosas, mas a moldura instrumental do repertório não faria ninguém rir. A dupla lançou mais dois álbuns - Baiano e Os Novos Caetanos 2 (Som Livre, 1975) e A Volta (CID, 1982) - sem reeditar o sucesso inicial. Chico Anysio deixa saudades também na música...

Maria disse...

Chico Anysio na minha opnião foi o melhor comediante do Brasil! um cara que criou mais de 200 personagens cada um deles únicos e com vida própria merece todas as homenagens possíveis! pude acompanhar uma parte da sua trajetória e do pouco que eu acompahei me tornei fã! personagens inesquecíveis como Alberto Roberto, Haroldo, Nazareno como também a inesquecível imitação do mestre Gilberto Gil fizeram parte da minha infância e me divertiram bastante Vá em paz, Chico!

Káyon disse...

Os humoristas de hoje perto dele é que são uma piada... de mau gosto. O cara era gênio.

Rafael disse...

Grande humorista, ator, escritor e compositor. Um dos melhores e maiores do humor brasileiro. Ele deve ser colocado lado a lado dos grandes panteões do humor brasileiro. Um mestre, um gênio, um ícone e tudo o mais. Fará grande falta no cenário brasileiro do humor, que atualmente anda raso, sem graça, repetitivo e sem a genialidade de Chico, que inovou o gênero com seu humor peculiar, ácido e envolvente...

Rafael disse...

Muitos desses humoristas de hoje em dia deveriam beber fundo e milhares de vezes dessa fonte que é o Chico. Que agora ele possa descansar em paz, pois sempre será lembrado pelo seu legado, que foi mais do que brilhante. Espero que as gravadoras resolvam lançar o quanto antes uma caixa especial em DVD com todos os discos gravados por ele com áudios remasterizados em alta qualidade, encarte, fotos, e tudo o mais. Que seja relançado tanto os discos dele pelo Baiano & Os Novos Caetanos quanto os discos de humor. Ele merece isso. Criou mais de 400 personagens humorísticos. Uma figura histórica.

Anônimo disse...

Bacana a homenagem, Mauro.
O cara foi gênio.
O maior humorista do país de todos os tempos.
Valeu demais, Chico!

Rafael disse...

O Baiano & Os Novos Caetanos, sátira bem humorada e debochada de Caetano e Os Novos Caetanos. Tanto as músicas quanto as letras são sensacionais, instropectivas, cool e cult. Era uma ótima dupla o Chico e o Arnaud Rodrigues. Vai deixar saudades...

Rafael disse...

Uma correção: Chico e Arnaud lançaram 4 discos como "Baiano & Os Novos Caetanos" e não somente 3 como você afirma dizer na matéria Mauro. Em 1985 eles lançaram pela gravadora Barclay o álbum "Sudamérica", porém com pouca repercussão.

Rafael disse...

Chico também é o compoositor da ótima "A Fia de Chico Brito", gravado pela Dolores Duran num 78 rpm em 1956.

Rafael disse...

Além de Dolores Duran, "A Fia de Chico Brito" foi gravada pela Elis Regina também num compacto duplo de 1971. Até a estrela Dalva de Oliveira e Emilinha Borba gravaram de autoria dele com João Roberto Kelly a belíssima "Rancho da Praça Onze", entre outros artistas. No disco de forró de Dolores Duran, o "Esse Norte É Minha Sorte", há 3 canções dele em parceria com outros compositores e 1 composição solo.

maroca disse...

Augusto Flávio [Juazeiro-Ba] Disse:

Mauro, vc se enganou quando diz que a dupla não reeditou sucesso nos albuns seguinte, pois o disco "A Volta" 1982, foi um estouro de sucesso com as músicas Painho e Cantiga do sapo. Eles também lançaram outro disco, acho que o último da dupla "Sudamérica" 1985 pela Polygram.

Abs!

Mauro Ferreira disse...

Obrigado a todos que apontaram omissões e acrescentaram informações ao texto, escrito em São Paulo (onde fui ver a estreia de Mariana Aydar e onde não tenho acesso ao meu acervo discográfico). Abs, MauroF

Ednei Martins disse...

Uma referência à cultura tão empobrecida e deturpada desse imenso Brasil!

Rafael disse...

Engraçado ver que pouquíssimas pessoas se interessaram aqui em comentar sobre a morte do Chico e de sua importância para o meio artístico... É sinal de que a grande maioria das pessoas que aqui acessam o blog não gostam dele.

Rafael disse...

Complementando: achei que essa notícia aqui iria bombar, porém quase nem foi comentada.

Márcio disse...

Acho que o número de comentários aqui é compatível com o lado compositor/cantor da carreira do artista multimídia pioneiro que foi Chico Anísio. Só tenho em CD o primeiro disco de "Baiano e os Novos Caetanos", e gosto muito do que se ouve ali, particularmente dos arranjos samba rock de algumas faixas. Alguém sabe dizer se os outros discos da dupla saíram no formato CD?

Raphael Vidigal disse...

Rafael, aqui vai minha singela homenagem: http://www.esquinamusical.com.br/literatura-chico-anysio/

Rafael disse...

Raphael,

Meu xará, foi uma singela e bela homenagem de sua parte. Viva Chico!

Abraços.

Raphael Vidigal disse...

Obrigado! Abraços