terça-feira, 13 de março de 2012

Qinho consegue soar pop entre as estranhezas de seu segundo CD solo

Resenha de CD
Título: O Tempo Soa
Artista: Qinho
Gravadora: Oi Música / Bolacha Discos
Cotação: * * *

Segundo disco solo de Qinho, O Tempo Soa flagra o cantor e compositor em momento pop. Marcos Coelho Coutinho, vulgo Qinho, é natural do Rio de Janeiro (RJ) e foi na cidade natal que abriu seu caminho no mercado fonográfico independente. De início, como líder da banda VulgoQinho&OsCara. Depois, já pavimentando trilha individual, lançou Canduras (2009), disco calcado em sua voz opaca e em seu violão. Produzido por Bernardo Palmeira, O Tempo Soa encorpa o som de Qinho com banda sem eliminar as estranhezas de sua música indie, mas acenando cada vez mais forte para a cena pop. Macia Bahia (Qinho), tema introduzido pela cítara pilotada pelo guitarrista Fábio Lima (coprodutor do CD), confirma de cara esse aceno ao abrir o disco com melodia assoviável. Elba Ramalho amacia seu vocal agreste para repaginar com Qinho Morena,  título menos ouvido do cancioneiro de Gonzaguinha (1945 - 1991). O acordeom de Ricardo Rito dá leve sotaque nordestino à faixa sem reeditar toques-clichês do universo forrozeiro. Mais expansiva, a faixa-título O Tempo Soa (Qinho) ostenta guitarras e certo peso de acento roqueiro sem desconstruir de todo a leveza em que se sustenta o disco. Mesmo Assim (Qinho) reitera a salutar estranheza na qual está embebida a brasilidade black do som de Qinho. Troca (Qinho) se banha nessa negritude suingante ao passo que Segredinho (Qinho) - faixa turbinada com a participação bem apropriada de Mart'nália - se insinua sem vulgaridade para as rádios, até mais do que Irmã Forte (Qinho, André Carvalho, Rodrigo Cascardo e Miguel Jost), música gravada por Qinho com Amora Pêra e escolhida para iniciar os trabalhos promocionais do disco. No fim do álbum, Caminhada (Qinho) se diferencia pela intensidade crescente do coro enquanto Coração Gigante (Qinho e Botika) expõe o progressivo burilamento pop da música ainda estranha de Qinho, artista em trânsito por trilha nada óbvia.

4 comentários:

  1. Segundo disco solo de Qinho, O Tempo Soa flagra o cantor e compositor em momento pop. Marcos Coelho Coutinho, vulgo Qinho, é natural do Rio de Janeiro (RJ) e foi na cidade natal que abriu seu caminho no mercado fonográfico independente. De início, como líder da banda VulgoQinho&OsCara. Depois, já pavimentando trilha individual, lançou Canduras (2009), disco calcado em sua voz opaca e em seu violão. Produzido por Bernardo Palmeira, O Tempo Soa encorpa o som de Qinho com banda sem eliminar as estranhezas de sua música indie, mas acenando cada vez mais forte para a cena pop. Macia Bahia (Qinho), tema introduzido pela cítara pilotada pelo guitarrista Fábio Lima (coprodutor do CD), confirma de cara esse aceno ao abrir o disco com melodia assoviável. Elba Ramalho amacia seu vocal agreste para repaginar com Qinho Morena, título menos ouvido do cancioneiro de Gonzaguinha (1945 - 1991). O acordeom de Ricardo Rito dá leve sotaque nordestino à faixa sem reeditar toques-clichês do universo forrozeiro. Mais expansiva, a faixa-título O Tempo Soa (Qinho) ostenta guitarras e certo peso de acento roqueiro sem desconstruir de todo a leveza em que se sustenta o disco. Mesmo Assim (Qinho) reitera a salutar estranheza na qual está embebida a brasilidade black do som de Qinho. Troca (Qinho) se banha nessa negritude suingante ao passo que Segredinho (Qinho) - faixa turbinada com a participação bem apropriada de Mart'nália - se insinua sem vulgaridade para as rádios, até mais do que Irmã Forte (Qinho, André Carvalho, Rodrigo Cascardo e Miguel Jost), música gravada por Qinho com Amora Pêra e escolhida para iniciar os trabalhos promocionais do disco. No fim do álbum, Caminhada (Qinho) se diferencia pela intensidade crescente do coro enquanto Coração Gigante (Qinho e Botika) expõe o progressivo burilamento pop da música ainda estranha de Qinho, artista em trânsito por trilha nada óbvia.

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  2. Compro de olhos fechados! Esse artista é muito manero!

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  3. mais um que não faz a menor diferença pro público, só pra crítico

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  4. Bom saber que Qinho está de trabalho novo na praça. Excelente cantor e compositor. Tem gente que só sabe criticar, para quê deixa comentários no blog então? Como se a opinião negativa dele sobre qualquer coisa fosse valer alguma coisa para quem gosta de música boa de verdade.

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