segunda-feira, 9 de abril de 2012

Batida africana valoriza rap melódico de Baloji em 'Kinshasa Succursale'

Resenha de CD
Título: Kinshasa Succursale
Artista: Baloji
Gravadora: Crammed Discs
Cotação: * * * *

Baloji é um rapper nascido no Congo, mas criado na Bélgica, que faz seu discurso em francês sem jamais renegar a origem africana. É essa batida afro, cheia de suingue, que diferencia e valoriza o rap de Baloji em seu segundo álbum solo, Kinshasa Succursale, lançado no Brasil por conta da recente vinda do artista ao país para série de 11 shows realizados entre 18 de março e 3 de abril de 2012 nas principais cidades nacionais. Kinshasa é a capital da República Democrática do Congo, onde Baloki recrutou músicos locais (Konono No 1, Zaïko Langa-Langa, Royce Mbumba, La Chorale de la Grâce, Bebson de la Rue e Moïse Illunga) para participar do disco. Baloji faz um rap melódico em que o falatório soa mais integrado à música. Sucessor de Hotel Impala (2007), Kinshasa Succursale  mostra em faixas como Congo Eza Ya Biso (Le Secours Populaire) que o rap se harmoniza perfeitamente com o balanço e a musicalidade africana. Mesmo quando a batida do rap de Baloji evoca (de longe) os padrões ditados pelo universo hip hop norte-americano, como em Karibu Ya Bintou, o suingue afro da L'Orchestre de La Katuba faz toda a diferença. Da rumba congolesa ao afro-funk nigeriano, o CD Kinshasa Succursale filtra o rap por mix de estilos africanos numa fusão que renova o fôlego do gênero.

Um comentário:

  1. Baloji é um rapper nascido no Congo, mas criado na Bélgica, que faz seu discurso em francês sem jamais renegar a origem africana. É essa batida afro, cheia de suingue, que diferencia e valoriza o rap de Baloji em seu segundo álbum solo, Kinshasa Succursale, lançado no Brasil por conta da recente vinda do artista ao país para série de 11 shows realizados entre 18 de março e 3 de abril de 2012 nas principais cidades nacionais. Kinshasa é a capital da República Democrática do Congo, onde Baloki recrutou músicos locais (Konono No 1, Zaïko Langa-Langa, Royce Mbumba, La Chorale de la Grâce, Bebson de la Rue e Moïse Illunga) para participar do disco. Baloji faz um rap melódico em que o falatório soa mais integrado à música. Sucessor de Hotel Impala (2007), Kinshasa Succursale mostra em faixas como Congo Eza Ya Biso (Le Secours Populaire) que o rap se harmoniza perfeitamente com o balanço e a musicalidade africana. Mesmo quando a batida do rap de Baloji evoca (de longe) os padrões ditados pelo universo hip hop norte-americano, como em Karibu Ya Bintou, o suingue afro da L'Orchestre de La Katuba faz toda a diferença. Da rumba congolesa ao afro-funk nigeriano, o CD Kinshasa Succursale filtra o rap por mix de estilos africanos numa fusão que renova o fôlego do gênero.

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