Título: Heaven
Artista: Rebecca Ferguson
Gravadora: RCA / Sony Music
Cotação: * * *
Foram tantas as cantoras inglesas projetadas ao longo dos anos 2000 com voz e músicas influenciadas pela soul music norte-americana que fica difícil encontrar qualquer traço de originalidade em Heaven, álbum de estreia da cantora e compositora britânica Rebecca Ferguson. Revelada em 2010 ao participar do programa The X Factor, Ferguson lançou em dezembro de 2011 na Inglaterra este álbum que chega ao Brasil neste mês de maio de 2012 em edição da Sony Music. O disco em si é até bom - em especial na vibrante primeira metade. Ferguson canta e compõe bem (com parceiros como Francis White e Alex Smith). A questão é que Heaven soa déjà vu do início ao fim. As fotos do encarte - nas quais a cantora aparece com penteado retrô similar ao adotado por Amy Winehouse (1983 - 2011) - reforçam a impressão de que Ferguson foi infrutiferamente moldada para ser a nova Amy. Há, de fato, ecos de Back to Black (2006) - o álbum que consagrou Amy - em Heaven, sobretudo no arranjo de Fairytale (Let me Live My Life This Way) (Rebecca Ferguson e Francis White) e no canto de Ferguson na menos inspirada Mr. Bright Eyes (Rebecca Ferguson, Brian Higgins, Luke Fiton, Matt Gray, Owen Parker e Toby Scotta). Mas o fantasma que realmente assombra Ferguson no disco é o da comparação com Joss Stone, a primeira grande cantora inglesa dos anos 2000 a beber na fonte da soul music dos EUA. Faixas como Shoulder to Shoulder (Rebecca Ferguson e Francis White), Nothing's Real But Love (Rebecca Ferguson e Francis White) - a melhor música de Heaven - e Gliter & Gold (Rebecca Ferguson, Alex Smith e Paul Barry) parecem ter clonado a energia, o som e a alma soul de Joss. Enfim, mesmo sendo bom, Heaven - álbum produzido por Eg White, Fraser T Smith e Claude Kelly - falha na tentativa de delinear uma identidade para Rebecca Ferguson, grande aposta da Sony Music. E uma falha dessa natureza é grave, podendo representar o inferno para uma cantora estreante.
9 comentários:
Foram tantas as cantoras inglesas projetadas ao longo dos anos 2000 com voz e músicas influenciadas pela soul music norte-americana que fica difícil encontrar qualquer traço de originalidade em Heaven, álbum de estreia da cantora e compositora britânica Rebecca Ferguson. Revelada em 2010 ao participar do programa The X Factor, Ferguson lançou em dezembro de 2011 na Inglaterra este álbum que chega ao Brasil neste mês de maio de 2012 em edição da Sony Music. O disco em si é até bom - em especial na vibrante primeira metade. Ferguson canta e compõe bem (com parceiros como Francis White e Alex Smith). A questão é que Heaven soa déjà vu do início ao fim. As fotos do encarte - nas quais a cantora aparece com penteado retrô similar ao adotado por Amy Winehouse (1983 - 2011) - reforçam a impressão de que Ferguson foi infrutiferamente moldada para ser a nova Amy. Há, de fato, ecos de Back to Black (2006) - o álbum que consagrou Amy - em Heaven, sobretudo no arranjo de Fairytale (Let me Live My Life This Way) (Rebecca Ferguson e Francis White) e no canto de Ferguson na menos inspirada Mr. Bright Eyes (Rebecca Ferguson, Brian Higgins, Luke Fiton, Matt Gray, Owen Parker e Toby Scotta). Mas o fantasma que realmente assombra Ferguson no disco é o da comparação com Joss Stone, a primeira grande cantora inglesa dos anos 2000 a beber na fonte da soul music dos EUA. Faixas como Shoulder to Shoulder (Rebecca Ferguson e Francis White), Nothing's Real But Love (Rebecca Ferguson e Francis White) - a melhor música de Heaven - e Gliter & Gold (Rebecca Ferguson, Alex Smith e Paul Barry) parecem ter clonado a energia, o som e a alma soul de Joss. Enfim, mesmo sendo bom, Heaven - álbum produzido por Eg White, Fraser T Smith e Claude Kelly - falha na tentativa de delinear uma identidade para Rebecca Ferguson, grande aposta da Sony Music. E uma falha dessa natureza é grave, podendo representar o inferno para uma cantora estreante.
Nova Amy? Nem se reencarnação existisse! Amy Winehouse e Joss Stone são duas grandes cantoras surgidas nos anos 2000 as melhores na minha opnião a voz de ambas parecem aquelas negonas americanas.
Qualquer coisa que se compare à Joss Stone aguça a curiosidade de se escutar.
Outra Amy??? NUNCA. O ruim é pra moça que fica sendo compara, Amy foi única e Joss também é ótima, essa moda retrô reforçada por Amy, tá ficando meio caída depois de sua morte. Até aquelas pinturas exageradas nos olhos tá passando ainda bem.
A característica mais importante pra qualquer artista,é sua identidade,mas tem que ser natural,e não pré-fabricada.
Rebecca é fantástica, e o novo album é muito bom. A voz dela é maravilhosa, a mania da comparação sempre vai existir, mas o que vale mesmo é que o album é inspirado, ela mesma compoe, enfim, vale a pena escutar!
Deixa a garota o som dela é muito bom,adoro Amy e Joss tbm,mas Rebecca nao pega carona nas duas,tem sua particularidade.
Num primeiro momento até se pode pensar que existe alguma similaridade, mas escutando bem o trabalho dela, percebi que ela tem si um estilo próprio e uma voz muito marcante!
Num primeiro momento, até se pode pensar em alguma similaridade. Mas quem escuta o trabalho dela mais a fundo, percebe que ela tem uma voz linda (bem marcante) e um estilo próprio..
Postar um comentário