segunda-feira, 21 de maio de 2012

Mayer celebra folk 'vintage' na autoral viagem retrô de 'Born and Raised'

Resenha de CD
Título: Born and Raised
Artista: John Mayer
Gravadora: Columbia / Sony Music
Cotação: * * *

"Eu sou um bom homem, com um bom coração", repete John Mayer no refrão de Shadow Days, single de seu quinto álbum de estúdio, Born and Raised. Nas lojas do Exterior a partir desta segunda-feira, 21 de maio de 2012, mas já disponível para audição gratuita no iTunes, o álbum flagra o cantor e compositor norte-americano imerso no universo do folk rock de tom vintage, entre eventuais flertes com o country. Tem razão de ser o aviso posto na capa de que se trata de som estéreo. Pontuados por gaita que remete a esse universo retrô, os harmoniosos vocais da sedutora faixa-título, Born and Raised, têm a assinatura de ninguém menos do que David Crosby e Graham Nash. Com 12 músicas assinadas somente por Mayer (Fool To Love You é bônus exclusivo da edição digital do iTunes), o CD transporta o ouvinte para uma viagem no tempo - os anos 60 e 70 - através de faixas como Something Like OliviaSpeak For Me (cuja título ganha certa ironia pelo fato de Mayer estar às voltas a batalha contra nódulo nas cordas vocais) e a quase épica Walt Grace's Submarine Test, January 1967 É fato que, no todo, a safra autoral de Mayer não bisa a inspiração dos repertórios de álbuns anteriores. Mesmo assim, a sonoridade acústica do álbum - mérito do produtor Don Was - valoriza cancioneiro que destaca Queen of California, folk rock de clima setentista. As presenças de músicos como o tecladista Chuck Leavell - que tem no currículo trabalhos com The Allman Brothers Band, por exemplo - colaboram para o ótimo acabamento dos arranjos, por vezes bem mais inspirados do que músicas como a balada folk A Face to Call Home e como Whiskey, Whiskey, Whiskey, tema pontuado por gaita que reitera o tom de beira de estrada que paira sobre Born and Raised. De certo modo, Born and Raised é tributo sincero de John Mayer a Neil Young, prestado com bom gosto por um homem com um bom coração...

2 comentários:

  1. "Eu sou um bom homem, com um bom coração", repete John Mayer no refrão de Shadow Days, single de seu quinto álbum de estúdio, Born and Raised. Nas lojas do Exterior a partir desta segunda-feira, 21 de maio de 2012, mas já disponível para audição gratuita no iTunes, o álbum flagra o cantor e compositor norte-americano imerso no universo do folk rock de tom vintage, entre eventuais flertes com o country. Tem razão de ser o aviso posto na capa de que se trata de som estéreo. Pontuados por gaita que remete a esse universo retrô, os harmoniosos vocais da sedutora faixa-título, Born and Raised, têm a assinatura de ninguém menos do que David Crosby e Graham Nash. Com 12 músicas assinadas somente por Mayer (Fool To Love You é bônus exclusivo da edição digital do iTunes), o CD transporta o ouvinte para uma viagem no tempo - os anos 60 e 70 - através de faixas como Something Like Olivia, Speak For Me (cuja título ganha certa ironia pelo fato de Mayer estar às voltas a batalha contra nódulo nas cordas vocais) e a quase épica Walt Grace's Submarine Test, January 1967. É fato que, no todo, a safra autoral de Mayer não bisa a inspiração dos repertórios de álbuns anteriores. Mesmo assim, a sonoridade acústica do álbum - mérito do produtor Don Was - valoriza cancioneiro que destaca Queen of California, folk rock de clima setentista. As presenças de músicos como o tecladista Chuck Leavell - que tem no currículo trabalhos com The Allman Brothers Band, por exemplo - colaboram para o ótimo acabamento dos arranjos, por vezes bem mais inspirados do que músicas como a balada folk A Face to Call Home e como Whiskey, Whiskey, Whiskey, tema pontuado por gaita que reitera o tom de beira de estrada que paira sobre Born and Raised. De certo modo, Born and Raised é tributo sincero de John Mayer a Neil Young, prestado com bom gosto por um homem com um bom coração...

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  2. John Mayer é um excelente artista. Adoro sua voz e, principalmente, sua guitarra/violão. É um ótimo compositor também.

    Ainda bem que esse novo CD dele veio trilhando novos caminhos, apesar que todos os seus discos anteriores são maravilhosos também.

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