Resenha de show
Título: Longe de Onde
Artista: Karina Buhr (em foto de Mauro Ferreira)
Local: Studio RJ (Rio de Janeiro, RJ)
Data: 4 de maio de 2012
Cotação: * * * *
Ao lançar seu segundo disco solo, Longe de Onde (2011), Karina Buhr amenizou seu sotaque regionalista e fez pulsar sua veia pop sem abrir mão da alma roqueira e do poder de seu verbo - qualidades detectadas em seu marcante álbum de estreia, Eu Menti pra Você (2010), ligeiramente superior ao seu sucessor. No show baseado no CD Longe de Onde, a artista mostra evolução em cena, sobretudo em sua dicção. Antes deficiente, a dicção da cantora apresenta sensível melhora - fundamental para a degustação ao vivo de uma obra em que as letras são o diferencial por marcarem a forte personalidade da compositora. Tal evolução fez com que o show que marcou o retorno de Buhr aos palcos cariocas - na casa Studio RJ, na noite de 4 de maio de 2012 - resultasse vibrante, sedutor. Sem jamais extrapolar sua seara autoral, a artista enfileirou no roteiro 16 músicas colhidas nos repertórios de seus dois álbuns individuais. A combinação se revelou eficiente, pois o show Longe de Onde aproxima Buhr de um equilíbrio entre a pegada pop de algumas músicas e a virulência de seu rock de alma punk. Aliada à postura performática da artista em cena, a sonoridade incandescente do trompete de Guizado contribui de forma expressiva para essa atmosfera de sedução. E o fato é que o show desceu redondo. A cantora já entrou em cena de forma expressiva, declamando os versos de Sem Fazer Ideia (Karina Buhr). Na sequência, o reggae Cadáver (Karina Buhr) mostrou algo que seria reiterado ao longo do show: as músicas do CD Longe de Onde crescem no palco. Não me Tanto (Karina Buhr) expõe o discurso direto e contundente que caracteriza o trabalho da artista e que se impõe até quando a compositora flerta com o universo kitsch da canção sentimental brasileira em Pra Ser Romântica (Karina Buhr). Se The War's Dancing Floor (Karina Buhr) é bissexta música em inglês que passa tão batida no show como no disco, Guitarristas de Copacabana (Karina Buhr) ganha peso e expõe a face punk do rock da artista, endiabrada em cena. É com ira punk, aliás, que a intérprete dispara os mísseis raivosos de Nassíria e Najaf (Karina Buhr), veículo para a apresentação dos músicos. Karina Buhr canta também com o corpo - mesmo em temas que apagam seu fogo natural, caso de Amor Brando (Karina Buhr), número mais lento, quase cool. A Pessoa Morre (Karina Buhr, Fernando Catatau, Bruno Buarque e Mau) se diferencia pelo solo da guitarra de Fernando Catatau, fera da banda animal que inclui também o baixista Mau. Avião Aeroporto (Karina Buhr) voa alto em atmosfera eletrizante, arrebatadora. No fim, Copo de Veneno (Karina Buhr), o rock concretista Cara Palavra (Karina Buhr) e a mordaz Ciranda do Incentivo (Karina Buhr) arrematam apresentação cheia de pegada, vigor e energia. Já no fecho do bis, a abordagem carnavalizante de Plástico Bolha (Karina Buhr) contagia e deixa claro que, não, ninguém mentiu para você quando falou lá no começo de 2010 do talento singular de Karina Buhr. Show!
Ao lançar seu segundo disco solo, Longe de Onde (2011), Karina Buhr amenizou seu sotaque regionalista e fez pulsar sua veia pop sem abrir mão da alma roqueira e do poder de seu verbo - qualidades detectadas em seu marcante álbum de estreia, Eu Menti pra Você (2010), ligeiramente superior ao seu sucessor. No show baseado no CD Longe de Onde, a artista mostra evolução em cena, sobretudo em sua dicção. Antes deficiente, a dicção da cantora apresenta sensível melhora - fundamental para a degustação ao vivo de uma obra em que as letras são o diferencial por marcarem a forte personalidade da compositora. Tal evolução fez com que o show que marcou o retorno de Buhr aos palcos cariocas - na casa Studio RJ, na noite de 4 de maio de 2012 - resultasse vibrante, sedutor. Sem jamais extrapolar sua seara autoral, a artista enfileirou no roteiro 16 músicas colhidas nos repertórios de seus dois álbuns individuais. A combinação se revelou eficiente, pois o show Longe de Onde aproxima Buhr de um equilíbrio entre a pegada pop de algumas músicas e a virulência de seu rock de alma punk. Aliada à postura performática da artista em cena, a sonoridade incandescente do trompete de Guizado contribui de forma expressiva para essa atmosfera de sedução. E o fato é que o show desceu redondo. A cantora já entrou em cena de forma expressiva, declamando os versos de Sem Fazer Ideia (Karina Buhr). Na sequência, o reggae Cadáver (Karina Buhr) mostrou algo que seria reiterado ao longo do show: as músicas do CD Longe de Onde crescem no palco. Não me Tanto (Karina Buhr) expõe o discurso direto e contundente que caracteriza o trabalho da artista e que se impõe até quando a compositora flerta com o universo kitsch da canção sentimental brasileira em Pra Ser Romântica (Karina Buhr). Se The War's Dancing Floor (Karina Buhr) é bissexta música em inglês que passa tão batida no show como no disco, Guitarristas de Copacabana (Karina Buhr) ganha peso e expõe a face punk do rock da artista, endiabrada em cena. É com ira punk, aliás, que a intérprete dispara os mísseis raivosos de Nassíria e Najaf (Karina Buhr), veículo para a apresentação dos músicos. Karina Buhr canta também com o corpo - mesmo em temas que apagam seu fogo natural, caso de Amor Brando (Karina Buhr), número mais lento, quase cool. A Pessoa Morre (Karina Buhr, Fernando Catatau, Bruno Buarque e Mau) se diferencia pelo solo da guitarra de Fernando Catatau, fera da banda animal que inclui também o baixista Mau. Avião Aeroporto (Karina Buhr) voa alto em atmosfera eletrizante, arrebatadora. No fim, Copo de Veneno (Karina Buhr), o rock concretista Cara Palavra (Karina Buhr) e a mordaz Ciranda do Incentivo (Karina Buhr) arrematam apresentação cheia de pegada, vigor e energia. Já no fecho do bis, a abordagem carnavalizante de Plástico Bolha (Karina Buhr) contagia e deixa claro que, não, ninguém mentiu para você quando falou lá no começo de 2010 do talento singular de Karina Buhr. Show!
ResponderExcluirA maior fraude da música brasileira atualmente. Tentaram mentir pra mim ao dizer que o talento dela era grande. Não conseguiram.
ResponderExcluirela devia ter incluído no show o Revelação do Fagner, ficou lindo com ela no Som Brasil
ResponderExcluirAh, tá, entendi agora quem convence como cantora...realmente, gosto não se discute...huahuhauhauhua
ResponderExcluirConcordo com o Raul aí em cima.
ResponderExcluirCada um gosta do que quer, mas que existe um marketing exagerado em relaçao a essa cantora, isso existe...
Mentiram para nós e continuam mentindo... Abrs
"Toca Raul"!
Rapaziada, a Karina não tem que ser vista, penso eu, como cantora. E sim como uma artista.
ResponderExcluirComo cantora ela é realmente fraquinha, mas como artista(artigo um tanto em falta no mercado) ela é relevante.
Concordo com ZÉ, Karina também seria uma ótima bailarina, atriz, dançarina sei lá, ela no palco tem uma forma muito forte de expressão, não fica parada se joga, e suas maquiagens são demais.
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