Mauro Ferreira no G1

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quarta-feira, 16 de maio de 2012

Wanderley fica entre samba e bolero nos discos de 'Festas Dançantes 2'

Considerando que a Bossa Nova é em essência refinada estilização do samba, os quatro discos da caixa Festas Dançantes Vol 2 - lançada pelo selo carioca Discobertas neste mês de maio de 2012, simultaneamente com o primeiro volume do projeto de reedições de álbuns de Walter Wanderley  (clique aqui para saber detalhes da Festas Dançantes Vol 1) - flagra o tecladista pernambucano entre o bolero e o samba que lhe fama internacional tão logo o às do órgão migrou para os Estados Unidos após a gravação de oito álbuns pela extinta companhia Odeon. Tanto que o primeiro dos quatro discos reeditados no segundo volume de Festas Dançantes, Samba É Samba com Walter Wanderley (1961), traz no repertório um clássico instantâneo da bossa, O Barquinho (Roberto Menescal e Ronaldo Bôscoli), entre sambas como Palhaçada (Haroldo Barbosa e Luiz Reis) e Mulher de Trinta (Luiz Antonio). Sequência do bem-sucedido álbum de 1961, O Samba É Mais Samba com Walter Wanderley (1962) irmana no repertório samba de Dorival Caymmi (1914 - 2008), Eu Não Tenho Onde Morar, e outro standard da Bossa Nova, Corcovado (Antonio Carlos Jobim). Já Walter Wanderley e o Bolero - álbum também lançado em 1962 - mostra que o organista tinha bossa e suingue até para encarar as melodias do gênero sentimental nascido na Espanha e desenvolvido entre México e Cuba. Por fim, Samba no Esquema de Walter Wanderley (1963), traz o músico de volta ao samba com seu órgão de toque percussivo que abriu possibilidades estéticas para o instrumento e abriu caminho e mercado para Wanderley nos Estados Unidos e por consequência no resto do mundo.

5 comentários:

Mauro Ferreira disse...

Considerando que a Bossa Nova é em essência refinada estilização do samba, os quatro discos da caixa Festas Dançantes Vol 2 - lançada pelo selo carioca Discobertas neste mês de maio de 2012, simultaneamente com o primeiro volume do projeto de reedições de álbuns de Walter Wanderley (clique aqui para saber detalhes da Festas Dançantes Vol 1) - flagra o tecladista pernambucano entre o bolero e o samba que lhe fama internacional tão logo o às do órgão migrou para os Estados Unidos após a gravação de oito álbuns pela extinta companhia Odeon. Tanto que o primeiro dos quatro discos reeditados no segundo volume de Festas Dançantes, Samba É Samba com Walter Wanderley (1961), traz no repertório um clássico instantâneo da bossa, O Barquinho (Roberto Menescal e Ronaldo Bôscoli), entre sambas como Palhaçada (Haroldo Barbosa e Luiz Reis) e Mulher de Trinta (Luiz Antonio). Sequência do bem-sucedido álbum de 1961, O Samba É Mais Samba com Walter Wanderley (1962) irmana no repertório samba de Dorival Caymmi (1914 - 2008), Eu Não Tenho Onde Morar, e outro standard da Bossa Nova, Corcovado (Antonio Carlos Jobim). Já Walter Wanderley e o Bolero - álbum também lançado em 1962 - mostra que o organista tinha bossa e suingue até para encarar as melodias do gênero sentimental nascido na Espanha e desenvolvido entre México e Cuba. Por fim, Samba no Esquema de Walter Wanderley (1963), traz o músico de volta ao samba com seu órgão de toque percussivo que abriu possibilidades estéticas para o instrumento e abriu caminho e mercado para Wanderley nos Estados Unidos e por consequência no resto do mundo.

ADEMAR AMANCIO disse...

Há dois dias atrás,estava em dúvida se havia mesmo,este instrumento e profissão:orgão e organista.obrigado por tirar minha dúvida.

KL disse...

Embora dois dessas quatro já tenham saído em cd pela EMI, esse não deixa de ser também o (re)lançamento do ano. God Bless you, Marcelo Froes!

André Queiroz disse...

KL,

O álbum " Samba é Samba com Walter Wanderley" já havia sido em 2007 na série "Clássicos Odeon" e agora só falta o Marcelo Fróes lançar outro box contendo os 4 discos que Walter Wanderley gravou na Odeon sob os pseudônimos de Mike Falcão e Ivan Casanova.

KL disse...

oi, André,
É verdade, eu tenho inclusive, assim como os outros dois que saíram na série Odeon 100 Anos. A discografia dele, embora vasta, é uma maravilha. O mesmo vale para outros grandes nomes da música instrumental 60-70 como Milton Banana, Ed Lincoln (fase 70´s melhor ainda), Waldir Calmon, Simonetti, Poly, André Penazzi, Portinho etc, todos geniais.

Abraço!!