segunda-feira, 4 de junho de 2012

'Diário de Um Dia' aprimora produção 'light' de Roberta sem virar a página

Resenha de CD
Título: Diário de Um Dia
Artista: Roberta Campos
Gravadora: Deck
Cotação: * * * 

Terceiro álbum de Roberta Campos, cantora e compositora mineira que começou a chamar atenção do mercado fonográfico ao bancar e lançar seu primeiro CD por conta própria (Para Aquelas Perguntas Tortas, 2008), Diário de Um Dia é o título mais bem produzido da discografia da artista. O anterior, Varrendo a Lua (Deck, 2010), já ostentou produção mais bem cuidada - sem o acabamento caseiro do disco de estreia. Mas o aprimoramento da produção da obra da cantora - mérito de Rafael Ramos - salta logo aos ouvidos em Diário de Um Dia. De ótimo nível, os arranjos - postos em prática por músicos como Marcos Suzano (percussão) e Humberto Barros (Fender Rhodes) - valorizam as canções cotidianas da artista. Roberta segue linha confessional em seu trabalho como compositora, pintando canções em tons pastéis, sem as tintas fortes da produção de colegas como Ana Carolina. Diário de Um Dia (Roberta Campos), Rio Sem Água (Roberta Campos), De Você pra Mim (Roberta Campos e Carolina Zocoli) e Só pra Depois (Roberta Campos) se destacam na atual safra autoral pela maior inspiração melódica. Sete Dias (Roberta Campos e Danilo Oliveira) tem cordas arranjadas por Lincoln Olivetti - assim como Quem Nos Dera, inédita parceria de Zélia Duncan com Leoni, faixa que esboça tom mais pop para o disco, inclusive pela presença de uma guitarra (a de Davi Moraes). Centrada nas cordas e na percussão artesanal de Suzano, sem bateria e sem  ênfase nas guitarras, a sonoridade delicada de Diário de Um Dia é o grande trunfo do disco. Pena que o repertório meio uniforme de Roberta Campos deixe o disco meio repetitivo do meio para o fim - grave defeito também detectado no anterior Varrendo a Lua. Sensação aumentada pelo fato de Moska contribuir com boa canção inédita, Meu Nome É Saudade de Você, que jamais destoa do tom afetivo e light do cancioneiro da artista. Nem a inédita fornecida pelos barões Frejat e Guto Goffi - Carne da Boca, letrada com versos do poeta Mauro Sta. Cecília - consegue virar a página de Diário de Um Dia por breve instante que seja. De todo modo, trata-se do melhor disco de Roberta Campos. Um CD que firma a artista.

7 comentários:

  1. Terceiro álbum de Roberta Campos, cantora e compositora mineira que começou a chamar atenção do mercado fonográfico ao bancar e lançar seu primeiro CD por conta própria (Para Aquelas Perguntas Tortas, 2008), Diário de Um Dia é o título mais bem produzido da discografia da artista. O anterior, Varrendo a Lua (Deck, 2010), já ostentou produção mais bem cuidada - sem o acabamento caseiro do disco de estreia. Mas o aprimoramento da produção da obra da cantora - mérito de Rafael Ramos - salta logo aos ouvidos em Diário de Um Dia. De ótimo nível, os arranjos - postos em prática por músicos como Marcos Suzano (percussão) e Humberto Barros (Fender Rhodes) - valorizam as canções cotidianas da artista. Roberta segue linha confessional em seu trabalho como compositora, pintando canções em tons pastéis, sem as tintas fortes da produção de colegas como Ana Carolina. Diário de Um Dia (Roberta Campos), Rio Sem Água (Roberta Campos), De Você pra Mim (Roberta Campos e Carolina Zocoli) e Só pra Depois (Roberta Campos) se destacam na atual safra autoral pela maior inspiração melódica. Sete Dias (Roberta Campos e Danilo Oliveira) tem cordas arranjadas por Lincoln Olivetti - assim como Quem Nos Dera, inédita parceria de Zélia Duncan com Leoni, faixa que esboça tom mais pop para o disco, inclusive pela presença de uma guitarra (a de Davi Moraes). Centrada nas cordas e na percussão artesanal de Suzano, sem bateria e sem ênfase nas guitarras, a sonoridade delicada de Diário de Um Dia é o grande trunfo do disco. Pena que o repertório meio uniforme de Roberta Campos deixe o disco meio repetitivo do meio para o fim - grave defeito também detectado no anterior Varrendo a Lua. Sensação aumentada pelo fato de Moska contribuir com boa canção inédita, Meu Nome É Saudade de Você, que jamais destoa do tom afetivo e light do cancioneiro da artista. Nem a inédita fornecida pelos barões Frejat e Guto Goffi - Carne da Boca, letrada com versos do poeta Mauro Sta. Cecília - consegue virar a página de Diário de Um Dia por breve instante que seja. De todo modo, trata-se do melhor disco de Roberta Campos. Um CD que firma a artista.

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  2. Achei essa cantora muito fraquinha... não me deu vontade de ouvir novamente.

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  3. Comprei seu primeiro cd e adorei. Acho relativo o gosto pessoal. Não gosto por exemplo de Maria Gadu. Assim que de, comprarei seu cd incentivando a cultura do nosso país.

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  4. Amo Roberta Campos. Acho ela ótima compositora.

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  5. Só para constar: Roberta é conterrânea de Clara Nunes.

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  6. Boa noite a todos. Roberta é uma grande cantora e compositora. Sua voz me lembra um pouco a Fernanda Takai do Pato Fu. Ambas possuem voz pequena, mas muito afinadas. Dtorço muito pra essa mineira batalhadora para que conquiste o Brasil e quiçá o mundo.

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