Título: Pitanga
Artista: Mallu Magalhães (em foto de Mauro Ferreira)
Local: Teatro Solar de Botafogo (Rio de Janeiro, RJ)
Data: 12 de junho de 2012
Cotação: * * *
Em cartaz no Solar de Botafogo, no Rio de Janeiro (RJ), até 14 de junho de 2012
Em cartaz no Sesc Osasco, em Osasco (SP), em 22 e 23 de junho de 2012
Em cartaz no Sesc Vila Mariana, em São Paulo (SP), em 30 de junho e 1º de julho de 2012
Mallu Magalhães cresceu. Inclusive em cena. A caminho dos 20 anos, a serem completados em 29 de agosto deste ano de 2012, a cantora e compositora paulista vem se distanciando a cada trabalho da menina tímida de 15 anos que despontou na internet com músicas compostas em inglês com inspiração no universo folk norte-americano. Pitanga - show baseado no homônimo terceiro álbum de Mallu, lançado em outubro de 2011 - atesta esse crescimento da artista. O show - que estreou oficialmente em 12 de junho de 2012 no Rio de Janeiro (RJ), embora já tivesse sido testado em apresentação seminal gravada em abril pela MTV - ainda precisa amadurecer, mas já evidencia e reitera a evolução de Mallu, sobretudo como compositora. As duas inéditas músicas autorais apresentadas no roteiro - a bela balada de espírito folk Your Lullaby (Mallu Magalhães, 2012) e o expansivo blues Me Sinto Ótima (Mallu Magalhães), estrategicamente alocado ao fim do bis - sinalizam um quarto álbum no mínimo tão saboroso quanto Pitanga. Na estreia carioca, no Solar de Botafogo, alguns problemas de som atrapalharam a concentração da artista, que expôs - com a habitual espontaneidade e com o persistente jeito de menina - seu nervosismo ao público que hiperlotou o teatro. O que Mallu Magalhães ainda precisa aprimorar - e com certa urgência - é sua emissão vocal. Em números como Cena (Mallu Magalhães, 2011) e Youhuhu (Mallu Magalhães, 2011), músicas lançadas no álbum Pitanga, Mallu canta tão para dentro que fica dificil entender o significado das letras. Contudo, o saldo do show é mais do que positivo. Velha e Louca (Mallu Magalhães, 2011) abre o roteiro sinalizando a influência de Marcelo Camelo no atual som de Mallu (ele é o produtor do disco Pitanga). Ele - o "Moreno do Cabelo Enroladinho" da letra de Olha Só, Moreno (Mallu Magalhães, 2011) - estava na plateia da estreia de Pitanga e aceitou de imediato o convite para improvisar Janta (Marcelo Camelo, 2008) no bloco final da apresentação em apaixonado dueto com sua parceira de vida. Nessa estreia um tanto nervosa, Pitanga foi ganhando mais consistência a partir da sétima música do roteiro, In the Morning, (Mallu Magalhães, 2011), formatada em cena como uma canção de cabaré, com Mallu nos teclados pilotados por ela também em Por Que Você Faz Assim Comigo? (2010), tema adornado com sopros à moda do som de Camelo. O número representa um dos picos de beleza do show ao lado da climática Cais (Mallu Magalhães, 2011) - alocada.no bis, com Mallu sozinha em cena com seus teclados - e de Sambinha Bom (Mallu Magalhães, 2011), número em que a artista assume o violão com sua bossa particular. E por falar em bossa, Mallu surpreende positivamente quando refina o Xote dos Milagres (Tato, 2000) - megahit popular do grupo paulista de forró Falamansa - e quando aborda Me Gustas Tu (Manu Chao, 2001) no balanço do reggae, aditivado com o sangue latino que corre na música globalizada de Chao. Em contrapartida, Ev'ry Time We Say Goodbye (Cole Porter, 1944) - número feito pela cantora somente com a guitarra de Davi Bernardo - sinalizou que ainda falta maturidade a Mallu para encarar um standard desse porte. No todo, Pitanga conserva no palco boa parte do sabor do disco e ganha temperos adicionais. Com seu leque estético cada vez mais aberto, Mallu Magalhães cresce sem perder a ternura.
4 comentários:
Mallu Magalhães cresceu. Inclusive em cena. A caminho dos 20 anos, a serem completados em 29 de agosto deste ano de 2012, a cantora e compositora paulista vem se distanciando a cada trabalho da menina tímida de 15 anos que despontou na internet com músicas compostas em inglês com inspiração no universo folk norte-americano. Pitanga - show baseado no homônimo terceiro álbum de Mallu, lançado em outubro de 2011 - atesta esse crescimento da artista. O show - que estreou oficialmente em 12 de junho de 2012 no Rio de Janeiro (RJ), embora já tivesse sido testado em apresentação seminal gravada em abril pela MTV - ainda precisa amadurecer, mas já evidencia e reitera a evolução de Mallu, sobretudo como compositora. As duas inéditas músicas autorais apresentadas no roteiro - a bela balada de espírito folk Your Lullaby (Mallu Magalhães, 2012) e o expansivo blues Me Sinto Ótima (Mallu Magalhães), estrategicamente alocado ao fim do bis - sinalizam um quarto álbum no mínimo tão saboroso quanto Pitanga. Na estreia carioca, no Solar de Botafogo, alguns problemas de som atrapalharam a concentração da artista, que expôs - com a habitual espontaneidade e com o persistente jeito de menina - seu nervosismo ao público que hiperlotou o teatro. O que Mallu Magalhães ainda precisa aprimorar - e com certa urgência - é sua emissão vocal. Em números como Cena (Mallu Magalhães, 2011) e Youhuhu (Mallu Magalhães, 2011), músicas lançadas no álbum Pitanga, Mallu canta tão para dentro que fica dificil entender o significado das letras. Contudo, o saldo do show é mais do que positivo. Velha e Louca (Mallu Magalhães, 2011) abre o roteiro sinalizando a influência de Marcelo Camelo no atual som de Mallu (ele é o produtor do disco Pitanga). Ele - o "Moreno do Cabelo Enroladinho" da letra de Olha Só, Moreno (Mallu Magalhães, 2011) - estava na plateia da estreia de Pitanga e aceitou de imediato o convite para improvisar Janta (Marcelo Camelo, 2008) no bloco final da apresentação em apaixonado dueto com sua parceira de vida. Nessa estreia um tanto nervosa, Pitanga foi ganhando mais sabor a partir da sétima música do roteiro, In the Morning, (Mallu Magalhães, 2011), formatada em cena como uma canção de cabaré, com Mallu nos teclados pilotados por ela também em Por Que Você Faz Assim Comigo? (2010), tema adornado com sopros à moda do som de Camelo. O número representa um dos picos de beleza do show ao lado da climática Cais (Mallu Magalhães, 2011) - alocada.no bis, com Mallu sozinha em cena com seus teclados - e de Sambinha Bom (Mallu Magalhães, 2011), número em que a artista assume o violão com sua bossa particular. E por falar em bossa, Mallu surpreende positivamente quando refina o Xote dos Milagres (Tato, 2000) - megahit popular do grupo paulista de forró Falamansa - e quando aborda Me Gustas Tu (Manu Chao, 2001) no balanço do reggae, aditivado com o sangue latino que corre na música globalizada de Chao. Em contrapartida, Ev'ry Time We Say Goodbye (Cole Porter, 1944) - número feito pela cantora somente com a guitarra de Davi Bernardo - sinalizou que ainda falta maturidade a Mallu para encarar um standard desse porte. No todo, Pitanga conserva no palco boa parte do sabor do disco e ganha temperos adicionais. Com seu leque estético cada vez mais aberto, Mallu Magalhães cresce sem perder a ternura.
"O que Mallu Magalhães ainda precisa aprimorar - e com certa urgência - é sua emissão vocal."
Mas hoje no Globo ela declarou que está com um nódulo nas pregas vocais. Não será por causa disso que a voz dela está prejudicada?
abração,
Denilson
Sucesso pra você, Mallu. (=
Essa aí é chatinha demais!!!
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