domingo, 17 de junho de 2012

Santana vai de musak à música de câmara no instrumental Shape Shifter

Resenha de CD
Título: Shape Shifter
Artista: Santana
Gravadora: Sony Music
Cotação: * * * 

No rastro do  fenomenal sucesso de seu CD Supernatural (1999), Santana atravessou os anos 2000 lançando álbuns de apelo assumidamente pop - Shaman (2002), All That I Am (2005) e Guitar Heaven - The Greatest Guitar Classics of All Time (2010) - repleto de convidados e fórmulas. Shape Shifter quebra essa hegemonia pop pelo simples fato de ser um disco essencialmente instrumental, apresentando somente uma faixa cantada, Eres La Luz (Carlos Santana, Walter Afanasieff, Andy Vargas e Karl Perezzo), tema embebido na latinidade que caracteriza o rock do guitarrista mexicano. Shape Shifter é bom disco indicado para a tribo fã do som instrumental de Santana. Entre os sons tribais da música Shape Shifter (Carlos Santana) e o tom camerístico do piano que conduz Ah, Sweet Dancer (Michael O' Suilleabhain), Santana faz um solo demolidor em Nomad (Carlos Santana), exercita o toque de sua guitarra no melodioso tempo da delicadeza e Dom (Hamidou Touré, Ousmone Touré, Ismaíla Touré e Tidiane Sizu Touré), celebra o guitarrista húngaro de jazz Gábor Szabó (1936 - 1982) em Mr. Szabo e alterna latinidade e musak (em bom português, música para elevador) em Macumba in Budapest (Carlos Santana e Walter Afanasieff). É fato que alguns solos do guitarrista já soam meio previsíveis, sobretudo o de In The Light of a New Day (Carlos Santana e Narada Michael Walden). Mesmo assim, Shape Shifter deixa a impressão de que o artista está mais livre, sem a necessidade de seguir uma já desgastada fórmula do sucesso fácil lhe imposta por gravadora.

5 comentários:

  1. No rastro do fenomenal sucesso de seu CD Supernatural (1999), Santana atravessou os anos 2000 lançando álbuns de apelo assumidamente pop - Shaman (2002), All That I Am (2005) e Guitar Heaven - The Greatest Guitar Classics of All Time (2010) - repleto de convidados e fórmulas. Shape Shifter quebra essa hegemonia pop pelo simples fato de ser um disco essencialmente instrumental, apresentando somente uma faixa cantada, Eres La Luz (Carlos Santana, Walter Afanasieff, Andy Vargas e Karl Perezzo), tema embebido na latinidade que caracteriza o rock do guitarrista mexicano. Shape Shifter é bom disco indicado para a tribo fã do som instrumental de Santana. Entre os sons tribais da música Shape Shifter (Carlos Santana) e o tom camerístico do piano que conduz Ah, Sweet Dancer (Michael O' Suilleabhain), Santana faz um solo demolidor em Nomad (Carlos Santana), exercita o toque de sua guitarra no melodioso tempo da delicadeza e Dom (Hamidou Touré, Ousmone Touré, Ismaíla Touré e Tidiane Sizu Touré), celebra o guitarrista húngaro de jazz Gábor Szabó (1936 - 1982) em Mr. Szabo e alterna latinidade e musak (em bom português, música para elevador) em Macumba in Budapest (Carlos Santana e Walter Afanasieff). É fato que alguns solos do guitarrista já soam meio previsíveis, sobretudo o de In The Light of a New Day (Carlos Santana e Narada Michael Walden). Mesmo assim, Shape Shifter deixa a impressão de que o artista está mais livre, sem a necessidade de seguir uma já desgastada fórmula do sucesso fácil lhe imposta por gravadora.

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  2. Olha o ídolo de minha amiga Maria aí. Mais um disco com convidados seria demais. A rapaziada das gravadoras, com seu excesso de esperteza que não raras vezes vira burrice, sacou que a laranja já foi toda chupada.
    Sendo assim, volta o Santana que os fãs antigos gostam. Ora de pegar o dinheiro deles.

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  3. Salve,Santana! irei conferir o álbum.

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  4. Fiquei com a impressão que grafei "ora" aí em cima.
    Gostaría de corrigir. Todos sabem que se escreve com H, como hontem. :-)

    PS: Se não foi assim que se sucedeu delete esse comentário, por favor, Mauro.

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