Resenha de livro
Título: A Balada de Bob Dylan - Um Retrato Musical
Autor: Daniel Mark Epstein
Editora: Zahar
Cotação: * * * *
Por mais que se tenha a impressão de que tudo já foi dito e escrito sobre Bob Dylan, paira a paradoxal sensação de que pouco ou nada se sabe sobre o cantor e compositor norte-americano, espécie de esfinge do universo pop. O escritor e historiador norte-americano Daniel Mark Epstein jamais decifra Dylan, mas contribui com seu livro A Balada de Bob Dylan - Um Retrato Musical para um maior entendimento da complexa obra do Bardo, repleta de signos e significados às vezes ocultos atrás de suas letras poéticas. A abordagem da vida e obra de Dylan é feita no livro sobre prisma inusitado. A partir de quatro apresentações do artista (em 1963, 1974, 1997 e 2009), Epstein analisa e contextualiza (bem) a música de Dylan. Por ter conhecimentos de teoria musical, essa análise é feita por vezes de forma técnica, mas o livro jamais adquire tom acadêmico. Por conta do texto fluente do autor,
A Balada de Bob Dylan - Um Retrato Musical acaba funcionando como um guia pessoal, mas confiável, do cancioneiro de Dylan. Até porque os quatro shows flagram Dylan em momentos emblemáticos. Na apresentação feita em Washington (EUA) em 14 de dezembro 1963, o cantor ainda era o emergente artista folk que começava a chamar a atenção dos Estados Unidos com suas letras politizadas que remexiam em feridas sociais. Em contrapartida, no show de 30 de janeiro de 1974 Dylan já se tornara uma lenda, ansiosamente aguardada no palco do Madison Square Garden, em Nova York (EUA), sobretudo porque a turnê daquele ano marcava sua esperada volta aos palcos, oito anos após sua saída de cena em 1966. Já o show de 4 de agosto de 1997 em Tanglewood (EUA) simboliza, de certa forma, o renascimento artístico de Dylan, que, após ser visto como um artista decadente, voltaria ao mercado fonográfico com vigor renovado pelo álbum Time of Mind (1997). Por fim, o show de 24 de julho de 2009, em Aberdeen (EUA), expôs o Dylan mais enigmático e imprevisível dos últimos anos. Por mais que os relatos de Epstein sejam salpicados com informações da vida pessoal do autor do livro, o escritor jamais tira o foco de Dylan. E, por fazer ao longo das 524 páginas do livro uma análise embasada da obra do compositor (esmiuçando álbuns e músicas), A Balada de Bob Dylan - Um Retrato Musical se revela guia sedutor para quem quer se iniciar no mundo (enigmático) de Bob Dylan.
Por mais que se tenha a impressão de que tudo já foi dito e escrito sobre Bob Dylan, paira a paradoxal sensação de que pouco ou nada se sabe sobre o cantor e compositor norte-americano, espécie de esfinge do universo pop. O escritor e historiador norte-americano Daniel Mark Epstein jamais decifra Dylan, mas contribui com seu livro A Balada de Bob Dylan - Um Retrato Musical para um maior entendimento da complexa obra do Bardo, repleta de signos e significados às vezes ocultos atrás de suas letras poéticas. A abordagem da vida e obra de Dylan é feita no livro sobre prisma inusitado. A partir de quatro apresentações do artista (em 1963, 1974, 1997 e 2009), Epstein analisa e contextualiza a música de Dylan. Por ter conhecimentos de teoria musical, essa análise é feita por vezes de forma técnica, mas o livro jamais adquire tom acadêmico. Por conta do texto fluente do autor, A Balada de Bob Dylan - Um Retrato Musical acaba funcionando como um guia pessoal, mas confiável, do cancioneiro de Dylan. Até porque os quatro shows flagram Dylan em momentos emblemáticos. Na apresentação feita em Washington (EUA) em 14 de dezembro 1963, o cantor ainda era o emergente artista folk que começava a chamar a atenção dos Estados Unidos com suas letras politizadas que remexiam em feridas sociais. Em contrapartida, no show de 30 de janeiro de 1974 Dylan já se tornara uma lenda, ansiosamente aguardada no palco do Madison Square Garden, em Nova York (EUA), sobretudo porque a turnê daquele ano marcava sua esperada volta aos palcos, oito anos após sua saída de cena em 1966. Já o show de 4 de agosto de 1997 em Tanglewood (EUA) simboliza, de certa forma, o renascimento artístico de Dylan, que, após ser visto como um artista decadente, voltaria ao mercado fonográfico com vigor renovado pelo álbum Time of Mind (1997). Por fim, o show de 24 de julho de 2009, em Aberdeen (EUA), expôs o Dylan mais enigmático e imprevisível dos últimos anos. Por mais que os relatos de Epstein sejam salpicados com informações da vida pessoal do autor do livro, o escritor jamais tira o foco de Dylan. E, por fazer ao longo das 524 páginas do livro uma análise embasada da obra do compositor (esmiuçando álbuns e músicas), A Balada de Bob Dylan - Um Retrato Musical se revela guia sedutor para quem quer se iniciar no mundo enigmático de Bob Dylan.
ResponderExcluirO primeiro parágrafo diz tudo, Mauro. É bem por aí.
ResponderExcluirSobre Bob Dylan pouca coisa pode se afirmar categoricamente.
E isso é ótimo!
Por isso prefiro escrever meu próprio livro. :-)
Dylan, Hendrix, Beatles e Stones formam pra mim, e para torcida do Flamengo, os quatros pilares do rock.
No meu time Beatles, Rolling Stones, Led Zeppelin, Black Sabbath, Pink Floyd e Queen. Hendrix e Dylan merecem todas as menções honrosas.
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