segunda-feira, 2 de julho de 2012

Leve, 'Almanaque da Música Pop no Cinema' compila dados sobre trilhas

Resenha de livro
Título: Almanaque da Música Pop no Cinema
Autor: Rodrigo Rodrigues
Editora: Lua de Papel / Leya
Cotação: * * *

A fórmula dos almanaques já deu sinais de desgaste no mercado editorial brasileiro. Mas cinéfilos do universo pop dificilmente vão resistir ao Almanaque da Música Pop no Cinena. Com conhecimento de causa, mas sem pompa, o autor Rodrigo Rodrigues - guitarrista da banda The Soundtrackers, especializada em músicas de cinema - compila com leveza dados, histórias e curiosidades sobre trilhas sonoras marcantes, tomando como ponto de partida o reinado de Elvis Presley (1935 - 1977) na tela grande. Sem procurar analisar a relação da música pop com o cinema, o almanaque - fartamente ilustrado, como é regra neste gênero de livro - lista filmes cuja música teve tanta importância quanto a história contada na tela. Ou até mais - caso da trilha sonora de O Guarda-Costas (The Bodyguard, 1992), cujo CD vendeu mais de 42 milhões de cópias em todo o mundo, escorado em seis gravações inéditas de Whitney Houston (1963 - 2012). Rodrigues lembra que a cantora e compositora irlandesa Enya era a primeira opção do diretor James Cameron para criar a trilha sonora de Titanic (1997). Dispostos cronologicamente, cada filme vem com breve sinopse da trama, um texto sobre a trilha sonora e, na seção Tracklist, a capa e as faixas do disco editado com as músicas do respectivo filme. A seleção enfatiza a fina sintonia entre música e cinema nos anos 80, década em que longas-metragens como Flashdance (1983), Footloose - Ritmo Louco (Footloose, 1984), Purple Rain (1984) e Os Goonies (1985) reiteraram que a conexão da Sétima Arte com a música pop era negócio lucrativo que podia render milhões - lição que já havia sido dada pelas incursões dos Beatles no cinema e por outros filmes dos anos 60 como A Primeira Noite de Um Homem (The Graduate, 1967), cuja trilha sonora - assinada por Simon & Garfunkel - resiste melhor ao tempo do que a própria história. Mas que pareceu ter sido esquecida na primeira metade dos anos 70. Foi somente a partir do estouro mundial do fenomenal Os Embalos de Sábado à Noite (Saturday Night Fever, 1977) - filme que ajudou a aumentar a febre da disco music por conta das eletrizantes músicas fornecidas pelo trio australiano Bee Gees para sua trilha sonora - que o cinema voltou a unir forças com a música pop. O almanaque de Rodrigo Rodrigues - autor de As Aventuras da Blitz, a biografia da banda de Evandro Mesquita que abriu portas para o rock brasileiro em 1982 - cumpre com eficiência o que se propõe, ficando como (boa) fonte de consulta para o assunto que trata com leveza pop.

4 comentários:

  1. A fórmula dos almanaques já deu sinais de desgaste no mercado editorial brasileiro. Mas cinéfilos do universo pop dificilmente vão resistir ao Almanaque da Música Pop no Cinena. Com conhecimento de causa, mas sem pompa, o autor Rodrigo Rodrigues - guitarrista da banda The Soundtrackers, especializada em músicas de cinema - compila com leveza dados, histórias e curiosidades sobre trilhas sonoras marcantes, tomando como ponto de partida o reinado de Elvis Presley (1935 - 1977) na tela grande. Sem procurar analisar a relação da música pop com o cinema, o almanaque - fartamente ilustrado, como é regra neste gênero de livro - lista filmes cuja música teve tanta importância quanto a história contada na tela. Ou até mais - caso da trilha sonora de O Guarda-Costas (The Bodyguard, 1992), cujo CD vendeu mais de 42 milhões de cópias em todo o mundo, escorado em seis gravações inéditas de Whitney Houston (1963 - 2012). Rodrigues lembra que a cantora e compositora irlandesa Enya era a primeira opção do diretor James Cameron para criar a trilha sonora de Titanic (1997). Dispostos cronologicamente, cada filme vem com breve sinopse da trama, um texto sobre a trilha sonora e, na seção Tracklist, a capa e as faixas do disco editado com as músicas do respectivo filme. A seleção enfatiza a fina sintonia entre música e cinema nos anos 80, década em que longas-metragens como Flashdance (1983), Footloose - Ritmo Louco (Footloose, 1984), Purple Rain (1984) e Os Goonies (1985) reiteraram que a conexão da Sétima Arte com a música pop era negócio lucrativo que podia render milhões - lição que já havia sido dada pelas incursões dos Beatles no cinema e por outros filmes dos anos 60 como A Primeira Noite de Um Homem (The Graduate, 1967), cuja trilha sonora - assinada por Simon & Garfunkel - resiste melhor ao tempo do que a própria história. Mas que pareceu ter sido esquecida na primeira metade dos anos 70. Foi somente a partir do estouro mundial do fenomenal Os Embalos de Sábado à Noite (Saturday Night Fever, 1977) - filme que ajudou a aumentar a febre da disco music por conta das eletrizantes músicas fornecidas pelo trio australiano Bee Gees para sua trilha sonora - que o cinema voltou a unir forças com a música pop. O almanaque de Rodrigo Rodrigues - autor de As Aventuras da Blitz, a biografia da banda de Evandro Mesquita que abriu portas para o rock brasileiro em 1982 - cumpre com eficiência o que se propõe, ficando como (boa) fonte de consulta para o assunto que trata com leveza pop.

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  2. Um dos motivos porque tantos filmes pipoca dos anos 80 ficaram tão marcantes foi justamente suas respectivas trilhas sonoras. Impossível não pensar, por exemplo, em "Um Tira da Pesada" sem lembrar de "The Heat Is On", em "De Volta Para O Futuro" sem lembrar de "The Power of Love", ou em "Dirty Dancing" sem lembrar de "I Have the Time of My Life". Poucos filmes hoje em dia conseguem entrar no inconsciente coletivo associados a uma música tema.

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  3. A música tema de Titanic(nunca vi o filme) é a que mais detesto no mundo! rsrrs
    Santo Deus, fico mal com aqueles trinados.

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