Mauro Ferreira no G1

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sábado, 4 de agosto de 2012

Energia do Offspring em 'Days Go By' prolonga pop rock 'punk' do grupo

Resenha de CD
Título: Days Go By
Artista: The Offspring
Gravadora: Columbia Records / Sony Music
Cotação: * * * 1/2

Por mais que seja heresia recorrer ao termo punk para caracterizar o som do Offspring, pop punk tem sido o rótulo mais usado para definir o rock do grupo norte-americano - rótulo de significado questionável já pela junção de termos em si conflitantes como pop e punk. De todo modo, esse som do Offspring ganha boa sobrevida com o lançamento do nono álbum de estúdio da banda, Days Go By, recém-lançado no Brasil pela Sony Music. Quem ouviu alucinadamente o álbum Americana (1998) em algum momento da vida vai se deixar pela energia que brota de pop rocks como The Future Is Now, Secrets Form The Underground e Hurting As One - faixa pesada e veloz que, sim, evoca a arquitetura de um punk rock. Ainda que não reedite o êxito de Americana, Days Go By é um bom disco. O mérito deve ser dividido entre os entrosados músicos da banda - que passa a contar a partir deste CD com o baterista Pete Parada - e o produtor Bob Rock, hábil na formatação do som típico do Offspring. Entre balada (All I Have Left Is You) e revival de Dirty Magic (tema de Ignition, álbum independente de 1992 que deu projeção à banda), o Offspring explora outros terrenos musicais em Days Go By. Oc Guns é faixa imersa no universo da música latinoamericana, com ecos do som mariachi. Cruising California (Bumpin' In My Trunk) é (dispensável) flerte com o pop eletrônico em voga nas rádios dos Estados Unidos. No geral, o Offspring soa mais verdadeiro em temas como Dividing By Zero e como a faixa-título, Days Go By, ambas com a pegada mais característica do grupo.

3 comentários:

Mauro Ferreira disse...

Por mais que seja heresia recorrer ao termo punk para caracterizar o som do Offspring, pop punk tem sido o rótulo mais usado para definir o rock do grupo norte-americano - rótulo de significado questionável já pela junção de termos em si conflitantes como pop e punk. De todo modo, esse som do Offspring ganha boa sobrevida com o lançamento do nono álbum de estúdio da banda, Days Go By, recém-lançado no Brasil pela Sony Music. Quem ouviu alucinadamente o álbum Americana (1998) em algum momento da vida vai se deixar pela energia que brota de pop rocks como The Future Is Now, Secrets Form The Underground e Hurting As One - faixa pesada e veloz que, sim, evoca a arquitetura de um punk rock. Ainda que não reedite o êxito de Americana, Days Go By é um bom disco. O mérito deve ser dividido entre os entrosados músicos da banda - que passa a contar a partir deste CD com o baterista Pete Parada - e o produtor Bob Rock, hábil na formatação do som típico do Offspring. Entre balada (All I Have Left Is You) e revival de Dirty Magic (tema de Ignition, álbum independente de 1992 que deu projeção à banda), o Offspring explora outros terrenos musicais em Days Go By. Oc Guns é faixa imersa no universo da música latinoamericana, com ecos do som mariachi. Cruising California (Bumpin' In My Trunk) é (dispensável) flerte com o pop eletrônico em voga nas rádios dos Estados Unidos. No geral, o Offspring soa mais verdadeiro em temas como Dividing By Zero e como a faixa-título, Days Go By, ambas com a pegada mais característica do grupo.

Guilherme Palma disse...

Boa critica. Eu apenas acho que Americana é supervalorizado. Um dos discos deles que mais tem musicas boas, mas sem unidade, heterogeneo, parece mais uma coletanea do que album. O proprio Conspiracy é mais compacto.
acredito que o ponto de comparação deve ser Ignition e Smash.
Abraço

Guilherme Palma disse...

Boa critica. Eu apenas acho que Americana é supervalorizado. Um dos discos deles que mais tem musicas boas, mas sem unidade, heterogeneo, parece mais uma coletanea do que album. O proprio Conspiracy é mais compacto.
acredito que o ponto de comparação deve ser Ignition e Smash.
Abraço