Título: The Soul Sessions Vol 2
Artista: Joss Stone
Gravadora: S-Curve Records / Warner Music
Cotação: * * * 1/2
Em 2003, Joss Stone causou impacto no universo pop ao debutar no mercado fonográfico com The Soul Sessions, álbum de covers nada óbvios do soul e do r & b. Então com 16 anos, a lourinha inglesa provou que tinha voz (e uma alma) de cantora negra. Nove anos depois, Joss reafirma a força e a energia de sua voz em um segundo projeto de covers, The Soul Sessions Vol 2, recém-lançado no Brasil e no mundo pela Warner. É claro que o impacto é menor por já se tratar do sexto álbum solo de estúdio da cantora e compositora britânica. Dentro e fora dos estúdios, Joss Stone tem mostrado personalidade forte ao longo desses nove anos. Esse traço determinante de seu caráter transparece no disco. Novamente, a seleção de repertório foge do óbvio. A cantora tira do baú joias pouco lapidadas como Pillow Talk (Sylvia Robinson e Michael Burton), tema homônimo do sucesso de Doris Day, lançado em 1973 pela cantora norte-americana de soul Sylvia Robinson (1936 - 2011). Em Pillow Talk e na balada Then You Can Tell me Goodbye (John D. Lourdermilk, 1962), cover de Don Cherry, Joss lança mão de um registro mais suave de interpretação que nem sempre evidencia toda sua força vocal. São nas faixas mais enérgicas, como (For God's Sake) Give More Power To The People (Eugene Record), sucesso do grupo norte-americano The Chi-Lites em 1971, que Soul Sessions 2 bisa o êxito do primeiro volume. Difícil ficar imune ao poderio da cantora quando ela dá uma de Aretha Franklin em I Don't Want To Be With Nobody But You (Eddie Floyd e Joe Shamwell, 1974), outro destaque do repertório. No todo, o disco tem pegada. Nem o uso de cordas em temas como o funkeado I Got The... (Labi Siffre, 1975) adocica o álbum e as interpretações da cantora. Escorada no som azeitado de sua banda, Joss Stone consegue abordar com personalidade músicas como While You're Out Looking For Sugar (Ronald Dunbar e Edythe Wayne), gravada pelo grupo Honey Cone em 1969. Enfim, The Soul Sessions 2 expõe a alma de uma cantora de verdade, do tipo que se garante apenas com sua voz superheavy e com um repertório à altura dessa voz impregnada de soul, vigor e alma. E que venham mais sessões...
5 comentários:
Em 2003, Joss Stone causou impacto no universo pop ao debutar no mercado fonográfico com The Soul Sessions, álbum de covers nada óbvios do soul e do r & b. Então com 16 anos, a lourinha inglesa provou que tinha voz e alma de cantora negra. Nove anos depois, Joss reafirma a força e a energia de sua voz em um segundo projeto de covers, The Soul Sessions Vol. 2, recém-lançado no Brasil e no mundo pela Warner. É claro que o impacto é menor por já se tratar do sexto álbum solo de estúdio da cantora e compositora britânica. Dentro e fora dos estúdios, Joss Stone tem mostrado personalidade forte ao longo desses nove anos. Esse traço determinante de seu caráter transparece no disco. Novamente, a seleção de repertório foge do óbvio. A cantora tira do baú joias pouco lapidadas como Pillow Talk (Sylvia Robinson e Michael Burton), tema homônimo do sucesso de Doris Day, lançado em 1973 pela cantora norte-americana de soul Sylvia Robinson (1936 - 2011). Em Pillow Talk e na balada Then You Can Tell me Goodbye (John D. Lourdermilk, 1962), cover de Don Cherry, Joss lança mão de um registro mais suave de interpretação que nem sempre evidencia toda sua força vocal. São nas faixas mais enérgicas, como (For God's Sake) Give More Power To The People (Eugene Record), sucesso do grupo norte-americano The Chi-Lites em 1971, que Soul Sessions 2 bisa o êxito do primeiro volume. Difícil ficar imune ao poderio da cantora quando ela dá uma de Aretha Franklin em I Don't Want To Be With Nobody But You (Eddie Floyd e Joe Shamwell, 1974), outro destaque do repertório. No todo, o disco tem pegada. Nem o uso de cordas em temas como o funkeado I Got The... (Labi Siffre, 1975) adocica o álbum e as interpretações da cantora. Escorada no som azeitado de sua banda, Joss Stone consegue abordar com personalidade músicas como While You're Out Looking For Sugar (Ronald Dunbar e Edythe Wayne), gravada pelo grupo Honey Cone em 1969. Enfim, The Soul Sessions 2 expõe a alma de uma cantora de verdade, do tipo que se garante apenas com sua voz superheavy e com um repertório à altura dessa voz impregnada de soul, vigor e alma. E que venham mais sessões...
Ela é muito boa cantora, tem um estilo envolvente que me agrada bastante agora, Aretha é única.
Mauro, o grande Magro do mpb4 acabou de falecer. Já está sendo divulgado no facebook. Semana triste esta...
Abraço,.denilson
Grato, Denilson. Já estou sabendo e preparando o post. Abs, MauroF
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