Mauro Ferreira no G1

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segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Voz já lendária da música mexicana, Chavela Vargas sai de cena aos 93

"Sou Chavela Vargas, tenho 93 anos e estou gravando um disco para dar uma bofetada nos jovens que se sentem velhos", avisou Chavela Gargas (17 de abril de 1919 - 5 de agosto de 2012), pelo Twitter, em 18 de janeiro deste ano de 2012. Se tiver sido concluído e se for lançado, tal disco vai ser um trabalho póstumo dessa cantora nascida em San Joaquín de Flores, na Costa Rica, com o nome de Isabel Vargas Lizano. Aos 93 anos, Chavela - figura lendária que ganhou projeção mundial a partir dos anos 50 ao dar voz à música tradicional do México, em especial as rancheiras - saiu de cena saiu de cena no domingo, 5 de agosto, em Cuernavaca, cidade do México, vítima de insuficiência respiratória. O jeito e os figurinos masculinizados sinalizaram desde cedo uma homossexualidade que somente foi assumida publicamente pela cantora em memórias publicadas quando já contabilizava 81 anos. Um pouco depois, em 2002, a intérprete de Paloma Negra ganhou visibilidade adicional ao aparecer no filme Frida cantando sua música La Llorona. Aparição emblemática, já que Chavela teria tido um romance com Frida Khalo (1907 - 1954), a célebre pintora mexicana com quem a cantora conviveu bastante a partir dos anos 50. Na década de 50, Chavela começou carreira fonográfica que seguiria regular, contabilizando cerca de 80 álbuns (o último disco da intérprete, Por Mi Culpa!, saiu em 2010). Admirada pelo cineasta espanhol Pedro Almodóvar, que propagava gravações de Chavela em seus filmes e que se tornaria responsável pela redescoberta da artista em âmbito mundial nos anos 90, a cantora já havia se tornado um mito da canção tradicional mexicana com sua indumentária típica - que incluía um poncho vermelho - e sua forte personalidade. A sua saída de cena somente corrobora a força do mito.

2 comentários:

Mauro Ferreira disse...

"Sou Chavela Vargas, tenho 93 anos e estou gravando um disco para dar uma bofetada nos jovens que se sentem velhos", avisou Chavela Gargas (17 de abril de 1919 - 5 de agosto de 2012), pelo Twitter, em 18 de janeiro deste ano de 2012. Se tiver sido concluído e se for lançado, tal disco vai ser um trabalho póstumo dessa cantora nascida em San Joaquín de Flores, na Costa Rica, com o nome de Isabel Vargas Lizano. Aos 93 anos, Chavela - figura lendária que ganhou projeção mundial a partir dos anos 50 ao dar voz à música tradicional do México, em especial as rancheiras - saiu de cena saiu de cena no domingo, 5 de agosto, em Cuernavaca, cidade do México, vítima de insuficiência respiratória. O jeito e os figurinos masculinizados sinalizaram desde cedo uma homossexualidade que somente foi assumida publicamente pela cantora em memórias publicadas quando já contabilizava 81 anos. Um pouco depois, em 2002, a intérprete de Paloma Negra ganhou visibilidade adicional ao aparecer no filme Frida cantando sua música La Llorona. Aparição emblemática, já que Chavela teria tido um romance com Frida Khalo (1907 - 1954), a célebre pintora mexicana com quem a cantora conviveu bastante a partir dos anos 50. Na década de 50, Chavela começou carreira fonográfica que seguiria regular, contabilizando cerca de 80 álbuns (o último disco da intérprete, Por Mi Culpa!, saiu em 2010). Admirada pelo cineasta espanhol Pedro Almodóvar, que propagava gravações de Chavela em seus filmes e que se tornaria responsável pela redescoberta da artista em âmbito mundial nos anos 90, a cantora já havia se tornado um mito da canção tradicional mexicana com sua indumentária típica - que incluía um poncho vermelho - e sua forte personalidade. A sua saída de cena somente corrobora a força do mito.

Anônimo disse...

Seria a Angela Ro Ro do México?
Melhor dizendo, já que antiguidade é posto, a Ro Ro é a Chavela do Brasil.

PS: Que bela frase, mocinha!
Quero chegar aos noventa assim - lúcido!