quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Chico reforça 'Primavera Carioca' de Caetano ao som de Noel e Vinicius

Nem Caetano Veloso sabe dizer com precisão a data em que dividiu um palco com Chico Buarque pela última vez. Acha que foi em 1986 durante as gravações de Chico & Caetano, o programa que os dois cantores e compositores apresentavam juntos na TV Globo naquele ano. Mas foi em show na Praia de Copacabana no réveillon carioca, na virada de 1995 para 1996, há 16 anos. Por isso mesmo, o reencontro dos artistas no palco do Teatro Oi Casa Grande - no Rio de Janeiro (RJ), na noite de 11 de setembro de 2012 - tornou histórico o show Primavera Carioca, idealizado por Caetano em apoio ao político Marcelo Freixo, candidato à Prefeitura do Rio de Janeiro nas próximas eleições. Convidado especialíssimo do show do cantor baiano, o carioca Chico foi chamado ao palco com saudações afetuosas de Caetano ("Meu colega, meu querido amigo, meu amado Chico Buarque"). Juntos, os compositores fizeram ressoar suas vozes femininas ao cantarem Medo de Amar (1958) - uma das poucas músicas assinadas somente por Vinicius de Moraes (1913 - 1980) - em número que reiterou a evolução de Chico como intérprete ao longo dos últimos anos. Na sequência, sem Caetano, Chico cantou à sós com seu violão Futuros Amantes (1993), canção de sua autoria cuja letra cita a cidade do Rio de Janeiro, mote do roteiro arquitetado por Caetano para o show Primavera Carioca. Ainda dentro da geografia da cidade, os cantores voltaram a se reunir para reviver O X do Problema (1936), samba em que Noel Rosa (1910 - 1937) exalta o bairro do Estácio, celeiro de bambas cariocas. No bis, com adesão do Trio Preto + 1 (quarteto capitaneado pelo percussionista Pretinho da Serrinha), Caetano e Chico - vistos em foto de Mauro Ferreira - saúdaram o próprio samba, trilha sonora preferencial deste Rio de Janeiro eternamente 40 graus, ao juntarem vozes em A Voz do Morro (Zé Kétti, 1956). Sim, eles também são o samba e, mesmo que Caetano tenha vindo da amada Bahia, ambos são naturalmente do Rio de Janeiro.

8 comentários:

  1. Nem Caetano Veloso sabe dizer com precisão a data em que dividiu um palco com Chico Buarque pela última vez. Consta que foi em 1986 durante as gravações de Chico & Caetano, o programa que os dois cantores e compositores apresentavam juntos na TV Globo naquele ano. Por isso mesmo, o reencontro dos artistas no palco do Teatro Oi Casa Grande - no Rio de Janeiro (RJ), na noite de 11 de setembro de 2012 - tornou histórico o show Primavera Carioca, idealizado por Caetano em apoio ao político Marcelo Freixo, candidato à Prefeitura do Rio de Janeiro nas próximas eleições. Convidado especialíssimo do show do cantor baiano, o carioca Chico foi chamado ao palco com palavras afetuosas de Caetano ("Meu colega, meu querido amigo, meu amado Chico Buarque"). Juntos, os compositores fizeram ressoar suas vozes femininas ao cantarem Medo de Amar (1958) - uma das poucas músicas assinadas somente por Vinicius de Moraes (1913 - 1980) - em número que reiterou a evolução de Chico como intérprete ao longo dos últimos anos. Na sequência, sem Caetano, Chico cantou à sós com seu violão Futuros Amantes (1993), canção de sua autoria cuja letra cita a cidade do Rio de Janeiro, mote do roteiro arquitetado por Caetano para o show Primavera Carioca. Ainda dentro da geografia da cidade, os cantores voltaram a se reunir para reviver O X do Problema (1936), samba em que Noel Rosa (1910 - 1937) exalta o bairro do Estácio, celeiro de bambas cariocas. No bis, com adesão do Trio Preto + 1 (quarteto capitaneado pelo percussionista Pretinho da Serrinha), Caetano e Chico - vistos em foto de Mauro Ferreira - saúdaram o próprio samba, trilha sonora preferencial deste Rio de Janeiro eternamente 40 graus, ao juntarem vozes em A Voz do Morro (Zé Kétti, 1956). Sim, eles também são o samba e, mesmo que Caetano tenha vindo da amada Bahia, ambos são naturalmente do Rio de Janeiro.

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  3. A única coisa nada legal neste projeto aí é fazer show para apoiar candidatura de político. Isso não casa com o espírito libertário de Chico e Caetano. É bem contraditório isso, para não dizer outra coisa. Se bem que eles também já se libertaram desse espírito libertário há decadas... Essa atitude não é coisa de gente superbacana, viu, Caetano? Noel, Vinicius, você e Chico não combinam com isso. Parafraseando o próprio, alguma coisa está mesmo fora da nova ordem mundial.

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  4. Fui procurar saber mais a respeito desse candidato a prefeito, o Marcelo Freixo, e vi que o Caetano criou até um jingle para a campanha política dele. Inclusive a canção está no You Tube. Não sei se isso mais me espanta ou se é o fato de que o vice desse Freixo é o Marcelo Yuka. Sinceramente nem sabia que o Yuka estava envolvido com política. Ai, ai...

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  5. No reveillon de 1994/95, no show em homenagem a Tom Jobim, na praia de Copacabana, Caetano Veloso e Chico Buarque estiveram juntos no palco, e cantaram "Anos Dourados". Talvez tenha sido essa a última vez que dividiram o microfone.

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  6. Carlos, grato por sua contribuição. Foi mesmo nesse show em Copacabana. Já incorporei a informação ao texto. abs, MauroF

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  7. Política a parte, deve ter sido um baita show.

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