segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Daniel Lopes oferece algo além de refrãos no segundo CD solo, 'Bonito'

Resenha de CD
Título: Bonito
Artista: Daniel Lopes
Gravadora: Coqueiro Verde
Cotação: * * *

A despeito de ser aberto com parceria de Daniel Lopes com o artesão pop Leoni, Sem Flores, canção levada ao violão com adição das cordas da Orquestra Filarmônica de Praga, o segundo disco solo de Lopes, Bonito, se afasta do universo radiofônico perseguido por seu antecessor, Mais e Mais Refrões (2009), disco cujo título atropelou até as regras gramaticais para que seu intérprete enfatizasse a opção por cancioneiro enquadrado dentro da fórmula radiofônica. Bonito - ainda que reitere a irregularidade do repertório autoral do compositor carioca - oferece algo mais do que refrãos. Sem se afastar do universo pop, como deixam evidentes as arquiteturas de Sorcery (Daniel Lopes) e de Conchinchina, parceria de Lopes com Rodrigo Bittencourt (colega do artista no ótimo trio Les Pop), Bonito é disco de maior refinamento harmônico. O fino acabamento do álbum - produzido por Maycon Ananias com o próprio Daniel Lopes - valoriza temas inéditos como a valsa Pina (Daniel Lopes) e Coldest Heart, balada cool prejudicada pelo canto amador de Luiza Souto, coautora e convidada da faixa. As duas parcerias do artista com a atriz Juliana Didone - a balada Visão do Mesmo (cantada por Lopes em dueto com Lia Sabugosa) e a canção folk Clumsy Walk - reforçam a estética cool de um disco que flerta com o mundo da MPB em Distância (Daniel Lopes e Omar Salomão), bonita canção incrementada com a participação de Milton Nascimento (cantando em tons ternos). Bonito é ambientado em clima ameno e nem a presença da Orquestra Filarmônica de Praga em temas como Mercedes (Daniel Lopes) quebra a leveza do CD, que representa upgrade na (curta) discografia solo do artista carioca, agora preocupado com algo mais do que os refrãos.

3 comentários:

  1. A despeito de ser aberto com parceria de Daniel Lopes com o artesão pop Leoni, Sem Flores, canção levada ao violão com adição das cordas da Orquestra Filarmônica de Praga, o segundo disco solo de Lopes, Bonito, se afasta do universo radiofônico perseguido por seu antecessor, Mais e Mais Refrões (2009), disco cujo título atropelou até as regras gramaticais para que seu intérprete enfatizasse a opção por cancioneiro enquadrado dentro da fórmula radiofônica. Bonito - ainda que reitere a irregularidade do repertório autoral do compositor carioca - oferece algo mais do que refrãos. Sem se afastar do universo pop, como deixam evidentes as arquiteturas de Sorcery (Daniel Lopes) e de Conchinchina, parceria de Lopes com Rodrigo Bittencourt (colega do artista no ótimo trio Les Pop), Bonito é disco de maior refinamento harmônico. O fino acabamento do álbum - produzido por Maycon Ananias com o próprio Daniel Lopes - valoriza temas inéditos como a valsa Pina (Daniel Lopes) e Coldest Heart, balada cool prejudicada pelo canto amador de Luiza Souto, coautora e convidada da faixa. As duas parcerias do artista com a atriz Juliana Didone - a balada Visão do Mesmo (cantada por Lopes em dueto com Lia Sabugosa) e a canção folk Clumsy Walk - reforçam a estética cool de um disco que flerta com o mundo da MPB em Distância (Daniel Lopes e Omar Salomão), bonita canção incrementada com a participação de Milton Nascimento (cantando em tons ternos). Bonito é ambientado em clima ameno e nem a presença da Orquestra Filarmônica de Praga em temas como Mercedes (Daniel Lopes) quebra a leveza do CD, que representa upgrade na (curta) discografia solo do artista carioca, agora preocupado com algo mais do que os refrãos.

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  2. Eu ouvi dizer que esse disco é bom. Vou esperar para conferir o resultado final. Desde o fim da semana retrasada ele já está disponível para audição na Oi Rdio.

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  3. E a canção "Medo de Avião"? É composta por quem? Você falhou ao não noticiar sobre essa canção, Mauro.

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