Mauro Ferreira no G1

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domingo, 16 de setembro de 2012

Fiel ao pop, Usher tenta renovar seu r & b no erotizado 'Looking 4 Myself'

Resenha de CD
Título: Looking 4 Myself
Artista: Usher
Gravadora: RCA Records / Sony Music
Cotação: * * *

O título do sétimo álbum de estúdio de Usher, Looking 4 Myself, sugere busca existencial que não se concretiza nos versos do disco formatado por time de produtores recorrentes no universo pop dos Estados Unidos. Nomes como will.i.am, Pharrell Williams, Diplo, Max Martin, Shellback e Salaam Remi -  para citar  somente os mais hypados - impedem que a renovação se torne realidade do ponto de vista musical. Se o cantor e compositor norte-americano tentou de fato seguir outros caminhos no álbum, como vem alardeando em entrevistas, essa tentativa precisa ser mais intensificada em um próximo disco feito sem tanto medo de remexer na fórmula do sucesso. Apesar da salutar imersão no mundo do soul em Twisted (a mais surpreendente das 18 faixas da Deluxe Edition do álbum) e do flerte dance com o europop (mais perceptível na eletrizante Can't Stop Won't Stop), Looking 4 Myself rebobina a rigor o som habitual de Usher. Em bom português, o disco recicla a mesma erotizada mistura de r & b com o pop industrializado (Scream teve reconhecida sua nítida vocação para hit  ao ser eleita um dos singles do álbum), com a música moldada para as pistas (Euphoria) e com o rap (mote de Lemme See por conta da participação de Rick Ross). O problema é que, ao longo de seus quase 72 minutos, Looking 4 Myself resulta longo e cansativo em faixas como Dive e Lessons For The Lover. De todo modo, há destaques no disco, caso de Climax, balada r & b de clima eletrônico, cantada em falsete por Usher, num tom sexy que se banaliza com avanço do CD. Looking 4 Myself é bom, mas Usher poderia ir mais fundo na sua busca existencial e musical.

Um comentário:

Mauro Ferreira disse...

O título do sétimo álbum de estúdio de Usher, Looking 4 Myself, sugere busca existencial que não se concretiza nos versos do disco formatado por time de produtores recorrentes no universo pop dos Estados Unidos. Nomes como will.i.am, Pharrell Williams, Diplo, Max Martin, Shellback e Salaam Remi - para citar somente os mais hypados - impedem que a renovação se torne realidade do ponto de vista musical. Se o cantor e compositor norte-americano tentou de fato seguir outros caminhos no álbum, como vem alardeando em entrevistas, essa tentativa precisa ser mais intensificada em um próximo disco feito sem tanto medo de remexer na fórmula do sucesso. Apesar da salutar imersão no mundo do soul em Twisted (a mais surpreendente das 18 faixas da Deluxe Edition do álbum) e do flerte dance com o europop (mais perceptível na eletrizante Can't Stop Won't Stop), Looking 4 Myself rebobina a rigor o som habitual de Usher. Em bom português, o disco recicla a mesma erotizada mistura de r & b com o pop industrializado (Scream teve reconhecida sua nítida vocação para hit ao ser eleita um dos singles do álbum), com a música moldada para as pistas (Euphoria) e com o rap (mote de Lemme See por conta da participação de Rick Ross). O problema é que, ao longo de seus quase 72 minutos, Looking 4 Myself resulta longo e cansativo em faixas como Dive e Lessons For The Lover. De todo modo, há destaques no disco, caso de Climax, balada r & b de clima eletrônico, cantada em falsete por Usher, num tom sexy que se banaliza com avanço do CD. Looking 4 Myself é bom, mas Usher poderia ir mais fundo na sua busca existencial e musical.