sábado, 22 de setembro de 2012

Fiel ao rock de garagem, álbum 'Lex Hives' esbanja energia e jovialidade

Resenha de CD
Título: Lex Hives
Artista: The Hives
Gravadora: ColumbiaSony Music
Cotação: * * * *

Não fosse o EP Tarred and Feathered (2010), o quinto álbum do grupo The Hives, Lex Hives, até poderia ser caracterizado como uma volta às origens do quarteto sueco. Mas houve esse EP de covers em que o Hives reavivou o espírito garageiro de seu rock. Espírito que tinha sido diluído no diversificado álbum anterior da banda, The Black and White Album (2007), mas que volta a mover o som do grupo neste Lex Hives. Recém-lançado no Brasil pela Sony Music, Lex Hives esbanja energia e jovialidade ao longo de suas 12 faixas, gravadas ao longo dos últimos dois anos, em diferentes estúdios, e condensadas no disco em 31 minutos de diversão pura e simples. Rocks como Patrolling Days e If I Had a Cent exibem pegada punk que não os deixaria deslocados nos anos 70. Por mais que esses temas sejam simulacros dos rocks de alma genuinamente punk, eles funcionam e dão coesão a Lex Hives. O álbum soa coerente com a caminhada iniciada pelo Hives em 1993. Faixas enérgicas como Come On! (turbinada com sample de multidão em êxtase diante de algum show de rock), Go Right Ahead, 1000 Answers e I Want More indicam que o Hives quer somente (se) divertir e sinalizam sintonia com o som ouvido no primeiro álbum do grupo, Barely Legal (1997), lançado há 15 anos. Nem a presença de uma balada, Without The Money, quebra o clima festivo do disco. Como Peter Pans do universo pop, os integrantes do Hives se recusam a crescer. E Lex Hives mostra que isso é positivo em um mundo habitado por roqueiros que por vezes se levam demasiadamente a sério.

2 comentários:

  1. Não fosse o EP Tarred and Feathered (2010), o quinto álbum do grupo The Hives, Lex Hives, até poderia ser caracterizado como uma volta às origens do quarteto sueco. Mas houve esse EP de covers em que o Hives reavivou o espírito garageiro de seu rock. Espírito que tinha sido diluído no diversificado álbum anterior da banda, The Black and White Album (2007), mas que volta a mover o som do grupo neste Lex Hives. Recém-lançado no Brasil pela Sony Music, Lex Hives esbanja energia e jovialidade ao longo de suas 12 faixas, gravadas ao longo dos últimos dois anos, em diferentes estúdios, e condensadas no disco em 31 minutos de diversão pura e simples. Rocks como Patrolling Days e If I Had a Cent exibem pegada punk que não os deixaria deslocados nos anos 70. Por mais que esses temas sejam simulacros dos rocks de alma genuinamente punk, eles funcionam e dão coesão a Lex Hives. O álbum soa coerente com a caminhada iniciada pelo Hives em 1993. Faixas enérgicas como Come On! (turbinada com sample de multidão em êxtase diante de algum show de rock), Go Right Ahead, 1000 Answers e I Want More indicam que o Hives quer somente (se) divertir e sinalizam sintonia com o som ouvido no primeiro álbum do grupo, Barely Legal (1997), lançado há 15 anos. Nem a presença de uma balada, Without The Money, quebra o clima festivo do disco. Como Peter Pans do universo pop, os integrantes do Hives se recusam a crescer. E Lex Hives mostra que isso é positivo em um mundo habitado por roqueiros que por vezes se levam demasiadamente a sério.

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