Mauro Ferreira no G1

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quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Sem clonar som do Maiden, Harris dá peso próprio ao rock de British Lion

Resenha de CD
Título: British Lion
Artista: Steve Harris
Gravadora: EMI Music
Cotação: * * *

Primeiro álbum solo de Steve Harris, British Lion apresenta um rock tocado com o peso próprio do baixista do Iron Maiden. Sem jamais tentar clonar o som do grupo britânico, um dos ícones mundiais do heavy metal, o disco esboça um mundo e um som particular para Harris sem reinventar a roda do rock pesado. Em essência, o que se ouve em British Lion é hard rock com maior ou menor peso. Os rocks mais pesados, como This Is My God e Karma Killer, evidenciam de cara que o maior problema do CD solo de Harris reside na escolha de Richard Taylor para cantar as dez músicas inéditas da lavra de Harris. Um vocalista de maior peso - como Bruce Dickinson, por exemplo - abrilhantaria temas como The Chosen Ones e A World Without Heaven, realçando a melancolia que há, por exemplo, em Lost Worlds. Mas British Lion é - cabe lembrar - o disco solo de um baixista. É o baixo de Harris que por vezes salta aos ouvidos com mais força do que a voz de Taylor ao longo deste álbum em que o artista expõe seu orgulho britânico entre rocks e baladas como One Lesson, Eyes of the Young e Us Against the World (esta no limite entre o rock e balada - fronteira tênue em British Lion). O leão britânico ruge com personalidade própria, sem querer se impor como o rei da selva metaleira.

Um comentário:

Mauro Ferreira disse...

Primeiro álbum solo de Steve Harris, British Lion apresenta um rock tocado com o peso próprio do baixista do Iron Maiden. Sem jamais tentar clonar o som do grupo britânico, um dos ícones mundiais do heavy metal, o disco esboça um mundo e um som particular para Harris sem reinventar a roda do rock pesado. Em essência, o que se ouve em British Lion é hard rock com maior ou menor peso. Os rocks mais pesados, como This Is My God e Karma Killer, evidenciam de cara que o maior problema do CD solo de Harris reside na escolha de Richard Taylor para cantar as dez músicas inéditas da lavra de Harris. Um vocalista de maior peso - como Bruce Dickinson, por exemplo - abrilhantaria temas como The Chosen Ones e A World Without Heaven, realçando a melancolia que há, por exemplo, em Lost Worlds. Mas British Lion é - cabe lembrar - o disco solo de um baixista. É o baixo de Harris que por vezes salta aos ouvidos com mais força do que a voz de Taylor ao longo deste álbum em que o artista expõe seu orgulho britânico entre rocks e baladas como One Lesson, Eyes of the Young e Us Against the World (esta no limite entre o rock e balada - fronteira tênue em British Lion). O leão britânico ruge com personalidade própria, sem querer se impor como o rei da selva metaleira.