quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Primeiro álbum de Melody's Echo Chamber vai sair no Brasil via Vigilante

Projeto solo da cantora e compositora francesa Melody Prochet, Melody's Echo Chamber vai ter seu primeiro homônimo álbum - recém-lançado na Europa pelo selo indie Fat Possum - editado no Brasil em novembro de 2012 pelo selo Vigilante, da gravadora Deck. O CD Melody's Echo Chamber é fruto da conexão de Prochet com o cantor, compositor e multi-instrumentista australiano Kevin Parker, o produtor do disco, gravado entre a casa de praia dos avós da cantora em Cavalière (França) e o estúdio da casa de Parker em Perth (Austrália) com influências de glam rock, folk, hard rock e dos sons psicodélicos dos anos 60. Eis as 11 faixas de Melody's Echo Chamber, álbum quase inteiramente cantado em inglês por Melody Prochet:

1. I Follow You
2. Crystallized
3. You Wont Be Missing That Part of Me
4. Some Time Alone, Alone
5. Bisou Magique
6. Endless Shore
7. Quand Vas Tu Rentrer?
8. Mount Hopeless
9. Is That What You Said
10. Snowcapped Andes Crash
11. Be Proud of Your Kids

Zeca vai de Adoniran a Vanzolini ao festejar 30 anos de carreira em DVD

Revelado por Beth Carvalho em 1983 através de participação no álbum Suor no Rosto, no qual dividiu a faixa Camarão que Dorme a Onda Leva com a sambista, Zeca Pagodinho vai festejar 30 anos de carreira em 2013 com o lançamento de CD e DVD cujo repertório é formado por regravações de sambas inéditos na voz do cantor. A seleção vai de Trem das Onze (Adoniran Barbosa) a Volta por Cima (Paulo Vanzolini), passando por Só o Ôme (Edenal Rodrigues) - tema que inspirou o título de Eis o Ôme, único álbum de Noriel Vilela (???? - 1974), artista carioca projetado no grupo vocal Cantores de Ébano - e por Eu Agora Sou Feliz, parceria de Mestre Gato com Jamelão (1913 - 2008), gravada por Elza Soares em 1969 no álbum Elza, Carnaval & Samba. Está previsto um dueto de Zeca - visto em foto de Guto Costa - com Marisa Monte.

'Krishnanda', o cultuado disco de Pedro Santos, ganha reedição em vinil

Com texto de Kassin na contracapa, a reedição em vinil de Krishnanda - álbum filosófico do percussionista e compositor carioca Pedro Santos (1919 - 1993), também conhecido como Pedro Sorongo e Pedro da Lua - chega às lojas em novembro de 2012, via Polysom, pondo fim à procura em sebos de um dos discos mais cultuados, raros e influentes da música brasileira dos anos 60. Formatado pelo próprio artista no estúdio da CBS, com arranjos de Jopa Lins (codinome de José Pacheco Lins) e o aval de Hélcio Milito (então no posto de Diretor de Produção da gravadora), Krishnanda foi lançado em 1968 e, apesar da inventividade de seu som percussivo e da influência que teve em músicos da época, caiu logo no esquecimento - até começar a ser cultuado pelo Universo Pop nos anos  2000 quando começou a circular pela internet em MP3 e no mercado europeu em edições piratas. Criador de instrumentos como o berimboca (o berimbau de boca) e a tamba (bateria com bambu criada com Milito e origem do nome do Tamba Trio), Santos apresentou em Krishnanda temas autorais como Ritual Negro, Água Viva, Advertência, Flor de Lótus, DualDentro da Selva, Savana e Desengano da Visita.

'North' sinaliza que Matchbox Twenty volta ao disco sem direção e força

Resenha de CD
Título: North
Artista: Matchbox Twenty
Gravadora: Atlantic Records / Warner Music
Cotação: * * 

Ao contrário do que sinaliza o título North, o primeiro álbum de estúdio do Matchbox Twenty em dez anos parece caminhar sem direção. Enquanto as baladas Overjoyed (Rob Thomas, Paul Doucette e Kyle Cook) e I Will (Rob Thomas, Paul Doucette e Kyle Cook) remetem a sons recorrentes na discografia do grupo norte-americano com suas levadas conduzidas ao violão, faixas como Put Your Hands Up (Rob Thomas) e Our Song (Rob Thomas) fazem o Matchbox Twenty transitar sem identidade pelo caminho asséptico do rock dançante, turbinado com dose maior ou menor de eletrônica. Como já sinalizara também o fraco single She's So Mean (Rob Thomas, Paul Doucette e Kyle Cook), lançado em junho de 2012 para dar início aos trabalhos promocionais do álbum, o grupo parece ter perdido sua pegada autoral. Das 15 músicas de North, a única realmente digna de figurar numa antologia do Matchbox Twenty é Parade (Rob Thomas), canção de beleza envolvente, à altura da voz ainda em forma de Rob Thomas. Em maior velocidade, o rock Radio (Rob Thomas e Paul Doucette) também se destaca e mostra que o grupo tenta com North reencontrar seu lugar no universo pop. Mas lhe falta um norte...

Johnny Marr vai lançar o primeiro álbum solo, 'The Messenger', em 2013

Um dos fundadores do grupo britânico The Smiths, o compositor e guitarrista inglês Johnny Marr vai lançar, enfim, seu primeiro álbun solo. The Messenger tem lançamento previsto para o primeiro semestre de 2013. Lockdown é uma das músicas inéditas do repertório. Após o fim precoce dos Smiths em 1987, Marr tocou em bandas como The The, Modest Mouse e The Cribs.

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Page remasteriza álbuns do Led Zeppelin para edições com faixas-bônus

A edição em novembro de 2012 de Celebration Day - CD / DVD / blu-ray que perpetua o show feito pelo Led Zeppelin em 10 de dezembro de 2007, em Londres, em tributo a Ahmet Ertegun (1923 - 2006), fundador da Atlantic Records - é o primeiro dos muitos lançamentos que vão revitalizar o catálogo do grupo britânico. Jimmy Page - à direita na foto tirada com John Paul Jones e Robert Plant  (ao centro) - revelou que trabalha na remasterização dos álbuns da banda para reedições a serem lançadas em 2013 com material-bônus. A ideia é relançar cada álbum em box especial com fonogramas adicionais que expandirão o repertório de cada disco.

Saulo Fernandes se prepara para deixar posto de vocalista da Banda Eva

A informação não é oficial, mas a saída de Saulo Fernandes do posto de vocalista da Banda Eva - na qual o cantor ingressou em 2002 para substituir Emanuelle Araújo - já é tida como certa e irreversível nos bastidores do mercado de música afro-pop-baiana. Consta que Saulo vai sair efetivamente da Eva no Carnaval de 2013, passando o microfone para Felipe Pezzoni, egresso da banda baiana Mil Verões. O último álbum da Banda Eva, CNRT - Conexão Nagô Rede Tambor, foi disco duplo conceitual que, na contramão dos registros ao vivo de shows que dominam a indústria da axé music, apresentou 30 músicas inéditas, todas gravadas em estúdio.

Karen Souza aloca 'Dindi' entre os temas autorais de seu CD 'Hotel Souza'

Embora seja o segundo CD assinado pela cantora e compositora argentina Karen Souza, Hotel Souza pode ser encarado como o primeiro álbum da artista. Afinal, seu antecessor - Essentials (2011), lançado pela mesma Music Brokers que edita Hotel Souza neste mês de outubro de 2012 - era, a rigor, compilação com gravações feitas por Souza para a série Jazz and the '70s, Jazz and the '80s e Jazz and the '90. Produzido e arranjado por Joel McNeely, Hotel Souza aloca um dos muitos clássicos mundiais de Antonio Carlos Jobim - Dindi, na versão em inglês assinada por Ray Gilbert - entre músicas da lavra própria da cantora de pop jazz. Com parceiros como Joel McNeely e o pianista Dany Tomas, produtor da faixa I Heard It Through The Grapevine (Norman Whitfield e Barrett Strong), Souza apresenta temas autorais como Paris, Night Demon, Wake UpI've Got It Bad, Break My Heart e Full Moon.

Banda Uó perde o bonde (do Rolê) e soa mais brega do que tecno em 'Motel'

Resenha de CD
Título: Motel
Artista: Banda Uó
Gravadora: Deck
Cotação: * * 1/2

 Trio goiano de tecnobrega, sucesso na internet com seu EP Me emoldurei de presente pra te ter (2011),  a Banda Uó soa mais brega do que tecno neste primeiro álbum, Motel, recém-lançado pela Deck no formato de CD físico quase dois meses após ter sido disponibilizado para audição pelo grupo.  Faixas como Malandro (Hugo Passaquin, Davi Sabbag e Mateus Carrilho), Vânia (Davi Sabbag e Mateus Carrilho) - batidão funk de alto teor erótico sobre a periguete que dá nome ao tema - e Gringo (Diplo, Davi Sabbag, Mateus Carrilho, Mel Gonçalves, Rodrigo Curado e Pedro D'Eyrot) sinalizam que a Banda Uó tenta em vão pegar o bonde. O Bonde do Rolê, grupo do qual parece xerox apagada. A diferença é que a Uó mergulha sem maquiagem no universo brega. Cowboy (Mateus Carrilho e Davi Sabbag) é balada que se ajustaria bem ao repertório de qualquer cantor de sertanejo universitário, se descontada a sutileza de versos animais como "Eu fui só a égua que você galopou"Búzios do  Coração (Davi Sabbag) é axé sem vergonha, mas com jeito de hit popular. Castelo de areias (Davi Sabbag, Mateus Carrilho e Mel Gonçalves) explicita o lado brega da banda. Dentro desse universo kitsch, Preta Gil fica totalmente à vontade em Nêga Samurai (Davi Sabbag, Mateus Carrilho, Mel Gonçalves, Rodrigo Gorky e Pedro D'Eyrot), no papel-título da nêga que rouba o boy da amiga-rival. I <3 cafuçu (Davi Sabbag, Mateus Carrilho e Mel Gonçalves) exalta o poder sexual da raça em mistura tecnobrega que evoca na letra tanto O xote das meninas (Luiz Gonzaga e Zé Dantas) quanto Meu ébano (Nenéo), hit de Alcione. Um dos pontos mais baixos do disco, Cavalo de fogo (Mudance, Davi Sabbag e Mateus Carrilho) realça o tom repetitivo adquirido pelo álbum ao longo de suas 13 faixas. Show da Rita (Davi Sabbag, Mateus Carrilho, MC Candy, Mel Gonçalves e Pedro D'Eyrot) narra o frenesi de show da chacrete Rita Cadillac em prisões enquanto Chorei (Davi Sabbag, Mateus Carrilho e Pedro D'Eyrot) cai no forró eletrônico com o despudorado estilo brega da Uó. Se o Bonde do Rolê faz baile globalizado que tritura até o brega em seu caldeirão cult, a Banda Uó perde o bonde ao usar o brega como (sua) única matéria-prima.

CD feito por Mazzer via Pimba dá visibilidade a compositores do Paraná

Parceria de Simone Mazzer com Silvio Ribeiro e Elton Mello, composta na época em que a cantora e atriz integrava a banda paranaense Chaminé Batom, Férias em Videotape é - em princípio - o título do álbum que a artista vai lançar em 2013 pelo selo Pimba, associado à gravadora Dubas Música. Tal como o show que vai voltar ao cartaz no Rio de Janeiro (RJ) em 8 de novembro de 2012, o CD - a ser gravado por Mazzer sob direção artística de Leonel Pereda e Ronaldo Bastos - dá visibilidade a compositores do Paraná, em especial de Londrina, cidade natal da intérprete. Bernardo Pellegrini assina Dei Um Beijo na Boca do Medo e Essa Mulher. Estrela Blue leva a assinatura de Maurício Arruda Mendonça. Já Robinson Borba é o autor do já disponibilizado single Mente, Mente, música lançada em 1986 na trilha sonora do filme Cidade Oculta e no LP Bugre, de Ney Matogrosso. Férias em Videotape é o segundo CD de Mazzer.

Quarto solo de Herbert, 'Victoria' sai em novembro com capa de Barrão

Com capa assinada pelo artista plástico carioca Barrão, o quarto disco solo de Herbert Vianna, Victoria, vai ser lançado em novembro de 2012 pelo selo Oi Música. O título do primeiro CD solo do vocalista e guitarrista do trio carioca Paralamas do Sucesso desde O Som do Sim (2000) alude ao nome da inglesa Victoria Lucy Needham Vianna, mulher de Herbert, morta em fevereiro de 2001 no acidente de ultraleve que deixou o músico paraplégico. Produzido, gravado e mixado por Chico Neves no Estúdio 304, no Rio de Janeiro (RJ), Victoria traz 20 músicas compostas por Herbert, quase todas gravadas por outros artistas, caso de Se Eu Não Te Amasse Tanto Assim (Herbert Vianna e Paulo Sérgio Valle, 1999), sucesso na voz de Ivete Sangalo. O disco foi gravado por Herbert somente com Chico Neves. Além de dar voz às músicas, Herbert tocou violão, guitarra e percussão. Já Neves tocou minimoog (sintetizador analógico usado nos anos 70), baixo, violão, teclados, xilofone e sitar, além de criar os efeitos.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Cidade verte hit dos Monkees no CD 'Hei, Afro!' sob produção de Liminha

Parceria de Neil Sedaka com Carole Bayer Sager, gravada pelo grupo norte-americano The Monkees em seu segundo álbum (More of the Monkees, 1967), When Love Comes Knockin' (At Your Door) ganha versão em português - intitulada Ninguém Pode Duvidar de Jah e produzida por Liminha - no álbum que marca a volta do vocalista Toni Garrido ao grupo de reggae Cidade Negra. Nas lojas na primeira quinzena de novembro de 2012, em edição da Som Livre, o álbum Hei, Afro! apresenta músicas inéditas como Menino Rei, Naturaleza, Paiol de Pólvora, Contato, Mole de Amor e Diamantes (tema já posto em rotação na internet pelo Cidade Negra no primeiro semestre do ano assim como a citada versão Ninguém Pode Duvidar de Jah). O próprio grupo da Baixada Fluminense (RJ) - atualmente reduzido a um trio que, além de Garrido, é formado pelo baixista Bino Farias e o baterista Lazão - assina a produção do disco, mas duas faixas, Don't Wait e a tal Ninguém Pode Duvidar de Jah,foram pilotadas por Liminha.

Sem identidade, Rita Ora soa como mera xerox de colegas no álbum 'Ora'

Resenha de CD
Título: Ora
Artista: Rita Ora
Gravadora: Sony Music
Cotação: * * 

É difícil encontrar em Ora - o primeiro álbum de Rita Ora, lançado no Brasil pela Sony Music  neste mês de outubro de 2012 - algum traço determinante capaz de delinear uma identidade própria para esta cantora e compositora de origem albanesa, nascida em Kosovo e naturalizada britânica. No embalo de dois singles alçados quase instantaneamente ao topo da parada do Reino Unido, How We Do (Party) e R.I.P., Ora foi despejado no mercado comum da música com o vasto time de produtores - Diplo, Greg Kurstin, Stargate, The Dream, The Runners e will.i.am, entre outros nomes - habitualmente recrutados para formatar discos de cantoras que rebobinam a já trivial mistura de pop, dance, r & b e rap. Ora faz Rita soar como mera xerox de Rihanna e Cia. e sequer esboça uma marca pessoal para artista. Se Facemelt tem algo do batidão funkeado de M.I.A., Shine Ya Light evoca a pegada do eurodance. Radioactive não deixa dúvida de que Rita Ora se joga na mesma pista de suas colegas - inclusive com o já obrigatório flerte com o universo do hip hop, mote em Ora de faixas como Love and War (na qual figura J. Cole). A robótica Fall In Love (tema produzido e gravado com a adesão de will.i.am) e a balada Hello, Hi, Goodbye reforçam a impressão de que Ora é álbum fabricado com já desgastada fórmula industrializada que inclui doses estéreis de sensualidade. E, justiça seja feita, nessa seara Rihanna se sai bem melhor do que Rita Ora.

Com o Canal Brasil, Lua finaliza e viabiliza a edição do DVD de Amelinha

Parceria do Canal Brasil com a gravadora Lua Music permitiu ao produtor Thiago Marques Luiz finalizar a edição do primeiro DVD de Amelinha. O registro ao vivo do show Janelas do Brasil - captado em 16 de maio de 2012 em apresentação no Teatro Fecap, em São Paulo (SP), que teve participações de Fagner, Toquinho e Zeca Baleiro - será lançado em 2013 nos formatos de CD e DVD. O CD ao vivo terá 16 dos 18 números do DVD. Inspirado no disco de estúdio editado em 2011 pela Joia Moderna, o show foi feito com os violonistas Dino Barioni e Emiliano Castro.

'Rehab' de Armstrong faz Green Day antecipar lançamento do álbum ¡Tré!

A internação do vocalista e guitarrista do trio norte-americano Green Day, Billie Joe Armstrong, para tratamento de dependência de álcool e drogas levou o grupo a antecipar a edição de ¡Tré!, terceiro álbum da trilogia power pop da banda. Previsto para ser lançado em 15 de janeiro de 2013, o CD ¡Tré!  vai chegar às lojas dos Estados Unidos a partir de 11 de dezembro de 2012. Já o CD ¡Dos! teve seu lançamento nos EUA mantido para 13 de novembro.

'Angel' revela 'Dreamchaser', álbum que Brightman vai lançar em janeiro

Em rotação na internet desde que foi disponibilizado para audição por Sarah Brightman em 25 de setembro de 2012, o single Angel anuncia o 11º álbum de estúdio da cantora inglesa, Dreamchaser, cujo lançamento está programado para 22 de janeiro de 2013. Com sua bela e extensa voz de soprano, Brightman foi uma das pioneiras na abordagem pop da música clássica.

domingo, 28 de outubro de 2012

Burocracia com autorizações de 'samples' atrasa o sétimo CD solo de D2

Anunciado desde julho de 2012 pela EMI Music através do single Eu Já Sabia, o sétimo álbum solo do rapper carioca Marcelo D2, Nada Pode me Parar, vai ser lançado efetivamente em novembro, mas já era para ter chegado às lojas. A demora na obtenção das autorizações dos samples utilizados nas 16 faixas vem atrasando a edição do disco. Sucessor de Marcelo D2 Canta Bezerra da Silva (2010), Nada Pode me Parar enfileira no inédito repertório temas autorais como MD2 (A Sigla no Tag), Você Diz que o Amor Não Dói, A Cara do Povo, 4:20, Abre Alas, Na Veia e Rio (Puro Suco), entre outros. O time internacional de convidados inclui o cantor norte-americano de soul, rap e r & b Aloe Blacc (na faixa Danger Zone), o rapper norte-americano Like (na música Livre) e a rapper norte-americana Joya Bravo (em Feeling Good).

Limp Bizkit faz clipe de 'Ready to Go' enquanto inédita 'Lightz' cai na rede

Enquanto o Limp Bizkit prepara o clipe da música Ready to Go, gravada com o rapper Lil Wayne e apresentada em março de 2012 para marcar a estreia do grupo na gravadora Cash Money Records, outra inédita do quinteto de nu metal entra em rotação na internet. Trata-se de Lightz (City of Angels), música que atenua o peso do rock do Limp Bizkit. Posto na rede com vídeo, o tema integra o repertório do sexto álbum de estúdio da banda, The Stampede of the Disco Elephants, previsto para ser lançado em 2013. Paralelamente, o Limp Bizkit já prepara também The Unquestionable Truth (Part 2), a sequência do EP que editou em 2005.

Simone lança em 2013 o disco comemorativo de seus 40 anos de carreira

Sem lançar disco desde 2010, ano em que editou o CD/DVD Em Boa Companhia via Biscoito Fino, Simone - em foto de Leonardo Aversa - prepara para 2013 o disco comemorativo de seus 40 anos de carreira fonográfica, iniciada em 1973 (na gravadora Odeon) com o álbum Simone.

Madonna é a cantora que mais vendeu singles na história do Reino Unido

Madonna é a cantora que mais vendeu singles na história da indústria do disco no Reino Unido. Aos 30 anos de carreira fonográfica, a artista norte-americana lidera a lista das 10 cantoras divulgada pela empresa que há 60 anos monitora as vendas de discos no Reino Unido, The Official Charts Company. Desde 1984, ano em que lançou seu primeiro single no Reino Unido (Holiday), Madonna já vendeu 17,8 milhões de singles. Contudo, cantoras com menor tempo de carreira - como Rihanna e Lady Gaga, por exemplo - venderam comparativamente mais singles ao longo de suas trajetórias. Eis a lista com as 10 campeãs de vendas do Reino Unido:

1. Madonna (17,8 milhões)
2. Rihanna (11,4 milhões)
3. Kylie Minogue (10,2 milhões)
4. Whitney Houston (8,5 milhões)
5. Lady Gaga (7,329 milhões)
6. Britney Spears (7,324 milhões)
7. Beyoncé (6,9 milhões)
8. Celine Dion (6,7 milhões)
9. Mariah Carey (6,62 milhões)
10. Olivia Newton-John (6,61 milhões)

William Magalhães tira sabor da salada mista de Sabah em Amor Canalha

Resenha de CD
Título: Amor Canalha
Artista: Karla Sabah
Gravadora: LGK Music / Microservice
Cotação: * *

Herdeiro do suingue da banda carioca Black Rio, o multi-instrumentista William Magalhães foi recrutado por Karla Sabah para fazer a produção musical e os arranjos do quarto álbum solo da cantora e compositora, Amor Canalha, lançado neste mês de outubro de 2012 pela LGK Music com distribuição da Microservice. Ao pilotar as programações e quase todos os instrumentos das 14 faixas do disco, produzido sob a direção artística de Sabah, Magalhães acabou forjando suingue black sem alma, plastificado, que tira o sabor da salada mista experimentada pela artista em repertório que vai de balada soul de Tim Maia (1942 - 1998) - New Love, pérola escondida no quarto álbum do Síndico, Tim Maia (1973) - a dois temas do cancioneiro desencanado do grupo paulista Ultraje a Rigor, Volta Comigo (Roger Rocha Moreira, 1989) e Zoraide (Roger Rocha Moreira,1985), passando por canção antiga do repertório de Roberto Carlos, Pra Ser Só Minha Mulher (Ronnie Von e Tony Osanah, 1977), já revisitada por Otto em disco de 2003. Com a ressalva de que Zoraide cai bem no balanço do disco, o fato é que quase nada seduz. As acaloradas músicas inéditas do disco - Já É (Johan Luzi, William Magalhães e Karla Sabah), ambientada em clima de samba-funk com a cuíca adicional de Mafram do Maracanã, e Click no Meu Link (Johan Luzi, William Magalhães e Karla Sabah) - estão em sintonia contemporânea com o tom popular do nome do disco Amor Canalha, cuja eletrônica faixa-título é parceria de Sabah com Meg&Nil. Mas o baile black de Sabah jamais chega a empolgar. Se há algum resquício de verdade na interpretação de Mamãe Coragem (Caetano Veloso e Torquato Neto, 1968), a melhor faixa de disco cheio de tropeços, a abordagem de Minha (Cartola, 1976) dilui toda a beleza e poesia do samba de Cartola (1908 - 1980) ao enquadrá-lo na linha suingante que padroniza o repertório. Não me Quebro à Toa (Oswaldo Melodia, 2008) e Mulher que Não Dá Samba (Paulo Vanzolini, 1974) - duas joias que mereciam sair do baú - já haviam mostrado no começo do álbum que Sabah cai no samba sem propriedade e sem intimidade com o gênero. O fato de a faixa Baby (Caetano Veloso, 1968) ter tido sua produção confiada a Thomas Gruetzmacher sinaliza que Sabah talvez pudesse ter diversificado o time de produtores e músicos do disco para que o eclético repertório do CD tivesse tido suas nuances valorizadas. Do jeito que o repertório de Amor Canalha foi tratado, balada de Tim Maia soa parecida com canção de Ronnie Von e samba de Cartola. Falta alma...

sábado, 27 de outubro de 2012

Cerebral, 'The 2nd Law' é estranho disco-cabeça que renova o trio Muse

Resenha de CD
Título: The 2nd Law
Artista: Muse
Gravadora: Warner Music
Cotação: * * *

É sintomático que o trio inglês Muse apresente na capa de seu sexto álbum de estúdio - The 2nd Law,  recém-lançado no Brasil pela gravadora Warner Music - imagem do The Human Connectome Project que expõe as conexões neurais do cérebro humano, mais especificamente os caminhos percorridos pela informação ao serem processadas pela mente. É sintomático porque The 2nd Law é CD cerebral, conceitual, um estranho disco-cabeça que renova o som do grupo britânico sem ser necessariamente melhor do que os álbuns anteriores do Muse. Primeira das 13 inéditas dispostas no álbum, Supremacy já dá na abertura a pista certeira do tom épico, grandioso e sombrio do disco. Tom que atinge seu ápice nos dois temas finais, The 2nd Law: Unsustainable e The 2nd Law: Isolated System, que compõem a pequena suíte que dá título a um álbum que não nega a origem roqueira do trio em Liquid State. A dose de eletrônica - alta em Follow me e um pouco menos em Madness - cumpre a prometida investida no universo do dubstep sem direcionar  totalmente The 2nd Law para a pista de um gênero que vem se banalizando. A batida funkeada de Panic Station e a pegada mais retrô da também dançante Big Freeze indicam que a pista do Muse pode ser outra. Tema orquestral, Prelude tem a única função de preparar a cama para  Survival, outra música épica, turbinada com solos da guitarra do vocalista Matthew Bellamy e já conhecida do universo pop antes mesmo do lançamento do álbum por ter sido eleita o tema oficial das Olimpíadas realizadas em Londres neste ano de 2012. Com quase seis minutos, a balada Explorers mostra que é preciso se embrenhar no universo particular de The 2nd Law para desvendar a beleza oculta por trás das estranhezas que pautam o disco, impregnado da vontade salutar do Muse de se reinventar. 

Cia. Teatro Mágico grava 'Sociedade do Espetáculo' para edição de DVD

Em apresentação agendada para 2 de novembro de 2012 no Credicard Hall, em São Paulo (SP), a Cia. Musical O Teatro Mágico - grupo paulista que aborda o cancioneiro popular com elementos de circo e teatro - vai fazer o registro audiovisual do show baseado no seu terceiro álbum, A Sociedade do Espetáculo (2011), para edição em DVD. O disco A Sociedade do Espetáculo fecha trilogia iniciada com o álbum Entrada Para Raros (2003) e prosseguida com Segundo Ato (2008). De cunho político e filosófico, A Sociedade do Espetáculo é trabalho inspirado no livro homônimo do filósofo francês Guy Debord (1931 - 1994). Na gravação ao vivo, a trupe vai apresentar quatro músicas inéditas, inseridas no roteiro entre músicas de seus três álbuns. A Cia. O Teatro Mágico é grupo idealizado por Fernando Anitelli (voz) e traz também na formação Daniel Santiago (na guitarra e na direção musical), Rafael dos Santos (bateria), Thiago do Espírito Santo (baixo), Pedro Martins (teclados) e Luiz Galdino (violino), além de seus artistas circenses Mateus Bonassa, Nathalia Dias e Nayara Dias e Andréa Barbour.

Stevie Wonder lança música para apoiar a reeleição de Obama nos EUA

Sem gravar álbum de inéditas há sete anos (o último, Time to Love, saiu em 2005), Stevie Wonder acaba de lançar música nova - Keep Moving Foward, já em rotação na internet - em que defende a permanência de Barack Obama na presidência dos Estados Unidos. Lançado neste último fim de semana de outubro de 2012, com o intuito explícito de apoiar a campanha pela reeleição do presidente dos EUA, Keep Moving Foward cita nominalmente Obama na letra em que o cantor e compositor norte-americano lembra também fatos positivos ocorridos no Governo de Obama, como o fim da Guerra do Iraque. Gravada por Wonder com toques orientais no arranjo suingante, a música tem o balanço black característico da obra do artista.

DVD perpetua Velvet Revolver antes do hiato com vocalista já dissidente

Em março de 2008, dias antes de entrar no recesso que ainda perdura e que tem tornado incerto seu futuro pela ausência de um vocalista, o Velvet Revolver - grupo norte-americano de hard rock que uniu em 2002 músicos do Guns N' Roses com o guitarrista Dave Kushner e com o cantor do Stone Temple Pilots, o já dissidente Scott Weiland - fez show no Palladium, casa situada em Colônia na Alemanha, gravado para exibição na série da TV alemã Rockpalast. A gravação do show foi lançada neste ano de 2012 no DVD Let It Roll - Live in Germany, recém-editado no Brasil pela ST2. Embora centrado no repertório do segundo dos dois álbuns da banda, Libertad (2007), o roteiro do show abrange também músicas do álbum de estreia do Velvet Revolver, Contraband (2004), e cover do repertório do Guns N' Roses, Patience. Pela incerteza do futuro do Velvet Revolver,  a perpetuação do show alemão de 2008 no DVD Let It Roll - Live in Germany tem valor adicional por ser o registro audiovisual da banda com sua formação clássica, difícil de ser reunida outra vez, pela falta de sintonia entre Slash e Weiland.

Na contramão, 'Primeira nota' expõe samba e poesia de Callado e Temporão

Resenha de álbum
Título: Primeira nota
Artistas: João Callado e Fernando Temporão
Gravadora: Biscoito Fino
Cotação: * * * *

♪ "Pela contramão / Sigo a direção do meu tempo", avisa Fernando Temporão nos versos iniciais do samba Pela contramão, uma das 12 parcerias inéditas do violonista e compositor carioca com o conterrâneo João Callado, criadas em cerca de dois anos e registradas em Primeira nota, álbum produzido pelos parceiros e recém-lançado pela gravadora Biscoito Fino. Em tempo próprio, na contramão de mercado que empurrou a melhor música brasileira para as margens da estrada, Primeira nota faz convergir as rotas paralelas destes artistas que começaram a pavimentar os respectivos caminhos musicais no efervescente circuito de samba e choro do bairro carioca da Lapa. Callado foi projetado no Grupo Semente. Temporão vem do Sereno da Madrugada. Juntos, eles firmam parceria em disco que derrama samba e poesia no tom manso de temas como Pavio. Nem mesmo os metais que ambientam sambas como Primeira nota e Quebra quebra (na voz de Marcos Sacramento) em atmosfera de gafieira diluem o clima poético, melancólico, que pauta o repertório. Da dor, saíram notas de belas canções como Janeiro, destaque da safra autoral e inédita. Nesse universo lírico, construído em um tempo de delicadeza já ido, Mônica Salmaso reitera a precisão do próprio canto em Clara. Salmaso é uma das solistas convidadas a realçar o brilho do nascente cancioneiro da dupla, engrossando time reforçado por cantoras como Áurea Martins (voz também precisa no fox Sorri), Soraya Ravenle (cujo canto límpido valoriza Valsa de marés) e Teresa Cristina (com luz própria na já iluminada Girassol). Voz do escrete masculino, Moyseis Marques - presença justificada por ter feito nome no mesmo circuito da Lapa que revelou Callado e Temporão - interpreta Nem bossas nem blues, envolvente tema que, embora sugira um blues na introdução do arranjo de Callado, cai logo no samba, ritmo dominante no CD Primeira nota, feito sob a direção musical dos parceiros. São sambas em tons menores que se ajustam ao canto manso de Temporão - como mostra Entre pedras e afins. No fim, Voltar pra dizer adeus reitera a harmonia da união das melodias de Callado com as letras poéticas de Temporão. Parceiros que, pela contramão do mercado, seguem em harmonia na boa direção de um tempo todo próprio.

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Com Beth, Gal e Mariene, trilha da novela 'Lado a Lado' é editada em CD

Selecionada com liberdade estética, sem se limitar ao tempo em que está situada a trama, a trilha sonora da novela Lado a Lado vai ser editada em CD pela gravadora Som Livre no início de novembro de 2012. A única música composta na época da novela - exibida pela TV Globo às 18h - é o lundu Isto É Bom (Xisto Bahia), ouvido na (sedutora) trilha na gravação feita pela cantora baiana Mariene de Castro para seu segundo álbum de estúdio, Tabaroinha (2012). A seleção inclui fonogramas de Beth Carvalho, Gal Costa, Marcelo Jeneci, Nação Zumbi, Nando Reis e Sururu na Roda, entre outros nomes. Eis as 16 gravações reunidas no CD Lado a Lado:

1. A Flor e o Espinho - Sururu Na Roda
2. Grande Amor - Martinho da Vila
3. De Onde Vem a Calma - Los Hermanos
4. Namora Comigo - Mart’nália (com Djavan)
5. Quarto de Dormir - Marcelo Jeneci
6. Sei - Nando Reis e os Infernais
7. Inferno - Nação Zumbi
8. Samba de Primeira - Marcelo D2
9. A Voz do Morro - Diogo Nogueira
10. Liberdade, Liberdade, Abra as Asas Sobre Nós - Dominguinhos do Estácio
11. O Mundo É Um Moinho - Beth Carvalho
12. Me Deixa em Paz - Milton Nascimento e Alaíde Costa
13. O Orvalho Vem Caindo / Fita Amarela / Até Amanhã / Palpite Infeliz - Gal Costa
14. Isto É Bom - Mariene de Castro
15. Olhos Castanhos - Daniel Peixoto (com George M.) 
16. Para Uso Exclusivo da Casa - Dhi Ribeiro

Tono reedita primeiro CD, lança segundo em vinil e faz terceiro com Arto

Em ascensão na cena indie nativa, o grupo carioca Tono começou a gravar seu terceiro álbum nesta última semana de outubro de 2012, sob a batuta do produtor norte-americano Arto Lindsay. Enquanto prepara o terceiro CD, que sai em 2013, a banda relança o primeiro álbum (Tono Auge, 2009) pelo selo Oi Música e embala o segundo (Tono, 2010) no formato de vinil. 

Entronizado no canto (gregário) que criou, Milton entra no clube dos 70

Outros outubros virão. Mas este outubro, o de 2012, é especial porque marca a entrada de Milton Nascimento no seleto clube dos cantores e compositores da música brasileira que completam 70 anos de vida. No caso deste carioca, de alma tão mineira que o destino se encarregou de fazê-lo carregar no próprio nome o nome do Estado do Brasil que gerou sua música universal, o ingresso no clube se dá oficialmente a partir desta sexta-feira, 26 de outubro. Milton chega aos 70 anos de vida - e 50 de carreira e voz na estrada, pavimentada desde 1962 - já entronizado no canto que criou. Canto de múltiplo sentido que pode significar tanto a voz marcante, pessoal e intransferível - a voz de Deus, como caracterizou certa vez uma divina cantora de nome Elis Regina (1945 - 1982) - quanto o nicho singular em que se aninha a obra sem precedentes de Milton. Obra que tem referências (o pop dos Beatles, o som que ecoa nas montanhas das Geraes, o canto latino, o jazz, a música erudita), mas que nunca teve influências determinantes porque a música de Milton Nascimento parece ter demarcado um território próprio na MPB nascida na era dos festivais, delimitando fronteiras particulares e fundando um gênero em si própria. De espírito gregário, a música e o canto de Milton Nascimento - coisas distintas que se confundem porque, quando Milton dá voz a um tema alheio, essa música parece se tornar sua - parecem sempre estar querendo (re)encontrar aquele verso menino escrito anos atrás ou ainda por ser escrito. Afinal, o artista chega aos 70 em movimento, com a voz nas estradas e o coração de mãe sempre pronto para abrigar mais um no seu clube fraterno e único, à espera de outros outubros. Parabéns, Milton Nascimento!!!

Como Boaventura, Wanessa ganha inédita de Warren para gravar ao vivo

Assim como o cantor e ator Daniel Boaventura, que deu voz à música inédita da compositora norte-americana Diane Warren (Catch My Breath) em seu primeiro DVD, Wanessa vai cantar balada inédita de Warren - You Can't Break a Broken Heart, de tom romântico - na gravação ao vivo do show que fará na casa HSBC Brasil, em São Paulo (SP), em 15 de novembro de 2012. 

Raconteurs revive Jordan e Reid em registro de show feito em Montreux

Projeto paralelo de Jack White, criado em 2005 quando o compositor e guitarrista norte-americano ainda mantinha na ativa a dupla The White Stripes, o grupo The Raconteurs tinha acabado de lançar seu segundo álbum, Consolers of the Lonely (2008), quando se apresentou no Montreux Jazz Festival. Integrada à turnê de divulgação do disco, a apresentação da banda no festival suíço ganhou registro audiovisual neste ano de 2012 no DVD The Raconterus Live at Montreux 2008, recém-ediado no Brasil pela ST2. No roteiro, o grupo prioriza músicas de Consolers of the Lonely, revive algumas músicas do primeiro álbum - Broken Boy Soldiers (2006) - e faz covers do cantor, compositor e guitarrista de blues Charley Jordan (1890 - 1954) e do cantor e guitarrista de rock Terry Reid. Do repertório do norte-americano Jordan, Jack White e Cia. tiram do baú Keep It Calm, música dos anos 30. Da seara do britânico Reid, a escolha do Raconteurs foi por Rick Kid Blues. O show foi filmado por câmeras de alta definição.

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Com inéditas, 'Carta de Amor' dá início à parceria de Bethânia com Tiso

Mote do próximo DVD de Maria Bethânia, o show Carta de Amor - inspirado no álbum Oásis de Bethânia, lançado em março deste ano de 2012 - vai marcar o início da parceria da cantora com o pianista e maestro Wagner Tiso, arregimentado para ser o diretor musical da intérprete no posto ocupado há duas décadas por Jaime Alem. Tiso vai orquestrar nova banda formada pelos músicos Gabriel Improta (violão e guitarra), Paulo Dafilin (violão e viola), Jorge Helder (baixo), Pantico Rocha (bateria), Marcelo Costa (percussão) e Marcio Mallard (cello). Com direção e cenário assinados por Bia Lessa, e com músicas inéditas no roteiro ainda em construção, Carta de Amor tem estreia nacional agendada para 18 de novembro na casa Vivo Rio, no Rio de Janeiro (RJ), onde fica em cartaz somente até 19 de novembro. Na sequência da estreia carioca, Bethânia - em foto de Ana Basbaum - parte em turnê nacional com o show. 

Greatest Hits dos 50 anos dos Beach Boys sai no Brasil na forma simples

Dentre os produtos editados pela indústria do disco para festejar os 50 anos de carreira fonográfica dos Beach Boys, a coletânea Greatest Hits - da Capitol Records - é o mais acessível por ser eficaz porta de entrada para a surf music pop do grupo norte-americano. Contudo, a compilação chega ao Brasil via EMI Music em sua forma mais simplificada com 20 gravações. Embora já inclua a nova That's Why God Made The Radio, faixa-título do álbum de inéditas lançado pelos Beach Boys em junho deste ano de 2012, a seleção da edição simples de Greatest Hits faz a compilação soar inferior diante da comparação com sua antecessora Sounds of Summer, editada em 2003 com 30 fonogramas da obra do grupo capitaneado por Brian Wilson. A dica é importar a edição dupla, Greatest Hits 50 - Fifty Big Ones, que reúne 50 gravações e vai além dos hits mais óbvios como Surfin' U.S.A., I Get Around e Surfin' Safari.

'Jeito Felindie' dá elegantes tons pastéis ao cancioneiro do Raça Negra

Resenha de CD
Título: Jeito Felindie
Artista: Vários
Gravadora: Sem indicação
Cotação: * * * 1/2
Disco disponível para audição e download no site Fita Bruta

Tributo indie ao Raça Negra, grupo paulista que despontou nos anos 90 com um samba cheio de teclados, metais e suingue, semente da onda de pagode que inundou o Brasil naquela década, Jeito Felindie dá outras cores ao som do Raça Negra. Idealizado e produzido pelo jornalista Jorge Wagner, o tributo - a ser lançado em breve em formato de CD físico de tiragem limitada - filtra pela estética pop indie o repertório de um grupo que não seguia a fórmula industrializada do pagode. Até pelo fato de ter sido o detonador da explosão do gênero. As composições de Gabú e Luiz Carlos (muitas em parceria com Elias Muniz) exibiam uma assinatura pessoal, valorizada por um suingue diluído, mas irresistível, derivado do sambalanço dos anos 60 e 70.  Das 12 releituras de Jeito Felindie, a da banda carioca Minha Pequena Soundsystem logo sobressai por repaginar Te Quero Comigo (Gabú e Antônio Carlos de Carvalho, 1994) com personalidade e certa ousadia, entre levadas de samba-rock e do electro das aparelhagens. Três cantoras também fazem bonito ao ambientar as canções do Raça Negra em envolvente atmosfera indie sem desconfigurar o ritmo e as melodias dos temas. A pernambucana Lulina dá voz a Cigana (Gabú, 1992) com estilo - o mesmo com que a cantora carioca de pop rock Vivien Benford interpreta Cheia de Manias (Luiz Carlos, 1992). Já a baiana Nana realça a melancolia impregnada em Sozinho (Luiz Carlos e Elias Muniz, 1996), fechando bem o disco, cujo título Jeito Felindie faz trocadilho com Jeito Felino (Gabú, 1992), uma das melhores músicas do Raça Negra, infelizmente destruída no tributo pela dupla carioca Letuce em registro sem alma e sem pegada. Ousadia por ousadia, o trio paranaense Nevilton se sai melhor ao dar tom roqueiro a Vida Cigana (Geraldo Espíndola, 1980). O trio traz para sua garagem a única música fora da seara autoral do Raça Negra, mas de presença justificada no tributo pelo fato de ter sido gravada pelo grupo no álbum Vem pra Ficar (2000). Deste disco, Jeito Felindie repagina também Você Não Sabe de Mim (Luiz Carlos e Elias Muniz, 2000) - música de fase em que o Raça Negra já havia perdido identidade e força no mercado comum da música - no tom pop roqueiro do grupo paulista Radioviernes. Inventiva, a carioca Orquestra Superpopular rebobina Me Leva Junto Com Você (Gabú, 1994) com toques de jazz enquanto o grupo fluminense Amplexos (de Volta Redonda - RJ) joga Quando Te Encontrei (Gabú e Luiz Carlos, 1993) na praia do reggae, mas com o suingue do samba-rock. Por sua vez, o grupo paulista Hidrocor redesenha uma música já originalmente menos sedutora, Deus me Livre (Darci Rossi, Alexandre e Sérginho Sol, 1999), com tons que ressaltam a forte influência do grupo carioca Los Hermanos na cena indie brasileira. Já o cantor curitibano Giancarlo Rufatto põe sua tinta folk em Maravilha (Luiz Carlos e Elias Muniz, 1995) sem soar especialmente marcante no tributo. Também em linha folk, mas com pegada mais pop indie, a banda carioca Harmada dilui a levada de É Tarde Demais (Luiz Carlos e Elias Muniz, 1995) ao imprimir seu toque pessoal na música. Enfim, ao dar elegantes tons pastéis ao som do Raça Negra, Jeito Felindie aproxima universos musicais distintos sem a pretensão de demarcar a superioridade de um sobre o outro, jogando merecida luz sobre grupo subestimado.

Aydar acha pistas de Clara ao celebrar 'Guerreira' em 'Cantoras do Brasil'

Resenha de programa de TV
Série: Cantoras do Brasil
Título: Mariana Aydar Canta Clara Nunes
Idealização: Mariana Rolim, Mercedes Tristão e Simone Esmanhotto
Direção: Simone Elias
Emissora: Canal Brasil
Foto: Cris Valias
Cotação: * * *
Exibição programada pelo Canal Brasil para as 18h45m de 25 de outubro de 2012


"Canto pra me achar e te acho", resume Mariana Aydar em frase lapidar da carta aberta que endereça a Clara Nunes (1942 - 1983) no oitavo episódio da série Cantoras do Brasil, exibida às quintas-feiras pelo Canal Brasil. Em vez de depoimento sobre o legado da cantora de tempos idos celebrada pela intérprete contemporânea, como é praxe na série, a paulista Aydar lê no programa a Carta pra Clara, na qual relata que, mesmo sem ter conhecido a intérprete mineira, sente Clara e detecta as pistas deixadas pela Guerreira. Afirmação confirmada na bela interpretação de As Forças da Natureza (João Nogueira e Paulo César Pinheiro, 1977), o melhor dos dois números musicais gravados por Aydar para a série no estúdio YB Music, em São Paulo (SP), sob a direção musical do guitarrista Maurício Tagliari. Com a adesão do convidado Duani na percussão, Aydar oferece leitura límpida, quase cool, do samba que em 1977 deu título ao décimo dos  15 álbuns de estúdio gravados por Clara. O arranjo econômico valoriza o canto de Aydar e fica levemente climático ao fim da música, por efeito das guitarras de Tagliari e Pipo Pegoraro. Primeiro número musical do programa, O Canto das Três Raças (Mauro Duarte e Paulo César Pinheiro, 1976) - faixa-título do nono álbum de Clara - ressoa sem a força habitual em registro que, embora reverente à exuberante arquitetura do samba, harmoniza o tema com suingue particular. As guitarras - pilotadas por Alex Dias e Tagliari - evocam de longe uma levada nortista. No todo, o oitavo episódio da série Cantoras do Brasil mostra que Mariana Aydar, do seu jeito contemporâneo, já achou a pista certa de Clara Nunes.

Mars revela capa e faixas de seu segundo álbum, 'Unorthodox Jukebox'

Com lançamento nos Estados Unidos agendado para 11 de dezembro de 2012 pela gravadora Warner Music, o segundo álbum de Bruno Mars, Unorthodox Jukebox, teve sua capa (foto) revelada pelo cantor e compositor norte-americano. Mars também divulgou oficialmente a lista de músicas do sucessor de Doo-Wops & Hooligans (2010). Eis, na ordem, as 10 faixas do disco, produzido por nomes hypados no universo pop como Diplo, Jeff Bhasker e Mark Ronson: 

1. Young Girls
2. Locked Out Of Heaven
3. Gorilla
4. Treasure
5. Moonshine
6. When I Was Your Man
7. Natalie
8. Show Me
9. Money Make Her Smile
10. If I Knew

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Em perfeita harmonia, Francis e Guinga irmanam as obras em show poético

Resenha de show
Evento: Noite Jazzmania
Título: Guinga & Francis Hime
Artistas: Francis Hime e Guinga (em foto de Mauro Ferreira)
Local: Studio RJ (Rio de Janeiro, RJ)
Data: 23 de outubro de 2012
Cotação: * * * * 1/2

♪ "Tarja preta...". Feito em voz alta, logo que Francis Hime e Guinga acabaram de apresentar ao público do Studio RJ a primeira parceria dos compositores, A ver navios, o comentário espirituoso sobre a canção, letrada com lirismo por Olivia Hime, aludiu à densidade poética do tema, que já nasceu com cara de obra-prima. Compositores de alto nível, da turma que cria melodias requintadas e jamais abre mão da poesia, Francis e Guinga irmanaram suas obras em belo show que deu prévia do (possivelmente grande) disco que vai ser lançado no primeiro semestre de 2013 pela gravadora Biscoito Fino. Embora vá apresentar parcerias inéditas dos compositores, como Doentia, em que Thiago Amud perfila na letra o caráter escorregadio de mulher que "tem a lábia de uma atriz", o álbum vai estar centrado - tal como o show feito em 23 de outubro de 2012 - no entrelaçamento dos cancioneiros de Francis e Guinga. A exposição das afinidades entre as obras saltou aos ouvidos em medleys temáticos que costuraram canções de um e de outro com perfeita harmonia. Se Nem mais um pio (Guinga e Sérgio Natureza, 2001) se irmana com Passaredo (Francis Hime e Chico Buarque, 1975) no retrato bucólico da fauna brasileira, Saci (Guinga e Paulo César Pinheiro, 1993) pula vivaz - em dueto dos compositores transformados em cantores por força do ofício (embora Guinga tenha se revelado grande intérprete ao longo dos anos) - em medley que o conecta com a brasilidade de Parintintin (Francis Hime e Olivia Hime, 1980). Se o ainda inédito Cambono (Guinga e Thiago Amud, 2012) cai no samba com a ambiência afro que aclimata Anoiteceu (Francis Hime e Vinicius de Moraes, 1968), Porto de Araújo (Guinga e Paulo César Pinheiro, 1989) transporta a carga pesada que embala os versos desassossegados escritos por Olivia Hime para Desacalanto, parceria com Francis, lançada pelo compositor no álbum Arquitetura da flor (2006). Com Francis ao piano e Guinga ao violão, os compositores alternam vocais ao revisitar o próprio cancioneiro e ao abordar a obra alheia. Fã das canções de amor, Guinga conduz Minha (Francis Hime e Ruy Guerra, 1966) momentos após Francis iluminar Noturna (Guinga e Paulo César Pinheiro, 1991). É fato que o canto de Francis não traduz toda a carga emocional dessas canções de amor (às vezes dilacerado) - como fica evidente no bis quando o compositor sola Atrás da porta (Francis Hime e Chico Buarque, 1972). Contudo, essa falta de vocação para interpretações intensas jamais embaça o brilho de show que evoca os climas das modinhas imperiais no medley que agrega Senhorinha (Guinga e Paulo César Pinheiro, 1983) - tema que Francis solou sem o rigor estilístico das interpretações de Mônica Salmaso e Nana Caymmi - e A noiva da cidade (Francis Hime e Chico Buarque), canção de beleza inebriante que Guinga não conseguiu cantar até o final, vencido pela emoção traduzida pelo choro incontido no meio do tema, cuja origem remete à música Amor a esmo, lançada por Francis em LP de 1964 quando ainda integrava o conjunto Os Seis em Ponto (a letra de Chico Buarque foi feita nos anos 1970 para a trilha sonora do filme A noiva da cidade). Cariocas, Francis e Guinga fizeram a bola rolar redonda no medley que uniu Mar de Maracanã (Guinga e Edu Kneip, 2007) - tema cantado por Francis com Guinga ao violão - e Maracanã (Francis Hime e Paulo César Pinheiro, 1997), samba de arquitetura menos empolgante no qual os artistas fizeram tabelinha vocal. E tudo acabou - antes do bis - em samba, E se, parceria menos ouvida de Francis e Chico Buarque. Em sintonia, harmonizados pela sofisticação dos respectivos cancioneiros, Francis Hime e Guinga protagonizaram show que, por analogia, ressaltou os parentescos de obras grandes e afins que, irmanadas em cena, dão a impressão de serem ainda maiores do que já são.

Roteiro de show de Francis com Guinga linka temas afins dos compositores

 Prévia do disco que vai ser lançado no primeiro semestre de 2013 pela gravadora Biscoito Fino, o show que juntou Francis Hime e Guinga no palco do Studio RJ em 23 de outubro de 2012 - na comemoração de um ano do projeto Noite Jazzmania - expôs e realçou afinidades entre as obras destes dois magistrais compositores cariocas. Aberto e fechado com as duas primeiras parcerias dos artistas,  A ver navios (Francis Hime, Guinga e Olivia Hime) e Doentia (Francis Hime, Guinga e Thiago Amud), o roteiro foi montado essencialmente com medleys temáticos que linkam uma composição de Francis com outra de Guinga. Destas obras, o afro-samba Cambono (Guinga e Thiago Amud) se diferenciou por ainda ser inédito. Eis o roteiro seguido pelos cantores, músicos e compositores Francis Hime e Guinga - em foto de Mauro Ferreira - na estreia do poético show que arrebatou todo o público que foi à casa de shows do Rio de Janeiro (RJ) em 23 de outubro de 2012:

1. A ver navios (Francis Hime, Guinga e Olivia Hime, 2012)
2. Nem mais um pio (Guinga e Sérgio Natureza, 2001) /   
    Passaredo (Francis Hime e Chico Buarque, 1975)
3. Cambono (Guinga e Thiago Amud, 2012) /
    Anoiteceu (Francis Hime e Vinicius de Moraes, 1968)
4. Saci (Guinga e Paulo César Pinheiro, 1993) /
    Parintintin (Francis Hime e Olivia Hime, 1980)
5. Porto de Araújo (Guinga e Paulo César Pinheiro, 1989) /
    Desacalanto (Francis Hime e Olivia Hime, 2006)
6. Noturna (Guinga e Paulo César Pinheiro, 1991) /
    Minha (Francis Hime e Ruy Guerra, 1966)
7. A noiva da cidade (Francis Hime e Chico Buarque, 1976) /
    Senhorinha (Guinga e Paulo César Pinheiro, 1986)
8. Saudade de amar (Francis Hime e Vinicius de Moraes, 1966)
9. Mar de Maracanã (Guinga e Edu Kneip, 2007) /
    Maracanã (Francis Hime e Paulo César Pinheiro, 1997)
10. E se (Francis Hime e Chico Buarque, 1980)
Bis:
11. Catavento e girassol (Guinga e Aldir Blanc, 1993)
12. Atrás da porta (Francis Hime e Chico Buarque, 1972)
13. Doentia (Francis Hime, Guinga e Thiago Amud, 2012)

Faour desvenda a noite e as canções de Dolores em biografia da artista

Cantora e compositora carioca de temperamento expansivo, de uma alegria inquietante e contrastante com a melancolia que pautou a maioria de suas músicas, Dolores Duran (7 de junho 1930 - 24 de outubro de 1959) tem sua vida e obra contadas pelo pesquisador musical carioca Rodrigo Faour em biografia. Dolores Duran - A Noite e as Canções de Uma Mulher Fascinante tem lançamento agendado para a primeira quinzena de novembro, pela editora Record. Faour detalha no livro o ecletismo da cantora, sua (obscura) militância comunista e os namoros com compositores como Billy Blanco (1924 - 2011) e João Donato - além de relatar as bissextas incursões da compositora de A Noite do Meu Bem e Solidão pelo cinema dos anos 50.

Mesmo sem humor, Blubell evoca bossa de Sylvia em Cantoras do Brasil

Resenha de programa de TV
Série: Cantoras do Brasil
Título: Blubell Canta Sylvia Telles
Idealização: Mariana Rolim, Mercedes Tristão e Simone Esmanhotto
Direção: Simone Elias

Emissora: Canal Brasil
Foto: Cris Valias

Cotação: * * * 
Programa exibido pelo Canal Brasil às 18h45m de 18 de outubro de 2012

Em depoimento para o sétimo dos 13 episódios de Cantoras do Brasil, série em que uma voz de tempos idos é abordada por intérprete da cena contemporânea, a cantora paulista Blubell diz que detecta "senso de humor" nas interpretações de Sylvia Telles (1935 - 1966) e que se identifica - inclusive por isso - com a cantora carioca, uma das vozes mais refinadas da Bossa Nova. Mesmo que não seja possível detectar esse "senso de humor" nos dois números musicais gravados por Blubell para o programa no YB Music Studio, sob a direção musical do guitarrista Maurício Tagliari, o fato é que a cantora paulista evoca a classe de Sylvinha ao dar voz a Ho-Ba-La-Lá (João Gilberto, 1959) e a Você e Eu (Carlos Lyra e Vinicius de Moraes, 1961). Um dos bissextos temas autorais de João Gilberto, Ho-Ba-La-Lá é cantado por Blubell  na pouco ouvida versão em inglês escrita por Aloysio de Oliveira (1914 - 1995) - nome omitido nos créditos do programa - e gravada por Sylvia no seu álbum Amor em Hi-Fi (1960). Dá para detectar no número a influência do jazz que pauta o canto de Blubell. Você e Eu (Carlos Lyra e Vinicius de Moraes, 1961) reitera a bossa da artista, em abordagem clássica, de leveza realçada pelo Hammond pilotado por Daniel Grajew e pelo toque suave dos violões de Gabriel Muzak e Pipo Pegoraro. Mesmo sem o tal "senso de humor", Blubell honra o canto memorável de Sylvia Telles.