Saudado por Roberto Carlos no show Reflexões como "um dos maiores compositores que eu conheci na vida", Arlindo Cruz se manteve em seu (nobre) lugar na gravação do especial natalino do Rei, feita sob a direção de Jayme Momjardim no Citibank Hall do Rio de Janeiro (RJ) na noite de 21 de novembro de 2012. Após papo firme com Roberto sobre vivências no subúrbio carioca, onde o cantor capixaba morou antes de ser entronizado como o Rei da Juventude no apogeu da Jovem Guarda, Arlindo cantou com o anfitrião o samba Meu Lugar (Arlindo Cruz e Mauro Diniz), sucesso do álbum Sambista Perfeito (Deck, 2007). A seu modo, Roberto caiu no samba de Arlindo. Mas o dueto mais surpreendente veio na sequência. Arlindo e Roberto - vistos em foto de Estevam Avellar, da TV Globo - cantaram O Homem (Roberto Carlos e Erasmo Carlos, 1973), um dos mais belos temas do cancioneiro religioso do Rei. Com o detalhe de que Arlindo professou a fé de Roberto sem sair de seu lugar. Na gravação que vai ser veiculada no especial programado pela TV Globo para ser exibido em 25 de dezembro, dia de Natal, O Homem entra na cadência bonita do samba quando evolui para o fervoroso refrão.
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5 comentários:
O que eu queria saber é se Roberto se permitiu fazer as referências à Ogum e Iansã, que constam na bela letra de “Meu Lugar”.
Mais um especial do mesmo. Não muda nunca. As mesmas canções e nada de disco novo de Roberto.
Felipe, não atentei para esse detalhe. Os versos foram divididos entre Arlindo e Roberto, mas não sei se entrou essa parte a que vc se refere. Abs, MauroF
Claro que deve ter entrado. É o início da música, não são os "partidos" do final da música.
Mas fico feliz sobre a participação do Arlindo no show do Rei. Que outros sambistas ganhem espaço.
Abs,
Marcelo Barbosa
PS: Apesar de ser impossível, sonho com um dueto entre o Rei e a Rainha do Samba, Beth Carvalho, nas músicas: As rosas não falam e O Mundo é um moinho. Cartola desejava a gravação de uma de suas músicas na voz de Roberto. Como Beth é a sua maior intérprete, gostaria que um dia isso se tornasse real.
Eu fiquei arrepiado daqui, porque pra mim Roberto jamais se atreveria a cantar um samba tão cheio de referências religiosas e suburbanas como os sambas de Arlindo. Deve ter ficado um número ímpar. Que venha o especial.
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