Série: Cantoras do Brasil
Título: Camila Pitanga Canta Maysa
Idealização: Mariana Rolim, Mercedes Tristão e Simone Esmanhotto
Direção: Simone Elias
Emissora: Canal Brasil
Foto: Chris Valias
Cotação: * * * 1/2
Exibição programada pelo Canal Brasil para as 18h45m de 29 de novembro de 2012
Maysa (1936 - 1977) foi cantora chegada a um drama que eventualmente se aventurou como atriz, tendo feito até novelas. Camila Pitanga é uma atriz chegada a uma música que se aventura como cantora no 13º episódio de Cantoras do Brasil, o último da série em que uma intérprete contemporânea - no caso, uma atriz - dá voz a músicas gravadas por uma cantora de tempos idos. Driblando as (baixas) expectativas geradas pela inclusão do nome da atriz no elenco de jovens cantoras, o programa Camila Pitanga Canta Maysa - a ser exibido pelo Canal Brasil nesta quinta-feira, 29 de novembro de 2012 - se revela interessante e fecha a série com requinte. É com classe que Camila entra em cena como atriz para celebrar Maysa, dando voz (bem colocada, diga-se) a Dindi (Tom Jobim e Aloysio de Oliveira, 1959) - clássico instantâneo do Maestro Soberano, gravado por Maysa no álbum Voltei (RGE, 1960), um ano após o lançamento da música - e a Só Você (Mais Nada), tema noturno de Paulo Soledade que Maysa gravou paradoxalmente no momento em que clareava os tons de seu repertório com o repertório bossa-novista do álbum Barquinho (Columbia, 1961). A elegância do registro de Dindi - feito em requintado clima minimalista, somente com a voz acariciante de Camila, o piano de cauda de Daniel Grajew e o baixo de Alex Dias - é bisada em Só Você (Mais Nada). Neste que é o melhor dos dois números musicais do programa, Camila põe seu talento de atriz a serviço de (bela) interpretação que evoca o canto sofrido e apaixonado de Maysa sem jamais cair na tentação de imitar o estilo da cantora. A economia do arranjo - calcado também no piano de Grajew e no baixo de Dias, mas com a adesão da guitarra sutil de Pipo Pegoraro e do leve toque da bateria de Flavio Lazzarin - alude à orquestração da gravação de Maysa e sublinha a solidão exposta em versos desiludidos que falam de saudade sentida no "silêncio da noite" e no "vazio da rua". Enfim, a atriz está bem no papel de cantora. Camila Pitanga Canta Maysa somente não resulta mais redondo porque, no depoimento que entremeia os dois números musicais, a atriz se expressa mal sobre a (importância da) cantora que celebra com elegância no fim da série que linkou vozes femininas de gerações, estilos e sotaques distintos.
6 comentários:
Maysa (1936 - 1977) foi cantora chegada a um drama que eventualmente se aventurou como atriz, tendo feito até novelas. Camila Pitanga é uma atriz chegada a uma música que se aventura como cantora no 13º episódio de Cantoras do Brasil, o último da série em que uma intérprete contemporânea - no caso, uma atriz - dá voz a músicas gravadas por uma cantora de tempos idos. Driblando as (baixas) expectativas geradas pela inclusão do nome da atriz no elenco de jovens cantoras, o programa Camila Pitanga Canta Maysa - a ser exibido pelo Canal Brasil nesta quinta-feira, 29 de novembro de 2012 - se revela interessante e fecha a série com requinte. É com classe que Camila entra em cena como atriz para celebrar Maysa, dando voz (bem colocada, diga-se) a Dindi (Tom Jobim e Aloysio de Oliveira, 1959) - clássico instantâneo do Maestro Soberano, gravado por Maysa no álbum Voltei (RGE, 1960), um ano após o lançamento da música - e a Só Você (Mais Nada), tema noturno de Paulo Soledade que Maysa gravou paradoxalmente no momento em que clareava os tons de seu repertório com o repertório bossa-novista do álbum Barquinho (Columbia, 1961). A elegância do registro de Dindi - feito em requintado clima minimalista, somente com a voz acariciante de Camila, o piano de cauda de Daniel Grajew e o baixo de Alex Dias - é bisada em Só Você (Mais Nada). Neste que é o melhor dos dois números musicais do programa, Camila põe seu talento de atriz a serviço de (bela) interpretação que evoca o canto sofrido e apaixonado de Maysa sem jamais cair na tentação de imitar o estilo da cantora. A economia do arranjo - calcado também no piano de Grajew e no baixo de Dias, mas com a adesão da guitarra sutil de Pipo Pegoraro e do leve toque da bateria de Flavio Lazzarin - alude à orquestração da gravação de Maysa e sublinha a solidão exposta em versos desiludidos que falam de saudade sentida no "silêncio da noite" e no "vazio da rua". Enfim, a atriz está bem no papel de cantora. Camila Pitanga Canta Maysa somente não resulta mais redondo porque, no depoimento que entremeia os dois números musicais, a atriz se expressa mal sobre a (importância da) cantora que celebra com elegância no fim da série que linkou vozes femininas de gerações, estilos e sotaques distintos.
Hummmmm, Camila é uma gracinha, mas como cantora eu VETO. :-)
PS: Bora Presidenta sancionar a nova lei dos royalties que o querido Rio já mamou demais sozinho e, afinal, estamos em uma república federativa.
Ela literalmente assassinou com as versões de Maysa. Acho ela bonitinha, porém como cantora é uma bola fora. Poderiam ter chamado a Célia para cantar essas canções da Maysa. Seria bem melhor.
Ah Ze,da uma chance para Camila,ela tem muito charme!Quanto aos royalties estou de acordo e acho que a maioria dos cariocas e fluminenses também,ja que a manifestação foi um fracasso de publico.Sabemos que esse dinheiro não é usado corretamente e que o estado,fora a zona sul do Rio continua muito abandonado e carente.
Põe charme nisso, Noca!
Que o diga seu último filme.
Aliás, darei a chance, eu receberia as piores interpretações dos lindos lábios dela.
Falando sério, tenho muito respeito pela Camila.
Acho-a uma mulher gente fina/gentil, elegante/interessante e sincera/bela.
Vou sancioná-la. rsrsrs
Comparar é inutil pra mim...adoro a versão da Maysa e adoro tbm a versão da Camila....toootalmente diferente e e inincomparável...acho que Camila poderia dar aulas de canto para muitas cantoras atuais!!! Parabens pra esse blog...um amigo da França
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