Resenha de show
Título: Carta de Amor
Artista: Maria Bethânia (em foto de Rodrigo Amaral)
Local: Vivo Rio (Rio de Janeiro, RJ)
Data: 19 de novembro de 2012
Cotação: * * * 1/2
Agenda da turnê nacional do show Carta de Amor:
* 1 e 2 de dezembro de 2012 - Teatro Castro Alves - Salvador (BA)
* 7 e 8 de dezembro de 2012 - Palácio das Artes - Belo Horizonte (MG)
* 14 de dezembro de 2012 - Centro de Eventos do Ceará - Fortaleza (CE)
* 8 e 9 de janeiro de 2013 - Teatro do SESI - Porto Alegre (RS)
* 20 de janeiro de 2013 – Teatro Gustavo Leite - Maceió (AL)
* 23 de janeiro de 2013 - Teatro Tobias Barreto - Aracaju (SE)
* 25 de Janeiro de 2013 - Teatro Guararapes - Recife (PE)
* 29, 30 e 31 de março de 2013 - HSBC Brasil - São Paulo (SP)
* 12, 13 e 14 de abril de 2013 - Vivo Rio - Rio de Janeiro (RJ)
* 24 de abril de 2013 - Teatro Ademir Rosa - Florianópolis (SC)
* 27 de abril de 2013 - Teatro Guaíra - Curitiba (PR)
Mesmo sem a solidez conceitual de espetáculos anteriores de Maria Bethânia, Carta de Amor revitaliza com maestria os códigos utilizados pela intérprete ao longo de sua trajetória nos palcos. Nesta carta de intenções (de)cifradas, dirigida aos que desafiaram o longevo reinado de sua Alteza, a reciclagem de músicas, gestos e ênfases faz com que o ingresso de Wagner Tiso no posto de diretor musical do show - função até então ocupada por Jaime Alem desde 1988 - seja absorvido pela força magnetizante da intérprete. No olho do furacão, aos 66 anos, Bethânia faz vitoriosa opção pelo reforço de sua marca cênica - traduzida visualmente no cenário dèjá vu da diretora Bia Lessa - sem forçar ruptura com seus padrões estéticos. Nesse sentido, é emblemático que o roteiro abra e feche com Canções e Momentos (Milton Nascimento e Fernando Brant, 1986), pois, a rigor, Bethânia reescreve canções e momentos em Carta de Amor com a habitual fluidez e com uma leveza nem sempre detectada em suas performances nos palcos. A alocação da bela balada Quem me Leva os Meus Fantasmas (Pedro Abrunhosa, 2007) ao fim do primeiro ato, por exemplo, repete intenções do show anterior, Amor Festa Devoção (2009), cujo primeiro ato terminava com a Balada de Gisberta, outro tema do cantor e compositor português, gravado no mesmo álbum, Luz (2007), que revelou Quem me Leva os Meus Fantasmas. Mas nem por isso o tema de Abrunhosa deixa de ser grande momento de Carta de Amor. Com a ressalva de que, na remontagem do drama, o segundo ato se revela superior ao primeiro. Este aloca os dois pontos baixos do espetáculo. Samba-reggae lançado pelo mano Caetano no álbum Livro (1997), Não Enche é veículo para a intérprete destilar sua ira, endereçada aos mesmos destinatários de Calúnia (Marino Pinto e Paulo Soledade, 1951) e do texto que entremeia Carta de Amor (Paulo César Pinheiro, 2012), raivoso e impactante número do segundo ato. Mas Bethânia se mostra pouco à vontade com os versos (lidos no teleprompter) e com o ritmo de Não Enche. Além de Não Enche, o ponto negativo do show é Fera Ferida (Roberto Carlos e Erasmo Carlos, 1982), envolta em arranjo equivocado que tira toda a contundência da música já gravada de forma extraordinária pela própria Bethânia no álbum As Canções que Você Fez pra Mim (1993). Em contrapartida, Salmo (Raphael Rabello e Paulo César Pinheiro, 2002) é cantado em solene feitio de oração enquanto Fogueira (Ângela RoRo, 1983) acende sensibilidades no tempo da delicadeza, marcado pelo violão de Paulo Dafilin. Já Na Primeira Manhã (Alceu Valença, 1980) arde no calor da percussão de Marcelo Costa, mote do arranjo. Até certo ponto discreta diante da magnitude de sua função de diretor musical, a presença de Wagner Tiso se faz notar pela primeira vez em Casablanca (Roque Ferreira, 2012), nostálgico número de voz e piano. Também da lavra de Roque Ferreira, Barulho (2007) ecoa sem a força de Negue (Adelino Moreira e Enzo de Almeida Passos, 1960), samba-canção posto a serviço da enfática teatralidade da intérprete-orixá, que também baixa em Dona do Raio e do Vento (Paulo César Pinheiro, 2006). Antecedido por intervalo em que Wagner Tiso e banda tocam Cais (Milton Nascimento e Ronaldo Bastos, 1972) e Maria Maria (Milton Nascimento e Fernando Brant, 1976), em medley instrumental descolado do roteiro costurado por Bethânia com a colaboração de Fauzi Arap, o segundo ato se revela majestoso já na abertura. O link quente de Festa (Gonzaguinha, 1968) com Dora (Dorival Caymmi, 1945) - evocada com os tambores de Marcelo Costa - junta maracatu, Recife (PE) e o céu vermelho do Nordeste. É o ponto de partida para o oásis de Bethânia, o sertão brasileiro. Em clima de serenata, Lua Branca (Chiquinha Gonzaga, 1912) prepara o terreno lírico para a apresentação da inédita Estado de Poesia (Chico César, 2012), belíssima canção sertaneja de Chico César. É a força que nunca seca na obra de Bethânia e que a leva a desencavar pérola interiorana como Adeus Guacyra (Hekel Tavares e Joracy Camargo, 1933), número em que vagalumes cruzam o palco negro e nu em belo efeito visual. É nesse Brasil rural que Bethânia acomoda A Nossa Casa (Arnaldo Antunes, Alice Ruiz, Paulo Tatit, João Bandeira, Celeste Moreau Antunes, Edith Derdik e Sueli Galdino, 2004) em ritmo de xote. Dois números depois, outra música da lavra mais pop do ex-Titã - A Casa É Sua (Arnaldo Antunes e Ortinho, 2009) - deixa Bethânia ainda mais à vontade no universo de Arnaldo, em que pese a insegurança da cantora com a letra (também lida no teleprompter). Na sequência, eletrizante pot-pourri de sambas-de-roda - costurados por Reconvexo (Caetano Veloso, 1989) - mostra onde fica realmente a casa de Maria Bethânia. Entre a melancolia de Minha Casa (Joubert de Carvalho, 1946) e a fratura emocional exposta em Escândalo (Caetano Veloso 1981), indícios da solidão que ronda a casa da intérprete, o samba Velho Francisco (Chico Buarque, 1987) verte memórias desconexas em grande arranjo que leva à lembrança de um dos melhores momentos do álbum Oásis de Bethânia (2012) - o disco que inspirou o show - e que, por associação, faz lembrar a ausência sentida no roteiro, Vive (Djavan, 2012), canção escrita por Djavan para a cantora incluir neste mesmo disco. No jorro da memória cênica da intérprete, Carta de Amor reforça o endereço musical de Maria Bethânia no palco. E o palco é o destino certeiro da intérprete, a casa onde ela reina.
Mesmo sem a solidez conceitual de espetáculos anteriores de Maria Bethânia, Carta de Amor revitaliza com maestria os códigos utilizados pela intérprete ao longo de sua trajetória nos palcos. Nesta carta de intenções (de)cifradas, dirigida aos que desafiaram o longevo reinado de sua Alteza, a reciclagem de músicas, gestos e ênfases faz com que o ingresso de Wagner Tiso no posto de diretor musical do show - função até então ocupada por Jaime Alem desde 1985 - seja absorvido pela força magnetizante da intérprete. No olho do furacão, aos 66 anos, Bethânia faz vitoriosa opção pelo reforço de sua marca cênica - traduzida visualmente no cenário dèjá vu da diretora Bia Lessa - sem forçar ruptura com seus padrões estéticos. Nesse sentido, é emblemático que o roteiro abra e feche com Canções e Momentos (Milton Nascimento e Fernando Brant, 1986), pois, a rigor, Bethânia reescreve canções e momentos em Carta de Amor com a habitual fluidez e com uma leveza nem sempre detectada em suas performances nos palcos. A alocação da bela balada Quem me Leva os Meus Fantasmas (Pedro Abrunhosa, 2007) ao fim do primeiro ato, por exemplo, repete intenções do show anterior, Amor Festa Devoção (2009), cujo primeiro ato terminava com a Balada de Gisberta, outro tema do cantor e compositor português, gravado no mesmo álbum, Luz (2007), que revelou Quem me Leva os Meus Fantasmas. Mas nem por isso o tema de Abrunhosa deixa de ser grande momento de Carta de Amor. Com a ressalva de que, na remontagem do drama, o segundo ato se revela superior ao primeiro. Este aloca os dois pontos baixos do espetáculo. Samba-reggae lançado pelo mano Caetano no álbum Livro (1997), Não Enche é veículo para a intérprete destilar sua ira, endereçada aos mesmos destinatários de Calúnia (Marino Pinto e Paulo Soledade, 1951) e do texto que entremeia Carta de Amor (Paulo César Pinheiro, 2012), raivoso e impactante número do segundo ato. Mas Bethânia se mostra pouco à vontade com os versos (lidos no teleprompter) e com o ritmo de Não Enche. Além de Não Enche, o ponto negativo do show é Fera Ferida (Roberto Carlos e Erasmo Carlos, 1982), envolta em arranjo equivocado que tira toda a contundência da música já gravada de forma extraordinária pela própria Bethânia no álbum As Canções que Você Fez pra Mim (1993). Em contrapartida, Salmo (Raphael Rabello e Paulo César Pinheiro, 2002) é cantado em solene feitio de oração enquanto Fogueira (Ângela RoRo, 1983) acende sensibilidades no tempo da delicadeza, marcado pelo violão de Paulo Dafilin. Já Na Primeira Manhã (Alceu Valença, 1980) arde no calor da percussão de Marcelo Costa, mote do arranjo. Até certo ponto discreta diante da magnitude de sua função de diretor musical, a presença de Wagner Tiso se faz notar pela primeira vez em Casablanca (Roque Ferreira, 2012), nostálgico número de voz e piano. Também da lavra de Roque Ferreira, Barulho (2007) ecoa sem a força de Negue (Adelino Moreira e Enzo de Almeida Passos, 1960), samba-canção posto a serviço da enfática teatralidade da intérprete-orixá, que também baixa em Dona do Raio e do Vento (Paulo César Pinheiro, 2006).
ResponderExcluirAntecedido por intervalo em que Wagner Tiso e banda tocam Cais (Milton Nascimento e Fernando Brant, 1972) e Maria Maria (Milton Nascimento e Fernando Brant, 1976), em medley instrumental descolado do roteiro costurado por Bethânia com a colaboração de Fauzi Arap, o segundo ato se revela majestoso já na abertura. O link quente de Festa (Gonzaguinha, 1968) com Dora (Dorival Caymmi, 1945) - evocada com os tambores de Marcelo Costa - junta maracatu, Recife (PE) e o céu vermelho do Nordeste. É o ponto de partida para o oásis de Bethânia, o sertão brasileiro. Em clima de serenata, Lua Branca (Chiquinha Gonzaga, 1912) prepara o terreno lírico para a apresentação da inédita Estado de Poesia (Chico César, 2012), belíssima canção sertaneja de Chico César. É a força que nunca seca na obra de Bethânia e que a leva a desencavar pérola interiorana como Adeus Guacyra (Hekel Tavares e Joracy Camargo, 1933), número em que vagalumes cruzam o palco negro e nu em belo efeito visual. É nesse Brasil rural que Bethânia acomoda A Nossa Casa (Arnaldo Antunes, Alice Ruiz, Paulo Tatit, João Bandeira, Celeste Moreau Antunes, Edith Derdik e Sueli Galdino, 2004) em ritmo de xote. Dois números depois, outra música da lavra mais pop do ex-Titã - A Casa É Sua (Arnaldo Antunes e Ortinho, 2009) - deixa Bethânia ainda mais à vontade no universo de Arnaldo, em que pese a insegurança da cantora com a letra (também lida no teleprompter). Na sequência, eletrizante pot-pourri de sambas-de-roda - costurados por Reconvexo (Caetano Veloso, 1989) - mostra onde fica realmente a casa de Maria Bethânia. Entre a melancolia de Minha Casa (Joubert de Carvalho, 1946) e a fratura emocional exposta em Escândalo (Caetano Veloso 1981), indícios da solidão que ronda a casa da intérprete, o samba Velho Francisco (Chico Buarque, 1987) verte memórias desconexas em grande arranjo que leva à lembrança de um dos melhores momentos do álbum Oásis de Bethânia (2012) - o disco que inspirou o show - e que, por associação, faz lembrar a ausência sentida no roteiro, Vive (Djavan, 2012), canção escrita por Djavan para a cantora incluir neste mesmo disco. No jorro da memória cênica da intérprete, Carta de Amor reforça o endereço musical de Maria Bethânia no palco. E o palco é o destino certeiro da intérprete, a casa onde ela reina.
ResponderExcluirTomara que ela inclua VIVE, no roteiro, pois é uma bela canção do CD oasis, e rara oportunidade de ve-la cantando Djavan.
ResponderExcluirExcelente crítica, Mauro. Como sempre...
ResponderExcluirParabéns.
Bethania sempre será uma mulher importante na historia da musica brasileira mas este show confirma que talvez sua grandeza hoje deva ser mais admirada pelas novas gerações que talvez desconheçam antigos recados e propostas musicais anteriores. Para mim Mauro, tudo que você cita em sua crítica de positivo e negativo me soa como dèjá vu (palavra citada por voce no inicio do texto). A unica novidade (que eu ja havia notado no show em homenagem a Chico Buarque) são os enormes teleprompters na frente do palco que só atrapalham a espontaneidade cênica de Bethânia que sempre foi sua maior qualidade. Nem a mudança de maestro, que talvez fosse minha grande expectativa, me causou surpresa. De qualquer forma, viva Bethânia. Os novos meninos do Brasil merecem.
ResponderExcluirBethania sempre será uma mulher importante na historia da musica brasileira mas este show confirma que talvez sua grandeza hoje deva ser mais admirada pelas novas gerações que talvez desconheçam antigos recados e propostas musicais anteriores. Para mim Mauro, tudo que você cita em sua crítica de positivo e negativo me soa como dèjá vu (palavra citada por voce no inicio do texto). A unica novidade (que eu ja havia notado no show em homenagem a Chico Buarque) são os enormes teleprompters na frente do palco que só atrapalham a espontaneidade cênica de Bethânia que sempre foi sua maior qualidade. Nem a mudança de maestro, que talvez fosse minha grande expectativa, me causou surpresa. De qualquer forma, viva Bethânia. Os novos meninos do Brasil merecem.
ResponderExcluirInfelizmente ainda não vi o show, mas tenho acompanhado por matérias e postagens no Facebook daqueles que assistiram. De imediato me saltou os olhos um Deja vù da direção de Bia Lessa (que nutro admiração, mas que tem pecado na criatividade), e a ausência pra lá de sentida de Vive, que integraria perfeitamente com o conceito do show - Cartas de Amor.
ResponderExcluirEstava aguardando com certa ansiedade a crítica do Mauro, pelo entendimento e compreensão profunda do universo da grande intérprete que é Bethânia e de suas possibilidades no palco.
Aguardarei a oportunidade de ver o show!
Salve Bethânia!
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirMuito boa a resenha, Mauro! Viva a nossa Abelha Rainha! o show deve estar emocionante mesmo ela e Ney Matogrosso são as duas maiores referências de palco aqui no Brasil. Ahhh, minha xará faz jus ao nosso nome que significa Senhora Soberana.
ResponderExcluirÓtima crítica, Mauro! Adorei! Vc traduziu em palavras a percepção que tive do show! abçs.
ResponderExcluirBethânia como sempre é magnífica e enigmática. Gostaria de estar presente nesse show, mas eles geralmente são muito caros. É triste saber que ela não incluiu no roteiro "Vive", para mim uma das melhores canções do disco.
ResponderExcluirMauro,
ResponderExcluirComo sempre suas críticas são bem pertinentes e o mais importante, imparciais. Bethânia é uma grande intérprete da música brasileira, não tem quem tire este mérito.
Espero que até o retorno dela ao Rio, em abril de 2013 já tenha sido incluído a música "Vive". Essa turnê inicial pelo Brasil, me soa como o "Obra em progresso" do Zie e Zie de Caetano. Muitos ajustes deverão ser feitos até o amadurecimento total do show..
Queria entender quanta birra por parte do DJ Zé, que era um fãnático... passou agora a estar num "recanto" completamente escuro...
Salve Bethânia!!
Mauro, mais uma vez obrigado pela matéria. estava aguardando seu post acerca do show.
ResponderExcluirComo sempre você dá show em suas críticas, com muita imparcialidade que é o mais importante disso tudo.
Espero que a música "Vive" entre no roteiro da turnê Carta de Amor. Vejo que essa turnê de 2012 será como o "Obra em Progresso" do Zie e Zie de Caetano. Será o tempo necessarios para ela "testar" o show em algumas cidades e fazer os ajustes pertinentes.
Queria de coração, entender essa revolta do DJ Zé; um fãnático pela Bethânia... Querido, pare de permear por esse "recanto obscuro", está feio !
Não podemos ficar mais olhando para o passado e querendo que nossas cantoras tenham o mesmo desempenho, roteiro, força, vitalidade.. Os anos passam, o momento que cada um vive nunca é igual ao outro...
Bethânia sempre foi e sempre será a voz do Brasil.
Tudo é feito com muito carinho, dedicação e amor !
Salve Bethânia !!
Mauro, três estrelas e meio é pouco para esse grande show, Você esta ficando maluco? A Gal leu o show dela inteiro no telepromoter, você não comentou isso na critica e ainda deu 5 estrelas. Bethânia faz um show único, teatral, arrebatador e você fica com pé atrás. você está deixando problemas pessoais que você teve com ela influenciarem em seu trabalho. Tem alguma coisa fora de ordem aí, como diz caetano. Procure ajuda !
ResponderExcluirMauro, três estrelas e meio é pouco para esse grande show, Você esta ficando maluco? A Gal leu o show dela inteiro no telepromoter, você não comentou isso na critica e ainda deu 5 estrelas. Bethânia faz um show único, teatral, arrebatador e você fica com pé atrás. você está deixando problemas pessoais que você teve com ela influenciarem em seu trabalho. Tem alguma coisa fora de ordem aí, como diz caetano. Procure ajuda !
ResponderExcluirMeu querido Mauro:
ResponderExcluirpermita-me apenas uma correcção: Cais é letra de Ronaldo Bastos e nao de Fernando Brant. ALiás, "cais"é talvez a letra mais importante da obra do meu querido Ronaldo.
um abraço e perdoe minha impertinência!
abraço
Meu querido Mauro:
ResponderExcluirPerdoe minha impertinência, mas "CAis" é letra de Ronaldo Bastos e não de Fernando Brant. ALiás, é talvez a letra mais importante da carreira do meu querido Ronaldo!
Um forte abraço
tiago
Oi, Tiago, grato pelo seu toque. Claro que a letra de Cais é do Ronaldo (devidamente creditado no post com o roteiro do show). Na hora de escrever a resenha, acabei trocando os autores. É muita info na minha cabeça. Abs, seja sempre-vindo, MauroF
ResponderExcluirp.s.: grato a todos que elogiaram a resenha.
Espero que gravem esse espetáculo para um futuro DVD e blu-ray da cantora.
ResponderExcluirCaio,
ResponderExcluirNa temporada de estreia do show Recanto de Gal no Miranda no Rio de Janeiro nao havia telepromer no palco e Gal estava com todas as letras decoradas.
Qualquer pessoa que foi poderia verificar pq a casa é pequena e o palco era junto da plateia.
Se vc duvida é so olhar os diversos videos feitos no miranda.
Depois quando a turne nacional de Recanto começou 2 meses apos a temporada de 2 semanas no Miranda é verdade que o telepromer foi incorporado ao show, daí dizer que ela le o show todo é opinião de fa triste com a critica do show bethania
O show de bethania pode ser espetacular, e deve ser, mas nao se pode comparar com a ruptura estetica e a ousadia sonora que Recanto propoe.
Caio,
ResponderExcluirNa temporada de estreia do show Recanto de Gal no Miranda no Rio de Janeiro nao havia telepromer no palco e Gal estava com todas as letras decoradas.
Qualquer pessoa que foi poderia verificar pq a casa é pequena e o palco era junto da plateia.
Se vc duvida é so olhar os diversos videos feitos no miranda.
Depois quando a turne nacional de Recanto começou 2 meses apos a temporada de 2 semanas no Miranda é verdade que o telepromer foi incorporado ao show, daí dizer que ela le o show todo é opinião de fa triste com a critica do show bethania
O show de bethania pode ser espetacular, e deve ser, mas nao se pode comparar com a ruptura estetica e a ousadia sonora que Recanto propoe.
pode até ser, mas um show como "carta de amor" que foi elogiado até agora por toda a crítica, até pela folha e pelo estadão e é de longe o melhor show de bethânia dos últimos anos, não poderia ter recebido três estrelas e meia. o que ta acontecendo com o mauro? para o mediano "amor festa devoção" ele deu 4 estrelas. para o arrebatador e teatral "carta de amor" ele ta 3 e meia. tem alguma coisa fora de ordem aí. estranho, né? haha
ResponderExcluirEstive ontem no show, muito bom o espetáculo, gostei de perceber como ela está leve, cantando e encantando á todos! Dentro das nuances do tempo, Viva Bethania!!!!!
ResponderExcluirTambém não estou entendendo as três estrelas do Mauro. Só o set list e esse figurino garantem 4 estrelas. Por Bethânia estar revigorada com um grande show, é pra ser 10 estrelas. Mais que todas.
ResponderExcluirEla se guardou direitinho pra estrear no fim do ano. E tb não identifiquei um ponto crucial pra menos uma estrela. O roteiro está bem amarrado, inusitado inclusive. Nos videos MB está radiante e super teatral. Já dizem ser o maior show desde Maricotinha. É hora de rever na balança de nobre cobre que o rei equilibra.
Boa tarde, bravos!
ResponderExcluirE foi com grande alegria que acabei de ler o post do bravíssimo Mauro, quando ontem, estava ansioso para saber das novidades instituídas ao show, a partir da mudança do maestro. Li toda a resenha e gostei da liberdade da Bethânia em deixar-se levar por ela mesma. Creio que Vive deva entrar na lista do show ao longo do tempo, até porque, a mesma está na novela.
Allan Marlango
"Mesmo sem a solidez conceitual de espetáculos anteriores" "traduzida visualmente no cenário dèjá vu da diretora Bia Lessa"
ResponderExcluirMauro voce disse tudo nestas 2 frases, bela crítica.
E um belo show sem dúvida, mas para quem a acompanha , sente falta de costuras mais emblemáticas e de certa dramaticidade.
"Mesmo sem a solidez conceitual de espetáculos anteriores" "traduzida visualmente no cenário dèjá vu da diretora Bia Lessa"
ResponderExcluirMauro voce disse tudo nestas 2 frases, bela crítica.
E um belo show sem dúvida, mas para quem a acompanha , sente falta de costuras mais emblemáticas e de certa dramaticidade.
mauro, depois da crítica do "estadão" e da "folha", acabou de sair a crítica do "o globo", todos exaltando o show e com cotação ótima. isso tudo está deixando a sua crítica cada vez mais estranha.
ResponderExcluirCaros leitores, um crítico não pode jamais se comportar como fã, por mais que admire uma cantora. "Carta de Amor" é um bom show e tem belos momentos - e a resenha deixa isso claro - mas precisa de ajustes que poderão vir a ser feitos por Bethânia na estrada ("Tempo Tempo Tempo Tempo", de 2005, estreou mal e foi ficando bom no decorrer da turnê). Quanto à cotação,"Carta de Amor" está avaliado como um bom show. Três estrelas e meia é uma cotação alta (peguem qualquer edição da "Rolling Stone", por exemplo, e percebam que poucos discos e shows ganham cotação igual ou superior). Na minha avaliação, essa cotação não pode ser mais alta porque há outros shows - "Nossos Momentos", "Imitação da Vida", "Maricotinha", "Brasileirinho", "Dentro do Mar Tem Rio", para citar somente alguns exemplos - que chegaram à cena mais redondos, com conceito mais bem amarrado. De todo modo, minha opinião é apenas mais uma. Sei que muitos concordam com os argumentos da resenha e que outros a acharam injusta. Mas isso faz parte do show de críticos que opinam com franqueza, sem procurar agradar artistas, assessores, empresários, fãs e Cia. Grato a todos pelos comentários. Desde que escrita sem agressividade, qualquer opinião contrária é bem-vinda. Abs, MauroF
ResponderExcluirsó vou assistir esse show quando ele chegar aqui em São Paulo, agora já digo uma coisa: os fãs de Bethânia vão ter que engolir que Gal fez o show do ano, por mais bacana que seja o show de Bethânia o de Gal marcou o ano
ResponderExcluirMauro, não precisa se justificar! Sou de SP mas irei até BH para assistir o show dia 07/12 porque não aguentarei até março. Vi alguns videos no Youtube e ficou nítido que "Não Enche" não ficou legal, ela não consegue respirar no tempo da música. É a mesma coisa com Alcione cantando Capim do Djavan. Bom, li sua resenha e as do Estadão e Folha e estou super curioso por ver Bethania sem Jaime Alem. Pena que Vive está fora do repertório do show. Abs .
ResponderExcluircontinuo discordando, mauro. até agora, todo o público e a crítica (com exceção de vc) foram unanimes em dizer que bethânia se superou em "carta de amor". só a sua opinião diverge dizendo que foi "um bom show" com alguns "belos momentos". alguma coisa ta fora de ordem nessa sua crítica. tem alguma coisa errada aí. não vou entrar no mérito da questão, mas termino apenas dizendo que foi injusto.
ResponderExcluirLuca,
ResponderExcluirAssiti diversas vezes o Recanto, inclusive em cidades diferentes. Me tornei admirador de Gal, porém quem já viu a Gal dos anos 70 e 80, acaba tomando um susto ao vê-la sentada, de preto e com pouquissimos movimentos. É impossivel não comparar.
Eu, juntamente com amigos chegamos e falar que este será o último show da carreira de Gal Costa.
Apesar de minha pouca idade, possuo um acervo enorme de shows antigos da Gal e sobre o Recanto só posso admirar o quão empenhada ela está para se fazer presente nos palcos.
Vejo sim, um Caetano que pegou ela pelo braço e disse: vamos fazer dessa forma, será esse cenário, você irá cantar assim e assado!
Gosto de ver quem tem disposição pra fazer novos trabalhos, reinventar-se. As grandes divas estão na conhecida "zona de conforto", onde o que fizerem vai vender, o povo vai assistir, vão achar tudo lindo e maravilhoso.
O público quer algo novo, quer vida no palco, e para mim Bethânia é a que mais reflete isso, seguido de Ney Matogrosso.
eu dou boa gargagalhadas com os comentários do DJ ZE PEDRO.
ResponderExcluirmuitas mesmo.
TYRONE.
Waldeck,
ResponderExcluircertamente vc nao viu Recanto para falar de Gal sentada e parada ou se viu, olhou um Recanto diferente da critica, cotação maxima em todos os veiculos,premio multishow de show do ano, e da grande maioria do publico.
Enfim, para alguem que diz que em Recanto Gal esta sentada, nem me animo em continuar.
Achei muito lúcido o comentário do Waldeck, em tudo.
ResponderExcluirTambém adoro a Gal, e apesar de não ter gostado de 'Recanto' (e me reservo o direito disso), a reconheço com outra gigante da nossa música.
Sou declaradamente fã de Bethânia e portanto, sempre passional ao avaliá-la, mas não gosto das tolas comparações entre ela e Gal, que tem propostas bem distintas e a liberdade conquistada de fazer o que quiser, ou simplesmente não fazer.
Concordo com o Mauro que essa é apenas a opinião dele, que na condição de crítico musical escreve o que acha, considerando sua experiência e sensibilidade adquiridas ao longo de anos de ofício.
Raros os espetáculos que não necessitam de ajustes ao longo da turnê (quando não os há, foi quase um golpe de sorte). Estou certo que "Carta de Amor" ficará cada vez melhor.
Abraços.
Mauro, parabéns pela sua Resenha. No final do show eu estava torcendo para que você tivesse lá para ler depois seus comentários. Achei a canção de Pedro Abrunhosa belíssima, um ponto alto de espetáculo, e no momento eu fiquei tão extasiado com o que a canção dizia que acabei não guardando nada e estava ansioso para que você publicasse o set list.
ResponderExcluirGostei dos arranjos musicais, a Banda estava totalmente sintonizada. Em "Não Enche" eu achei Bethânia insegura com a letra e ela pulou uma parte que seria considerada o "Refrão".
O cenário, que era composto de lâmpadas, que subiam e desciam pelo palco, era simples mas ao mesmo tempo deu uma beleza a cena sem igual.
Também senti a falta de Vive, mas acredito que o show ainda irá amadurecer e mudanças serão feitas com certeza.
Já aguardo o retorno ao Rio em Abril.
Mauro, parabéns pela sua Resenha. No final do show eu estava torcendo para que você tivesse lá para ler depois seus comentários. Achei a canção de Pedro Abrunhosa belíssima, um ponto alto de espetáculo, e no momento eu fiquei tão extasiado com o que a canção dizia que acabei não guardando nada e estava ansioso para que você publicasse o set list.
ResponderExcluirGostei dos arranjos musicais, a Banda estava totalmente sintonizada. Em "Não Enche" eu achei Bethânia insegura com a letra e ela pulou uma parte que seria considerada o "Refrão".
O cenário, que era composto de lâmpadas, que subiam e desciam pelo palco, era simples mas ao mesmo tempo deu uma beleza a cena sem igual.
Também senti a falta de Vive, mas acredito que o show ainda irá amadurecer e mudanças serão feitas com certeza.
Já aguardo o retorno ao Rio em Abril.
Seguramente o show é um poema. Bethania se supera. Os arranjos para antigos sucessos como Na primeira Manhã, Reconvexo valorizaram as músicas. A iluminação é belíssima e o q há de cenário é eficiente e belo tb. Ela foi ovacionadíssima na estréia e o público foi qs unânime sobre a beleza e encantamento do show.Críticos são humanos e por isso
ResponderExcluirpodem errar. A cotação e a crítica
estão bem aquem do show. o crítico
errou.
Bethania trabalha demais,como Caetano,tem muita energia.Deveria usar todo esse furor em outros canais,produzindo outros artis tas por ex. e se dando mais tempo parase reciclar.É muito mais palco que Gal.Mas Gal estava sumida e sua presença foi extremamente festejada.Recanto é disco excepcional e show as vezes fraco,pretensioso.
ResponderExcluirMauro,
ResponderExcluirAinda não assistir o show Carta de Amor, pois em Salvador a apresentação será em dezembro.
Gostei muito da sua crítica, pois diferente do fã, você precisa olhar o todo com uma certa distância da nossa louca paixão pela Abelha Rainha.
Sou fã...amo, amo, amo...Já assistir alguns shows da Bethânia, como "Tempo Tempo Tempo Tempo", "Brasileirinho", "Amor, Festa e Devoção", porém o show que mais gostei foi o "Dentro do Mar Tem Rio" me envolveu mais.
Estou no aguardo do show Carta de Amor, no dia 01 de dezembro em Salvador.
Abraços
Sou fã de Bethânia, não nego (nem jamais negaria), mas não sou cego. Um show não receber nota máxima, 5 ou 10 ou 1000, jamais lhe tira seu brilho e sua força, na minha opinião. Sendo um espetáculo de Bethânia então, digo que vários não vão cair de amores, uns vão falar menos bem que outros, alguns vão fazer comparações entre seus shows e de outros artistas e até mesmo tecer análises rebuscadas ou quiçá rebarbativas sobre seus shows atuais e do passado, mas TODOS irão falar de Bethânia! Os fãs mais, digamos, afoitos irão chiar, reclamar, refutar a "ousadia" de dar menos que a nota máxima a esse show, que está lindíssimo e emocionante, na minha opinião, mas que ainda pode e vai amadurecer na estrada. A aceitação do fato de que uma grande estrela da MPB, eternamente entronizada no cânone do nosso cancioneiro popular, do alto de sua maturidade e longevidade artística, pode apresentar uma "obra em progresso" para mim soa natural. Friso que, sempre na minha opinião, a busca pela novidade e a fuga da sensação de "dèjá-vu" são indicadores fortes de que pode haver frustrações. Nos apaixonados fãs, isso se multiplica enormemente!
ResponderExcluirGostaria enfim de dizer que, Mauro, você está certo em suas colocações, e que não é porque todas as Bárbaras Heliodoras críticas da Deusa Música dão 20 a esse show que você se sentiria compelido a fazer o mesmo. Além do mais, o blog é seu, o espaço democrático é seu e você demonstra isso publicando até mesmo considerações mais arrebatadas de outros leitores. Quanto a isso, não há nada fora da ordem por aqui, penso eu!
Abraços!
tem algo fora de ordem sim. é falta de critério. na resenha de "amor festa devoção" o mauro elogiou mas fez a ressalva de que o show ainda ia ganhar forma, ia crescer, faltavam ajustes, mas a proposta era boa. na resenha de "carta de amor" ele fez a mesmíssima ressalva. só que no "amor festa devoção" ele deu 4 estrelas e no "carta de amor" ele deu 3 e meia. como assim? sem critério total. ta aí no arquivo dele, pode ler quem quiser. que critério é esse? e outra: em que mundo "amor festa devoção" é superior à "carta de amor" ?
ResponderExcluirestranhíssima essa crítica do mauro ao "carta de amor". primeiro, pelos critérios do próprio mauro ferreira de outras resenhas. segundo, pela comparação com as criticas de todos os jornais de grande circulação país.
tem alguma coisa fora de ordem aí sim.
Eu acho que o crítico dá a nota que lhe achar mais conveniente a um show. Não é porque o Estadão, a Folha e não sei mais quem deram notas altíssimas que ele tem que se sentir obrigado a dá-las também. Se a crítica dele para o "Amor, Festa, Devoção" foi maior do que a de "Carta de Amor", essa é uma opinião do Mauro e devemos respeitá-la, mesmo que não concordemos e achamos um disparate. A opinião dele acerca deste show não vai me fazer mudar de que o show é ótimo, porém achei Bethânia sem fôlego e fora do tempo na interpretação de "Não Enche". Se ela trabalhar melhor essa canção em sua interpretação, poderá ser um diferencial a mais em seu show. Acho que ela deve desenvolver melhor essa canção e cantá-la inteira, não apenas um trecho. A letra dele é muito forte para se cantar apenas um trecho. Realmente concordo que "Amor, Festa, Devoção" não é o melhor show de Bethânia, porém "Carta de Amor" não me pareceu ser tão inesquecível assim, apesar de ser muito bom mesmo. Para mim um dos melhores shows de Bethânia foi o de "Maricotinha". Fui agora procurar ingresso para o show dela aqui em BH através do site Ingresso e já está tudo esgotado. Fiquei decepcionado com isso. Vou ter que ver o show pelo You Tube mesmo ou torcer para que ele saia em DVD ou blu-ray. O que não dá é ficar rendendo assunto de que o crítico do blog deu apenas 3 estrelas e meia para o show. Essa é a opinião dele. As pessoas não tem que necessariamente a levá-la na ponta da palavra, tão a ferro e fogo. Afinal, gosto cada um tem o seu.
ResponderExcluirTodos as críticas publicadas exaltam o show como um dos melhores(O Globo/ Folha /Estado de SP ) entre outros.
ResponderExcluirSerá q estão todos equivocados???
Bia Lessa descreve a arte de Bethania como uma forma de resistência e nunca
acomodação. Totalmente coerente.
Rafael, excelente comentário !!
ResponderExcluirDiscutir sobre quantidade de estrelas é discutir o sexo dos anjos. Me poupe!!
Vamos começar a pensar por nós mesmos e parar de ficar alienados por conta do Globo, Folha, Estado de SP ou qualquer outro .
Assim: para mim, em muitos momentos do show, pareceu algo pouco ensaiado ou então não bem adaptado. Não gostei de Fera Ferida, o novo arranjo parecia segurar uma Bethânia que queria ir além e não conseguia. A leitura, ao pé, também me incomoda muitíssimo (eu creio que não só a mim, o Zé Pedro foi na mesma baila) porque prende, e ela não se permite o palco ali, tal fato se mostra notório na canção "Não Enche", ai que vontade de ver Bethânia gritando NÃO ENCHE bem na beirinha do palco pronta pra se jogar feito trapezista.
ResponderExcluirè clarividente que o show vai amadurecendo e eu espero vê-la feliz aqui em Curitiba em abril. Queros sentir esse Oasis fervendo o frio e gelado Guaira.
Gente do céu!!!
ResponderExcluirComo esse show fica com 3 estrelas e meia e o show pífio de Roberta sá com 4 estrelas e meia!
Só Mauro mesmo!
pois é. O show de Maria Rita que foi terrível, uma vergonha para a cantora, recebeu muitas estrelas. Mas isso não vem ao caso. Acredito que Mauro veja algo no show em cena que deva ser melhorado. Eu baixei um áudio do show na íntegra e tenho ouvido bastante. Na verdade ouvi tanto que já decorei o roteiro. Musicalmente, acho o melhor show desde Maricotinha - em questão de repertório e arranjos: nota mil. O que Mauro e Zé Pedro (também rio muito qdo leio os comentários, Tyrone) devem ter visto é alguma falta cênica. Só pode ser isso pq o som tá im-pe-cá-vel.
ResponderExcluirCom 5 estrelas, 3 estrelas ou nenhuma estrela temos de nos alegrar por termos Maria Bethania que sempre lança algo de qualidade e está sempre nos palcos. Semana passada fui ao show de Rosa Passos em Sorocaba e ela disse estar preocupada com a música brasileira de hoje, com as novas cantoras que se parecem umas com as outras, que acham que tudo tem de ser gritado. Ainda bem que temos Bethânia, Rosa Passos e outras que não são as "novas" cantoras da MPB e sim as grandes e talentosas cantoras do Brasil.
ResponderExcluir"As grandes divas estão na conhecida "zona de conforto", onde o que fizerem vai vender, o povo vai assistir, vão achar tudo lindo e maravilhoso."
ResponderExcluirPronto um fã de Bethânia falou tudo! Faz tempo que o show de Bethânia é assim. mais do mesmo. Mesma entrada com música instrumental, paradinha no meio do show, textos, exageros em cena e direção de Bia Lessa. Mais "zona de conforto" que isso impossível. Podem aplaudir, vocês sempre vão achar tudo lindo e maravilhoso.
Carlos Almeida, estou aqui, em plena sala, de pé, aplaudindo seu texto!!! É preciso dizer o óbvio, que o rei (a rainha, nesse caso) está nu...
ResponderExcluirFalou quem não entendeu que forma e conteúdo são coisas diferentes.
ResponderExcluirMauro Ferreira é a maior autoridade em Maria Bethania no Brasil. Acompanho seu trabalho crítico a mais de 2 decadas quando em fins dos anos 80 e começo dos 90 ,nas paginas do Jornal O Globo, ele era a voz solitária na imprensa a chamar atenção para o trabalho singular e salutar da abelha rainha quando a cantora estava em baixa e era equivocadamente considerada ultrapassada pela mídia. Alguns anos mais tarde pude constatar com alegria que seu esforço jornalistico de constante reparação da importancia de Bethania na MPB nao havia sido em vão quando finalmente a cantora reencontrou seu publico e sua fortuna crítica a partir do projeto com as canções de Roberto Carlos.
ResponderExcluirMauro Ferreira fez a melhor, a maior e mais completa crítica sobre o novo show da cantora, Carta de Amor. É uma grande e altamente elogiosa resenha, com a liberdade, precissão e visão historica do trabalho do artista que todo critico deveria ter.
Nada escapa da resenha: conceito, estrutura, roteiro, direção musical, performance vocal, direção de arte.
Mas nao adianta, parecem nao entender que vivemos num estado democratico de direito e que nenhuma obra de arte é intocada e está acima de uma visão crítica. Quando o real começa a se confundir com dogmas religiosos estamos todos em mal caminhos.
Oi Mauro, fiz um comentário ontem sobre o show da Bethânia que não foi ao ar. Gostaria de saber se fui ofensivo em meu texto, pois não era essa a intenção. Pelo contrário, as postagens dos outros leitores estão bem mais inflamadas do minha opinião, dura, mas respeitosa. Obrigado pela atenção. Abraço
ResponderExcluirA grande artista Maria Bethania é MUITO MAIOR que qq crítica. E não há autoridade em Bethania a não ser ela mesma.Fazer-nos ter a exata compreensão e emoção de uma letra inédita na 1º vez que ouvimos e manter uma platéia quase em transe, já seria o máximo a se alcançar.E olha que ela naõ é só isso! Não dá pra subestimar.
ResponderExcluira maior autoridade em maria bethânia não é o mauro ferreira. a maior autoridade em maria bethânia no brasil é caetano veloso, que foi testemunha de toda a evolução da persona artistica de maria bethânia. caetano foi na estreia e ficou hipnotizado, tanto que voltou no dia seguinte e não desgrudou os olhos da irmã. ela sabe que ela é grande. o resto é resto.
ResponderExcluirAcho que de longe essa foi a notícia mais comentada do ano inteiro aqui no blog. Na retrospectiva do fim de ano do blog, o Mauro terá que comentar sobre isso e novbamente sobre Bethânia, rs. Não me lembro de outra notícia que tenha chegado a marca de mais de 50 comentários numa velocidade tão espantosa de envio de comentários, e isso em tão poucas horas de que o Mauro havia postado essa notícia. Bethânia bombou aqui no blog!!!
ResponderExcluirNo comentário acima quis dizer "Novamente".
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