Título: Lá Música No se Toca
Artista: Alejandro Sanz
Gravadora: Universal Music
Cotação: * *
A máquina da gravadora Universal Music trabalha a todo vapor para devolver a Alejandro Sanz o sucesso no Brasil que, a rigor, o cantor e compositor espanhol alcançou somente uma vez, em 1998, quando sua música Corazón Partío - lançada em seu álbum Más (1997) - foi propagada em escala mundial na trilha sonora da novela Torre de Babel (TV Globo, 1998). A alavanca que tenta fabricar nova onda de sucesso foi acionada com o recrutamento de três cantoras nacionais - Ana Carolina, Ivete Sangalo e Roberta Sá - para gravar duetos com Sanz em versões em português de três músicas do décimo álbum de estúdio do astro latino, La Música No se Toca. Tais versões turbinam a edição brasileira do álbum sem alterar seu (baixo) valor. Das três cantoras, Ana Carolina é a mais identificada com o estilo do cancioneiro pop de Sanz - parentesco perceptível no dueto feito por Ana com Sanz em Irrepetível (Me Sumerjo), música de autoria do cantor, adaptada para o português pela própria Ana. Já Ivete dá voz a Não me Compares, balada pop de refrão ganchudo que se impõe como a melhor das três músicas escolhidas para os links de Sanz com as intérpretes nacionais. A versão em português de No me Compares (Alejandro Sanz) - canção também ouvida no CD no espanhol original - é assinada por Filipe Catto, cantor e compositor gaúcho (radicado na cidade de São Paulo) que vem migrando progressivamente da cena indie para o universo pop(ular). Em qualquer versão, o coro pavoroso quase estraga a música. Estranha nesse ninho (pop)ular, Roberta Sá põe sua leveza em Bailo Com Vos (Alejandro Sanz) sem acrescentar nada de relevante à sua discografia com a gravação da versão assinada por Pedro Luís. No mais, o disco toca a palatável e trivial música pop de Sanz. Com destaque para a faixa-título La Música No se Toca (Alejandro Sanz), o repetitivo cancioneiro do disco flerta eventualmente com o universo do rock, como em Llamando a La Mujer Acción (Alejandro Sanz), sem adicionar peso ao disco com tais flertes. Na aba das cantoras brasileiras, e mesmo sem elas, Sanz soa insosso no mais das vezes.
7 comentários:
A máquina da gravadora Universal Music trabalha a todo vapor para devolver a Alejandro Sanz o sucesso no Brasil que, a rigor, o cantor e compositor espanhol alcançou somente uma vez, em 1998, quando sua música Corazón Partío - lançada em seu álbum Más (1997) - foi propagada em escala mundial na trilha sonora da novela Torre de Babel (TV Globo, 1998). A alavanca que tenta fabricar nova onda de sucesso foi acionada com o recrutamento de três cantoras nacionais - Ana Carolina, Ivete Sangalo e Roberta Sá - para gravar duetos com Sanz em versões em português de três músicas do décimo álbum de estúdio do astro latino, La Música No se Toca. Tais versões turbinam a edição brasileira do álbum sem alterar seu (baixo) valor. Das três cantoras, Ana Carolina é a mais identificada com o estilo do cancioneiro pop de Sanz - parentesco perceptível no dueto feito por Ana com Sanz em Irrepetível (Me Sumerjo), música de autoria do cantor, adaptada para o português pela própria Ana. Já Ivete dá voz a Não me Compares, balada pop de refrão ganchudo que se impõe como a melhor das três músicas escolhidas para os links de Sanz com as intérpretes nacionais. A versão em português de No me Compares (Alejandro Sanz) - canção também ouvida no CD no espanhol original - é assinada por Filipe Catto, cantor e compositor gaúcho (radicado na cidade de São Paulo) que vem migrando progressivamente da cena indie para o universo pop(ular). Em qualquer versão, o coro pavoroso quase estraga a música. Estranha nesse ninho (pop)ular, Roberta Sá põe sua leveza em Bailo Com Vos (Alejandro Sanz) sem acrescentar nada de relevante à sua discografia com a gravação da versão assinada por Pedro Luís. No mais, o disco toca a palatável e trivial música pop de Sanz. Com destaque para a faixa-título La Música No se Toca (Alejandro Sanz), o repetitivo cancioneiro do disco flerta eventualmente com o universo do rock, como em Llamando a La Mujer Acción (Alejandro Sanz), sem adicionar peso ao disco com tais flertes. Na aba das cantoras brasileiras, e mesmo sem elas, Sanz soa insosso no mais das vezes.
Qual o pecado? Pior é o Tony Bennett fazer dueto com Maria Gadú, cantora da qual ele nunca deve ter ouvido falar, quanto mais cantar, pra vender discos na América Latina.
A Ana nao foi mto feliz nas parcerias internacionais. A música q o Tonny escolheu pra ela ficou sonolenta, sem graça, horrível. A com o Alejandro ficou menos pior mas também ficou chata, repetitiva. O dueto com o John Legend ficou muito populista, descartável. As parcerias como compositora com a Chiara Civello tb só fizeram empastelar ainda mais os ultimos trabalhos da Ana. A única que funcionou mais ou menos foi a parceria com a Esperanza Spalding mas mesmo assim ainda nao acrescentou lá muita coisa a ninguém. Engraçado é q a maioria dos nomes sao da black music americana (soul/jazz/r&b), pensei que a voz da Ana se alinharia bem com esses ritmos, ja q eh encorpada. Mas, acho q grande parte do problema reside nas letras também, que são traduções de outras linguas e ficam muito rasas. Há outras incursoes internacionais da Ana que ficaram bem melhores, quando ela faz sozinha. As versões dela de Fever e I Love You So ficaram ótimas!
Por vezes a universal música força a barra!
Por vezes a universal música força a barra!
todas forçam a barra, Victor, naõ apenas a Universal
Trama, biscoito... não deixam transparecer coisas assim. Mas são de 'porte menores'.
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