1978
Na madrugada acordou
O fuso o enganou
Sem pensar
Foi pro elevador
Nem se abalou
Não virou
Pra moça do bar
Olhar
A Capital despertou
Pro_hotel então voltou
Eram dez
Quando telefonou
Pediu café
Leu em pé
O velho jornal
Local
Está sempre só
Não sente falta
Está sempre só
Da sombra não se separa
Está sempre só…
No taxi, o frio deixou
O calor do motor
Esquentar
O seu rosto sem cor
Seco demais
De um lugar
Distante pra se
Lembrar
Na areia gasta do mar
No cinza do olhar
Relembrou
Era setenta e oito
Livre afinal
Sentiu ser
Seu próprio prazer
Mudou
Já estava só
Não se importava
Já estava só
Sua estrada fôra traçada
Já estava só
Está sempre só
Não sente falta
Está sempre só
Da sombra não se separa
Está sempre só…
Na areia gasta do mar
No cinza do olhar
Relembrou
Era setenta e oito
Livre afinal
Sentiu ser
Seu próprio prazer
Sem ser formal
E nem sentimental
Livre afinal
Já disponibilizada para audição no YouTube, a música inédita 1978 anuncia na internet o álbum de inéditas que Ed Motta - em foto de Daryan Dornelles - vai lançar em 2013. Parceria de Ed com Edna Lopes, autora da letra, 1978 preserva o refinado estilo funk / soul do cantor e compositor carioca. Com destaque para a guitarra de Chico Pinheiro, a gravação foi produzida e arranjada pelo próprio Ed Motta, que assina a orquestração dos metais com Jessé Sadoc. Eis a letra de 1978, faixa do 11º álbum de estúdio do artista, o 14º CD da discografia oficial de Ed:
ResponderExcluir1978
(Ed Motta e Edna Lopes)
Na madrugada acordou
O fuso o enganou
Sem pensar
Foi pro elevador
Nem se abalou
Não virou
Pra moça do bar
Olhar
A Capital despertou
Pro_hotel então voltou
Eram dez
Quando telefonou
Pediu café
Leu em pé
O velho jornal
Local
Está sempre só
Não sente falta
Está sempre só
Da sombra não se separa
Está sempre só…
No taxi, o frio deixou
O calor do motor
Esquentar
O seu rosto sem cor
Seco demais
De um lugar
Distante pra se
Lembrar
Na areia gasta do mar
No cinza do olhar
Relembrou
Era setenta e oito
Livre afinal
Sentiu ser
Seu próprio prazer
Mudou
Já estava só
Não se importava
Já estava só
Sua estrada fôra traçada
Já estava só
Está sempre só
Não sente falta
Está sempre só
Da sombra não se separa
Está sempre só…
Na areia gasta do mar
No cinza do olhar
Relembrou
Era setenta e oito
Livre afinal
Sentiu ser
Seu próprio prazer
Sem ser formal
E nem sentimental
Livre afinal
O canto de Ed Motta é americanizado demais! nem tudo fica bem na sua voz, mas gostei da coletânea que ele fez do Cassiano.
ResponderExcluirAcho Ed sensacional. Que saia logo o seu aguardado disco de inéditas.
ResponderExcluirSó reforçando, a influência maior desta música e do novo disco como um todo vem do AOR Westcoast Music, uma música pop produzida e difundida no final dos anos 70 e começo do anos 80 em L.A.
ResponderExcluirLogicamente que os arranjos de metais não o afastam da vertente funk/soul, mas a vertente aqui é mais puxada para este estilo pop radiofônico minucioso.
Vamos de paráfrase? O canto de Ed Motta é americanizado demais: isso significa dizer que é potente e sofisticado, bem diferente da maioria dos cantores brasileiros atuais. Quase tudo fica bem na sua voz, cujas raízes estão em Cassiano, Tim Maia, Donny Hattaway e todo o pessoal que faz carícia nos ouvidos já saturados de tanto besteirol musical indie ou falsamente brasilianista.
ResponderExcluirEd é fera, canta muito!!!
ResponderExcluirO Ed Motta é fenomenal, multicultural, constante e irrepreensível musicalmente falando... Como amante do soul, mpb, gospel, jazz, bossa, samba e etc, já o vi fazer tudo isso e muito mais sem segredo, com muita propriedade em cada gênero ou misturando-os deixando muito clara a sua personalidade dentro de tudo que se propõe, enfim, é inigualável!!!
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