Mauro Ferreira no G1

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terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Rod festeja o Natal em 'Merry Christmas, Baby' já sem ânimo e sem voz

Resenha de CD
Título: Merry Christmas, Baby
Artista: Rod Stewart
Gravadora: Verve / Universal Music
Cotação: * * 1/2

Usada sem cerimômia por Rod Stewart desde 2002, a fórmula de regravações de standards que injetou fôlego comercial na discografia do cantor escocês nos anos 2000 já chegou à exaustão ao longo dessa década em que o outrora roqueiro se escorou no songbook norte-americano. Contudo, o artista ainda insiste na receita. Prestes a completar 68 anos, em 10 de janeiro de 2013, Rod migrou para a Verve e, sob produção e arranjos tradicionais de David Foster, apelou para o cancioneiro natalino, base deste Merry Christmas, Baby, álbum lançado no Brasil via Universal Music neste mês de dezembro de 2012. A acomodação é sentida ao longo das 13 faixas deste CD convencional que alinha duetos do cantor com Michael Bublé - em Winter Wonderland (Felix Bernard e Richard B. Smith) - e com Cee Lo Green, convidado do r & b que dá nome ao disco, Merry Christmas, Baby (Lou Baster e Johnny Moore), rebobinado de forma igualmente clássica. Até Ella Fitzgerald (1917 - 1996) foi postumamente convocada para a festa desanimada de Stewart. Fabricado virtualmente, o dueto de Ella com Stewart em What Are You Doing New Year's Eve? (Frank Loesser) somente acentua a falta de viço da voz já cansada do cantor. Contudo, há alguns bons momentos em Merry Christmas, Baby. Alguma emoção real é detectada nas interpretações mais íntimas de White Christmas (Irving Berling) e When You Wish Upon a Star (Leigh Harline e Ned Washington), dois clássicos alocados entre a única (boa) música inédita do álbum, Red-Suited Super Man, r & b à moda antiga assinado por Stewart com David Foster e Amy Foster. Ainda assim, o Natal de Rod Stewart soa desanimado.

2 comentários:

Mauro Ferreira disse...

Usada sem cerimômia por Rod Stewart desde 2002, a fórmula de regravações de standards que injetou fôlego comercial na discografia do cantor escocês nos anos 2000 já chegou à exaustão ao longo dessa década em que o outrora roqueiro se escorou no songbook norte-americano. Contudo, o artista ainda insiste na receita. Prestes a completar 68 anos, em 10 de janeiro de 2013, Rod migrou para a Verve e, sob produção e arranjos tradicionais de David Foster, apelou para o cancioneiro natalino, base deste Merry Christmas, Baby, álbum lançado no Brasil via Universal Music neste mês de dezembro de 2012. A acomodação é sentida ao longo das 13 faixas deste CD convencional que alinha duetos do cantor com Michael Bublé - em Winter Wonderland (Felix Bernard e Richard B. Smith) - e com Cee Lo Green, convidado do r & b que dá nome ao disco, Merry Christmas, Baby (Lou Baster e Johnny Moore), rebobinado de forma igualmente clássica. Até Ella Fitzgerald (1917 - 1996) foi postumamente convocada para a festa desanimada de Stewart. Fabricado virtualmente, o dueto de Ella com Stewart em What Are You Doing New Year's Eve? (Frank Loesser) somente acentua a falta de viço da voz já cansada do cantor. Contudo, há alguns bons momentos em Merry Christmas, Baby. Alguma emoção real é detectada nas interpretações mais íntimas de White Christmas (Irving Berling) e When You Wish Upon a Star (Leigh Harline e Ned Washington), dois clássicos alocados entre a única (boa) música inédita do álbum, Red-Suited Super Man, r & b à moda antiga assinado por Stewart com David Foster e Amy Foster. Ainda assim, o Natal de Rod Stewart soa desanimado.

Rafael disse...

Por anos esperei um disco natalino do Rod. Agora que ele finalmente saiu, senti um gostinho de "quero mais". É bom o álbum, porém não o achei tão marcante como achava que seria ao ser lançado.