O nome de Carlos Lyra vai estar para sempre associado ao magistral repertório que compôs no rastro do nascimento da Bossa Nova. Contudo, o cantor e compositor carioca tentou ir além da bossa ao longo dos anos 70. Dois raros títulos da discografia de Lyra nessa década - até então nunca lançados em formato digital - ganham suas primeiras edições em CD em box da série Tons, da Universal Music. A caixa Dois Tons de Carlos Lyra embala os álbuns ...E no Entanto É Preciso Cantar (1971) e Eu & Elas... (1972). No disco de 1971, produzido por Menescal com arranjos de Théo de Barros, o artista até revisita sucessos marcantes de sua fase bossa-novista, mas lança inéditas - como Até Parece e Lenda do Rio Vermelho - e abre parceria com Chico Buarque, coautor e convidado de Essa Passou, cujo título alude à castradora censura da época. Já Eu & Elas... passa no título a impressão errônea de ser álbum de duetos com vozes femininas, mas, a rigor, elas são Kate Lyra (mulher e parceira de Lyra em Nothing Night) e a então recém-nascida Kay Lyra, filha do casal. No disco, produzido pelo compositor Paulinho Tapajós com arranjos de Hugo Bellard, Lyra dá voz a inéditos temas autorais como Entrudo (nova parceria com o cineasta Ruy Guerra), O Amor Mais Triste, Antes do Tempo e Despedida.
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10 comentários:
O nome de Carlos Lyra vai estar para sempre associado ao magistral repertório que compôs no rastro do nascimento da Bossa Nova. Contudo, o cantor e compositor carioca tentou ir além da bossa ao longo dos anos 70. Dois raros títulos da discografia de Lyra nessa década - até então nunca lançados em formato digital - ganham suas primeiras edições em CD em box da série Tons, da Universal Music. A caixa Dois Tons de Carlos Lyra embala os álbuns ...E no Entanto É Preciso Cantar (1971) e Eu & Elas... (1972). No disco de 1971, produzido por Menescal com arranjos de Théo de Barros, o artista até revisita sucessos marcantes de sua fase bossa-novista, mas lança inéditas - como Até Parece e Lenda do Rio Vermelho - e abre parceria com Chico Buarque, coautor e convidado de Essa Passou, cujo título alude à castradora censura da época. Já Eu & Elas... passa no título a impressão errônea de ser álbum de duetos com vozes femininas, mas, a rigor, elas são Kate Lyra (mulher e parceira de Lyra em Nothing Night) e a então recém-nascida Kay Lyra, filha do casal. No disco, produzido pelo compositor Paulinho Tapajós com arranjos de Hugo Bellard, Lyra dá voz a inéditos temas autorais como Entrudo (nova parceria com o cineasta Ruy Guerra), O Amor Mais Triste, Antes do Tempo e Despedida.
Belos álbuns de Lyra, porém penso que outros dele deveriam ter entrado nessa coleção.
Ótimo lançamento nesse fim de ano.Aqui algumas sugestões para Universal para a série Tons:
João Bosco-Gagabirô/Cabeça de Nego/Comissão de Frente;
Luiz Eça-...e Cordas/Piano e Cordas;
Boca Livre-Bicicleta/Folia/Boca Livre(83);
Joyce-Joyce(68)/Encontro Marcado;
Erlon Chaves-Para Não Dizer que não Falei de Sucessos/Banda Veneno de Erlon Chaves;
Wilson das Neves-Som Quente é o das Neves(69)/Samba Tropi-Até ai Morreu o Neves (1970);
Claudette Soares-Claudette Soares(69)/Feitinha pro Sucesso ou Quem não é a Maior tem que ser a Melhor(69)/Claudette Nº 3;
este 2em1 saiu no japão em 2006 contendo só a capa do "...e no entanto é preciso cantar".
Adquiri na semana passada. Edição caprichadíssima, à altura do talento de Carlos Lyra.
Mauro, esses dois discos tiveram duas edições em CD no Japão: em 1998 e em 2006, mas saíram numa espécie de "2 LPs em 1 CD".
Tomara que essa série "Tons" tenha vida longa! Os que saíram até agora (Fafá de Belém, Carlos Lyra e Maysa) estão excelentes! O catálogo da Universal tem muita coisa inédita em CD ainda.
Em tempo: "Despedida", que fecha o disco "Eu & Elas" (1972) é de um lirismo de arrepiar de lindo!
Ok, imagino que tenham saído no Japão (onde já foram lançados vários álbuns de Emílio Santiago, por exemplo). Mas eu me refiro ao ineditismo no mercado brasileiro, foco do Notas. Abs, MauroF
Dominguinhos tem uns discos muito bons lançados pelo selo Fontana e pela Phillips, ambos pertencentes hoje em dia à Universal Music. Quem sabe também entrem nessa onda dos tons.
item obrigatório. (Há muita coisa rara - e boa - do acervo Phillips ue merecere ou mereceria entrar na série Tons, de cara eu relançaria as trilogias de Wilson Simonal e de Claudette Soares).
Quarteto em Cy e MPB4 também merecem muito, pois são poucos títulos deles disponíveis no mercado.
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