Título: Lotus
Artista: Christina Aguilera
Gravadora: RCA / Sony Music
Cotação: * * *
Guia jornalístico do mercado fonográfico brasileiro com resenhas de discos, críticas de shows e notícias diárias sobre futuros lançamentos de CDs e DVDs. Do pop à MPB. Do rock ao funk. Do axé ao jazz. Passando por samba, choro, sertanejo, soul, rap, blues, baião, música eletrônica e música erudita. Atualizado diariamente. É proibida a reprodução de qualquer texto ou foto deste site em veículo impresso ou digital - inclusive em redes sociais - sem a prévia autorização do editor Mauro Ferreira.
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Em 2006, Christina Aguilera desafiou as leis da indústria fonográfica e lançou grande álbum, Back to Basics, em que seguiu a trilha da velha escola do blues, do soul e do r & b. Quatro anos depois, o artificial e fracassado Bionic (2010) fez a rota inversa e soterrou a voz potente da cantora norte-americana sob batidas robóticas. Lotus - o sétimo álbum de estúdio da artista, recém-lançado pela Sony Music no mercado brasileiro - se situa no meio do caminho. Mesmo sem rumar de volta ao básico, Lotus faz emergir o vozeirão de Aguilera ao longo de 13 faixas que recorrem à já exaurida fórmula das cantoras norte-americanas - como já sinalizara a batida dubstep do single Your Body e como exemplifica a balada r & b Sing for Me. Entre bons duetos com o rapper norte-americano Cee-Lo Green (em Make The World Move) e o cantor norte-americano de country Black Shelton (em Just a Fool, primeira - boa - incursão da cantora no universo do country), seus colegas no time de jurados do programa The Voice, Aguilera se joga na pista do pop dance em Army of Me - uma das faixas em que sobressai a força de sua voz - e em Let There Be Love. Com um toque de emoção real em disco pautado por batidas e sentimentos sintetizados, o baladão Blank Page reitera que, atrás da produção (feita com a colaboração de nomes como Alex Da Kid, Max Martin, Shellback e Sia Furler), existe uma cantora de verdade que nem precisava forjar sensualidade nas fotos do CD. Entre faixas fracas (Red Hot Kinda Love) e fortes (Cease Fire é explosiva), Lotus escapa com vida.
ResponderExcluirConcordo com a resenha toda, tb acho que a Xtina não precisa de faixas pop autotunadas superficiais em que nao sobressaem sua voz como Vanity - e mais várias do anterior Bionic e Ret Hot Kinda Love do Lotus. Mas o album tem faixas pop perfeitas que não abafam o vozeirão dela, como Army of Me (embora ao vivo ela nao consiga reproduzir os altos tons das suas faixas uptempo) e baladas perfeitas como Just a Fool, um vício instantâneo. A voz dela casou muito bem com a do Blake Shelton, as apresentações ao vivo fora arrasadoras também. Outra balada linda é Cease Fire, pena que baladas atualmente não são muito comerciais como singles, pois são o forte da Christina.
ResponderExcluirAcho o CD de Natal que ela gravou , um dos melhores que eu ja ouvi. Lotus está na minha lista, mas não tenho ainda.
ResponderExcluirAcho Christina uma ótima cantora, tem uma enorme potência vocal enorme. Não precisa ficar usando recursos eletrônicos para fazer música. Esse é o grande mal que acomete as cantoras internacionais de pop ultimamente. Usam exageradamente e vergonhosamente excessivas e cansativas batidas eletrônicas cada vez mais artificiais.
ResponderExcluirAchei o album maravilhoso assim como back to basics. Acredito que ela não tera um exito comercial, mas para os fãs, o cd foi um presente.
ResponderExcluirEduardo, também acho o CD natalino dela espetacular. Um dos melhores da sua discografia.
ResponderExcluirAguilera está numa encruzilhada entre voltar ao topo dentre as divas e se vender ao mercado, ou ser independente, como ela tentou fazer em Bionic e a gravadora interviu. A impressão é que ela está confusa, mas já é hora dela se posicionar.
ResponderExcluirArtistas experimentam!!!!
ResponderExcluirFormula seria se ela sempre fizesse a mesma coisa, o que obviamente não é o caso.
Fracasso comercial não significa fracasso em qualidade.
Acredito ser de uma enorme inteligencia, qdo se tem uma das melhores vozes do Mundo, não apostar somente nela! Buscar outras formas de ver e ouvir a musica.
Falar de Christina Aguilera é extremamente complicado, pq ela não se encaixa em nenhum padrão fonográfico. Eis o desafio que a maioria dos "críticos" falham... e falham lindamente!!!
Como já foi dito, é difícil falar de Christina Aguilera. Mais difícil ainda é falar em "sucesso" ou "fracasso" em relação a ela. Como ela mesmo sempre diz, seus álbuns não são produzidos, visando alcançar o topo nas paradas, entre outras coisas. Isso é o que a diferencia das demais cantoras "atuais": nas composições (muitas vezes escritas pela própria Xtina), há verdade e sentimentos. Em relação ao "fracasso" de Bionic, não acho que assim seja. Bionic é um álbum à frente de seu tempo, que não foi bem compreendido. Mais uma vez é o que a diferencia e até mesmo a distancia das outras: Christina se arrisca, sempre pensando no sucesso ENTRE e PARA os fãs. Lotus marca sim o renascimento e, como a flor de Lotus, Christina mostra-se mais forte e fighter! Há, claramente, tons de "Stripped", alguma coisa do "Back to Basics" e por que não algo de "Bionic"?
ResponderExcluirEnfim, Lotus é um ótimo CD que apenas afirma o que todos já sabem: Christina Aguilera é, sem dúvida, uma das melhores cantoras dessa geração!