A voz de mezzo-soprano de Patrice Marie Andrews (16 de fevereiro de 1918 - 30 de janeiro de 2013) - cantora norte-americana conhecida como Patty Andrews - ecoou forte na era do swing e do boogie-woogie. Até então a única sobrevivente das Andrews Sisters, trio que formou com as irmãs LaVerne Sophia (6 de julho de 1911 - 8 de maio de 1967) e Maxine Angelyn (3 de jameiro de 1916 - 21 de outubro de 1995), a Maxene, Patty Andrews saiu ontem de cena, quase aos 95 anos, em Los Angeles (EUA). Morreu em casa, de causas naturais, deixando órfãos os fãs remanescentes do trio que esteve em atividade entre 1925 e 1967. Patty Andrews era a voz mais conhecida do trio, que viveu seu auge ao longo da década de 40, tendo emplacado seu primeiro grande sucesso nos EUA, Bei mir bist du schoen, em 1937. A bela harmonização das vozes das Andrews Sisters marcou época e animou soldados nas trincheiras norte-americanas ao longo da Segunda Guerra Mundial. Boogie woogie bugle boy of company B é um dos hits guardados nas memórias dos admiradores de Patty Andrews e de suas duas irmãs.
Guia jornalístico do mercado fonográfico brasileiro com resenhas de discos, críticas de shows e notícias diárias sobre futuros lançamentos de CDs e DVDs. Do pop à MPB. Do rock ao funk. Do axé ao jazz. Passando por samba, choro, sertanejo, soul, rap, blues, baião, música eletrônica e música erudita. Atualizado diariamente. É proibida a reprodução de qualquer texto ou foto deste site em veículo impresso ou digital - inclusive em redes sociais - sem a prévia autorização do editor Mauro Ferreira.
quinta-feira, 31 de janeiro de 2013
Miley Cyrus troca Hollywood Records pela RCA e prepara o quarto álbum
Miley Cyrus é o novo nome do elenco da RCA Records. Após três álbuns editados pela Hollywood Records, a cantora e compositora norte-americana prepara seu quarto álbum na nova gravadora. O time de produtores do disco - sucessor de Meet Miley Cyrus (2007), Breakout (2008) e Can't be tamed (2010) - inclui Dr. Luke, Pharrell Williams, Hit-Boy e Tyler - The Creator, entre outros nomes do universo pop dos EUA. Danger zone seria o título deste álbum.
Lana Del Rey entra em estúdio na Califórnia para gravar o terceiro álbum
Fenômeno midiático e virtual de 2011, graças à repercussão no YouTube do vídeo de sua música Video Games (Lana Del Rey e Justin Parker), a cantora e compositora norte-americana entrou em estúdio neste mês de janeiro de 2013, na Califórnia (EUA), para começar a trabalhar no repertório de seu terceiro álbum, sucessor de Lana Del Ray a.k.a. Lizzy Grant (2010) e de Born to die (2012). Não há detalhes sobre nomes de músicas e a produção do CD.
Primeiro álbum de Vespas Mandarinas tem letra de Arnaldo e de Vilhena
Com lançamento previsto para março ou abril de 2013, pelo selo Vigilante (braço da gravadora Deck), o primeiro álbum da banda paulista Vespas Mandarinas - vista em foto de Luca Dori - vai apresentar letras escritas por Arnaldo Antunes e Bernardo Vilhena. O ex-Titã assina os versos de A prova. Já Vilhena é o letrista de Santa Sampa. Gravado entre Rio de Janeiro (SP) e São Paulo (SP), o álbum - sucessor dos EPs Da doo ron ron (2010) e Sasha Grey (2011) - foi produzido por Rafael Ramos. Ainda sem título, o CD tem repertório inédito da lavra do grupo.
'Live in concert' documenta a reunião dos Beach Boys em disco e show
A reunião do grupo norte-americano The Beach Boys em 2012 - para celebrar 50 anos de carreira com a gravação de álbum de inéditas e de turnê mundial - foi um dos fatos mais relevantes do universo pop no ano passado. É desse acontecimento que se ocupa o DVD duplo The Beach Boys 50 - Live in concert, recém-editado no Brasil pela Universal Music. Para quem não é da praia desses garotos já setentões, ícones do gênero conhecido como surf music e hábeis nas harmonizações vocais, cabe lembrar que a reunião dos Beach Boys juntou novamente, no estúdio e no palco, Brian Wilson e Mike Love, primo de Wilson, com quem ele vinha se estranhando desde os anos 70. Para viabilizar a turnê e a gravação do álbum That's why God made the radio (2012), foram recrutados Al Jardine (integrante da formação original do quinteto californiano), Bruce Johsnton (substituto de Brian Wilson quando este deixou o grupo por conta de problemas mentais) e David Marks (que ocupou temporariamente o lugar de Al Jardine em 1962 e 1963) - uma vez que os integrantes originais Carl Wilson (1946 - 1998) e Dennis Wilson (1944 - 1983), irmãos de Brian, já saíram de cena. É com essa formação que o grupo festejou os 50 anos de carreira em show - exibido no disco 1, com 21 números alocados em roteiro que concilia sucessos, alguns lados B e músicas do CD de 2012 - e em álbum lançado em junho de 2012. O disco 2, aliás, exibe documentário com trechos da
gravação de That’s why God made the radio, entrevistas, tributos aos integrantes já falecidos e imagens raras captadas em 1966 durante as sessões de
estúdio de Good vibrations, ambicioso e influente álbum do grupo, quando a onda dos Beach Boys já era outra.
quarta-feira, 30 de janeiro de 2013
Grupo Strokes revela capa, título e data de seu quinto álbum de estúdio
Cinco dias após liberar para download gratuito a gravação da música inédita One way trigger, faixa de seu quinto álbum de estúdio, o grupo norte-americano revelou a capa (foto), o título (Comedown machine) e a data de lançamento (26 de março de 2013, nos Estados Unidos) do disco. O primeiro single oficial do álbum, All the time, tem lançamento programado para 19 de fevereiro. Já em alta rotação na internet, a sedutora faixa One way trigger explicita forte influência do (já desativado) trio norueguês A-ha, um dos ícones do tecnopop da década de 80.
Boa artesã pop, Zeviani esboça um mundo lúdico no CD 'Amor inventado'
Resenha de CD
Título: Amor inventado
Artista: Karina Zeviani
Gravadora: Som Livre
Cotação: * * *
Título: Amor inventado
Artista: Karina Zeviani
Gravadora: Som Livre
Cotação: * * *
Karina Zeviani tem caracterizado seu som como pop artesanal nas entrevistas que tem concedido à mídia brasileira para divulgar seu primeiro álbum solo, Amor inventado, disco gravado desde 2011, lançado em 2012, mas efetivamente distribuído e promovido pela gravadora Som Livre neste mês de janeiro de 2013. Para quem não liga o nome ao som, Karina Zeviani é a cantora e compositora paulista que em 2005 se tornou vocalista do coletivo norte-americano Thievery Corporation e que, a partir de 2008, passou a ser uma das vozes do coletivo francês Nouvelle Vague. De volta ao Brasil após nove anos vividos entre Londres, Paris e Nova York, Zeviani - atualmente radicada no Rio de Janeiro (RJ) - fez conexões com nomes como Tiê - de quem se tornou parceira - e Betão Aguiar, coprodutor de Buiu (Karina Zeviani e Menino Josué), faixa pilotada por Marc Collin. Um dos destaques de Amor inventado, Buiu é delícia pop que mostra que por vezes Zeviani se revela boa artesã de som formatado com sutis toques regionalistas - realçados pela zabumba e o triângulo tocados na faixa pelo percussionista Mauro Refosco - e com tom previsivelmente cosmopolita. Em Amor inventado, Zeviani esboça a construção de um mundo lúdico para ambientar seu pop artesanal. Mote da primeira metade do disco, esse tom lúdico é perceptível em faixas como Muda mutante (Karina Zeviani), tema inspirado pelo fato de a cantora ter sido convidada pelo guitarrista Sérgio Dias para assumir os vocais do grupo Mutantes sem concretizar o trabalho. Faixa produzida pela própria Zeviani, Muda mutante evoca o espírito anárquico do grupo tropicalista. Na construção desse mundo lúdico, saltam aos ouvidos a formalidade melódica de Maria Rosa - canção de contorno mais tradicional, produzida por Betão Aguiar - e a delicadeza da música-título Amor inventado (Karina Zeviani), outra prova da habilidade de Karina como artesã pop. Cantada em inglês, Miguelito (Karina Zeviani e Mauro Refosco) confirma que o pop de Zeviani é em essência palatável, simples. Impressão reiterada por Eu não peço permissão (Karina Zeviani e Bato The Yugo), faixa produzida por Renato Brasa com metais aquecidos em fogo brando. A produção moderninha do álbum procura se enquadrar na moldura pop indie sem desfigurar a música da compositora. Que vai perdendo parte de seu poder de sedução à medida que o álbum avança, mais especificamente a partir da insossa Água de coco (Karina Zeviani e Rubens de la Corte). A canção Update (Karina Zeviani) bate na tecla romântica com trivial e verborrágico discurso amoroso que destila mágoas e soa fora de sintonia com álbum que começa com versos inusitados como "Pra você eu tenho um tapete voador / E um liquidificador e faço vitamina de manhã" (da ensolarada Buiu). Na sequência, Carta (Karina Zeviani, Fernando Nunes, Mylene Areal e Betão Aguiar) esboça o clima trágico de um fado e contribui para diluir a envolvente atmosfera lúdica da primeira metade do álbum. Com menor peso, O amor (Karina Zeviani) leva a cantora a enfileirar clichês sobre o sentimento que batiza a música em arranjo que realça o toque do ukelele de Benoít Convert. Produzida por Zeviani com Betão Aguiar, a faixa une os universos particulares de Los Hermanos e Marisa Monte. No fim, duas músicas escritas em inglês com menor inspiração, The beast e La maison des fantôme, ambas compostas por Zeviani com Georges Chaccour, reforçam o tom cosmopolita de Amor inventado. Vale repetir: Zeviani se revela boa artesã pop neste primeiro CD solo. Pena que o mundo lúdico esboçado na primeira metade do CD seja desconstruído ao longo da segunda, diluindo a invenção do amor.
Baixista dos Incríveis, Nenê Benvenuti sai de cena em São Paulo aos 65
Músico que ingressou no grupo Os Incríveis em 1965, ocupando o posto de baixista então vago na banda por conta da saída de Demerval Teixeira Rodrigues, o Neno, Lívio Benvenuti Júnior (1947 - 2013) - conhecido no universo pop brasileiro como Nenê Benvenuti - saiu de cena aos 65 anos na manhã desta quarta-feira, 30 de janeiro de 2013, vítima de complicações decorrentes de um câncer. Nenê morreu em São Paulo (SP). A entrada de Nenê na banda que lhe deu projeção aconteceu no ano em que o grupo, inicialmente batizado The Clevers, passou a adotar o nome os Incríveis, alcançado sucesso durante o apogeu da Jovem Guarda. Nenê toca na gravação do maior sucesso da banda, Era um garoto que como eu amava os Bealtes e os Rolling Stones (Migliacci e Lusini em versão d'Os Incríveis), lançado em compacto editado pela gravadora RCA em julho de 1967. Em 2009, Nenê recordou sua trajetória no universo pop nacional no livro Os incríveis anos 60-70... E eu estava lá, lançado pela editora Novo Século. Longa trajetória que, após o período áureo das décadas de 60 e 70, engloba a formação do trio Silva's - com Liminha na guitarra e João Barone na bateria - e a entrada no grupo The Originals, que aglutinava ex-integrantes dos conjuntos The Fevers, Os Incríveis e Renato e seus Blue Caps. Em 2012, Nenê Benvenuti editou por sua própria conta o CD solo Só instrumentais.
Catto vai receber cantora Blubell em SP na sua primeira gravação ao vivo
A cantora e compositora paulista Blubell é uma das convidadas da primeira gravação ao vivo de Filipe Catto, programada para o próximo fim de semana, 2 e 3 de fevereiro de 2013, no Auditório Ibirapuera, em São Paulo (SP). Catto - visto na foto do Instagram num dos ensaios da gravação - vai registrar o show Fôlego para edição em CD ao vivo e DVD. Ainda sem título, CD e DVD têm lançamento previsto para junho pela gravadora Universal Music. Willand Pinsdorf assina a direção do vídeo enquanto Paul Ralphes comanda a produção musical, feita sob a direção musical do próprio Catto e da banda formada por Fabá Jimenez (guitarra e violão), Caio Andrade (guitarra e violão), Fabio Sá (baixo), Adriano Grineberg (piano e teclados), Peo Fiorin (bateria) e Lucas Vargas (acordeom). Está prevista a adição de algumas músicas inéditas no roteiro do show dirigido por Ricky Scaff. O repertório inclui Alazão (Clarões), parceria de Ednardo com Brandão lançada pelo cantor e compositor cearense em seu primeiro LP, de 1974.
Previsto para junho, terceiro álbum do duo MGMT é tido como 'estranho'
O terceiro álbum do duo norte-americano MGMT tem lançamento previsto para junho de 2013 em edição da Columbia Records. Na foto acima, de Danny Clinch, Andrew VanWyngarden e Ben Goldwasser posam no seu estúdio em Buffalo, em Nova York (EUA), onde o disco foi gravado sob a produção de Dave Fridmann, dando sequência a trabalho iniciado em fevereiro de 2012 no Tarbox Road Studios, também em Nova York (EUA). Com músicas autorais como Alien days e Mystery disease, o CD tem sido caracterizado como "mais estranho" do que seu antecessor Congratulations (2010), que não bisou a perfeição pop de Oracular spectacular (2008), a obra-prima hedonista que deu projeção mundial ao duo com pérolas pop como Kids e Time to pretend. "Não procuramos fazer uma música que as pessoas entendam na primeira vez em que ouvi-la", avisou Ben Goldwasser em entrevista à revista Rolling Stone. Ainda sem título, o terceiro álbum do MGMT foi gravado sob influência da house e da inventiva música eletrônica do compositor e músico irlandês Aphex Twin. O repertório inclui o cover de Introspection, música do repertório de Faine Jade, nome artístico de Chuck Laskowski, (obscuro) compositor e guitarrista norte-americano que transitou pela trilha psicodélica do garage rock nos anos 60.
terça-feira, 29 de janeiro de 2013
Clapton apresenta em março duas inéditas no álbum de covers 'Old sock'
Eric Clapton vai lançar em 12 de março de 2013 seu 21º álbum de estúdio, o primeiro desde Clapton (2010). Intitulado Old sock, o disco vai ser editado pelo selo do artista, Bushbranch. Old sock é álbum de covers produzido pelo próprio Clapton com Doyle Bramhall II, Justin Stanley e Simon Climie. Mas o cantor, compositor e guitarrista inglês incluiu duas músicas inéditas, Every little thing e Gotta get over, no repertório formado essencialmente por 10 músicas admiradas pelo artista. Entre elas, há Till your well runs dry - reggae do repertório do cantor jamaicano Peter Tosh (1944 - 1987) - e Goodnight Irene, antigo tema folk de autoria de Huddie William Ledbetter (1888 - 1949). Old sock foi gravado com estelar lista de convidados. Paul McCartney toca baixo e faz vocal em All of me (Gerald Marks e Seymour Simons), standard norte-americano de 1931. JJ Cale toca guitarra e faz vocal em Angel. Já Steve Winwood toca órgão Hammond B3 em Still got the blues, blues-rock de autoria de Gary Moore (1952 - 2011) que deu título ao álbum lançado pelo guitarrista irlandês em 1990. O baterista Jim Keltner toca em Our love is here to stay (George Gershwin e Ira Gershwin), standard de 1938. Eis, na ordem, as 12 faixas de Old sock, 21º álbum de estúdio de Clapton:
1. Further on down the road (Don Robey e Joey Medvick, 1957)
2. Angel
3. The folks who live on the hill (Jerome Kern e Oscar Hammerstein II, 1937)
4. Gotta get over (Eric Clapton, 2013) - inédita
5. Till your well runs dry (Peter Tosh e Bunny Livingston, 1975)
6. All of me (Gerald Marks e Seymour Simons, 1931)
7. Born to lose (Ted Daffan, 1942)
8. Still got the blues (Gary Moore, 1990)
9. Goodnight Irene (Huddie William Ledbetter, 1933)
10. Your one and only man (Otis Redding, 1965)
11. Every little thing (Eric Clapton, 2013) - inédita
12. Our love is here to stay (George Gershwin e Ira Gershin, 1938)
Sob direção de Lindsay, Ilê Aiyê grava DVD com Brown, Daniela e 'Maga'
Sob a direção musical do produtor Arto Lindsay, o bloco afro Ilê Aiyê - visto em foto de Alberto Lima - vai gravar o primeiro DVD de sua carreira fonográfica em show agendado para a próxima quinta-feira, 31 de janeiro de 2013, em show na Concha Acústica do Teatro Castro Alves, em Salvador (BA). Carlinhos Brown, Daniela Mercury e Margareth Menezes vão participar da gravação ao vivo. A captação de imagens do show vai ser feita sob a direção de Pico Garcez.
Semelhança com Wonder empalidece identidade do (ótimo) Allen Stone
Título: Allen Stone
Artista: Allen Stone
Gravadora: ATO Records / Som Livre
Cotação: * * * *
É impossível resenhar o segundo álbum de Allen Stone sem mencionar o nome de Stevie Wonder. Se Allen Stone (o disco de 2011 recém-editado no Brasil pela Som Livre sob licença da ATO Records) fosse apresentado como um álbum gravado e perdido nos anos 70, ninguém desconfiaria. Cantores brancos têm explicitado com frequência devoção ao som negro feito nos Estados Unidos nos anos 60 e 70, em especial ao soul, ao funk e ao r & b daquela época. Tal (salutar) influência saltou aos ouvidos no primeiro álbum do cantor e compositor inglês James Morrison (Undiscovered, 2006), para citar somente um exemplo. Mas é espantosa a similaridade do som de Allen Stone - um rapaz louro de 25 anos, nascido e criado em Chewelah, pequena cidade do Estado de Washington (EUA) - com a música feita por Wonder na década de 70. A semelhança expõe mais uma devoção à obra do cantor e compositor norte-americano do que uma influência propriamente dita. Detecta-se de cara o groove típico de Wonder, urdido com azeitada combinação de funk, soul e r & b, em temas autorais do jovem artista como Sleep (Allen Stone, A. Mae e A. Rose), Celebrate tonight (Allen Stone, A. Rose e E. Philips), What i've seen (Allen Stone e Heidi Rojas), Say so (Allen Stone e E. Halter) e Satisfaction (Allen Stone) - com a vantagem de que todas as músicas são boas. O tom retrô da produção do disco - lançado por Stone por conta própria em 2011 e relançado (com maior visibilidade) pela ATO Records em 2012 - acentua a semelhança. Entre balada como The wind (Allen Stone), o álbum reverbera em temas como Contact high (Allen Stone, A. Mae e A. Rose) uma visão social que está em sintonia com a politização de parte dos cancioneiros de Wonder e de seu colega Marvin Gaye (1939 - 1984), outra lenda da era da Motown. Diplomado como cantor no púlpito da igreja onde seu pai era pastor, Allen Stone tem timbre que também evoca a voz de Wonder. Tanta semelhança é um atestado de qualidade do som de Stone, mas também põe sob suspeita sua originalidade como cantor e compositor. O desafio para Stone, no terceiro álbum, é delinear sua identidade como artista sem anular a influência do som de Stevie Wonder para não se tornar simplesmente um genérico do genial colega norte-americano.
Sem inspiração, Maskavo recicla clichês do pop reggae em 'Lovers rock'
Resenha de CD
Título: Lovers rock
Artista: Maskavo
Gravadora: Oba Music / Tratore
Cotação: * 1/2
Título: Lovers rock
Artista: Maskavo
Gravadora: Oba Music / Tratore
Cotação: * 1/2
Ao abandonar o sobrenome Roots em 2000, o grupo Maskavo explicitou a rota pop que segue seu reggae. Sexto álbum da banda formada em Brasília (DF) em 1993, Lovers rock recicla sem inspiração os clichês desse reggae pop. Atualmente reduzido a um trio formado por Marceleza (voz), Prata (guitarra) e Bruno Prieto (baixo), o Maskavo completa 20 anos de vida sem uma característica marcante que o distingua na praia do pop reggae. Ao contrário do que sugere o título, a dose de rock no disco - produzido por Rodrigo Sanches - é tão rala quanto o toque de dub posto em Queremos mais (Prata), faixa em que o grupo esboça alguma politização. Sucessor de Transe acústico (2006), Lovers rock peca pelo repertório insosso. A única música digna de destaque é As horas não voltam (Prata e Felipe Passos). Se Toda brasileira chega a constranger com rimas primárias, Alma de gato (Breno Brites) é balada que destila o mesmo romantismo trivial do pop reggae Clareou (Prata) e de Areia branca (Prata), faixa formatada com violões em clima de luau. Tudo de bom (Bruno Prieto e Felipe Passos) também bate e rebate nessa tecla romântica. Masterizado por Chris Gehringer no Sterling Sound, em Nova York (EUA), o álbum tem som limpo. A produção em si é boa. Mas sucumbe diante da anemia do repertório apresentado pela banda em Lovers rocks. Maskavo se afoga na praia do reggae.
Stone Age volta a contar com Lenegan em álbum que tem ainda Reznor
O cantor norte-americano Mark Lenegan dá voz a várias músicas do sexto álbum de estúdio do Queens of the Stone Age, refazendo o elo com o grupo norte-americano no qual ingressou em 2000. Lenegan - que foi o vocalista de três álbuns da banda, Rated R (2000), Songs for the deaf (2002) e Lullabies to paralyze (2005) - se junta na ficha técnica do sucessor de Era vulgaris (2007) a nomes como Nick Olivieri (baixista da formação original do Queens of the Stone Age que reencontra o grupo no disco), Trent Reznor (do grupo Nine Inch Nails), Dave Grohl (na bateria) e Jake Shears (líder do grupo Scissor Sisters). Não há detalhes sobre o álbum.
segunda-feira, 28 de janeiro de 2013
Rosa saúda Djavan em inédita gravada em CD com temas do compositor
Tema lançado por Djavan em seu segundo álbum (Djavan, EMI-Odeon, 1978), Samba dobrado dá título ao CD finalizado por Rosa Passos com músicas do compositor alagoano. Além de dar voz a canções como Pétala (Djavan, 1982), a cantora e compositora apresenta a inédita Doce menestrel, feita com o habitual parceiro Fernando de Oliveira para saudar Djavan. Gravado em São Paulo (SP) neste mês de janeiro de 2013, o CD Samba dobrado será lançado em breve.
Álbum de estreia do Atoms for Peace, 'Amok' vai sair no Brasil em março
Selo carioca que costuma distribuir no Brasil os discos do catálogo da gravadora inglesa XL Recording, Lab 344 programa para março de 2013 a edição no mercado nacional de Amok, primeiro álbum do Atoms for Peace, o grupo formado em 2009 em Los Angeles (EUA) por Thom Yorke (vocalista do Radiohead), Flea (baixista do Red Hot Chili Peppers), o produtor Nigel Godrich (nos teclados e ainda na guitarra), o baterista Joey Waronker e o percussionista brasileiro Mauro Refosco. Com nove músicas gravadas em apenas três dias, sob a produção de Nigel Godrich, Amok tem lançamento no Reino Unido agendado para 25 de fevereiro de 2013.
Grupo The Flaming Lips vai lançar o 15º álbum, 'The terror', em 1º de abril
O grupo norte-americano The Flaming Lips vai lançar seu 15º álbum, The terror, em 1º de abril de 2013. Produzido por Dave Fridmann (piloto de outros nove álbuns da banda) com os próprios músicos do Flaming Lips, The terror foi gravado no Tarbox Road Studios, em Nova York (EUA). The terror apresenta nove músicas inéditas descritas como "sombrias". Detalhe: o disco entra esta semana em pré-venda - pela qual vai ser possível baixar música inédita, Sun blows up today, que não figura entre as nove músicas do álbum The terror. Sucessor de The Flaming Lips and heady fwends (2012), The terror vai ser editado pelo selo indie Bella Union.
Mu grava álbum em que põe cor de seu som na obra de Ernesto Nazareth
Compositor, pianista e tecladista carioca que integrou a formação original do grupo carioca A Cor do Som,. Mu Carvalho - músico ultimamente dedicado à produção de trilhas sonoras de filmes e novelas - grava no Rio de Janeiro (RJ) CD dedicado à obra do também compositor e pianista carioca Ernesto Nazareth (1863-1934), um dos pioneiros na criação de choro e maxixe.
Daft Punk assina contrato com a Columbia, por onde lança quarto álbum
O duo francês de música eletrônica Daft Punk - formado por Guy-Manuel de Homem-Christo e Thomas Bangalter - é o novo nome do elenco da Columbia Records. Caberá à gravadora lançar neste ano de 2013 - em data ainda não revelada - o quarto álbum de estúdio da dupla, cujo último projeto fonográfico foi a trilha sonora do filme Tron: Legacy (2010). Antes deste projeto, o Daft Punk pertenceu ao cast da Virgin Records, gravadora vinculada à EMI Music por onde a dupla lançou os álbuns Homework (1997), Discovery (2001) e Human after all (2005).
domingo, 27 de janeiro de 2013
Iggy e Stooges finalizam 'Ready to die', seu primeiro álbum em seis anos
Já está pronto o primeiro álbum de Iggy Pop com o grupo The Stooges em seis anos. Sucessor do burocrático The weirdness (2007), Ready to die foi produzido pelo guitarrista da banda, James Williamson, no Fantasy Studios, em San Francisco (EUA). Mas Iggy Pop gravou em Miami (EUA) as vozes de faixas como I got a job but it don't pay shit e Gun. A mixagem foi feita por Ed Cherney, que caracterizou o som do CD como "cru". Ready to die vai ser lançado em 2013.
Fall Out Boy se reúne após recesso que já caminhava para o quarto ano
O grupo norte-americano Fall Out Boy vai voltar à cena neste ano de 2013. O quarteto de pop punk - associado ao emo - tinha entrado em recesso por tempo indeterminado em novembro de 2009. Nesses mais de quatro anos, Patrick Stump, Pete Wentz, Joe Trohman e Andy Hurley se dedicaram a projetos individuais. Contudo, como nenhum deles se mostrou relevante no universo pop, sobretudo o álbum solo de Stump (Soul punk, 2011), começaram a surgir rumores em 2012 de que o Fall Out Boy iria ser reativado. Dito e feito: a banda de hits como Sugar, we're going down (2005) e This ain't a scene, it's an arms race (2007) já está de volta.
Arantes grava na Bahia seu primeiro CD de inéditas autorais desde 2007
Sem lançar disco de inéditas desde o fraco Lótus (Coaxo do Sapo/Som Livre, 2007), Guilherme Arantes grava repertório inteiramente inédito e autoral em seu estúdio Coaxo do Sapo, na Bahia, para o 26º álbum de sua discografia solo. O CD se chama Condição humana e tem lançamento previsto para este primeiro semestre de 2013. O cantor, compositor e pianista paulista recrutou banda formada pelos músicos Alexandre Blanc, Gabriel Frejat, Luiz Carlini e Willy Verdaguer. A intenção é evocar no disco a sonoridade da obra de Arantes na virada dos anos 70 para os 80, exposta em álbuns como Coração paulista (1980), reeditado em 2012 pela Warner Music na Série Discobertas. Arantes compôs sem parceiros as músicas do álbum.
Lanny Gordin volta ao disco com adesão de cinco guitarristas brasileiros
Um dos maiores guitarristas do Brasil, o chinês Lanny Gordin - radicado no Brasil desde os sete anos de idade - prepara seu retorno ao disco seis anos após a edição do CD Lanny duos (Barrraventoartes / Universal Music, 2007). Seu quinto CD, Lanny's quartet, está pronto e tem lançamento previsto para este primeiro semestre de 2013. O título alude ao quarteto formado por Gordin com o tecladista Fernando Moura, o baterista Ricardo Mosca e o baixista Ronaldo Diamante. Mas o toque especial do disco são as intervenções de cinco expoentes da guitarra nacional. Edgard Scandurra, Frejat, Luiz Carlini, Pepeu Gomes e Sérgio Dias tocam em Lanny's quartet, CD cujo repertório alterna inéditas e sucessos da MPB da década de 70.
Filhos de Platão ressoam apego a 'Baque solto' 30 após edição do disco
Bela música que fecha o CD Dias de Blumer, recém-lançado pelo cantor e compositor Eduardo Aguiar (o Edu A.) sob o codinome Filhos de Platão, Toada do mar é cantada por Lenine. E não é por acaso que essa parceria de Edu A. com Pedro Osmar - cantor, compositor e músico paraibano que fundou nos anos 70 o grupo Jaguaribe Carne, ponto de aglutiação de vários artistas nordestinos - ganhou a voz de Lenine. O disco do Filhos de Platão é inspirado na influência que o disco Baque solto (1983) - o álbum lançado há 30 anos e dividido por Lenine com Lula Queiroga - exerceu sobre um grupo de pessoas, mesmo o LP tendo obtido pouca repercussão comercial. Toada do mar é o maior destaque de repertório inédito (e irregular) que apresenta parcerias de Edu A. com João Cavalcanti (filho de Lenine, coautor de Mosaico) e Ivan Santos (parceiro de Lenine, letrista da faixa Imenso). O CD foi gravado entre 2011 e 2012.
sábado, 26 de janeiro de 2013
Tom Jobim é homenageado da 24ª edição do Prêmio da Música Brasileira
Mantendo sua tradição de alternar homenagens a artistas vivos e mortos, o Prêmio da Música Brasileira vai celebrar a obra de Antonio Carlos Jobim (1927 - 1994) na premiação deste ano de 2013. Trata-se da 24ª edição do prêmio idealizado pelo empresário José Maurício Machline.
Com animação oscilante, baile de Roberta Sá renova repertório do salão
Resenha de show
Título: Baile da Rosa
Artista: Roberta Sá (em foto de Rodrigo Amaral)
Local: Miranda (Rio de Janeiro, RJ)
Data: 19 de janeiro de 2013
Cotação: * * * 1/2
Em cartaz aos sábados na Miranda, no Rio de Janeiro (RJ), até 2 de fevereiro de 2013
Também em cartaz na casa HSBC Brasil, em São Paulo (SP), em 1º de fevereiro de 2013
Título: Baile da Rosa
Artista: Roberta Sá (em foto de Rodrigo Amaral)
Local: Miranda (Rio de Janeiro, RJ)
Data: 19 de janeiro de 2013
Cotação: * * * 1/2
Em cartaz aos sábados na Miranda, no Rio de Janeiro (RJ), até 2 de fevereiro de 2013
Também em cartaz na casa HSBC Brasil, em São Paulo (SP), em 1º de fevereiro de 2013
Se depender do (ótimo) repertório selecionado por Roberta Sá para o Baile da Rosa, show carnavalizante idealizado pela cantora para a temporada pré-folia de 2013, a trilha sonora do próximo Carnaval não vai ser igual à daquele que passou. Em vez de se escorar somente nos sambas, marchas e frevos que animam habitualmente os salões, a cantora potiguar aplica algumas doses de renovação nesse repertório. E é justamente por conta dessa renovação que a animação do Baile da Rosa resulta oscilante. No primeiro dos dois sets do baile, intercalados com a apresentação do DJ Marcelo Janot, Roberta põe no salão sambas pouco conhecidos como A visita oficial do samba (Zé Paulo Becker e Paulo César Pinheiro) e Feiúra não é nada (Billy Blanco) - tema lançado por Dolores Duran (1930 - 1959) em LP de 1957 - que surtem pouco efeito entre o público. Dividido entre os fãs animados da cantora e os frequentadores senhoris da casa Miranda, mais apegados aos seus uísques do que ao show propriamente dito, o público da estreia nacional do Baile da Rosa nem sempre entrou na onda de Roberta. Mas o show em si é muito bom e vai crescer em empolgação quando for para casas mais joviais como a voz graciosa da cantora. Em sintonia com os arranjos de Edu Neves e Rodrigo Campello, que por vezes enfatizam os metais e criam clima de gafieira para números como Sambou, sambou (João Donato e João Mello), a cantora está à vontade na condução do baile. "É uma festa, gente!...", caracterizou Roberta antes de pôr na rua o desalentado bloco de Tristeza pé no chão (Armando Fernandes Mamão), grande samba do repertório de Clara Nunes (1942 - 1983). Para habituais frequentadores dos shows de Roberta Sá, a maior novidade do Baile da Rosa reside no repertório até então inédito na voz da cantora. Com a leveza que caracteriza seu canto, Roberta transita com desenvoltura pelos repertórios de Miltinho - Samba da cor (Marly de Oliveira e Castrinho), pérola de álbum dividido pelo cantor carioca com Elza Soares em 1969 - e do Cacique de Ramos, Água na boca, samba com o qual o bloco carioca desfilou no Carnaval de 1962. No roteiro do Baile da Rosa, Água na boca está linkado no fim do primeiro set com Chinelo novo (João Nogueira e Niltinho Tristeza), outro sucesso carnavalesco do Cacique de Ramos. No segundo set, aberto com a modernidade baiana de Um passo à frente (Moreno Veloso e Quito Ribeiro), Roberta Sá dá voz a um repertório de tom por vezes mais contemporâneo. Se ainda finca um pé no passado ao cantar as marchas Máscara negra (Zé Kétti) e Primeiro Clarim (Rutinaldo e Klécius Caldas), sucessos nas vozes das cantoras Dalva de Oliveira (1917 -1972) e Dircinha Batista (1922 - 199), Robertá dá um passo à frente e prova que dá pé irmanar temas dos repertórios de Silvia Machete (Meu Carnaval, parceria com Márcio Pombo, de 2010) e de Los Hermanos (Deixa o verão, de Rodrigo Amarante) em suíte finalizada com o carnavalizante pop de Rita Lee, lembrada com Banho de espuma (1981), parceria da fase áurea da obra de Rita com Roberto de Carvalho. É também com um pé no passado e outro no presente que Roberta veste Sebastiana (Rosil Cavalcanti) com roupagem eletrônica. Embora marchas infalíveis como Chiquita Bacana (João de Alberto e Alberto Ribeiro) e A filha de Chiquita Bacana (Caetano Veloso) garantam real animação, o fim do segundo set é dominado pelos frevos, encadeados em bloco acalorado que termina com Chuva, suor e cerveja (Caetano Veloso), outro título irresistível até num salão senhoril como o da casa Miranda. Mesmo com animação oscilante, o Baile da Rosa justifica o Carnaval de Roberta Sá.
Roberta Sá anima 'Baile da Rosa' com hits de Cacique, Clara, Rita e Silvia
Em cartaz aos sábados na casa carioca Miranda com show inédito que procura reviver o clima dos bailes de salão dos antigos Carnavais, Roberta Sá - vista em foto de Rodrigo Amaral na estreia do Baile da Rosa - recorre a músicas dos repertórios de Clara Nunes (1942 - 1983) (Tristeza pé no chão), Rita Lee (Banho de espuma), Silvia Machete (Meu Carnaval) e do bloco carioca Cacique de Ramos (Água na boca) para animar o público folião. A cada baile, que vai seguir para São Paulo (SP) em apresentação agendada para 1º de fevereiro na casa HSBC Brasil, o roteiro sofre leves alterações. Na estreia no Rio de Janeiro (RJ), no sábado 19 de janeiro de 2013, a cantora deu sua voz graciosa a 37 músicas ao longo de dois sets - separados por intervenção do DJ Marcelo Janot - entre sambas, marchas e frevos. Eis as músicas (e seus compositores) selecionadas por Roberta Sá para o roteiro da estreia nacional do Baile da Rosa:
Set I
1. A visita oficial do samba (Zé Paulo Becker e Paulo César Pinheiro)
2. Alô fevereiro (Sidney Miller) /
3. Chita fina (Roque Ferreira)
4. Tristeza pé no chão (Armando Fernandes Mamão)
5. Cicatrizes (Miltinho e Paulo César Pinheiro) /
6. Samba de um minuto (Rodrigo Maranhão) /
7. Samba de amor e ódio (Pedro Luís e Carlos Rennó)
8. Sambou, sambou (João Donato e João Mello)
9. Feiura não é nada (Billy Blanco)
10. Samba da cor (Marly de Oliveira e Castrinho) /
11. Estatuto da boate (Billy Blanco) /
12. Interessa? (Carvalhinho)
13. Meu Carnaval (Celso Fonseca e Ronaldo Bastos)
14. O nego e eu (João Cavalcanti)
15. Samba do balanço (Luiz Reis e Haroldo Barbosa)
16. Chinelo novo (Niltinho Tristeza e João Nogueira) /
17. Água na boca (Agildo Mendes)
Set II
18. Um passo à frente (Moreno Veloso e Quito Ribeiro)
19. Primeiro clarim (Rutinaldo e Klécius Caldas) /
20. Máscara negra (Zé Kétti)
21. Meu carnaval (Silvia Machete e Márcio Pombo) /
22. Deixa o verão (Rodrigo Amarante) /
23. Banho de espuma (Rita Lee e Roberto de Carvalho)
24. Mambembe (Chico Buarque) /
25. Cocada (Roque Ferreira) /
26. Girando na renda (Pedro Luís, Sérgio Paes e Flávio Guimarães)
27. Bem a sós (Rubinho Jacobina)
28. Forró do ABC (Patinhas e Moraes Moreira) /
29. Sebastiana (Rosil Cavalcanti)
30. Ah, se eu vou (Lula Queiroga)
31. Chiquita Bacana (João de Barro e Alberto Ribeiro) /
32. A filha da Chiquita Bacana (Caetano Veloso)
33. No bolso (Pedro Luís e Roberta Sá) /
34. Tá? (Pedro Luís, Roberta Sá e Carlos Rennó) /
35. Fogo e gasolina (Pedro Luís e Carlos Rennó) /
36. Deixa sangrar (Caetano Veloso)
37. Chuva, suor e cerveja (Caetano Veloso)
38. Vassourinhas (Mathias Rocha e Joana Batista Ramos) - instrumental
Disponível na rede, inédita 'One way trigger' recupera o vigor do Strokes
O grupo norte-americano The Strokes disponibilizou para audição e download gratuito, na sua página no portal SoundCloud, a gravação de uma música inédita, One way trigger. Presente no repertório do quinto álbum de estúdio da banda, a ser lançado neste ano de 2013, One way trigger destaca os falsetes do vocalista Julian Casablancas em (ótimo) arranjo que combina sintetizadores à moda do tecnopop dos anos 80 e guitarras à moda do Strokes. Sedutora, a música sinaliza que o Strokes pode recuperar no quinto álbum - gravado em Nova York (EUA) com produção de Gus Oberg - o vigor perdido no anêmico Angles (2011). Embora o grupo esteja propagando One way trigger, o primeiro single oficial do álbum é em tese All the time.
Leny Andrade chega aos 70 anos (ainda) sem receber as flores em vida
É com injusto silêncio da mídia msuical que Leny Andrade completa 70 anos neste sábado, 26 de janeiro de 2013. Já é clichê se referir à artista carioca como a mais jazzística das cantoras brasileiras. Mas o clichê é verdadeiro, ao menos em parte. Hábil nos scats, Leny Andrade de Lima é mestra na arte do canto pautado pela influência do jazz. Tanto que sua musicalidade aguçada a tornou uma das cantoras preferidas dos músicos do Brasil e do Exterior ao longo de seus respeitáveis 55 anos de carreira. Com sua bossa, Leny deita e rola no balanço do samba. Contudo, é redutor associar o canto de Leny Andrade apenas ao jazz, ao samba e à Bossa Nova. O apurado senso rítmico da intérprete - ainda uma sensação quando solta a voz, como apregoado no título de LP de 1961 - a credencia a transitar com maestria por esses gêneros, é fato. Só que a cantora sabe também dar voz também a boleros e a baladas de alta carga sentimental, aliando técnica e emoção com precisão. Com trânsito livre no circuito musical dos Estados Unidos, Europa e Japão, Leny Andrade hoje é possivelmente mais valorizada fora do Brasil do que em seu próprio país. A nota dissonante é que a cantora chega aos 70 anos sem ainda ter recebido em vida todas as flores a que faz jus por seu canto único, belo e exemplar.
sexta-feira, 25 de janeiro de 2013
Show 'Estrela decadente' irradia em cena o brilho ascendente de Pethit
Resenha de show
Título: Estrela decadente
Artista: Thiago Pethit (em foto de Rodrigo Amaral)
Local: Solar de Botafogo (Rio de Janeiro, RJ)
Data: 24 de janeiro de 2013
Cotação: * * * *
Título: Estrela decadente
Artista: Thiago Pethit (em foto de Rodrigo Amaral)
Local: Solar de Botafogo (Rio de Janeiro, RJ)
Data: 24 de janeiro de 2013
Cotação: * * * *
O show Estrela decadente expõe em cena a amplitude do salto qualitativo dado por Thiago Pethit com seu segundo álbum, homônimo do show que estreou no Rio de Janeiro (RJ) na noite de ontem, 24 de janeiro de 2013, dentro da série Música no Solar, do teatro Solar de Botafogo. Mesmo sem o aparato cênico e os convidados (Cida Moreira e Mallu Magalhães) da estreia em São Paulo (SP), em outubro de 2012, o show irradiou o brilho e o humor do cantor e compositor paulistano. "Problemas de som? Tudo bem... O show se chama Estrela decadente", ironizou Pethit ao detectar alguns desajustes técnicos no som após cantar Pas de deux (Thiago Pethit, 2012), estilizado charleston que abre o show e o disco. Se Dandy darling (Thiago Pethit e Rafael Barion, 2012) é número ambientado em clima underground de cabaré, a balada bilíngue Perto do fim (Thiago Pethit, 2012) deixa os climas em segundo plano ao explicitar a inspiração ascendente deste compositor, ex-ator que entrou na pele de cantor a partir de 2008 com a edição do EP Em outro lugar. Perto do fim é linda de doer! Sim, há dor no cancioneiro de Pethit, amenizada em cena pela vivacidade do cantor no palco. O fato de muitas músicas terem versos bilíngues, em português e em inglês, torna natural a inclusão no roteiro do cover de My girl (Smokey Robinson e Ronald White, 1964), feito com reverência ao arranjo da clássica gravação do grupo norte-americano de soul e r & b The Temptations. Totalmente em inglês, a balada So long, new love (Thiago Pethit, 2011) - veiculada em filme publicitário de 2011 - está ajustada à atmosfera retrô de parte do repertório, remetendo aos sons dos anos 50 da mesma forma que Haunted love (Thiago Pethit, 2012) evoca a era do doo-wop. So long, new love e Haunted love são números abrilhantados pelos vocais dos músicos da banda, que inclui a tecladista Camila Lordy, o baterista Leonardo Rosa, o baixista Anderson Ambrifi e o guitarista Pedro Penna. Em diálogo com a voz de Pethit, a guitarra de Penna, aliás, sublinha com seu toque western a solidão exposta nos versos do samba-canção De cigarro em cigarro (Luiz Bonfá, 1953), alocado no roteiro como introdução da música-título Estrela decadente (Thiago Pethit, 2012), cantada na pressão de um hard rock. O ator-cantor convence como roqueiro à moda antiga ao pescar no baú tropicalista de Gal Costa a pérola mais rara do repertório do show, Love, try and die (Jards Macalé, Lanny Gordin e Gal Costa, 1970), rockaço que ficou leGal na voz de Pethit. A pegada de rock'n'roll do número contrasta com a melancolia do bloco de canções que o precede. São três baladas - Forasteiro (Thiago Pethit e Hélio Flanders, 2010), Mapa-múndi (Thiago Pethit, 2010) e Fuga nº 1 (Thiago Pethit, 2010) - do primeiro álbum do artista, Berlim, Texas (2010). Mas o roqueiro endiabrado que por vezes entra em cena está em sintonia com o tom soturno de Devil in me (Thiago Pethit e Hélio Flanders, 2012), tema em que o canto também ascendente de Pethit fica sombrio. Só que na sequência Nightwalker (Thiago Pethit - tema do CD Berlim, Texas) dilui as sombras - refazendo o convite à dança de Pas de deux - e Moon (Thiago Pethit) ilumina o fim do show, cujo bis repõe em cena dois temas teatrais de musical de 1929, da lavra fina dos compositores alemães Bertolt Brecht (1898 - 1956) e Kurt Weill (1900 - 1950). The Bilbao song - na versão em português de Cacá Rosset - e sobretudo Surabaya Johnny dão tom teatral à cena, remontando o cabaré do ator-cantor. Se o CD Estrela decadente está entre os dez melhores discos de 2012, o show irradia o brilho ascendente de Thiago Pethit na cena musical brasileira.
Pethit concilia Gal, Nora e Temptations no roteiro de 'Estrela decadente'
Samba-canção do compositor carioca Luiz Bonfá (1922 - 2001), sucesso em 1953 na voz soturna da cantora carioca Nora Ney (1922 - 2003), De cigarro em cigarro é uma das boas surpresas do roteiro de Estrela decadente, o show que o cantor e compositor paulista Thiago Pethit apresentou pela primeira vez no Rio de Janeiro (RJ) na noite de ontem, 24 de janeiro de 2013, para a plateia antenada que superlotou o teatro Solar de Botafogo. Coerente com a postura adotada pelo artista em seu segundo álbum, em cuja capa Pethit posa à moda de James Dean (1931 - 1955) com cigarro no canto da boca borrada de batom, o samba-canção de Bonfá precede o rock que batiza o show e o disco, Estrela decadente (Thiago Pethit, 2012), e ganha o toque western da guitarra de Pedro Penna, único músico que acompanha o cantor no número. Outra (boa) surpresa do roteiro é My girl, a balada impregnada de soul e r & b composta por Smokey Robinson e Ronald White (1939 - 1995). O cover de Pethit é reverente à batida do arranjo original da emblemática gravação feita em 1964 pelo grupo norte-americano The Temptations. Mas a maior surpresa foi o rock Love, try and die, parceria de Jards Macalé com Gal Costa e Lanny Gordin, lançada por Gal no tropicalista e cult álbum Legal (1970). Eis o roteiro seguido por Thiago Pethit - visto em foto de Rodrigo Amaral - na estreia carioca de Estrela decadente, show tão bom quanto o álbum homônimo lançado em agosto de 2012:
1. Pas de deux (Thiago Pethit, 2012)
2. Dandy darling (Thiago Pethit e Rafael Barion, 2012)
3. Perto do fim (Thiago Pethit, 2012)
4. My girl (Smokey Robinson e Ronald White, 1964)
5. So long, new love (Thiago Pethit, 2011)
6. De cigarro em cigarro (Thiago Pethit, 2012)
7. Estrela decadente (Thiago Pethit, 2012)
8. Forasteiro (Thiago Pethit e Hélio Flanders, 2010)
9. Mapa-múndi (Thiago Pethit, 2010)
10. Fuga nº 1 (Thiago Pethit, 2010)
11. Love, try and die (Jards Macalé, Gal Costa e Lanny Gordin, 1970)
12. Haunted love (Thiago Pethit, 2012)
13. Devil in me (Thiago Pethit e Hélio Flanders, 2012)
- com citação de Blue Jeans (Lana del Rey, 2011)
14. Nightwalker (Thiago Pethit e Rafael Barion, 2010)
15. Moon (Thiago Pethit, 2012)
Bis:
16. The Bilbao song (Bertolt Brecht e Kurt Weill, 1929, em versão de Cacá Rosset)
17. Surabaya Johnny (Bertolt Brecht e Kurt Weill, 1929)
Beth Carvalho grava no Rio participação no primeiro disco de Leo Russo
A foto - publicada pelo cantor carioca Leo Russo em seu facebook nesta sexta-feira, 25 de janeiro de 2013 - registra a participação da cantora no CD que Russo vai lançar neste primeiro semestre de 2013. A gravação foi feita no Rio de Janeiro (RJ) em 2012. Beth canta com Russo um samba de autoria de Pablo Amaral e Eduardo Tardin. O cantor Dudu Nobre e integrantes da Velha Guarda da Portela também participam do álbum. Rildo Hora assina a produção do disco.
'Te vi' anuncia a edição de 'Los momentos', álbum sombrio de Venegas
Lançado em 22 de janeiro de 2013 no iTunes, o single Te vi - da cantora e compositora Julieta Venegas - dá continuidade à promoção do sexto álbum de estúdio da artista, expoente do pop mexicano. Programado para ser lançado em março de 2013 pela gravadora Sony Music, o álbum se chama Los momentos e tem tom sombrio por conta da atual onda de violência do México, de acordo com declarações de Venegas. Los momentos foi gravado com produção dividida entre Venegas e Yamil Rezc, responsável pela alta dose de eletrônica do disco. Te vi é de autoria de Venegas, que também assina sozinha Tuve pra dar, primeira música divulgada do álbum, lançada em edição digital em 18 de dezembro de 2012. Não há nomes de outras faixas.
Fafá lança EP independente de frevos, vendido somente em Pernambuco
Fafá de Belém lança nesta sexta-feira, 25 de janeiro de 2013, o EP Fafá, frevo e folia - Coração pernambucano. À venda por R$ 5 somente em Pernambuco, na sede do bloco Galo da Madrugada, o EP foi gravado e mixado no Fábrica Estúdios de Recife (PE) em dezembro para o Carnaval 2013 de Pernambuco. Sob a produção de Zé da Flauta e a direção musical de Bráulio Araújo, a cantora paraense deu voz aos frevos Voltei, Recife (Luiz Bandeira), Sabe lá o que é isso (João Santiago), Sedução (Luiz Bandeira), De chapéu de sol aberto (Capiba) e Hino do Galo (Mário Chaves). Além de pilotar os saxofones das cinco faixas, o maestro Spok fez os arranjos de Sabe lá o que é isso e De chapéu de sol aberto. Nos outros três frevos, o trompetista Fabinho Costa assina os arranjos de metais. Sucessor do CD/DVD Fafá de Belém ao vivo (EMI Music, 2007), o EP Fafá, frevo e folia - Coração pernambucano é - mesmo sem ter distribuição nacional - o primeiro disco da cantora em seis anos. Um item de colecionador!
quinta-feira, 24 de janeiro de 2013
Depeche Mode revela detalhes do 13º álbum de estúdio, 'Delta machine'
O grupo inglês Depeche Mode revelou detalhes de seu 13º álbum de estúdio, sucessor de Sounds of the universe (2009). O disco se chama Delta machine e tem lançamento programado para 25 de março de 2013, via Columbia Records. A produção é assinada por Ben Hillier. Mixado por Flood, habitual colaborador da banda, Delta machine vai ter Deluxe edition turbinada com libreto de 28 fotos de Anton Corbijn. O primeiro single, Heaven, vai ser editado com remixes assinados por nomes como Blawan e Matthew Dear. Eis as 13 músicas do álbum Delta machine:
1. Welcome to my World
2. Angel
3. Heaven
4. Secret to the end
5. My little universe
6. Slow
7. Broken
8. The child inside
9. Soft touch / Raw nerve
10. Should be higher
11. Alone
12. Soothe my soul
13. Goodbye
Fleetwood Mac lança versão luxuosa de seu álbum best-seller, 'Rumours'
Título mais bem-sucedido da discografia do grupo britânico Fleetwood Mac, Rumours - álbum de 1977 que já teria vendido 40 milhões de cópias ao longo dos anos - está sendo reeditado neste mês de janeiro de 2013 em versão expandida que celebra com atraso o 35º aniversário do disco. A edição mais luxuosa é uma caixa (foto) que embala cinco CDs, um DVD (com o documentário The rosebud film, filmado em 1977, durante turnê do grupo, sob a direção de Michael Collins) e um LP. Além das 12 faixas do álbum original remasterizado, há mais 46 fonogramas raros, distribuídos entre demos, gravações alternativas, sobras de estúdio e os 12 inéditos números do registro ao vivo do show da turnê baseada no já clássico álbum Rumours.
Terceiro álbum de Timberlake vai ser lançado nos EUA em 19 de março
O cantor e compositor norte-americano Justin Timberlake revelou que seu terceiro álbum, The 20/20 experience, vai ser lançado nos Estados Unidos em 19 de março de 2013. O anúncio da data da edição do sucessor de FutureSex/LoveSounds (2006) foi feito ao fim do vídeo em que Timberlake expõe a letra do primeiro single do álbum, Suit & tie, lançado em 14 de janeiro.
Farofa Carioca chega ao DVD via Lapa com o molho de Elza e Seu Jorge
Grupo que revelou Seu Jorge nos anos 90, com mistura de samba e funk em linguagem pop, Farofa Carioca lança seu primeiro DVD, inaugurando o selo Da Lapa Música, novo braço fonográfico da gravadora carioca Biscoito Fino. Ao vivo na Lapa flagra o grupo requentando a farofa feita em seu primeiro álbum (Moro no Brasil, 1998) no palco do Circo Voador, no Rio de Janeiro (RJ), em 2010. Sob a liderança do vocalista Mário Bróder, o grupo recebe Elza Soares - com quem o Farofa Carioca tinha projeto de gravar DVD e com que o coletivo divide A carne (parceria de Seu Jorge com Marcelo Yuka e Ulisses Cappelletti que a cantora inclui há pelos menos dez anos nos roteiros de seus shows) e Malandragem dá um tempo (Adelzonilton, Popular P e Moacyr Bombeiro), hit de Bezerra da Silva (1927 - 2005) - e os três ex-integrantes Seu Jorge, Gabriel Moura e Bertrand Doussain, flautista francês da formação original da banda.
Cedric Bixler-Zavala anuncia via Twitter término do grupo The Mars Volta
Líder do grupo norte-americano The Mars Volta ao lado do guitarrista Omar Rodríguez-López, o cantor Cedric Bixler-Zavala anunciou via Twitter sua saída da banda de rock progressivo, formada em 2001 no Texas (EUA). Na prática, a decisão de Bixler-Zavala significa o fim do grupo neste mês de janeiro de 2013 - fim não tão surpreendente assim. Afinal, The Mars Volta já tinha anunciado um hiato em setembro de 2012 para Rodríguez-López se dedicar a um projeto paralelo, Bosnian Rainbows, formado com Deantoni Parks, baterista do Mars Volta. O hiato desagradou Bixler-Zavala, que preferia que o grupo tivesse saído em turnê mundial para promover seu sexto (e último) álbum de estúdio, Noctourniquet, lançado em março de 2012.
quarta-feira, 23 de janeiro de 2013
Wire vai lançar 'Change becomes us', álbum com músicas de 1979 e 1980
Grupo inglês de pós-punk formado nos anos 70, Wire recicla repertório composto e tocado ao vivo em 1979 e 1980 - só que nunca efetivamente registrado - em seu 13º álbum de estúdio, Change becomes us, o quarto desde a reativação da banda em 1999. Change becomes us tem lançamento agendado para 25 de março de 2013, no Reino Unido. Eis as 13 faixas do CD:
1. Doubles & trebles
2. Keep exhaling
3. Adore your island
4. Re-invent your second wheel
5. Stealth of a Stork
6. B/W silence
7. Time lock fog
8. Magic bullet
9. Eels sang
10. Love bends
11. As we go
12. & much besides
13. Attractive space
Trilha de musical sobre a obra de Milton é perpetuada em CD de estúdio
Musical de Charles Möeller & Claudio Botelho que cumpre temporada de sucesso no Rio de Janeiro (RJ) desde agosto de 2012 e que vai estrear em São Paulo (SP) neste ano de 2013, Milton Nascimento - Nada será como antes tem sua trilha sonora editada em CD gravado em estúdio. Lançado neste mês de janeiro de 2013, em edição do selo MP,B distribuída pela gravadora Universal Music, o disco enfileira 30 músicas de Milton Nascimento em 28 faixas gravadas pelo elenco do espetáculo. Cássia Raquel, Claudio Lins, Délia Fischer, Estrela Blanco, Jonas Hammarm, Jules Vandysstadt, Lui Coimbra, Marya Bravo, Pedro Aune, Pedro Sol, Sérgio Dalcin, Tatih Köhler, Whatson Cardozo e Wladimir Pinheiro são os 13 atores-cantores-músicos que se revezam na interpretação do cancioneiro do compositor carioca de alma mineiro. Sob a direção artística de Claudio Botelho (roteirista e diretor musical do espetáculo) e de João Mario Linhares (proprietário do selo MP,B e atual empresário de Milton), o disco foi produzido por Lui Coimbra, solista de um dos números mais bonitos, San Vicente (Milton Nascimento e Fernando Brant, 1973), música turbinada com charangos (tocados pelo próprio Lui Coimbra) que evocam a latinidade da obra de Milton Nascimento. A orquestração e os arranjos dos 28 números perpetuados no disco são de Délia Fischer, pianista e cantora indicada ao Prêmio APTR de Teatro por conta desse trabalho. Délia brilha ao solar Clube da esquina 2 (Milton Nascimento, Lô Borges e Márcio Borges, 1972) e ao dividir Encontros e despedidas (Milton Nascimento e Fernando Brant, 1981) com Jules Vandysstadt. Marya Bravo sola Cais (Milton Nascimento e Ronaldo Bastos, 1972) e de Maria Maria (Milton Nascimento e Fernando Brant, 1976). Luxo só!
DVD com show da Loud tour, gravada por Rihanna em 2011, já soa antigo
Pelo fato de 2005 Rihanna lançar desde 2005 um álbum de estúdio a cada ano (exceto em 2008), o DVD Loud tour live at the O2 - recém-editado no Brasil pela Universal Music - já pode até soar velho, embora tenha sido posto no mercado fonográfico internacional em dezembro de 2012. O DVD exibe o show da turnê inspirada no quinto álbum da cantora de Barbados, Loud, de 2010. Como outros dois álbuns já vieram na sequência de Loud, Talk that talk (2011) e Unapologetic (2012), Loud tour live at the O2 pode soar antigo porque seu roteiro de 21 músicas obviamente engloba a produção de Rihanna entre 2005 e 2010, com ênfase nos repertórios de Loud e de seus antecessores Rated R (2009) e Good girl gone bad (2007). A gravação do vídeo foi feita na parada final da Lour tour - na O2 Arena de Londres, Inglaterra - sob direção de Nick Wickham. Além do show em si, apresentado no Brasil no Rock in Rio 2011, o DVD exibe documentário com as já tradicionais imagens de bastidores da turnê.
DVD rebobina show gravado pelo Ultraje a Rigor para TV Cultura em 1999
Em 1999, a carreira do Ultraje a Rigor ganhou certo fôlego com a edição de 18 anos sem tirar!, disco ao vivo que apresentava gravação feita em agosto de 1996 durante dois shows do grupo paulista na casa Aeroanta, em São Paulo (SP). Uma das quatro músicas inéditas gravadas em estúdio para o CD, Nada a declarar, chegou a fazer algum sucesso. Por isso, Nada a declarar figura entre as 20 músicas do roteiro do show exibido no DVD Rock Bem Brasil, recém-lançado pela Warner Music. O DVD rebobina o show gravado pelo Ultraje naquele ano de 1999 para exibição no extinto programa Bem Brasil, da TV Cultura. Com áudio ntsc dolby 2.0, o DVD enfileira os sucessos dos três pirmeiros álbuns da banda de Roger Moreira entre covers dos repertórios de Raul Seixas (Rock das 'aranha') e dos Raimundos, grupo do qual o Ultraje a Rigor oca I saw you say (That you say that you saw), evidenciando a afinidade que iria gerar em 2012 um CD dividido com os Raimundos em que uma banda aborda do repertório da outra.