terça-feira, 8 de janeiro de 2013

'Warrior' fornece munição para Ke$ha entre pop dance, baladas e até rock

Resenha de CD
Título: Warrior
Artista: Kesha
Gravadora: RCA / Sony Music
Cotação: * * *

Se Ke$ha é guerreira como sentencia o título de seu segundo álbum, lançado em dezembro de 2012 em escala mundial, Warrior oferece munição certeira para a cantora norte-americana lutar por sua permanência nas paradas dos Estados Unidos. Produtores recorrentes nas fichas técnicas de discos afins garantem a animação efusiva de faixas de tom pop dance como a empolgante All that matters (the beautiful life) - ode à vida feita sob as batidas de Max Martin e Shellback - e a faixa-título Warrior (formatada por Dr. Luke e Cirkut). Essa turma produz sonoridade padronizada, artificial, direcionada para as paradas, como já evidenciado no single Die young, pilotado por Dr. Luke, Cirkut e Benny Blanco. Vitoriosa na guerra do amor, como esfrega na cara do ex-namorado em Thinking of you, Ke$ha entra na batalha e no jogo da indústria do disco com armas nem sempre letais. Em Crazy kids, outra faixa produzida por Dr. Luke com Cirkut, Ke$ha solta a voz como se fosse uma rapper. Mas a maior, digamos, surpresa de Warrior é o flerte com o rock. Ninguém menos do que Iggy Pop entra em cena em Dirty love para encarnar o amante selvagem personificado nesta faixa de pegada roqueira. Only wanna dance with you sedimenta a incursão pelo terreno do rock com o toque da bateria de Fabrizio Moretti e a adesão ao fim do cantor Julian Casablancas. Para quem não liga os nomes ao som, trata-se do baterista e do vocalista do grupo norte-americano de rock The Strokes. Metade da dupla The Black Keys, Patrick Carney também dá o ar da graça em Warrior, figurando na balada Wonderland. A propósito, as baladas - como a lacrimosa Last goodbye e a ligeiramente introspectiva Love into the light - somente que reiteram que a munição mais certeira de Ke$ha na guerra das paradas são as faixas de tom pop dance. Possível exceção é Past Lives, balada que encerra a Deluxe Edition de Warrior com o reforço vocal de Wayne Coyne, o cantor do grupo The Flaming Lips. De todo modo, Ke$ha é guerreira. O problema é que há cantoras em demasia no front norte-americano com as mesmas armas...

3 comentários:

  1. Se Ke$ha é guerreira como sentencia o título de seu segundo álbum, lançado em dezembro de 2012 em escala mundial, Warrior oferece munição certeira para a cantora norte-americana lutar por sua permanência nas paradas dos Estados Unidos. Produtores recorrentes nas fichas técnicas de discos afins garantem a animação efusiva de faixas de tom pop dance como a empolgante All that matters (the beautiful life) - ode à vida feita sob as batidas de Max Martin e Shellback - e a faixa-título Warrior (formatada por Dr. Luke e Cirkut). Essa turma produz sonoridade padronizada, artificial, direcionada para as paradas, como já evidenciado no single Die young, pilotado por Dr. Luke, Cirkut e Benny Blanco. Vitoriosa na guerra do amor, como esfrega na cara do ex-namorado em Thinking of you, Ke$ha entra na batalha e no jogo da indústria do disco com armas nem sempre letais. Em Crazy kids, outra faixa produzida por Dr. Luke com Cirkut, Ke$ha solta a voz como se fosse uma rapper. Mas a maior, digamos, surpresa de Warrior é o flerte com o rock. Ninguém menos do que Iggy Pop entra em cena em Dirty love para encarnar o amante selvagem personificado nesta faixa de pegada roqueira. Only wanna dance with you sedimenta a incursão pelo terreno do rock com o toque da bateria de Fabrizio Moretti e a adesão ao fim do cantor Julian Casablancas. Para quem não liga os nomes ao som, trata-se do baterista e do vocalista do grupo norte-americano de rock The Strokes. Metade da dupla The Black Keys, Patrick Carney também dá o ar da graça em Warrior, figurando na balada Wonderland. A propósito, as baladas - como a lacrimosa Last goodbye e a ligeiramente introspectiva Love into the light - somente que reiteram que a munição mais certeira de Ke$ha na guerra das paradas são as faixas de tom pop dance. Possível exceção é Past Lives, balada que encerra a Deluxe Edition de Warrior com o reforço vocal de Wayne Coyne, o cantor do grupo The Flaming Lips. De todo modo, Ke$ha é guerreira. O problema é que há cantoras em demasia no front norte-americano com as mesmas armas...

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  2. Achei o album muito bom, me surpreendi. Ela conseguiu fugir um pouco da esterilidade do eletropop dela, sem fugir muito à sua essencia e sem deixar de fornecer hits à industria. Não pulo quase nenhuma faixa, mas as baladas também nao me agradam de todo não. O flerte com o rock e outros generos é a parte mais bacana do album, em Crazy Kids por exemplo (a melhor pra mim), nota-se além de batidas que remetem ao rock, partes faladas como rapper, trechos, hip hop enfim. Só acho que errou na escolha dos singles. Die Young e C'Mon são otimas mas seguem a mesma linha dance da Kesha de outrora, com tantas musicas diversificadas e com potencial, ela deveria ter investido em perolas como Beautiful Life ou Supernatural, faixas dance com produção impecavel, que misturam teclados, sintetizadores, guitarras, dubstep...Das mais roqueiras, minha preferida é Only Wanna Dance With You, Dirty Love me remete muito a Lonely Boy. E as baladas ora remetem a Lana Del Rey, ora à Katy Perry, sao regulares.

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  3. desde quando Kesha faz rock? é casa uma!

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