Título: Amor e outras manias crônicas
Artista: Badi Assad
Gravadora: Quatro Ventos
Cotação: * * * 1/2
Violonista que se revelou cantora e compositora ao longo de carreira fonográfica iniciada em 1989, Badi Assad está promovendo seu primeiro álbum de inéditas em seis anos. Lançado no fim de 2012, Amor e outras manias crônicas é CD inteiramente autoral da artista paulista. O hiato entre este disco e o anterior álbum de inéditas de Badi, Wonderland (2006), foi necessário para que Badi pudesse dar à luz sua primeira filha, Sofia, e se dedicar à criação da menina na cidade interiorana de São João da Boa Vista (SP). Essa longa vivência interiorana transparece já nos títulos de algumas das 12 músicas inéditas que, com duas breves vinhetas, compõem o repertório do disco - caso de Noite de São João. No campo ou na cidade, Badi faz sua veia autoral pulsar em Amor e outras manias crônicas com a personalidade já vista em outros álbuns. Músicas como Apimentados momentos e Catupiri têm d.n.a. único. Em bom português, Badi tem um jeito todo próprio de compor que faz toda a diferença. Neste disco produzido por Guilherme Kastrup e Márcio Arantes, a compositora se expõe de forma tão intensa - e às vezes confessional, como na balada Para chegar ao meu coração - que a violonista fica em segundo plano, embora o toque virtuoso do violão de Badi esteja bem perceptível na introdução de O barco aqui de dentro, por exemplo. De todo modo, os melhores momentos de Amor e outras manias crônicas nascem da interação do baticum de Kastrup - piloto das percussões, bateria e mpc tocados no disco - com a música de Badi. A mistura gerou faixas sincopadas como Quarto da rainha, Pega no coco, Saudade verdade sorte - única composição do disco assinada por Badi com um parceiro que, no caso, é o carioca Pedro Luís - e Mulheres e cunhatãs. Baticum à parte, todos os arranjos são ricos em texturas e valorizam a produção autoral da artista. Após sinterizar sua obra no DVD Badi Assad (Biscoito Fino, 2010), a cantora, compositora e violonista retorna renovada à cena em disco cheio de frescor.
2 comentários:
Violonista que se revelou cantora e compositora ao longo de carreira fonográfica iniciada em 1989, Badi Assad está promovendo seu primeiro álbum de inéditas em seis anos. Lançado no fim de 2012, Amor e outras manias crônicas é CD inteiramente autoral da artista paulista. O hiato entre este disco e o anterior álbum de inéditas de Badi, Wonderland (2006), foi necessário para que Badi pudesse dar à luz sua primeira filha, Sofia, e se dedicar à criação da menina na cidade interiorana de São João da Boa Vista (SP). Essa longa vivência interiorana transparece já nos títulos de algumas das 12 músicas inéditas que, com duas breves vinhetas, compõem o repertório do disco - caso de Noite de São João. No campo ou na cidade, Badi faz sua veia autoral pulsar em Amor e outras manias crônicas com a personalidade já vista em outros álbuns. Músicas como Apimentados momentos e Catupiri têm d.n.a. único. Em bom português, Badi tem um jeito todo próprio de compor que faz toda a diferença. Neste disco produzido por Guilherme Kastrup e Márcio Arantes, a compositora se expõe de forma tão intensa - e às vezes confessional, como na balada Para chegar ao meu coração - que a violonista fica em segundo plano, embora o toque virtuoso do violão de Badi esteja bem perceptível na introdução de O barco aqui de dentro, por exemplo. De todo modo, os melhores momentos de Amor e outras manias crônicas nascem da interação do baticum de Kastrup - piloto das percussões, bateria e mpc tocados no disco - com a música de Badi. A mistura gerou faixas sincopadas como Quarto da rainha, Pega no coco, Saudade verdade sorte - única composição do disco assinada por Badi com um parceiro que, no caso, é o carioca Pedro Luís - e Mulheres e cunhatãs. Baticum à parte, todos os arranjos são ricos em texturas e valorizam a produção autoral da artista. Após sinterizar sua obra no DVD Badi Assad (Biscoito Fino, 2010), a cantora, compositora e violonista retorna renovada à cena em disco cheio de frescor.
belo disco, ouvi no fim do ano passado na casa de um amigo, ela é interessante mesmo
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