Resenha de show
Título: Teresa Cristina canta Paulinho da Viola
Artista: Teresa Cristina (em foto de Rodrigo Amaral)
Local: Theatro Net Rio (Rio de Janeiro, RJ)
Data: 5 de fevereiro de 2013
Cotação: * * * *
Teresa Cristina vem se transformando em outras desde que debutou no mercado fonográfico, em 2002, com a edição do CD duplo A música de Paulinho da Viola (Deck), gravado e assinado com o Grupo Semente. Ao longo dessa década, a cantora carioca se revelou boa compositora (abrindo parcerias com nomes como Karina Buhr e Zé Renato), esboçou ares de diva ao registrar repertório plural no DVD Melhor assim (EMI Music, 2010) e virou roqueira ao voltar à gravadora Deck para abordar o repertório de Roberto Carlos em disco dividido com o grupo indie Os Outros. A evolução como intérprete saltou aos ouvidos ao longo desses dez anos de carreira fonográfica, celebrados em dezembro de 2012 com o show em que Teresa volta a cantar Paulinho da Viola com o Grupo Semente. Idealizado para festejar também os 70 anos que Paulinho da Viola completou em 12 de novembro de 2012, o show voltou à cena, em apresentação única feita na noite de 5 de fevereiro de 2013, no Theatro Net Rio, no Rio de Janeiro (RJ). Acenda o refletor e apure o tamborim: Teresa Cristina está (momentaneamente) de volta ao samba como se ainda fosse aquele ano definidor de 2002. Mesmo já tendo se transformado em outras, a cantora curiosamente volta a cantar Paulinho da Viola com o mesmo jeito tímido e o nervosismo de seu início de carreira, iniciada em 1998 no circuito de samba do bairro carioca da Lapa. Mas tamanho nervosismo - admitido em cena e, afinal, imperceptível para o público - jamais empanou o brilho do show, feito sem firulas, com simplicidade e reverência a um cancioneiro genial. O canto de Teresa Cristina sempre esteve impregnado de melancolia. E essa tristeza que balança acaba se ajustando bem ao repertório de Paulinho, também embebido em fina melancolia. Há cantoras com mais voz e com mais técnica do que as de Teresa Cristina, mas poucas são capazes de traduzir no canto - com perfeição - a alma tristonha de temas como o Samba do amor (Paulinho da Viola, Elton Medeiros, Hermínio Bello de Carvalho, 1968), Tudo se transformou (Paulinho da Viola, 1970), Minhas madrugadas (Paulinho da Viola e Candeia, 1965) e Meu mundo é hoje (Eu sou assim) (José Batista e Wilson Batista), único tema do roteiro que não nasceu da inspiração de Paulinho da Viola, mas que - justiça seja feita - parece ser cria do compositor, que tomou para si o samba de 1966 ao gravá-lo no álbum A dança da solidão (1972). Sem inventar moda, o show Teresa Cristina canta Paulinho da Viola reitera o entrosamento do canto triste da intérprete com o toque virtuoso dos músicos do Grupo Semente, ora formado por Alexandre Caldi (sopros), Bernardo Dantas (violão), Bruno Cunha (pandeiro), João Callado (cavaquinho e direção musical), Marcos Esguleba (percussão) e Mestre Trambique (surdo). Íntimo do universo do samba e do choro, gênero presente na obra de Paulinho e representado no roteiro por Coração imprudente (Paulinho da Viola e José Carlos Capinam, 1972), o sexteto deixou a cantora à vontade em cena. Tão à vontade que, após fazer precisa abordagem de 14 anos (Paulinho da Viola, 1966), Teresa preferiu tirar as sandálias para cantar descalça no palco do Theatro Net Rio - como se estivesse em casa ou numa roda de samba em que são sempre bem-vindas pérolas como Argumento (Paulinho da Viola, 1975), Guardei minha viola (Paulinho da Viola, 1972) e Recado (Paulinho da Viola e Casquinha, 1966), pretexto para causo sobre a parceria de Paulinho com Casquinha da Portela, contado com humor pela artista, tímida, mas boa piadista. O confesso e injustificável nervosismo - que levou à cantora a fazer depois da hora um dos comentários inseridos no roteiro com naturalidade e conhecimento de causa (no caso, conhecimento da obra de Paulinho) - não foi empecilho para que a interpretação de Teresa Cristina para Coisas do mundo, minha nega (Paulinho da Viola, 1967) soasse tão expressiva. Verdade seja dita: um ou outro samba, caso em especial de Pecado capital (Paulinho da Viola, 1975), perde parte de seu vigor no registro da intérprete. Contudo, na maioria das vezes, Teresa Cristina canta Paulinho da Viola muito bem. Os sambas Para um amor no Recife (Paulinho da Viola, 1971) e Para ver as meninas (Paulinho da Viola, 1971) - apresentado no bis com direito a saudação a Marisa Monte, presente na plateia - estiveram no tom certo e foram momentos de grande beleza em roteiro que apresenta música, Cantando (Paulinho da Viola, 1976), não incluída por Teresa no repertório do álbum duplo de 2002. Enfim, como Paulinho da Viola é um senhor intérprete da própria obra, não é fácil cantar seu repertório (de irretocável acabamento poético e melódico) com propriedade. Mas Teresa Cristina trouxe esse cancioneiro para seu universo e o ajustou ao seu canto. E ainda fez seu Carnaval ao fim do bis, esquentando Foi um rio que passou em minha vida (Paulinho da Viola, 1970) com Academia do samba (Chico Santana), um dos hinos que saúdam a Portela. No fim das contas, a cantora deu seu recado. Teresa Cristina é assim - tímida, nervosa, engraçada, melancólica, mas quem quiser gostar dela vai encontrar boa cantora que, sim, se transforma eventualmente em outras sem perder de vista sua semente, como mostrou no palco do Net Rio.
Teresa Cristina vem se transformando em outras desde que debutou no mercado fonográfico, em 2002, com a edição do CD duplo A música de Paulinho da Viola (Deck), gravado e assinado com o Grupo Semente. Ao longo dessa década, a cantora carioca se revelou boa compositora (abrindo parcerias com nomes como Karina Buhr e Zé Renato), esboçou ares de diva ao registrar repertório plural no DVD Melhor assim (EMI Music, 2010) e virou roqueira ao voltar à gravadora Deck para abordar o repertório de Roberto Carlos em disco dividido com o grupo indie Os Outros. A evolução como intérprete saltou aos ouvidos ao longo desses dez anos de carreira fonográfica, celebrados em dezembro de 2012 com o show em que Teresa volta a cantar Paulinho da Viola com o Grupo Semente. Idealizado para festejar também os 70 anos que Paulinho da Viola completou em novembro de 2012, o show voltou à cena, em apresentação única feita na noite de 5 de fevereiro de 2013, no Theatro Net Rio, no Rio de Janeiro (RJ). Acenda o refletor e apure o tamborim: Teresa Cristina está (momentaneamente) de volta ao samba como se ainda fosse aquele ano definidor de 2002. Mesmo já tendo se transformado em outras, a cantora curiosamente volta a cantar Paulinho da Viola com o mesmo jeito tímido e o nervosismo de seu início de carreira, iniciada em 1998 no circuito de samba do bairro carioca da Lapa. Mas tamanho nervosismo - admitido em cena e, afinal, imperceptível para o público - jamais empanou o brilho do show, feito sem firulas, com simplicidade e reverência a um cancioneiro genial. O canto de Teresa Cristina sempre esteve impregnado de melancolia. E essa tristeza que balança acaba se ajustando bem ao repertório de Paulinho, também embebido em fina melancolia. Há cantoras com mais voz e com mais técnica do que as de Teresa Cristina, mas poucas são capazes de traduzir no canto - com perfeição - a alma tristonha de temas como o Samba do amor (Paulinho da Viola, Elton Medeiros, Hermínio Bello de Carvalho, 1968), Tudo se transformou (Paulinho da Viola, 1970), Minhas madrugadas (Paulinho da Viola e Candeia, 1965) e Meu mundo é hoje (Eu sou assim) (José Batista e Wilson Batista), único tema do roteiro que não nasceu da inspiração de Paulinho da Viola, mas que - justiça seja feita - parece ser cria do compositor, que tomou para si o samba de 1966 ao gravá-lo no álbum A dança da solidão (1972). Sem inventar moda, o show Teresa Cristina canta Paulinho da Viola reitera o entrosamento do canto triste da intérprete com o toque virtuoso dos músicos do Grupo Semente, ora formado por Alexandre Caldi (sopros), Bernardo Dantas (violão), Bruno Cunha (pandeiro), João Callado (cavaquinho e direção musical), Marcos Esguleba (percussão) e Mestre Trambique (surdo). Íntimo do universo do samba e do choro, gênero presente na obra de Paulinho e representado no roteiro por Coração imprudente (Paulinho da Viola e José Carlos Capinam, 1972), o sexteto deixou a cantora à vontade em cena.
ResponderExcluirTão à vontade que, após fazer precisa abordagem de 14 anos (Paulinho da Viola, 1966), Teresa preferiu tirar as sandálias para cantar descalça no palco do Theatro Net Rio - como se estivesse em casa ou numa roda de samba em que são sempre bem-vindas pérolas como Argumento (Paulinho da Viola, 1975), Guardei minha viola (Paulinho da Viola, 1972) e Recado (Paulinho da Viola e Casquinha, 1966), pretexto para causo sobre a parceria de Paulinho com Casquinha da Portela, contado com humor pela artista, tímida, mas boa piadista. O confesso e injustificável nervosismo - que levou à cantora a fazer depois da hora um dos comentários inseridos no roteiro com naturalidade e conhecimento de causa (no caso, conhecimento da obra de Paulinho) - não foi empecilho para que a interpretação de Teresa Cristina para Coisas do mundo, minha nega (Paulinho da Viola, 1967) soasse tão expressiva. Verdade seja dita: um ou outro samba, caso em especial de Pecado capital (Paulinho da Viola, 1975), perde parte de seu vigor no registro da intérprete. Contudo, na maioria das vezes, Teresa Cristina canta Paulinho da Viola muito bem. Os sambas Para um amor no Recife (Paulinho da Viola, 1971) e Para ver as meninas (Paulinho da Viola, 1971) - apresentado no bis com direito a saudação a Marisa Monte, presente na plateia - estiveram no tom certo e foram momentos de grande beleza em roteiro que apresenta música, Cantando (Paulinho da Viola, 1976), não incluída por Teresa no repertório do álbum duplo de 1972. Enfim, como Paulinho da Viola é um senhor intérprete da própria obra, não é fácil cantar seu repertório (de irretocável acabamento poético e melódico) com propriedade. Mas Teresa Cristina trouxe esse cancioneiro para seu universo e o ajustou ao seu canto. E ainda fez seu Carnaval ao fim do bis, esquentando Foi um rio que passou em minha vida (Paulinho da Viola, 1970) com Academia do samba (Chico Santana), um dos hinos que saúdam a Portela. No fim das contas, a cantora deu seu recado. Teresa Cristina é assim - tímida, nervosa, engraçada, melancólica, mas quem quiser gostar dela vai encontrar boa cantora que, sim, se transforma eventualmente em outras sem perder de vista sua semente, como mostrou no palco do Net Rio.
ResponderExcluirEu acho que em relação a carreira fonográfica a Teresa se perdeu no Labirinto do Minotauro.
ResponderExcluirPoderia ter sido mais criteriosa e mais afirmativa com o samba.
Sem esse papo de querer enquadrar o artista em um estilo eternamente.
Só acho que ela diversificou cedo demais.
As vezes ao se transformar em várias vc acaba não sendo nenhuma.
PS: Paulinho da Viola vem cantar no carnaval de Recife e no Marco Zero! O problema é que depois tem Alcione. Ou seja, é acabar o show e sebo nas canelas! rsrsrs
O disco dela dedicado ao Paulinho é muito bonito, porém não consigo entender o motivo dela ter retomado a fazer shows em homenagem a ele, mesmo tendo ele comemorado os seus 70 anos e merece homenagens. Ela não deveria estar fazendo shows do disco dedicado ao Roberto Carlos?
ResponderExcluirTambém já estou começando a achar que Teresa está é perdida na sua carreira musical. Por mais que tenha boas músicas e talento de sobra, está faltando um direcionamento certo para ela sair desse lugar comum que está se encontrando atualmente.
ResponderExcluirNão entendi esse trecho:
ResponderExcluir"Os sambas Para um amor no Recife (Paulinho da Viola, 1971) e Para ver as meninas (Paulinho da Viola, 1971) - apresentado no bis com direito a saudação a Marisa Monte, presente na plateia - estiveram no tom certo e foram momentos de grande beleza em roteiro que apresenta música, Cantando (Paulinho da Viola, 1976), não incluída por Teresa no repertório do álbum duplo de 1972."
Não seria o álbum de 2002 (lançado por Teresa)? Já que não poderia ser de Paulinho em 1972, visto que a música é de quatro anos após.
Claro, Fábio, você tem toda razão. Grato pelo toque do erro, fruto da cabeça cansada. Abs, MauroF
ResponderExcluirOk, Mauro, abs.
ResponderExcluirZé Henrique foi PERFEITO no seu comentário referente a Teresa.
ResponderExcluirE RINDO DE ME ESCANGALHAR sobre o comentário da Alcione! KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
PS: Mauro, meu caro, o nome CORRETO do samba do Chico Santana chama-se: Corri pra ver! Abs
Não, Marcelo, o 'Corri pra ver' é outro samba. Teresa cantou 'Academia do samba (hora de caminhar)'. Abs, MauroF
ResponderExcluir"Há cantoras com mais voz e com mais técnica do que as de Teresa Cristina, mas poucas são capazes de traduzir no canto - com perfeição - a alma tristonha de temas (de Paulinho da Viola)"
ResponderExcluirConcordo totalmente, Mauro Ferreira. Teresa tem a verdadeira alma do que é ser uma cantora brasieira, que até pode ter uma súper voz, como Gal, uma súper técnica, como Elis, uma súper interpretação, como Bethânia, mas tem que ter (e essas três citadas certamente têm) essa simplicidade de canto que Teresa sempre demonstrou.
Sou a, absolutamente fã, de Teresa Cristina. Da cantora de samba, da compositora, da cantora que se transforma em outras. Ela é uma diva, e será para sempre.
Bom, se for a que está no youtube em pout-pourri com Foi um rio que passou em minha vida é o Corri pra ver. De qualquer forma desculpa pela falsa observação. Abs
ResponderExcluirO show deve sido mesmo ótimo!
ResponderExcluirDe uma coisa eu tenho certeza: conheço a Tereza o suficiente para dizer que se tem uma coisa que ela não está é perdida na sua carreira. Ela tem direito e pode sim fazer e cantar o que quiser. Voz pequena, sim, mas singular e extremamente agradável aos ouviso de quem gosta de boa música. E é uma pessoa adorável se se ver e de se ouvir, tanto no palco como fora dêle. Não entendo tanta chuva no molhado e tanta tentativa de mostrar conhecimento e erudição como se fôossemos todos enciclopédias ambulantes. Coisa muito chata. Quanto ao comentário deselegante sobre a Marron, tem gente que gosta e muito. Se você não gosta, cale-se. Não precisa ser desagradável, não é mesmo? E ainda uma outra coisa: uma pessoa que canta Paulino da Viola de arrepiar é a Marisa Monte, que já deveria ter o seu "Canta Paulinho da Viola" editado faz tempo.
ResponderExcluirBela resenha, Mauro. Parabéns!
ResponderExcluirAbraço
ResponderExcluirOuisa55 parece não saber que falar mal é QUASE tão bom quanto falar bem. Não podendo falar bem e frequentando um blog que não é chapa branca...
Calar-se? Nunca. Quem cala consente e se omite.
Essa turma de melindrosas cansa um pouco a beleza. :<(
Em tempo: Sou fã do canto da Teresa e torço pra que saia do labirinto antes que o Minotauro lhe pegue.
PS: Marcelão, Corri Pra Ver do Tudo Azul é uam belezura.
"Corri pra ver, pra ver quem era. Chegando lá era a Portela.
Era a Portela do seu Natal ganhando mais um carnaval"
Aliás, na boa, a Portela só ganhava carnaval com o Natal vivo, né? Aí tem! hehehee
PS: Minha amiga Maricota tá estilosa nessa foto, hein!? :>)
Realmente deselegante essa tendência de alguns comentaristas de, para elogiar uma cantora, ter que falar mal de outra! Vamos respeitar o gosto de cada um e o trabalho dos artistas, independente que se goste ou não!
ResponderExcluirZé,
ResponderExcluirEu viajei legal na maionese! Esse que vc descreveu é o Corri pra ver. Eu confundi com as introduções feitas ao Hino Portelense que também é do Chico Santana, compositor esse que até então era desprezado por certas madrinhas aí e que teve como seu MAIOR SUCESSO o samba Saco de Feijão, gravado pela MAIOR sambista desse país. Abs
E já que não se pode viver só de passado, salve Teresa Cristina, que divide com Fabiana Cozza o título de melhor sambista da atualidade! Como cantava Elis, "tem que dizer no gogó"!
ResponderExcluirhehhehe
ResponderExcluirBeth Carvalho é mesmo de uma dignidade artística cada vez mais rara de se ver, Marcelo.
Outro dia estava ouvindo seu ótimo disco em homenagem ao Nelson Cavaquinho.
Conheço o hino da Portela, saiu em cd gravado por um japonês(esqueci o nome) entusiasta do samba.
Ele gravou um também com a Velha Guarda cantando somente músicas do Paulo da Portela, seu fundador, como vc bem sabe.
Deve ter os dois.
Parte do hino da Portela:
"Estamos aí como vcs estão vendo, estamos velhos, mas aindda não morremos"
PS: Imaginem se todo mundo só abrisse a boca pra elogiar uns aos outros e se calassem quando não gostassem.
Gostaram?
Eu não!
Tenham um pouco mais de humor, faz bem a alma.
Num país tão multifacetado como o nosso, faz todo sentido, ainda mais no Carnaval, a mistura de todos os tons, da alegria derramada de toda gente. Sem elitismos, sem segregações, sem o nhem-nhem-nhem dos narizes em pé. Quero mais é a suavidade do azul se misturando com o marrom. Agora quem quiser sair, que saia. Quem quiser pular, que pule. Quem quiser gargalhar, que gargalhe. Mas que seja um riso de alegria, não de rancor.
ResponderExcluirAh! Teresa.... não acho que sua voz carregue assim tanta melancolia. Sempre associo seu timbre doce e comum (não exatamente bonito) às canções de acalanto. Gosto dessa voz, embora a continue achando superestimada.
Salve Teresa Cristina! Salve Paulinho da Viola! Salve Alcione! É a tal "pluralidade"... cada um na sua e todos juntos. Sem pré...conceitos.
ResponderExcluirZé,
ResponderExcluirVoce deveria ter ido ao show do Marco Zero no carnaval do ano passado. Tem alguns vídeos no youtube.
Se bem que vale a pena conferir pelo Paulinho.
Abs e bom carnaval também.
Uma pessoa que mora em Brasília realmente não tem noção de como as coisas funcionam entre os integrantes e compositores das Escolas de Samba cariocas, e fica imaginando que a concorrência do carnaval se arrasta pelo ano inteiro. Tanto não é assim que a portelense Clara Nunes era a intérprete favorita do manguerense Nélson Cavaquinho, o que ele nunca escondeu de ninguém!
ResponderExcluirFaz-me rir, Emengarda! Um beijo e bom carnaval.
ResponderExcluirEssa do Nelson foi a PIADA do século!
E exatamente por ser sua cantora favorita, Clara recebeu de Nélson suas músicas mais importantes. Já Beth, de importante mesmo, gravou apenas "Folhas secas", mesmo assim porque procurou o compositor e pediu sua permissão. Mas acabou sendo engolida pela gravação de Eis Regina. E em 2001, teve que recorrer ao repertório de Clara para gravar o tributo a Nélson!
ResponderExcluirZé Henrique, tão "poético" em seus comentários aqui no blog mostrou-se preconceituoso. Não adianta querer bancar o pseudo intelectual porque um dia morre pela boca, mas é aquela coisa: gosto não se discute, se lamenta. Não curto Alcione, porém no quesito VOZ ela mostra mais talento que Teresa. Engraçado as pessoas que aqui entendem tanto de música reclamarem quando um cantor passeia por vários ritmos, nunca estão satisfeitas! Vocês fariam melhor?
ResponderExcluirVoz linda. Ela precisa se movimentar mais no palco. É muito estática.
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