Título: MBV
Artista: My Bloody Valentine
Gravadora: sem indicação
Cotação: * * *
Álbum disponibilizado para audição no YouTube e para venda no site oficial da banda
Guia jornalístico do mercado fonográfico brasileiro com resenhas de discos, críticas de shows e notícias diárias sobre futuros lançamentos de CDs e DVDs. Do pop à MPB. Do rock ao funk. Do axé ao jazz. Passando por samba, choro, sertanejo, soul, rap, blues, baião, música eletrônica e música erudita. Atualizado diariamente. É proibida a reprodução de qualquer texto ou foto deste site em veículo impresso ou digital - inclusive em redes sociais - sem a prévia autorização do editor Mauro Ferreira.
Este é um espaço democrático para a emissão de opiniões, sobretudo as divergentes. Contudo, qualquer comentário feito com agressividade ou ofensas - dirigidas a mim, aos artistas ou aos leitores do blog - será recusado. Grato pela participação, Mauro Ferreira
P.S.: Para comentar, é preciso ter um gmail ou qualquer outra conta do google.
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.
Primeiro álbum do grupo irlandês My Blood Valentine em 22 anos, MBV segue a viagem estranha da banda que cristalizou o estilo (uniforme e letárgico) rotulado como shoegaze e que se tornou influente ao longo de seus 30 anos de atividades não contínuas. Formada em 1983 em Dublin, desativada em 1997 e reagrupada (com outra formação) em 2007, a banda do guitarrista Kevin Shields tinha lançado somente dois álbuns, Isn't everything (1988) e o cultuado Loveless (1991), disco apontado como a obra-prima do My Bloody Valentine por seu som de camadas densas, construídas com distorções, efeitos e vocais abafados - com a guitarra de Shields sempre em primeiro plano. Esse som é rebobinado - com a mesma receita básica de 1991 - nas nove faixas de MBV, álbum produzido por Shields e lançado, após cinco anos de burilamento, em 2 de fevereiro de 2013. Destaque do repertório autoral, If i am exemplifica a habilidade do My Bloody Valentine de deixar entrever uma alma pop entre tantas propositais estranhezas. Mas o fato é que temas como Only tomorrow e who sees you soam como sobras ou bônus de Loveless. Obscurecidos por tantos efeitos, os vocais de Bilinda Butcher - dispensados somente na instrumental Nothing is - soam ininteligíveis, como é praxe nas gravações do grupo. Em sua segunda metade, que destaca temas como New you e Another way, MBV até tenta se descolar do antecessor Loveless sem efetivamente chegar a um novo destino nessa viagem estranha em que My Bloody Valentine segue trilhas já previsíveis.
ResponderExcluir