Mauro Ferreira no G1

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quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Toro y Moi roça o pop ao expandir sua 'chillwave' em 'Anything in return'

Resenha de CD
Título: Anything in return
Artista: Toro y Moi
Gravadora: Carpak / Deck
Cotação: * * * 1/2

Um dos arquitetos do som já rotulado como chillwave (um subgênero que combina psicodelia, sintetizadores, o tecnopop dos anos 80 e electropop), Toro y Moi - codinome artístico de Chaz Baundick - já tinha sinalizado em discos anteriores que estava se aproximando do pop. Ainda assim, a audição de uma música como Cake - faixa do terceiro álbum do cantor, compositor e produtor norte-americano, Anything in return, lançado em 16 de janeiro de 2013 e já disponível no Brasil em edição da Deck - faz supor que seu bolo sonoro solou e pode até assustar admiradores iniciais do artista, fãs de seu primeiro álbum, Causers of this (2010). Em Cake e (em menor grau...) em Never matter, Toro y Moi roça a trivialidade dos hits radiofônicos. Felizmente, no todo, Anything in return passa ao largo dessa banalidade ao expandir a chillwave do artista com influências de r & b (base de Grown up calls), rap (não no formato discursivo das letras do gênero, mas na construção das batidas que sustentam as músicas), indie rock (Studies) e de música eletrônica. A fina combinação de instrumentos orgânicos com timbres sintetizados resultou em belos timbres, matéria-prima de faixas sedutoras como Harm in change, Rose quartet, High living e Say that. Já Touch parece cumprir em Anything in return a cota de experimentação predominante nos discos iniciais do artista. No geral, Toro y Moi ganha (certa) relevância no universo pop com seu terceiro álbum.

Um comentário:

Mauro Ferreira disse...

Um dos arquitetos do som rotulado como chillwave (subgênero que combina psicodelia, sintetizadores, sons dos anos 80 e electropop), Toro y Moi - codinome artístico de Chaz Baundick - já tinha sinalizado em discos anteriores que estava se aproximando do pop. Ainda assim, a audição de uma música como Cake - faixa do terceiro álbum do cantor, compositor e produtor norte-americano, Anything in return, lançado em 16 de janeiro de 2013 e já disponível no Brasil em edição da Deck - faz supor que seu bolo sonoro solou e pode até assustar admiradores iniciais do artista, fãs de seu primeiro álbum, Causers of this (2010). Em Cake e (em menor grau...) em Never matter, Toro y Moi roça a trivialidade dos hits radiofônicos. Felizmente, no todo, Anything in return passa ao largo dessa banalidade ao expandir a chillwave do artista com influências de r & b (base de Grown up calls), rap (não no formato discursivo das letras do gênero, mas na construção das batidas que sustentam as músicas), indie rock (Studies) e de música eletrônica. A fina combinação de instrumentos orgânicos com timbres sintetizados resultou em belos timbres, matéria-prima de faixas sedutoras como Harm in change, Rose quartet, High living e Say that. Já Touch parece cumprir em Anything in return a cota de experimentação predominante nos discos iniciais do artista. No geral, Toro y Moi ganha (certa) relevância no universo pop com seu terceiro álbum.