Título: All that echoes
Artista: Josh Groban
Gravadora: Reprise Records / Warner Music
Cotação: * * 1/2
Josh Groban é um astro pop nos Estados Unidos. O sexto álbum de estúdio do tenor norte-americano, All that echoes, reverbera a intenção do cantor e compositor de soar cada vez mais pop. Para tal, Groban atenua o tom operístico de seu canto - sem o diluir por completo - ao dar voz a canções de maior ou menor tom épico como Brave (John Groban, Thomas Salter e Chantal Kreviazuk), False alarms (Josh Groban e Mendez) e Falling slowly (Hansard e Irglova), trinca inicial do disco que se impõe em repertório parcialmente autoral que vai perdendo fôlego e potência à medida em que All that echoes avança (com direito à abordagem de tradicional tema celta, She moved through the fair). Já na quinta faixa, Bellow the line (Josh Groban, Thomas Salter e Simon Wilcox), o álbum começa a perder parte de seu poder de sedução. Habituado a formatar discos de rock, o produtor Rob Cavallo atua com eficiência e arma a cama suntuosa para que Groban e Laura Pausini deitem e duetem na grandiloquente E ti prometteró (Josh Groban, Mendez, Thomas Salter e Marco Marinangeli), faixa italiana de exagerados arroubos vocais. Em tom mais comedido, o tenor regrava The moon is a harsh mistress (Jimmy Webb, 1974) e revive com êxito I believe (when i fall in love it will be forever), parceria de Wonder com Yvonne Wright, lançada pelo cantor de soul no álbum Talking book (1972). A bela abordagem do cantor para o tema de Wonder começa delicada, mas ganha progressiva intensidade, coro e peso orquestral sem prejuízo da sensibilidade da música. Entre um e outro cover, Groban recebe em Un alma mas (Josh Groban, Mendez, Thomas Salter e Claudia Brant) o trompetista cubano Arturo Sandoval, que faz seu solo aos três minutos da faixa cantada em espanhol sem fazer efetivamente diferença. Da mesma forma, temas como Happy in my heartache (Josh Groban e Thomas Salter) reiteram volta e meia a irregularidade da safra autoral de Groban neste até certo ponto decepcionante All that echoes.
3 comentários:
Josh Groban é um astro pop nos Estados Unidos. O sexto álbum de estúdio do tenor norte-americano, All that echoes, reverbera a intenção do cantor e compositor de soar cada vez mais pop. Para tal, Groban atenua o tom operístico de seu canto - sem o diluir por completo - ao dar voz a canções de maior ou menor tom épico como Brave (John Groban, Thomas Salter e Chantal Kreviazuk), False alarms (Josh Groban e Mendez) e Falling slowly (Hansard e Irglova), trinca inicial do disco que se impõe em repertório parcialmente autoral que vai perdendo fôlego e potência à medida em que All that echoes avança (com direito à abordagem de tradicional tema celta, She moved through the fair). Já na quinta faixa, Bellow the line (Josh Groban, Thomas Salter e Simon Wilcox), o álbum começa a perder parte de seu poder de sedução. Habituado a formatar discos de rock, o produtor Rob Cavallo atua com eficiência e arma a cama suntuosa para que Groban e Laura Pausini deitem e duetem na grandiloquente E ti prometteró (Josh Groban, Mendez, Thomas Salter e Marco Marinangeli), faixa de exagerados arroubos vocais. Em tom mais comedido, o tenor regrava The moon is a harsh mistress (Jimmy Webb, 1974) e revive com êxito I believe (when i fall in love it will be forever), parceria de Wonder com Yvonne Wright, lançada pelo cantor de soul no álbum Talking book (1972). A bela abordagem do cantor para o tema de Wonder começa delicada, mas ganha progressiva intensidade, coro e peso orquestral sem prejuízo da sensibilidade da música. Entre um e outro cover, Groban recebe em Un alma mas (Josh Groban, Mendez, Thomas Salter e Claudia Brant) o trompetista cubano Arturo Sandoval, que faz seu solo aos três minutos da faixa cantada em espanhol sem fazer efetivamente diferença. Da mesma forma, temas como Happy in my heartache (Josh Groban e Thomas Salter) reiteram volta e meia a irregularidade da safra autoral de Groban neste até certo ponto decepcionante All that echoes.
Tenor pra mim é de Pavarotti pra cima
Acho que a voz do Josh Groban é mais pra barítono, não tenor. Eu gosto muito dos dois últimos discos dele, mais do anterior que deste na verdade (as composições dele com Dan Wilson são primorosas). Acho a produção impecável, os arranjos lindos e que ele está sabendo usar a voz dele cada vez melhor. Os primeiros discos tem um "q" de brega, piegas, aquela sonoridade antiquada, q soa datada, do David Foster e tal.
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