Mauro Ferreira no G1

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sexta-feira, 22 de março de 2013

Ícone do jazz cubano, pianista Bebo Valdés sai de cena na Suécia aos 94

Um dos músicos mais importantes da história da música cubana, o pianista Bebo Valdés (9 de outubro de 1918 - 22 de março de 2013) transitou com habilidade por ritmos como guaracha, mambo, salsa e son. Mas talvez a maior contribuição de Valdés  ao universo pop tenha sido a sedimentação dos laços da música de Cuba com o afrojazz, ainda que a fusão do flamenco com o afrojazzcubano, experimentada por Valdés com o cantor Diego El Cigala no consagrado álbum Lagrimas negras (2002), também mereça menção honrosa em sua biografia. A ponto de ter revitalizado sua figura e sua música na cena pop. Da mesma forma, é digno de nota o fato de o pianista ter deixado um herdeiro biológico e musical: o também pianista Chucho Valdés, o filho tido por Bebo em 1941. Além de extraordinário músico, Bebo Valdés - visto em foto de Ricard Cugat - foi também compositor e maestro, tendo ligado seu nome e sua música a várias orquestras. Foi, aliás, na orquestra do band leader cubano Julio Cueva (1897 - 1975) que Bebo deu seus primeiros passos profissionais, na Havana dos anos 40. Na década de 50, o pianista já se destacava na cena cubana por conta da mistura dos ritmos de seu país com o afrojazz. Nos anos 60, Valdés já tinha fama mundial, correndo a Europa com o grupo Havana Cuban Boys. Foi no início da década de 60, aliás, que o músico se autoexilou na Suécia, país onde criou família e onde - depois de rodar o mundo com sua música sem fronteiras - saiu de cena  nesta sexta-feira, 22 de março de 2013, aos 94 anos, vítima de complicações decorrentes do Mal de Alzheimer, deixando um legado inestimável para a rica música de Cuba.

Um comentário:

Mauro Ferreira disse...

Um dos músicos mais importantes da história da música cubana, o pianista Bebo Valdés (9 de outubro de 1918 - 22 de março de 2013) transitou com habilidade por ritmos como guaracha, mambo, salsa e son. Mas talvez a maior contribuição de Valdés ao universo pop tenha sido a sedimentação dos laços da música de Cuba com o afrojazz, ainda que a fusão do flamenco com o afrojazzcubano, experimentada por Valdés com o cantor Diego El Cigala no consagrado álbum Lagrimas negras (2002), também mereça menção honrosa em sua biografia. A ponto de ter revitalizado sua figura e sua música na cena pop. Da mesma forma, é digno de nota o fato de o pianista ter deixado um herdeiro biológico e musical: o também pianista Chucho Valdés, o filho tido por Bebo em 1941. Além de extraordinário músico, Bebo Valdés - visto em foto de Ricard Cugat - foi também compositor e maestro, tendo ligado seu nome e sua música a várias orquestras. Foi, aliás, na orquestra do band leader cubano Julio Cueva (1897 - 1975) que Bebo deu seus primeiros passos profissionais, na Havana dos anos 40. Na década de 50, o pianista já se destacava na cena cubana por conta da mistura dos ritmos de seu país com o afrojazz. Nos anos 60, Valdés já tinha fama mundial, correndo a Europa com o grupo Havana Cuban Boys. Foi no início da década de 60, aliás, que o músico se autoexilou na Suécia, país onde criou família e onde - depois de rodar o mundo com sua música sem fronteiras - saiu de cena nesta sexta-feira, 22 de março de 2013, aos 94 anos, vítima de complicações decorrentes do Mal de Alzheimer, deixando um legado inestimável para a rica música de Cuba.