Jards Macalé completa 70 anos neste domingo, 3 de março de 2013, sem maldições, no controle do movimento de seu barco. Que navega em ritmo próprio, às margens da indústria do disco. Assim como sua música, que extrapola rótulos e ritmos, o cantor e compositor sempre trilhou caminho particular, sem turmas, ainda que seu nome esteja associado na música brasileira ao nome de poetas como Waly Salomão (1943 - 2003), parceiro na criação de músicas propagadas em vozes emblemáticas como as das cantoras baianas Gal Costa e Maria Bethânia. Carioca, Macalé emergiu na efervescente cena tropicalista do fim dos anos 60. Mas nunca ficou na aba de Caetano Veloso e Gilberto Gil, arquitetos do movimento. Logo desfolhou a própria bandeira.Talvez por isso mesmo, Caetano reconheça, grato, a participação decisiva de Macalé na criação da sonoridade de um de seus álbuns mais cultuados, o Transa de 1972, disco inspirador da aclamada fase Cê do compositor baiano. Parafraseando o título de seu segundo álbum, lançado em 1974, Macalé logo aprendeu a nadar. Contra a maré. Sabe que o que faz é música. E música feita sem concessões, sem apelações, corre o risco de ser rotulada como maldita pelos executivos do mercado comum da música. Mas benditos são os artistas que, como Jards Macalé, chegam aos 70 anos no comando do barco. Parabéns, Jards Macalé!!!
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4 comentários:
Jards Macalé completa 70 anos neste domingo, 3 de março de 2013, sem maldições, no controle do movimento de seu barco. Que navega em ritmo próprio, às margens da indústria do disco. Assim como sua música, que extrapola rótulos e ritmos, o cantor e compositor sempre trilhou caminho particular, sem turmas, ainda que seu nome esteja associado na música brasileira ao nome de poetas como Waly Salomão (1943 - 2003), parceiro na criação de músicas propagadas em vozes emblemáticas como as das cantoras baianas Gal Costa e Maria Bethânia. Carioca, Macalé emergiu na efervescente cena tropicalista do fim dos anos 60. Mas nunca ficou na aba de Caetano Veloso e Gilberto Gil, arquitetos do movimento. Logo desfolhou a própria bandeira.Talvez por isso mesmo, Caetano reconheça, grato, a participação decisiva de Macalé na criação da sonoridade de um de seus álbuns mais cultuados, o Transa de 1972, disco inspirador da aclamada fase Cê do compositor baiano. Parafraseando o título de seu segundo álbum, lançado em 1974, Macalé logo aprendeu a nadar. Contra a maré. Sabe que o que faz é música. E música feita sem concessões, sem apelações, corre o risco de ser rotulada como maldita pelos executivos do mercado comum da música. Mas benditos são os artistas que, como Jards Macalé, chegam aos 70 anos no comando do barco. Parabéns, Jards Macalé!!!
É realmente bem raro ver um artista envelhecer sem a bunda amolecer - no sentido figurado, claro.
PS: Pô, bora relançar os discos do Macalé, rapaziada!
Principalmente o discaço de 72 que tem a lindona Movimento dos Barcos que o Mauro aludiu no título.
Podiam lançar o álbum de 72 e o "Aprender a Nadar" na tal série Tons... Alô, Universal!!!
Indispensável entrevista com Macalé para o "Hoje em Dia" de Belo Horizonte!
http://www.esquinamusical.com.br/entrevista-jards-macale/
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