Título: Trinta
Artista: Patricia Marx (em foto de Rodrigo Amaral)
Local: Theatro Net Rio (Rio de Janeiro, RJ)
Data: 26 de março de 2013
Cotação: * * *
Após abordar Rock with you (Rod Temperton, 1979) em tom suave, em registro que diluiu a pegada funk-pop-disco do sucesso de Michael Jackson (1958 -2009), Patricia Marx avisou ao público do Theatro Net Rio que iria cantar uma música que compusera pouco antes de entrar em cena. Era pegadinha com os fãs que, em sua maioria, estavam lá na noite de 26 de março de 2013 para ver e ouvir a cantora dar voz aos hits de sua fase infanto-juvenil na estreia carioca do show Trinta. Na sequência, Marx começou a cantar Te cuida, meu bem (Michael Sullivan e Paulo Massadas, 1987), música de seu primeiro disco solo, Paty, o LP de 1987 que também trouxe Festa do amor (hit que os fãs pediram em vão no bis). Contudo, não era a adolescente Paty que estava em cena. Era a Patricia Marx, uma cantora adulta, de 38 anos, que filtrou os hits de sua fase teen pela estética neosoul que dá o tom elegante, mas linear, de seu recém-lançado CD Trinta. Por conta da habilidade de Marx e do suingue black de sua banda, formada por músicos como o tecladista Filiph Neo e o baterista Sorry Drummer, baladas fabricadas em linha industrial por hitmakers - caso de Cedo demais (Chico Roque, Ed Wilson e Carlos Colla, 1988), entoada por Marx em tom quase sussurrante - vestiram bem essa roupagem mais adulta e nem destoaram tanto da arquitetura de temas bem mais recentes como Despertar (Patricia Marx e Bruno E, 2002) - reminiscência do álbum Respirar (2002), gravado na fase em que a cantora se tornou mãe e se converteu ao budismo - e Burning luv. (Patricia Marx, Robinho, Marcelo Maita e Ivan Carvalho, 2004), representante do disco em que Marx adotou o neosoul recorrente nos arranjos do disco e show Trinta. Em cena, a elegância e a afinação da artista amenizam eventuais redundâncias dessa estética neosoul. De cara, quando Marx entra em cena e dá voz a Espelhos d'água (Dalto e Claudio Rabello, 1983) - canção que a artista gravou com certa repercussão em seu álbum Quero mais (1995) - fica claro que o show tem classe e charme. Nessa cena black, Cedo ou tarde (Patricia Marx, Bruno E., Filiph Neo e Sorry Drummer,2013) - música inédita do disco Trinta, apresentada pela cantora em dueto com o tecladista Filiph Neo, seu parceiro na música - se ajustou com perfeição ao espírito neosoul do show. Mais tarde, já com o collant que constitui o figurino da segunda metade do show, Marx injetou alguma sensualidade na melancolia de Quando chove - versão em português de Nelson Motta para a canção italiana Quando chiove (Pino Daniele), gravada originalmente pela cantora no disco Ficar com você (1994) - e elevou os tons de Ficar com você, versão de Nelson Motta para I wanna be where you are (T-Boy Ross e Leon Ware, 1971), hit da fase inicial de Michael Jackson (1958-2009). No bis, o groove de Tudo o que eu quero (Patricia Marx, Bruno E., Filiph Neo e Sorry Drummer, 2013) reverbera a pegada black do show. Aos 38 anos, Patricia Marx faz a festa do amor adulto. Podem barrá-la na festa ploc!
8 comentários:
Após abordar Rock with you (Rod Temperton, 1979) em tom suave, em registro que diluiu a pegada funk-pop-disco do sucesso de Michael Jackson (1958 -2009), Patricia Marx avisou ao público do Theatro Net Rio que iria cantar uma música que compusera pouco antes de entrar em cena. Era pegadinha com os fãs que, em sua maioria, estavam lá na noite de 26 de março de 2013 para ver e ouvir a cantora dar voz aos hits de sua fase infanto-juvenil na estreia carioca do show Trinta. Na sequência, Marx começou a cantar Te cuida, meu bem (Michael Sullivan e Paulo Massadas, 1987), música de seu primeiro disco solo, Paty, o LP de 1987 que também trouxe Festa do amor (hit que os fãs pediram em vão no bis). Contudo, não era a adolescente Paty que estava em cena. Era a Patricia Marx, uma cantora adulta, de 38 anos, que filtrou os hits de sua fase teen pela estética neosoul que dá o tom elegante, mas linear, de seu recém-lançado CD Trinta. Por conta da habilidade de Marx e do suingue black de sua banda, formada por músicos como o tecladista Filiph Neo e o baterista Sorry Drummer, baladas fabricadas em linha industrial por hitmakers - caso de Cedo demais (Chico Roque, Ed Wilson e Carlos Colla, 1988), entoada por Marx em tom quase sussurrante - vestiram bem essa roupagem mais adulta e nem destoaram tanto da arquitetura de temas bem mais recentes como Despertar (Patricia Marx e Bruno E, 2002) - reminiscência do álbum Respirar (2002), gravado na fase em que a cantora se tornou mãe e se converteu ao budismo - e Burning luv. (Patricia Marx, Robinho, Marcelo Maita e Ivan Carvalho, 2004), representante do disco em que Marx adotou o neosoul recorrente nos arranjos do disco e show Trinta. Em cena, a elegância e a afinação da artista amenizam eventuais redundâncias dessa estética neosoul. De cara, quando Marx entra em cena e dá voz a Espelhos d'água (Dalto e Claudio Rabello, 1983) - canção que a artista gravou com certa repercussão em seu álbum Quero mais (1995) - fica claro que o show tem classe e charme. Nessa cena black, Cedo ou tarde (Patricia Marx, Bruno E., Filiph Neo e Sorry Drummer,2013) - música inédita do disco Trinta, apresentada pela cantora em dueto com o tecladista Filiph Neo, seu parceiro na música - se ajustou com perfeição ao espírito neosoul do show. Mais tarde, já com o collant que constitui o figurino da segunda metade do show, Marx injetou alguma sensualidade na melancolia de Quando chove - versão em português de Nelson Motta para a canção italiana Quando chiove (Pino Daniele), gravada originalmente pela cantora no disco Ficar com você (1994) - e elevou os tons de Ficar com você, versão de Nelson Motta para I wanna be where you are (T-Boy Ross e Leon Ware, 1971), hit da fase inicial de Michael Jackson (1958-2009). No bis, o groove de Tudo o que eu quero (Patricia Marx, Bruno E., Filiph Neo e Sorry Drummer, 2013) reverbera a pegada black do show. Aos 38 anos, Patricia Marx faz a festa do amor adulto. Podem barrá-la na festa ploc!
Vi um show dessa moça há muito tempo atrás e gostei muito.
Odeio esse tom sussurrante da PATRICIA, mas adoro ela como artista
Show incrível, Patricia bem solta no palco, banda muito bem azeitada. Sou fã há tempos e posso dizer que este foi um dos melhores shows dela que assisti.
Gostei MUITOOOO do show da PATRICIA MARX no Theatro Net Rio....foi 10.
Nessa releitura dela de antigos sucessos com novos arranjos( neosoul e R&B) ficaram PERFEITOS....tão bom ou melhor que as versões originais....ela e a banda acertaram em cheio...muito bom gosto nos arranjos.
Ela sempre MUITO afinada( voz linda e suave...canta fácil sem esforço)e os músicos tocam com EXTREMA competência....som da melhor qualidade.
No final do show atendeu TODOS os fãs com extrema elegância e paciência.
O cd TRINTA( comprei no show) é fantástico e fico no aguardo ANSIOSO pelo DVD( mas torço pelo BLU-RAY).
Gostei MUITOOOO do show da PATRICIA MARX no Theatro Net Rio....foi 10.
Nessa releitura dela de antigos sucessos com novos arranjos( neosoul e R&B) ficaram PERFEITOS....tão bom ou melhor que as versões originais....ela e a banda acertaram em cheio...muito bom gosto nos arranjos.
Ela sempre MUITO afinada( voz linda e suave...canta fácil sem esforço)e os músicos tocam com EXTREMA competência....som da melhor qualidade.
No final do show atendeu TODOS os fãs com extrema elegância e paciência.
O cd TRINTA( comprei no show) é fantástico e fico no aguardo ANSIOSO pelo DVD( mas torço pelo BLU-RAY).
PATRICIA MARX Cantando em diversos videos que eu já vi, ela para mim é uma verdadeira "Anjinha" com sua voz ESPECIAL e a Banda é Show D+. Parabéns!!!
Vem ao Recife gata!
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