Títulos: Paulinho da Viola (1981), A toda hora rola uma história (1982)
e Prima luminoso (1983)
Artista: Paulinho da Viola
Gravadora: Warner Music
Cotação: * * * * 1/2 (Paulinho da Viola), * * * * (A toda hora rola uma história)
e * * * 1/2 (Prisma luminoso)
Enquanto a EMI Music finaliza a caixa que vai embalar os discos lançados por Paulinho da Viola na gravadora Odeon entre 1968 e 1979, a Warner Music repõe em catálogo neste mês de março de 2013 os três álbuns feitos pelo cantor e compositor carioca na companhia entre 1981 e 1983. Os discos voltam às lojas de forma avulsa, remasterizados por Robson. Contudo, a rigor, todos os três títulos - Paulinho da Viola (1981), A toda hora rola uma história (1982) e Prima luminoso (1983) - já haviam sido reeditados de forma decente em CD sob a supervisão do ex-Titã Charles Gavin. Os dois primeiros foram remasterizados por Ricardo Garcia em 2000 para edição conjunta na série Dois momentos que reproduziu capas e encartes originais. Prima luminoso foi remasterizado (pelo mesmo competente Ricardo Garcia) e reeditado em 2001 na série Arquivos Warner. Portanto, o ganho - mínimo, mas real - destas atuais reedições reside somente na adaptação das artes gráficas dos LPs originais para o formato de CD, inclusive nas contracapas externas (geralmente alvo de padronizações horrendas). O ganho é perceptível sobretudo nos casos de Paulinho da Viola (1981) e de A toda hora rola uma história (1982), cujas reedições atuais ressaltam o caráter individual de cada disco sem agregar suas artes gráficas num único encarte, como foi feito na série Dois momentos. No que diz respeito ao som, a remasterização anterior já se mostrou plenamente satisfatória. A nova remasterização - mesmo tendo sido feita mais de uma década depois - nada avança no quesito som. Especificidades técnicas à parte, trata-se de três belos títulos da discografia de Paulinho da Viola, discos de fase menos popular do artista, mas nem por isso menos inspirada. Produzido por Sérgio Cabral, o Paulinho da Viola de 1981 - que trouxe sambas do quilate de Onde a dor não tem razão (Paulinho da Viola e Elton Medeiros) e Pra jogar no oceano (Paulinho da Viola) - é álbum pautado por refinado intimismo. A toda hora rola uma história - disco produzido por Fernando Faro - reiterou o tom introspectivo do samba filosófico do artista. Não é um disco que gerou hits, mas apresentou a obra-prima Só o tempo (Paulinho da Viola). Já Prisma luminoso esboçou clima mais expansivo por conta dos metais que pontuam boa parte dos arranjos deste disco produzido por Guti. É o álbum em que Paulinho deu voz a Mas quem disse que eu te esqueço? - parceria de Dona Ivone Lara com Hermínio Bello de Carvalho - e a Mais que a lei da gravidade, pérola da parceria do compositor com José Carlos Capinam que luziu três anos depois, em 1986, em precisa gravação de Cida Moreira. Enfim, as reedições dos três álbuns feitos por Paulinho da Viola são oportunas e bem-vindas - sobretudo no momento em que a produção fonográfica do artista fica cada vez mais escassa. Paulinho da Viola, A toda hora rola uma história e Prima luminoso merecem estar sempre em catálogo - assim como o restante da (coesa) discografia de Paulinho da Viola.
3 comentários:
Enquanto a EMI Music finaliza a caixa que vai embalar os discos lançados por Paulinho da Viola na gravadora Odeon entre 1968 e 1979, a Warner Music repõe em catálogo neste mês de março de 2013 os três álbuns feitos pelo cantor e compositor carioca na companhia entre 1981 e 1983. Os discos voltam às lojas de forma avulsa, remasterizados por Robson. Contudo, a rigor, todos os três títulos - Paulinho da Viola (1981), A toda hora rola uma história (1982) e Prima luminoso (1983) - já haviam sido reeditados de forma decente em CD sob a supervisão do ex-Titã Charles Gavin. Os dois primeiros foram remasterizados por Ricardo Garcia em 2000 para edição conjunta na série Dois momentos que reproduziu capas e encartes originais. Prima luminoso foi remasterizado (pelo mesmo competente Ricardo Garcia) e reeditado em 2001 na série Arquivos Warner. Portanto, o ganho - mínimo, mas real - destas atuais reedições reside somente na adaptação das artes gráficas dos LPs originais para o formato de CD, inclusive nas contracapas externas (geralmente alvo de padronizações horrendas). O ganho é perceptível sobretudo nos casos de Paulinho da Viola (1981) e de A toda hora rola uma história (1982), cujas reedições atuais ressaltam o caráter individual de cada disco sem agregar suas artes gráficas num único encarte, como foi feito na série Dois momentos. No que diz respeito ao som, a remasterização anterior já se mostrou plenamente satisfatória. A nova remasterização - mesmo tendo sido feita mais de uma década depois - nada avança no quesito som. Especificidades técnicas à parte, trata-se de três belos títulos da discografia de Paulinho da Viola, discos de fase menos popular do artista, mas nem por isso menos inspirada. Produzido por Sérgio Cabral, o Paulinho da Viola de 1981 - que trouxe sambas do quilate de Onde a dor não tem razão (Paulinho da Viola e Elton Medeiros) e Pra jogar no oceano (Paulinho da Viola) - é álbum pautado por refinado intimismo. A toda hora rola uma história - disco produzido por Fernando Faro - reiterou o tom introspectivo do samba filosófico do artista. Não é um disco que gerou hits, mas apresentou a obra-prima Só o tempo (Paulinho da Viola). Já Prisma luminoso esboçou clima mais expansivo por conta dos metais que pontuam boa parte dos arranjos deste disco produzido por Guti. É o álbum em que Paulinho deu voz a Mas quem disse que eu te esqueço? - parceria de Dona Ivone Lara com Hermínio Bello de Carvalho - e a Mais que a lei da gravidade, pérola da parceria do compositor com José Carlos Capinam que luziu três anos depois, em 1986, em precisa gravação de Cida Moreira. Enfim, as reedições dos três álbuns feitos por Paulinho da Viola são oportunas e bem-vindas - sobretudo no momento em que a produção fonográfica do artista fica cada vez mais escassa. Paulinho da Viola, A toda hora rola uma história e Prima luminoso merecem estar sempre em catálogo - assim como o restante da (coesa) discografia de Paulinho da Viola.
Paulinho disse em uma entrevista recente que poderá gravar algo novo este ano vamos torcer e aguardar.
ele diz isso sempre, Maria, fazer o disco que é bom, ele não grava
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