Mauro Ferreira no G1

Aviso aos navegantes: desde 6 de julho de 2016, o jornalista Mauro Ferreira atualiza diariamente uma coluna sobre o mercado fonográfico brasileiro no portal G1. Clique aqui para acessar a coluna. O endereço é http://g1.globo.com/musica/blog/mauro-ferreira/


terça-feira, 30 de abril de 2013

Ângela Maria homenageia Vanzolini e Emílio na volta aos palcos do Rio

Samba-canção de Paulo Vanzolini (1924 - 2013), lançado por Inezita Barroso em 1953, Ronda virou tango na voz de Ângela Maria em homenagem ao compositor paulista - morto aos 89 anos no último domingo, 28 de abril de 2013 - prestada pela Sapoti na primeira das duas apresentações de Voltei, show que marcou a volta da cantora fluminense aos palcos do Rio de Janeiro (RJ). Ovacionada pelo público que lotou o Theatro Net Rio na noite de segunda-feira, 29 de abril, Ângela também prestou tributo a Emílio Santiago (1946 - 2013), cantando Escuta (Ivon Curi, 1955), música que lançou em 1955 e que regravou com o cantor carioca. Montado pelo diretor do show, Thiago Marques Luiz, o roteiro encadeou sucessos colecionados pela artista desde sua estreia no mercado fonográfico, em 1951, até o último álbum, Voltei (2011), que gerou show parcialmente exibido no DVD documental.Estrela da canção popular (2012), recém-lançado pela gravadora Lua Music. O repertório reúne músicas lançadas entre os anos 30 e a década de 70. Eis o roteiro de sucessos seguido por Ângela Maria - vista em foto de Rodrigo Amaral - na consagradora estreia carioca do show Voltei, em 29 de abril de 2013:

1. Vida de bailarina (Américo Seixas e Chocolate, 1953)
2. O portão (Roberto Carlos e Erasmo Carlos, 1974)
3. Estava escrito (Lourival Faissal, 1954)
4. Bar da noite (Haroldo Barbosa e Bidu Reis, 1953)
5. Menino grande (Antonio Maria, 1952)
6. Esse cara (Caetano Veloso, 1972)
7. Falhaste coração (Cuco Sanchez em versão em português de Luis Carlos Gouveia, 1965)
8. Lábios de mel (Waldir Rocha, 1955)
9. Ronda (Paulo Vanzolini, 1953)
10. Tango pra Tereza (Jair Amorim e Evaldo Gouveia, 1975)
11. Não tenho você (Paulo Marques e Ari Monteiro, 1951)
12. Escuta (Ivon Curi, 1955)
13. Balada triste (Dalton Vogeler e Esdras Silva, 1958)
14. Pra você (Silvio César, 1968)
15. Abandono (Nazareno de Brito e Presyla de Barros, 1955)
16. Gente humilde (Garoto, Vinicius de Moraes e Chico Buarque, 1969)
17. Ave Maria no Morro (Herivelto Martins, 1942)
18. Cinderela (Adelino Moreira, 1966)
19. Garota solidária (Adelino Moreira, 1962)
20. Babalu (Margarita Lecuona, 1939) - Música gravada por Ângela Maria em 1958
Bis:
21. Laranja madura (Ataulfo Alves, 1966) /
      Na cadência do samba (Ataulfo Alves e Paulo Gesta, 1962) /
      Ai, que saudades da Amélia (Ataulfo Alves e Mário Lago, 1942) /
      Emília (Wilson Batista e Haroldo Lobo, 1941) /
      Atire a primeira pedra (Ataulfo Alves e Mário Lago, 1944)
22. As pastorinhas (Noel Rosa e Braguinha, 1934)
23. Cidade maravilhosa (André Filho, 1934)
24. Se todos fossem iguais a você (Antonio Carlos Jobim e Vinicius de Moraes, 1956)

Com Amabis, Luana sintoniza pop radiofônico de Moraes no primeiro CD

Luana Carvalho dá um primeiro passo significativo fora do nobre quintal do samba em que reina sua mãe, Beth Carvalho. A cantora e compositora carioca divulgou no YouTube nesta terça-feira, 30 de abril de 2013, a gravação de Sintonia, balada de Moraes Moreira, Fred Góes e Zeca Barreto que fez sucesso radiofônico ao ser lançada por Moraes no álbum Mestiço é isso (1986). Luana repaginou Sintonia em tom moderno. A refinada gravação integra seu primeiro disco - a ser lançado em data ainda incerta - e tem produção assinada pelo paulista Gui Amabis.

Como cantora, Inez Viana atinge o ser de atriz em sedutor show teatral

Resenha de show
Título: Samba no teatro
Artista: Inez Viana (em foto de Mauro Ferreira)
Local: Arena do Espaço Sesc Copacabana (Rio de Janeiro, RJ)
Data: 24 de abril de 2013
Cotação: * * * *
Show em cartaz às terças e quartas-feiras, no Sesc Copacabana, até 1º de maio de 2013

Parafraseando a letra de Cacilda, canção em que o compositor paulista José Miguel Wisnik celebra a mítica atriz paulista Cacilda Becker (1921 - 1969), é como cantora que a carioca Inez Viana atinge o ser de atriz em Samba no teatro, sedutor show de ambiência teatral em cartaz às terças e quartas-feiras no Sesc Copacabana, no Rio de Janeiro (RJ), até 1º de maio de 2013. No roteiro do show feito por Viana sob a direção musical de João Callado, Cacilda está alocada no bis. É a única música que não se enquadra em nenhuma moldura de samba, ritmo-mote do espetáculo produzido por Claudia Marques para fazer a atriz-cantora levar à cena o repertório do bom CD Samba no teatro, lançado ao fim de 2012 pela gravadora Fina Flor. Mas Cacilda está no roteiro, ao fim do show, como que para reiterar que tudo o que foi visto antes faz parte de envolvente jogo de cena criado pelo diretor Cesar Augusto. Como Viana (atriz e diretora respeitada nas coxias do teatro carioca) nasceu para a cena, o show resulta ainda melhor do que o disco. A teatralidade se faz notar já no primeiro número, Tem mais samba, tema seminal da obra do compositor carioca Chico Buarque, criado para o musical Balanço de Orfeu (1964) e feito por Viana fora da arena do Espaço Sesc, atrás das cadeiras que alojam o público. Gracejo dirigido a um espectador no número seguinte - feito pela atriz-cantora enquanto desce as escadas que a conduzem ao palco propriamente dito ao som de O Forrobodó (música lançada pela pioneira compositora carioca Chiquinha Gonzaga - 1847 / 1935 - na homônima opereta de 1912) - dá a pista certeira do tom descontraído da cena, temperada com bom humor pelas falas da intérprete. O espelho alocado num canto do palco completa a sugestão teatral e reflete, alguns números depois, a solidão que invade o salão de tristezas disfarçadas da personagem de A mais bonita, música composta por Chico Buarque para a peça Suburbano coração (1989) e cantada por Viana na cadência do samba-canção. A participação de Pedro Miranda em três sambas feitos para teatro - No tabuleiro da baiana (Ary Barroso, 1936), Tem que rebolar (José Batista e Magno de Oliveira, 1954) e Biscate (Chico Buarque, 1993) - põe malícia no dendê em jogo cênico que atinge seu lance maior no samba Biscate, quitute do vasto tabuleiro de Chico Buarque, preparado para a peça Suburbano coração e degustado pelo compositor no álbum Paratodos (1993). O drama entra em cena quando Viana dá voz ao samba-canção Na batucada da vida (Ary Barroso e Luiz Peixoto, 1934) sem alcançar o tom inatingível da interpretação de Elis Regina (1945 - 1982). O saxofone de Alexandre Caldi se faz ouvir no número. Na sequência, o samba Tipo zero (1934) - composto por Noel Rosa (1910 - 1937) para a opereta A noiva do condutor (1936) - devolve a descontração à cena. É quando a atriz-cantora faz teatro com espectador escolhido na plateia. Já o afro-samba Toque de benguela (Paulo César Pinheiro, 2006) evoca o universo da capoeira em número que conta com a entrada em cena das cantoras do grupo As Meninas da Gamboa, feita de forma surpreendente. No fim, o samba-enredo O rei de Ramos (Francis Hime, Chico Buarque e Dias Gomes, 1979) entra na avenida circular em que Inez Viana evolui até atingir o ser de atriz no exercício de cantora neste belo show teatral que merece permanecer em cena.

Sucesso de Cyro Monteiro alonga repertório do samba de Inez no teatro

Sucesso de Cyro Monteiro (1913 - 1973), gravado pelo cantor carioca em 1954 e revivido em 1966 pelo mesmo Cyro em dueto com Elizeth Cardoso (1920 - 1990), o samba Tem que rebolar é uma das três músicas que expandem em cena no show Samba no teatro - apresentado às terças e quartas-feiras por Inez Vianna no Sesc Copacabana, no Rio de Janeiro (RJ) - o repertório do CD homônimo do show, lançado pela atriz-cantora carioca em dezembro de 2012. Além de Tem que rebolar, Viana adicionou ao roteiro outras duas músicas ausentes do disco, Na batucada da vida (Ary Barroso e Luiz Peixoto, 1934) e A mais bonita (Chico Buarque, 1939). Eis o roteiro seguido por Inez Viana - em foto de Mauro Ferreira - sob a direção musical de João Callado em Samba no teatro, ótimo show teatral em cartaz até 1º de maio de 2013:

1. Tem mais samba (Chico Buarque 1964)
2. O forrobodó (Chiquinha Gonzaga, 1912)
3. Pop pop popular (Eduardo Dussek, 197?)
4. Eu e o meu amor (Tom Jobim e Vinicius de Moraes, 1956)
5. Linda Flor (Henrique Vogeler, Luiz Peixoto, Cândido Costa e Marques Porto, 1929)
6. No tabuleiro da baiana (Ary Barroso, 1936) - com Pedro Miranda

7. Tem que rebolar (José Batista e Magno de Oliveira, 1954) - com Pedro Miranda
8. Biscate (Chico Buarque, 1993) - com Pedro Miranda
9. Tatuagem (Chico Buarque e Ruy Guerra, 1973)
10. A mais bonita (Chico Buarque, 1989)
11. Na batucada da vida (Ary Barroso e Luiz Peixoto, 1934)
12. Tipo zero (Noel Rosa, 1934)
13. Toque de benguela (Paulo César Pinheiro, 2006)
14. O rei de Ramos (Francis Hime, Chico Buarque e Dias Gomes, 1979)
Bis:
15. Cacilda (José Miguel Wisnik, 1998)

Rosa Passos morde 'Maçã' no CD em que se dobra ao samba de Djavan

Rosa Passos morde Maçã - samba de 1987 em que Djavan dá volta ao mundo com seu suingue singular - no CD em que a cantora baiana se dobra à obra do compositor alagoano. Nas lojas em junho de 2013, com distribuição da gravadora Universal Music, o álbum Samba dobrado - Canções de Djavan reúne 12 músicas gravadas por Djavan entre 1975 e 1992, além de uma 13ª música inédita, Doce menestrel, composta por Rosa com seu parceiro Fernando de Oliveira em homenagem ao artista. Com exceção de Pétala (1982), faixa de voz & violão, Rosa canta Djavan na companhia de banda formada por Lula Galvão (violão e arranjos), Celso de Almeida (bateria), Daniel D'Alcântara (trompete), Fábio Torres (piano), Ivan Sacerdote (clarineta), Jorge Helder (baixo acústico), Hélio Alves (piano), Marcus Teixeira (violão e guitarra), Paulo Paulelli (baixo elétrico), Rafael Barata (bateria), Rodrigo Ursaia (sax e flautas) e Vinicius Dorin (sax e flautas). Eis as 12 músicas de Djavan cantadas por Rosa Passos no CD Samba dobrado:

1. Pedro Brasil (Djavan, 1981)
2. Linha do Equador (Djavan e Caetano Veloso, 1992)
3. Maçã (Djavan, 1987)
4. Faltando um pedaço (Djavan, 1981)
5. Capim (Djavan, 1982)
6. Pétala (Djavan, 1982)
7. Lei (Djavan, 1986)
8. Pára raio (Djavan, 1976)
9. Cigano (Djavan, 1989)
10. Samba dobrado (Djavan, 1978)
11. Fato consumado (Djavan, 1975)
12. Serrado (Djavan, 1978)
13. Doce menestrel (Rosa Passos e Fernando de Oliveira, 2013)

Kanye West finaliza álbum que tem participação do duo francês Daft Punk

Seis anos após ter lançado no álbum Graduation (2007) a música Stronger, que se utilizava de sample de gravação do Daft Punk (Harder, better, faster, stronger), o rapper norte-americano Kanye West volta a se conectar com o duo francês de música eletrônica. West já finalizou álbum - seu primeiro disco solo desde My beautiful dark twisted fantasy (2010) - gravado com a já confirmada adesão de Guy-Manuel de Homem-Christo e Thomas Bangalter. As intervenções do Daft Punk - em sequências de programações de bateria inseridas em dois raps de West - foram gravadas no estúdio da dupla em Paris. Não há mais detalhes sobre o CD.

Duas vinhetas costuram repertório de Roberto & Erasmo no CD de Lulu

Duas vinhetas, Influência do blues e Boogaloop, costuram as 13 músicas da obra de Roberto Carlos e Erasmo Carlos selecionadas por Lulu Santos para o álbum Lulu canta & toca Roberto e Erasmo, nas lojas em maio de 2013 em edição da Sony Music. O disco é o registro de estúdio do arrojado show Lulu Santos interpreta Roberto Carlos e Erasmo Carlos, estreado pelo cantor e compositor carioca em novembro de 2011 dentro da programação do Centro Cultural Banco do Brasil. Eis as 15 faixas do disco, promovido desde 19 de abril com o single Como é grande o meu amor por você, canção do Rei lançada no álbum Em ritmo de aventura (1967):

1. As curvas da estrada de Santos (Roberto Carlos e Erasmo Carlos, 1969)
2. Minha fama de mau (Roberto Carlos e Erasmo Carlos, 1965)
3. Se você pensa (Roberto Carlos e Erasmo Carlos, 1968)
4. Influência do blues - vinheta
5. Sou uma criança, não entendo nada (Erasmo Carlos sobre poema de Ghiaroni, 1974)
6. Como é grande o meu amor por você (Roberto Carlos, 1967)
7. Sentado à beira do caminho (Roberto Carlos e Erasmo Carlos, 1969)
8. Não vou ficar (Tim Maia, 1969)
9. Festa de arromba (Roberto Carlos e Erasmo Carlos, 1965)
10. Quando (Roberto Carlos, 1967)
11. Você não serve pra mim (Renato Barros, 1967)
12. Eu te darei o céu (Roberto Carlos e Erasmo Carlos, 1966)
13. É preciso saber viver (Roberto Carlos e Erasmo Carlos, 1968)
14. Emoções (Roberto Carlos e Erasmo Carlos, 1981)

15. Boogaloop - vinheta

'Homem grande' une Fagner e Vercillo em clipe de DVD que sai em junho

Fagner participa do DVD que Jorge Vercillo vai lançar em junho de 2013, Luar de sol - Ao vivo no Ceará. Os cantores - vistos em foto de Washington Possato - gravaram juntos o clipe de Homem grande, xote composto por Vercillo em parceria com Sérgio Souto, para os extras do DVD. A gravação do clipe foi feita em roça de Beberibe, no interior do Ceará. DVD que perpetua show feito por Vercillo em 18 de setembro de 2012, no Theatro José de Alencar, em Fortaleza (CE), Luar de sol - Ao vivo no Ceará tinha previsão de lançamento para maio de 2013, em edição da empresa Posto 9 e com distribuição da Microservice, mas sua chegada ao mercado fonográfico foi adiada para junho. No DVD, Vercillo interage com artistas cearenses.

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Eis a capa do já disponível 'Coitadinha bem feito', CD sobre obra de RoRo

Com capa (feita sob a direção de arte de Cecília Lucchesi) que já traduz a natureza masculina do projeto, o CD Coitadinha bem feito - As canções de Angela Ro Ro - abordagem da obra da compositora carioca por 17 cantores da cena indie de São Paulo (SP) - já está na rede. Produzido pelo DJ Zé Pedro para sua gravadora Joia Moderna, sob a direção artística do jornalista Marcus Preto, o disco vai ser lançado em edição física em maio de 2013, em CD a ser distribuído pela Tratore, mas já está disponível para download gratuito e legalizado a partir desta segunda-feira, 29 de abril, no site criado para promover o disco. Eis, na ordem do CD, as 17 músicas e os intérpretes de Coitadinha bem feito - As canções de Angela Ro Ro:

1. Amor, meu grande amor (Angela Ro Ro e Ana Terra, 1979) - Lucas Santtana
2. Renúncia (Angela Ro Ro, 1980) - Lira
3. Came e case (Angela Ro Ro, 1981) - Leo Cavalcanti
4. Só nos resta viver (Angela Ro Ro, 1980) - Romulo Fróes
5. Mares da Espanha (Angela Ro Ro, 1979) - Thiago Pethit
6. Balada da arrasada (Angela Ro Ro, 1979) - Tatá Aeroplano
7. Coitadinha bem feito (Angela Ro Ro e Sérgio Bandeyra, 1981) - Otto
8. Abre o coração (Angela Ro Ro, 1979) - Gui Amabis
9. Gota de sangue (Angela Ro Ro, 1979) - Adriano Cintra
10. Não há cabeça (Angela Ro Ro, 1979) - Pélico
11. Fogueira (Angela Ro Ro, 1983) - Rodrigo Campos
12. Tango da bronquite (Angela Ro Ro, 1980) - Kiko Dinucci
13. Perdoai-os, Pai (Angela Ro Ro e Sérgio Bandeyra, 1981) - Rael
14. Fraca e abusada (Angela Ro Ro, 1981) - Gustavo Gallo
15. Tola foi você (Angela Ro Ro, 1979) - Dani Black
16. A mim e a mais ninguém (Angela Ro Ro e Sérgio Bandeyra, 1979) - Juliano Gauche
17. Me acalmo danando (Angela Ro Ro, 1979) - Hélio Flanders

Arantes grava em São Paulo clipe de disco que revigorou sua discografia

Guilherme Arantes gravou um clipe no embalo da excelente receptividade obtida por seu recém-lançado álbum de inéditas Condição humana (Sobre o tempo), saudado pela crítica como um dos melhores discos do cantor e compositor paulista. A música escolhida para dar origem ao primeiro clipe do CD é Olhar estrangeiro, faixa que expõe em elétrico tom pop-folk-country o estranhamento do artista frente ao caos social dos dias de hoje. O clipe de Olhar estrangeiro foi gravado em São Paulo (SP) com direção e fotografia de Anna Turra. No vídeo, Arantes anda pelas ruas do Centro da metrópole paulista e toca a música no Viaduto Santa Ifigênia ao lado da banda que arregimentou para o álbum - como visto na foto de Patrícia Regina Kohler

domingo, 28 de abril de 2013

Sai de cena Paulo Vanzolini, um homem de moral no samba de São Paulo

É clichê se referir a Paulo Vanzolini (25 de abril de 1924 - 28 de abril de 2013) como um cronista musical da cidade de São Paulo (SP). Contudo, tal traço é mesmo marcante na arquitetura da obra deste compositor paulista que sai de cena na noite deste domingo, aos 89 anos, e fica na história da música popular do Brasil com seus sambas que retratam a alma e o cotidiano efervescente de Sampa. Para o grande público, Vanzolini - morto em consequência de pneumomia que o levou a ser internado no hospital Albert Einstein na última quinta-feira, 25 de abril, data em que completou 89 anos - vai ser sempre lembrado, se for lembrado, pela autoria do samba Volta por cima (lançado pelo cantor Noite Ilustrada em 1962 com sucesso que se estendeu pelo ano de 1963) e do samba-canção Ronda (composto em 1945, lançado sem repercussão em 1953 pela cantora Inezita Barroso e propagado com força a partir de 1967 nas vozes de cantoras como Cláudia Morena, Márcia e Maria Bethânia), as duas composições mais conhecidas deste mestre na música e na zoologia (ciência no qual se doutorou em Harvard). O samba teve o poder de incluir no dicionário a expressão volta por cima para designar um renascer das cinzas. Já o samba-canção ajudou a associar a obra de Vanzolini a São Paulo por conta dos versos cinematográficos que retratam a saga de mulher enciumada à caça do amante boêmio pelos bares de Sampa. Circuito boêmio também frequentado pelo compositor de Praça Clóvis, samba que ganhou a voz de Chico Buarque no registro feito para o primeiro disco de Vanzolini, Onze sambas e uma capoeira, editado em 1967 pela gravadora Marcus Pereira. Na ciência ou na música, Paulo Vanzolini não foi de homem fazer fita. Falou o que pensava, fiel aos seus princípios ideológicos e musicais - como ficou nítido nas cenas do documentário sobre sua vida e obra, Um homem de moral, dirigido por Ricardo Dias e exibido nos cinemas brasileiros em 2009. Tanto que o compositor criticou publicamente a gravação de Ronda feita por Maria Bethânia em 1978 para o álbum Álibi. Preferia a de Márcia. Como não se considerava um cantor, Vanzolini deixa discografia reduzida, cabendo destacar os álbuns A música de Paulo Vanzolini (Marcus Pereira, 1974) - em que Carmen Costa e Paulo Marquez cantam temas do compositor - e Paulo Vanzolini por ele mesmo (Eldorado, 1981). Em 2003, a boa caixa Acerto de contas (Biscoito Fino) resumiu em quatro CDs - com gravações inéditas - a obra singular deste artista sincero, um homem de moral no universo do samba de São Paulo.

Avril revela '17', outra música do álbum que planeja lançar em setembro

Menos de um mês após lançar Here's to never growing up, primeiro single de seu quinto álbum de estúdio, Avril Lavigne apresentou em show em Los Angeles (EUA) outra música inédita, 17, do disco que a cantora e compositora canadense planeja lançar em setembro deste ano de 2013. Composição que versa sobre as emoções da idade que lhe dá título, 17 sinaliza mais uma recaída de Avril Lavigne no universo adolescente. As vendas de seus álbuns estão descendentes.

Inédita de Ana abre CD com a trilha de 'Flor do Caribe', nas lojas em maio

Nas lojas em maio de 2013, em edição da gravadora Som Livre, o CD com a trilha sonora nacional da novela Flor do Caribe abre com gravação inédita de Ana Carolina, Luz acesa, música que faz parte do álbum que a cantora e compositora mineira vai lançar entre o fim de maio e o início de junho via Sony Music. Eis as 18 músicas da trilha sonora da atual novela das 18h da TV Globo, na ordem em que figuram no CD, que traz na capa a atriz Grazzi Massafera:

1. Luz acesa - Ana Carolina
2. Em paz - Maria Gadú e 5 a Seco
3. Feito pra acabar - Marcelo Jeneci
4. Dona de 7 colinas - Alceu Valença
5. Miragem - Dani Black
6. Canção da terra - O Teatro Mágico
7. Ponte - Paula Fernandes e Marcus Viana
8. Cuida de mim (Dreaming of you) - Tânia Mara
9. Era só pra ser (Love) - Maurício Manieri
10. Cacos de amor - Luiza Possi (com Zizi Possi) 
11. Valsa do adeus - Rafael Almeida
12. Face de Narciso - Jorge Vercillo
13. Sorriso de luz - Gilson Peranzzetta (com Djavan)
14. A canção que faltava - Isabella Taviani
15. Primeiro raio de sol - Banda Nego Joe
16. Minha vida é te amar - Elba Ramalho
17. O xote das meninas - Banda Cheiro de Amor
18. Rainha - Maciel Melo, Naná Vasconcelos e Xangai

Zélia faz no Rio o show teatral em que canta Itamar, 'compositor popular'

Foi no Circo Voador, o já lendário palco pop do Rio de Janeiro (RJ), que Zélia Duncan viu pela primeira vez um show de Itamar Assumpção (1949 -2003). Por isso mesmo, foi sob a lona carioca que a cantora - vista em foto de Rodrigo Amaral - apresentou pela primeira vez no Rio Tudo esclarecido, o show em que, sob a direção teatral de Isabel Teixeira, dá sua voz grave a músicas do compositor paulista. Aliás, a aura teatral do show - que estreou em São Paulo (SP), em janeiro de 2013, com base no irretocável homônimo álbum lançado no fim de 2012 pela Warner Music - foi mantida na calorosa estreia carioca de Tudo esclarecido. Mas sem prejuízo da animação. Arretado e esclarecido, o público dançou ao som do forró Vê se me esquece (Itamar Assumpção e Alice Ruiz, 1993) e fez coro nos versos de Quem mandou (Itamar Assumpção e Alice Ruiz, 2012), uma das músicas inéditas encontradas por Zélia no baú de Itamar. A receptividade do Rio ao show foi tão calorosa que, ao fim, a cantora saudou Itamar Assumpção como um "compositor popular". Ninguém duvidou. Zélia já deixara tudo esclarecido.

Simoninha regrava Jair e canta tema de banda dos 80 em 'Alta fidelidade'

Primeiro álbum de inéditas de Simoninha desde Melhor (2008), Alta fidelidade - nas lojas em maio de 2013,  em edição do selo S de Samba distribuída pela gravadora Som Livre - apresenta dez músicas inéditas da lavra autoral do cantor e compositor paulista e a regravação de Falso amor, música de Jair Oliveira, ouvida também em remix produzido com a adesão do rapper paulista Max B.O. Uma das músicas, Quando (Simoninha, João Marcello Bôscoli e Marcelo Lima), é do repertório da banda Suite Combo, formada por Simoninha - em foto de Rafael Kent - com João Marcello Bôscoli nos anos 80. Inédita, a composição ganhou versos adicionais ao ser recuperada pelo artista, cujo leque de parceiros em Alta fidelidade inclui Bernardo Vilhena (Pois é, poeira), Carlos Rennó (Paixão - Meu time), Edu Krieger (Morena rara), João Sabiá (Meninas do Leblon) e Mu Chebabi (Quebra e Nós dois). A produção das 12 faixas foi dividida entre Alex Moreira (do trio BossaCucaNova), Bruno Bona e Simoninha. "A ideia não foi buscar uma sonoridade completamente diferente do que eu venho fazendo, mas eu queria trazer algum frescor, um toque de novidade, que é sempre importante. Queria fazer um disco que acompanhasse as pessoas no carro, em casa, nos players portáteis. (...) É disco que fala das coisas simples da vida, do cotidiano, de amor, dessas coisas pequenas e importantes", conceitua Simoninha no texto que apresenta o álbum de sonoridade calcada na música black.

sábado, 27 de abril de 2013

Ao chegar ao Rio, show 'Rua dos amores' refaz o trajeto contínuo de Djavan

Resenha de show
Título: Rua dos amores
Artista: Djavan (em foto de Rodrigo Goffredo)
Local: Vivo Rio (Rio de Janeiro, RJ)
Data: 26 de abril de 2013
Cotação: * * * *
Show em cartaz na casa Vivo Rio, no Rio de Janeiro (RJ), até 28 de abril de 2013

 Resulta mágico o momento em que o show Rua dos amores, de Djavan, pega uma transversal do tempo e apresenta Meu bem querer (Djavan, 1979) com a reprodução exata do arranjo da gravação original de 1979, uma das mais conhecidas da obra do cantor e compositor alagoano. Fazendo coro nos versos da balada, o público se transporta para aquele tempo em que o artista ainda sedimentava os alicerces de seu cancioneiro de assinatura pessoal e intransferível. Contudo, Rua dos amores é show que ainda aponta caminhos para Djavan, sem seguir somente rotas já percorridas. Mesmo que apresente somente sete das 13 músicas do álbum de inéditas Rua dos amores (2012) no roteiro inteiramente autoral que totaliza 24 temas da lavra do artista, com baixo teor de novidade, o artista jamais se rende ao populismo. Entrosada com Djavan, a banda de virtuoses - Carlos Bala (bateria), Glauton Campello (teclados), Jessé Sadoc (trompete e flugelhorn), Marcelo Mariano (baixo), Marcelo Martins (saxofone e flauta), Paulo Calasans (teclados) e Torcuato Mariano (guitarras) - se encarrega de irmanar músicas novas e antigas no sofisticado toque harmônico que caracteriza a obra do compositor. Tal requinte é perceptível do climático primeiro número - Rua dos amores (Djavan, 2012), música de lirismo interiorizado ouvida no palco vazio, com Djavan ainda nos bastidores - à derradeira música do show, Sina (Djavan, 1982), apresentada na pressão, no fecho do festivo bis iniciado com a canção Nem um dia (Djavan, 1996) e prosseguido com Se (Djavan, 1992), instante mais pop e coloquial de cancioneiro habitualmente pautado por versos poéticos que linkam palavras mais pela sonoridade do que por seu significado literal. Para quem quer novidade, a funkeada Pecado (Djavan, 2012) expõe a habilidade de Djavan de transitar pelo universo pop - endereço também da música posterior, Acelerou (Djavan, 1999) - e Bangalô (Djavan, 2012), alocada no início de set calcado na voz e no violão do artista, se confirma em cena como uma das canções mais inspiradas do compositor, com seus versos embebidos em desilusão e em fina melancolia. Nessa seara, somente Vive (Djavan, 2012) - balada cedida por Djavan para o último álbum de Maria Bethânia, Oásis de Bethânia (2012) - rivaliza em beleza com Bangalô dentre a safra de inéditas do CD Rua dos amores (Vive, aliás, debuta em cena na voz de seu compositor, pois a canção não figura no roteiro do atual show de Bethânia, Carta de amor). De todo modo, a jazzy Anjo de vitrô (Djavan, 2012) também se faz notar no show em número valorizado pelas intervenções dos teclados de Glauton Campello. Já Ares sutis - número inicialmente de voz & violão que ganha a adesão da banda no meio - se diferencia por ser rara canção composta por Djavan sob ótica feminina. Para quem admira o groove singular da obra do artista, Asa (Djavan, 1986) e Já não somos dois (Djavan, 2012) - músicas alocadas no bloco inicial do show, de temperatura mais amena - reverberam o suingue típico do artista. Balanço que ganha latinidade em Irmã de neon (Djavan, 1996), o tema mais obscuro do roteiro ao lado das também pouco ouvidas Curumim (Djavan, 1989) e Doidice (Djavan, 1987), esta apresentada com os versos em espanhol de sua segunda parte. Já perto do fim do show, o cantor caiu no samba com Flor de lis (Djavan, 1976) e Serrado (Djavan, 1978) e, nesse momento, é sentida a ausência de Acerto de contas (Djavan, 2012), o bom samba do CD Rua dos amores que remete a essa fase inicial da obra do artista. Os sambas são momentos de forte adesão popular ao show - assim como Oceano (Djavan, 1989), a perfeita canção-hit entoada somente com a voz e o violão de Djavan e com o coro inevitável do público. No fim, Samurai (Djavan, 1982) corrobora o momento de comunhão entre público e artista ao lado de Seduzir (Djavan, 1981), esta repaginada para a pista com arranjo eletrônico e outra divisão. Enfim, ao desembocar no Rio de Janeiro (RJ) em 26 de abril de 2013, o show Rua dos amores até pega transversais do tempo para conectar o artista ao seu público, mas, acima de tudo, expõe e refaz com requinte o belo trajeto contínuo de Djavan na música do Brasil.

Djavan estreia show 'Rua dos amores' no Rio com 'Doidice' no roteiro autoral

♪ Três anos após estrear o show Ária (2010), em que se permitiu dar voz a músicas de outros compositores em sintonia com o conceito do homônimo disco que lançara naquele ano de 2010, Djavan está de volta à cena com show de repertório inteiramente autoral. Na estrada desde março de 2013, Rua dos amores - show inspirado pelo homônimo álbum de inéditas que o cantor e compositor lançou em setembro de 2012 em edição da Luanda Records - chegou ao Rio de Janeiro (RJ) em 26 de abril de 2013 com 24 músicas da lavra personalíssima do artista e a ilustre presença do presidente do Supremo Tribunal Federal - Joaquim Barbosa, saudado por Djavan em cena - na plateia da casa Vivo Rio, onde Rua dos amores fica em cartaz até 28 de abril. Entre sucessos inevitáveis como Samurai (1982) e Oceano (1989), Djavan inseriu músicas bem menos ouvidas - como Doidice (1987), cantada com a letra em espanhol da segunda parte, Curumim (1989) e Irmã de neon (1986) - e reviveu parceria com Dominguinhos, Retrato da vida (1998), pedindo orações para o cantor, compositor e sanfoneiro pernambucano, internado desde dezembro de 2012. Eis, na ordem, o roteiro totalmente autoral seguido em 26 de abril de 2013 por Djavan - visto em foto de Rodrigo Goffredo no palco da casa Vivo Rio - na estreia carioca do (ótimo) show Rua dos amores:

1. Rua dos amores (Djavan, 2012)
2. Pecado (Djavan, 2012)
3. Acelerou (Djavan, 1999)
4. Já não somos dois (Djavan, 2012)
5. Asa (Djavan, 1986)
6. Meu bem querer (Djavan, 1979)
7. Vive (Djavan, 2012)
8. Curumim (Djavan, 1989)
9. Mal de mim (Djavan, 1989)
10. Anjo de vitrô (Djavan, 2012)
11. Irmã de neon (Djavan, 1996)
12. Bangalô (Djavan, 2012)
13. Oceano (Djavan, 1989)
14. Doidice (Djavan, 1987)
15. Ares sutis (Djavan, 2012)
16. Retrato da vida (Dominguinhos e Djavan, 1998)
17. Serrado (Djavan, 1978)
18. Flor de lis (Djavan, 1976)
19. Cigano (Djavan, 1989)
20. Samurai (Djavan, 1982)
21. Seduzir (Djavan, 1981)
Bis:
22. Nem um dia (Djavan, 1996)
23. Se (Djavan, 1992)
24. Sina (Djavan, 1982)

Siba produz coletânea com 12 gravações de cinco álbuns e adição de 'single'

Siba vai lançar sua primeira compilação em maio de 2013. Com 12 fonogramas extraídos de cinco álbuns e de single lançados pelo artista pernambucano entre 2003 e 2012, a coletânea vai ser comercializada exclusivamente nos nove shows que Siba fará em nove capitais do Brasil a partir de maio. Patrocinada pelo projeto Natura Musical, a turnê nacional terá rota iniciada por São Paulo (SP) em 11 de maio com show gratuito na Praça Victor Civita. O CD compila gravações dos álbuns No baque solto somente (2003 - disco gravado por Siba com o cantor, compositor e músico pernambucano Barachinha, um dos mestres do maracatu), A fuloresta do samba (2003), Toda vez que eu dou um passo o mundo sai do lugar (2007) - álbuns gravados com o grupo Fuloresta, formado por Siba em 2002 - e Violas de bronze (2009 - disco dividido por Siba com o violeiro Roberto Corrêa), além do primeiro álbum solo do artista, Avante (2012). Adicionadas às faixas destes cinco CDs, há Canoa furada,  música lançada por Siba exclusivamente no formato de single.

Biquini Cavadão evolui no giro romântico das inéditas de 'Roda-gigante'

Resenha de CD
Título: Roda-gigante
Artista: Biquini Cavadão
Gravadora: Warner Music
Cotação: * * * 

O público tem feito justiça ao Biquini Cavadão, grupo carioca surgido em 1985 e nunca posto pela crítica na linha de frente do rock brasileiro da década de 80 pelo fato ter sido projetado ao lado de bandas mais relevantes como Barão Vermelho, Legião Urbana (1982 - 1996), Paralamas do Sucesso e os hoje esfacelados Titãs - para citar somente as mais importantes. Mas o fato é que o Biquini Cavadão sobreviveu com rara dignidade - mesmo desfalcado com a saída do baixista Sheik no fim de 2000 - na cena pop nativa ao longo de seus 28 anos de vida, tendo lançado discos subestimados pela às vezes desatenta crítica, caso em especial de Escuta aqui (BMG-Ariola, 2000), mas fazendo shows lotados por seu fervoroso público em trajetória que ainda parece longe de chegar ao fim. Até porque Álvaro Birita (bateria), Bruno Gouveia (voz), Carlos Coelho (guitarra), Miguel Flores da Cunha (teclados) mostram fôlego e renovam o Biquini Cavadão no giro romântico da boa safra de inéditas de Roda-gigante, 14º título da discografia oficial da banda, recém-lançado nos formatos de CD e de pen-drive (evolução natural para um grupo que, já em 1998, lançou álbum chamado biquini.com.br). Produzido pelo guitarrista Carlos Coelho e por Marcelo Magal, baixista convidado em caráter extraoficial para ocupar no disco o lugar deixado vago com a saída de Sheik, Roda-gigante gira sem perder o equilíbrio entre baladas e rocks que evocam o passado honrado do quarteto - como o politizado rock Amanhã é outro dia (Biquini Cavadão e Dudy Cardoso) - e temas que procuram inserir a banda em círculos mais atuais. Nessa roda, o grande trunfo do disco é o rock Acordar pra sempre com você, composto e gravado pelo Biquini Cavadão com Lucas Silveira, o artista cearense que lidera o grupo gaúcho Fresno e que despontou como compositor no CD assinado por seu heterônimo artístico Beeshop. Os títulos de algumas músicas já dão a pista do tom predominantemente romântico da safra de inéditas - tom perceptível também para quem já assistiu na internet ao clipe de Entre beijos e mais beijos (Biquini Cavadão e Dudy Cardoso), música escolhida para promover o disco na web, nas rádio e na televisão. O alto teor de romantismo do álbum acabou gerando temas de menor poder de sedução, caso da balada Quem eu sou (Biquini Cavadão e Manno Góes), ponto mais baixo do giro de Roda-gigante. Fora do eixo dos relacionamentos a dois, a festiva É dia de comemorar celebra com altas doses de eletrônica - e também com certo artificialismo no tom alegre da faixa - o amor de um torcedor e de multidões por um time de futebol, se candidatando à vaga na trilha sonora da Copa do Mundo a ser realizada no Brasil em 2014. A dose alta de eletrônica também aparece em Eu sorrio (Biquini Cavadão, Dudy Cardoso, Mauro  Stª Cecília e Manno Góes), outra faixa de cunho celebrativo. No caso, o Rio de Janeiro é o alvo da homenagem, prestada com alguns clichês na letra que o retrata como a "cidade maravilha da alegria e da dor". No todo, o álbum tem aura light e pop, alimentada tanto pelo romantismo da música-título Roda-gigante (Biquini Cavadão e Dudy Cardoso) quanto pelo clima de luau esboçado em Descer as ondas (Biquini Cavadão, Dudy Cardoso e Marcelo Mira). Situada entre inéditas como O último a saber (Biquini Cavadão e João Carlos Vasconcelos) e Sem rotina (Biquini Cavadão e Dudy Cardoso), a única releitura do disco - Agora é moda (Rita Lee e Lee Marcucci, 1978), ouvida em Roda-gigante com a adesão de Rogério Flausino em (boa) gravação diferente da feita pelo Biquini em 2010 para a trilha sonora do remake da novela Ti ti ti - soa quase estranha no ninho romântico do disco pelo tom ácido dos versos impressionantemente visionários do tema pop gravado por Rita Lee com o grupo Tutti & Frutti para o álbum Babilônia (1978). E assim, às vezes nas alturas, às vezes em planos inevitavelmente mais baixos, o giro de Roda-gigante atualiza e de certa forma até rejuvenesce o veterano Biquini Cavadão no círculo pop.

'Eterna alegria' é o título do disco de sambas que Alcione lança em junho

Eterna alegria é o título do álbum de inéditas que Alcione vai lançar em junho de 2013. O nome do disco já dá a pista do tom feliz do repertório, no qual predominam sambas. Uma das músicas do CD Eterna alegria é a primeira parceria  de Djavan com Zeca Pagodinho, Êh!, êh!.

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Clipe de gravação feita por Aydar em 2011 entra em exibição no cinema

Mariana Aydar lança hoje nos cinemas da rede Cinemark o clipe de Os Passionais (Dante Ozzetti e Luiz Tatit), música que Ná Ozzetti gravou em Ultrapássaro (2001), raro álbum de Dante Ozzetti, e que Aydar reviveu dez anos depois em seu terceiro belo álbum, Cavaleiro selvagem aqui te sigo (2011). Filmado no Centro de São Paulo (SP) com direção de Simone Elias e Joana Luz, o clipe vai ser exibido desta sexta-feira, 26 de abril de 2013, até 23 de maio - sempre antes do início dos filmes. A narrativa do vídeo foca os (des)encontros de um casal pela noite paulistana. O dançarino Acauã Sol atua ao lado da cantora paulistana no clipe.

Sai no Brasil 'Bastards', CD de remixes de músicas do 10º álbum de Björk

O selo Lab 344 está editando no Brasil Bastards, CD que alinha 13 remixes de músicas do décimo álbum de estúdio de Björk, Biophilia (2011). Lançado pela cantora e compositora islandesa em 19 de novembro de 2012 pelo selo One Little Indian, Bastards compila remixes já previamente apresentados por DJs e produtores como Death Grips, Hudson Mohawke, Matthew Herbert, Omar Souleyman e These New Puritans. Eis as 13 músicas - com os respectivos títulos dos remixes - do CD Bastards, disponibilizado no mercado nacional neste mês de abril de 2013:

1. Crystalline (Omar Souleyman Remix)
2. Virus (Hudson Mohawke “Peaches and Guacamol” Rework)
3. Sacrifice (Death Grips Remix)
4. Sacrifice (Matthew Herbert’s Pins and Needles Mix edit)
5. Mutual Core (These New Puritans Remix) - com Soloman Is. Song
6. Hollow (16-bit Remix)
7. Mutual Core (Matthew Herbert’s “Teutonic Plates” Mix)
8. Thunderbolt (Death Grips Remix)
9. Dark Matter (Alva Noto Remodel)
10. Thunderbolt (Omar Souleyman Remix)
11. Solstice (Current Value Remix)
12. Moon (The Slips Remix)
13. Crystalline (Matthew Herbert Remix)

Canto 'over' de Lana ganha registro audiovisual no DVD 'A diva passional'

Lana Bittencourt - cantora carioca nascida em fevereiro de 1931 com o nome artístico de Irlan Figueiredo Passos - ganha seu primeiro registro audiovisual aos 82 anos. Lançado na Coleção Canal Brasil, o DVD A diva passional ao vivo exibe show gravado no Teatro Rival, no Rio de Janeiro (RJ), em 16 de março de 2011. Idealizado por Rodrigo Faour para festejar os 80 anos completados por Lana naquele ano de 2011, o show conta com a afetiva adesão de Alcione, admiradora do canto over desta intérprete que construiu carreira fonográfica regular entre 1954 e 1965, passando depois a gravar discos de forma mais espaçada. Além de cantar seus sucessos A loba (Paulinho Resende e Juninho Peralva) e Faz uma loucura por mim (Chico Roque e Sérgio Caetano), a Marrom faz dueto com Lana em O meu amor (Chico Buarque). O repertório poliglota inclui composições como Alone (Selma Craft e Morty Craft), Malagueña (Ernesto Lecuona em versão em português de Julio Nagib) e Se alguém telefonar (Jair Amorim e Alcyr Pires Vermelho), gravadas por Lana entre 1955  e 1957. Além dos 23 números do show, o DVD A diva passional ao vivo exibe cinco números de outro show captado no carioca Teatro Rival, em 16 de novembro de 2010, com intervenções de Ney Matogrosso, que canta Viajante (Thereza Tinoco) e se junta a Lana Bittencourt em Da cor do pecado (Bororó) e Hino ao amor (Edith Piaf e Margueritte Monnot em versão de Odair Marsano). A gravação também sai em CD.

Travis anuncia a edição de sétimo álbum, 'Where you stand', para agosto

À venda a partir da próxima terça-feira, 30 de abril de 2013, o single Where you stand inicia os trabalhos promocionais do sétimo álbum de estúdio do quarteto escocês Travis. É o primeiro álbum de inéditas do grupo de BritPop em cinco anos. Também intitulado Where you stand, o sucessor de Ode to J Smith (2008) tem lançamento agendado para 19 de agosto de 2013 via Kobalt Label Services. Produzido por Michael Ilbert, o álbum vai trazer no repertório músicas como Mother, Moving e The Big screen. O single Where you stand vai ter vídeo no YouTube.

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Baleiro vai incluir no DVD do show 'Calma aí, coração' clipe criado por fã

Zeca Baleiro está dando início a mais uma ação na internet para promover a interação de seu público com sua obra. O cantor e compositor maranhense - visto em foto de Gal Oppido - criou o concurso intitulado Clipe do fã - Zeca Baleiro. Quem apresentar o clipe mais interessante e original de Tattoo (Zeca Baleiro, 2012) - música lançada pelo artista em seu último álbum de inéditas, O disco do ano (Som Livre, 2012) - vai ganhar o valor simbólico de R$ 1 mil e vai ter seu vídeo inserido, com o devido crédito, nos extras do DVD que Baleiro vai lançar ainda neste primeiro semestre de 2013, via Som Livre, com o registro ao vivo do show Calma aí, coração, captado em 23 de novembro de 2012 em apresentação do show na casa Vivo Rio, no Rio de Janeiro (RJ). O concurso acontece entre 22 de abril e 20 de maio de 2013. O resultado vai ser anunciado em 24 de maio, às 15h, no site oficial de Baleiro e nos canais oficiais do artista no facebook, no google+ e no twitter - a tempo de adicionar o clipe ao DVD.

Canto pop de Bublé confunde passado e presente no álbum 'To be loved'

Resenha de CD
Título: To be loved
Artista: Michael Bublé
Gravadora: Reprise Records / Warner Music
Cotação: * * * 1/2

Em um primeiro momento do oitavo álbum de estúdio de Michael Bublé, To be loved, é difícil dissociar o crooner canadense de Frank Sinatra (1915 - 1998), cantor norte-americano que continua sendo padrão e referência máxima para intérpretes do estilo de Bublé. Até porque a primeira música do disco - You make me feel so young (Josef Myrow e Mack Gordon), tema do filme musical Three little girls in blue (1946) - ganhou a voz de Sinatra no mesmo estilo orquestral do arranjo do CD de Bublé. Contudo, na sequência,   inédita solar da lavra própria do artista, It's a beautiful day ( Michael Bublé, Bob Rock e Alan Chang, 2013), sinaliza que Bublé poderia até deixar de seguir a trilha fácil dos standards se continuar nessa linha de composição. Para quem gosta deles, os standards, To be loved oferece vários em repertório de tom assumidamente pop. A produção de Bob Rock ajuda Bublé a irmanar com seu canto pop standards e inéditas. Com habilidade para seduzir multidões, Bublé embranquece a pérola negra Who's loving you - soul de Smokey Robinson lançado pelo grupo The Miracles em 1960 - e incursiona pelo repertório dos Bee Gees sem alcançar a perfeição pop da obra do trio australiano em To love somebody (Barry Gibb e Robin Gibb), sucesso do primeiro álbum internacional dos irmãos Gibb, lançado em 1967. O inócuo dueto com a atriz norte-americana Reese Whiterspoon em Somethin' stupid (C. Carson Parks) volta a suscitar comparações inevitáveis com Sinatra pelo fato de  remeter à gravação do tema feita por The Voice com sua filha Nancy Sinatra em 1967. Tema de suingue latino, Como dance with me (Jimmy Van Heusen e Sammy Cahn, 1959) repõe Bublé nos salões de tempos idos em que imperavam as big-bands. Na ótima faixa, Bublé adentra o salão com charme e sem a dose de glicose que adoça ao extremo a inédita balada Close your eyes (Michael Bublé, Alan Chang e Amy Foster, 2013). Após trivial conexão pop com Bryan Adams, parceiro e convidado de After all (Bryan Adams, Michael Bublé, Alan Chang, Steven Sater e Jim Vallance, 2013), Bublé volta a bancar o sedutor à moda antiga na canção Have i told you lately that i love you? (Scotty Wiseman, 1945) com o reforço vocal do grupo Naturally 7. Também à moda antiga, Bublé dá voz pop à música-título To be loved (Berry Gordy Jr., Gwendolly Fuqua Gordy e Tyran Carlo), sucesso do cantor e compositor norte-americano de r & b e soul Jackie Wilson (1934 - 1984) em 1958. E assim, entre as músicas do passado majoritário - representado por temas como Nevertheless (I'm in love with you) (Harry Rubby e Bert Kalmar, 1931), gravado por Bublé com The Puppini Sisters - e as inéditas do presente (algumas pouco inspiradas, caso de I got easy, parceria do artista com Alan Chang e Tom Jackson), o crooner joga charme em mais um CD que fará seu público suspirar. Até porque presente e passado se confundem no canto pop e solar de Michael Bublé.

Convidados atenuam precocidade do CD revisionista do grupo Mombojó

Resenha de CD
Título: 11º aniversário
Artista: Mombojó
Gravadora: Som Livre
Cotação: * * 1/2

Superestimado pela crítica ao lançar seu primeiro álbum, Nadadenovo (2004), o Mombojó não resistiu a tanto hypeUm segundo álbum menos expressivo, Homem-espuma (2006), diminuiu o incenso em torno do grupo pernambucano. Tanto que o terceiro e melhor álbum da banda, Amigo do tempo (2010), passou quase despercebido. Mesmo assim, é difícil justificar a estranha existência de um quarto álbum de caráter retrospectivo feito em estúdio. Em 11º aniversário, disco gravado em setembro de 2011 sob produção do grupo e de Rodrigo Sanches, o Mombojó revisita nove músicas de seus três álbuns e apresenta a inédita Procure saber (Felipe S. e Marcelo Campello) sem apontar um caminho a seguir no futuro. A presença de convidados da cena pernambucana valorizam o disco e atenuam a precocidade da revisão. Vocalista do grupo Devotos, Cannibal põe pressão no claustrofóbico rock Realismo convincente (Felipe S. e Marcelo Machado, 2006). Da mesma forma, o canto de China dá brilho adicional aos versos poéticos do rock Estático (Felipe S. e China, 2004), faixa também turbinada com a guitarra de Bruno Ximarú. Contudo, a participação mais inusitada - e, por isso mesmo, a mais interessante - é a do pianista Vitor Araújo, que abre Baú (Felipe S. e Marcelo Campello) com introdução à moda da música erudita. O piano versátil de Araújo embasa a melhor gravação de 11º aniversário. Já o peso da pegada da Nação Zumbi recai sobre Justamente (Felipe S., China, Vicente Machado, Samuel Vieira, Chiquinho e Marcelo Machado, 2010), dando certa relevância a essa que era uma das músicas mais insossas do álbum Amigo do tempo. De todo modo, nenhum convidado por si só parece dar real sentido à retrospectiva feita pela banda em 11º aniversário. Parece haver algo fora de rumo na trajetória do Mombojó - como sinaliza a recente saída do baixista Samuel Vieira do grupo. Talvez seja a supremacia das letras (impregnadas de melancolia) em relação às melodias, geralmente pouco inspiradas. Seja como for, é hora de o Mombojó deixar o curto passado para trás e andar para frente se quiser mais alguns anos de vida no universo pop. 11º aniversário deixa entrever um futuro um tanto vago.

Exposição da vida de Aldir Blanc valoriza songbook 'Resposta ao tempo'

Resenha de livro
Título: Aldir Blanc Resposta ao tempo Vida e letras
Autor: Luiz Fernando Vianna
Editora: Casa da Palavra
Cotação: * * * *

Aldir Blanc é uma ilha cercada de versos e enigmas por todos os lados. Fervoroso admirador desses versos tão cariocas quanto universais desde que ouviu aos seis anos de idade o terceiro álbum de João Bosco, Galos de briga (RCA, 1976), o jornalista carioca Luiz Fernando Vianna não chega a decifrar tais enigmas no livro Aldir Blanc - Resposta ao tempo - Vida e letras, mas chega perto neste songbook que publica cerca de 450 letras do compositor - algumas inéditas como a do samba Duro na queda, composto com Bosco - após traçar excelente perfil biográfico do letrista de Corsário (1975) e O bêbado e a equilibrista (1979), entre muitos outros clássicos da música brasileira. É na exposição da vida, mais do que na (relevante) publicação das letras, que reside o mérito do livro. Aldir Blanc é figura arisca, quase mítica, no universo musical do subúrbio do Rio de Janeiro (RJ). É ser estranho em ninhos alheios que quase não sai de casa - sobretudo após acidente de carro sofrido em outubro de 1991 que lhe deixou sequelas na articulação da perna esquerda - e que jamais usa a mídia para promoção pessoal. Às voltas com seus livros e com seus pensamentos (de mente já classificada por um amigo como doentia, adjetivo que muito alegrou Aldir), o compositor é uma ilha imersa nas dores e nos amores que até se revelam através de seus versos, mas que não saem no jornal e nas revistas de celebridades. Com escrita tão fina quanto a dos versos de Aldir, Vianna adentra essa ilha e revela fatos cruciais na vida do artista equilibrista que veio ao mundo no Estácio em 2 de setembro de 1946 - através de um parto difícil que durou quase um dia e deixou sequelas na mãe do menino Aldir Blanc Mendes, Helena - e que se criou feliz em Vila Isabel, terra de Noel Rosa (1910 - 1937), até voltar já adolescente para o Estácio, onde sofreu bullying, vítima dos malandros encorpados do bairro-berço do samba. Com texto pautado pela objetividade jornalística, Vianna conta as descobertas dessa adolescência, a iniciação na música e a formação em medicina. Bom de copo, Blanc também se formou em boemia na informal escola noturna do Rio, onde alicerçou a antológica parceria com João Bosco, o compositor mineiro que conhecera em Ponte Nova (MG) na virada dos anos 60 para os anos 70 pelo esforço de um amigo em comum, Pedro Lourenço Gomes. As versões sobre o início exato da parceria são divergentes, mas o autor publica ambas - a de Aldir e a de Bosco. O fato consumado e indiscutível é que, a partir de 1972, a parceria fez história na música brasileira, avalizada pela voz-guia de Elis Regina (1945 -1982). Contudo, por  incompatibilidade de gênios, essa monumental parceria se desintegrou a partir da primeira metade da década de  80 até ser progressivamente retomada nos anos 2000. Sem dar voz às fofocas que circulam no meio musical, Vianna se limita a expor as (vagas) explicações de Aldir e João para o fim até certo ponto abrupto do relacionamento. Nada fica de fato esclarecido. João Bosco também é uma ilha, como o próprio Aldir revela ao autor em depoimento sobre seus papos ao telefone com o parceiro. Contudo, ao reportar a vida pessoal de Aldir, Vianna desencava fatos cruciais na formatação do temperamento do compositor - como as mortes instantâneas de suas filhas gêmeas, Alexandra e Maria, que vieram ao mundo de sete meses em 31 de janeiro de 1974, data em que sucumbiram aos efeitos do nascimento precoce. Mortes que fizeram Aldir abandonar a medicina para viver somente do ofício de compositor, letrista de parceiros como Cristóvão Bastos, Guinga e Moacyr Luz. Enfim, Aldir é um enigma. Mas suas letras falam por si só do universo delirante e carioca em que habita sua mente salutarmente doentia, exposta na medida do possível neste bom livro que reitera a resposta contundente de Aldir Blanc ao tempo.

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Sepultura vai fazer 'covers' de Death e Nação Zumbi para bônus de álbum

O grupo Sepultura já prepara o álbum que vai suceder Kairos (2011) na discografia da banda mineira de heavy metal. O disco - para o qual o quarteto já tem 13 músicas (mas somente duas ou três com letras) - vai ser definido e gravado a partir de junho de 2013, mês em que o Sepultura vai se reunir com os produtores Ross Robinson e Steve Evetts para desenvolver o conceito do CD. Certo, por ora, é a decisão do grupo de fazer dois covers para alocá-los como faixas-bônus do álbum. Um deles é Zombie ritual, música do primeiro álbum da banda norte-americana de metal Death, Scream bloody gore (Combat Records, 1987). O outro é Da lama ao caos, música de Chico Science (1966-1997) lançada em 1994 como faixa-título do primeiro antológico álbum gravado pelo cantor e compositor pernambucano com a banda Nação Zumbi.

Paula Fernandes vai fazer sua segunda gravação ao vivo no Rio em junho

Embora tenha presença menos frequente em palcos cariocas, talvez até por isso mesmo, Paula Fernandes escolheu a cidade do Rio de Janeiro (RJ) para fazer seu segundo registro de show. A gravação ao vivo está agendada para 8 de junho de 2013 em show que vai ser realizado pela cantora e compositora mineira na HSBC Arena. O registro vai originar o segundo DVD, blu-ray e CD ao vivo da artista - a serem lançados no segundo semestre de 2013 pela Universal Music.

Produtor Mister Jam prepara CD e grava 'O som da pista' com Buchecha

Produtor musical de artistas como a cantora Wanessa, Mister Jam prepara álbum que vai ser lançado no segundo semestre de 2013 pela gravadora Som Livre. Uma das músicas do disco - O som da pista, parceria de Jam com Dalto Max e Felipe Zero - foi gravada com a participação de Buchecha. A faixa feita com o funkeiro fluminense já vai ser lançada como single em maio.

Show com cantoras em tributo a Taiguara é editado em CD e DVD via Lua

A gravadora Lua Music vai lançar no segundo semestre de 2013 CD e DVD com 13 músicas gravadas ao vivo no show em tributo ao compositor uruguaio-brasileiro Taiguara (1945 - 1996). Com a participação de cantoras como Cida Moreira, Claudette Soares, Fafá de Belém, Fernanda Porto, Vânia Bastos e Verônica Ferriani, o show foi realizado em 1º de julho de 2011 no Auditório Simon Bolivar do Memorial da América Latina, em São Paulo (SP), para promover o lançamento do CD A voz da mulher na obra de Taiguara (Joia Moderna, 2011), produzido por Thiago Marques Luiz para a gravadora então recém-aberta do DJ Zé Pedro. Além dos 13 números incluídos no DVD, o CD vai trazer como bônus a bela gravação de estúdio de Mudou (Taiguara, 1972), feita por Célia, cantora ausente do show por incompatibilidade de agendas.

Temporão sai solo no tom pop de álbum pilotado por Kassin e Continentino

♪ Após lançar um álbum com o grupo Sereno da Madrugada (Modificado, 2010) e um disco assinado com João Callado (Primeira nota, 2012), o cantor e compositor carioca Fernando Temporão se prepara para gravar o primeiro álbum solo no segundo semestre de 2013. Ainda sem título, o disco vai ser produzido por Kassin (à esquerda na foto) e Alberto Continentino (à direita). De tom pop, o primeiro disco solo de Temporão vai contabilizar onze músicas no repertório inédito e autoral, incluindo parcerias do artista com Domenico Lancellotti e Mauro Aguiar (estranho nesse ninho pop).

Fafá lança EP religioso em maio, pondo fé na 'Jornada mundial da juventude'

♪ Cinco meses após cair na folia com profano EP de frevos direcionado somente ao mercado de Pernambuco, Fafá de Belém põe toda sua fé na Jornada mundial da juventude - megaevento católico que vai reunir milhões de jovens católicos no Rio de Janeiro (RJ) em julho de 2013 - e lança EP de cunho religioso. Intitulado Amor e fé, o disco vai ser posto nas lojas no início de maio pela gravadora Universal Music. No EP, Fafá dá voz a Nossa Senhora (Roberto Carlos e Erasmo Carlos - sucesso da lavra religiosa do Rei, lançado em álbum de 1993), Ave Maria (a de Schubert, em versão em português assinada por Fafá com Dudu Falcão e gravada em clima de Bossa Nova), Gracias a la vida (música de caráter político de autoria da compositora chilena Violeta Parra, lançada em 1966 pela autora e propagada depois em vozes como a da cantora argentina Mercedes Sosa) e Eu sou de lá (tema composto pelo padre Fábio de Melo em tributo ao Círio de Nazaré - evento religioso de Belém - e já gravado por Fafá, em 2012, em EP de circulação restrita ao Pará).