terça-feira, 23 de abril de 2013

Já na rede, EP 'Tribunal do feicebuqui' expõe a defesa mordaz de Tom Zé

Em 2003, Tom Zé lançou disco, Imprensa cantada, com músicas que comentavam - de forma explícita ou implícita - fatos noticiados pela mídia. Dez anos depois, o cantor e compositor baiano disponibiliza gratuitamente na rede EP com cinco músicas, Tribunal do feicebuqui, idealizado e gravado como defesa mordaz aos ataques ideológicos que Tom Zé sofreu em março deste ano de 2013 por ser o narrador do comercial de uma marca de refrigerantes. Gravado neste mês de abril de 2013 sob a direção artística de Marcus Preto, jornalista que prepara a biografia do artista, o EP linka Tom Zé a nomes da cena indie de São Paulo (SP) como o rapper Emicida, o cantor Tatá Aeroplano, o grupo O Terno e a Trupe Chá de Boldo. Das cinco músicas, somente uma não é inédita. Taí (Joubert de Carvalho, Tom Zé e Marcelo Segreto) é reciclagem do tema composto por Tom Zé - sobre a melodia criada pelo compositor mineiro Joubert de Carvalho (1900 - 1977) para a marcha Ta-hí (1930) - para o comercial que lançava há 40 anos uma marca de refrigerantes. O tema ganhou o acréscimo de duas estrofes escritas por Marcelo Segreto. "Como se vê, há muito tempo que eu estou no pecado da publicidade", ironiza Tom Zé no texto que escreveu para apresentar o Tribunal do feicebuqui. Com toques de rap, a música-título, Tribunal do feicebuqui (Marcelo Segreto, Gustavo Galo, Tatá Aeroplano e Emicida), alinha na letra os xingamentos dirigidos ao artista por conta de sua controvertida participação no comercial. Zé a zero (Tom Zé, Marcelo Segreto e Tim Bernardes) repõe em campo a discussão, levada ao altar da ironia em Papa Francisco perdoa Tom Zé (Tim Bernardes). Por fim, Irará irá lá (Tom Zé), faixa gravada com coro feminino e com arranjo que remete às trilhas dos filmes de faroeste spaghetti, lista nomes de habitantes da cidade natal do artista. Disponível para download gratuito no site oficial do artista, o EP é a prévia do álbum de repertório inédito que Tom Zé vai gravar e lançar no segundo semestre de 2013.

2 comentários:

  1. Em 2003, Tom Zé lançou disco, Imprensa cantada, com músicas que comentavam - de forma explícita ou implícita - fatos noticiados pela mídia. Dez anos depois, o cantor e compositor baiano disponibiliza na rede EP com cinco músicas, Tribunal do feicebuqui, idealizado e gravado como defesa mordaz aos ataques ideológicos que Tom Zé sofreu em março deste ano de 2013 por ser o narrador do comercial de uma marca de refrigerantes. Gravado neste mês de abril de 2013 sob a direção artística de Marcus Preto, jornalista que prepara a biografia do artista, o EP linka Tom Zé a nomes da cena indie de São Paulo (SP) como o rapper Emicida, o cantor Tatá Aeroplano, o grupo O Terno e a Trupe Chá de Boldo. Das cinco músicas, somente uma não é inédita. Taí (Joubert de Carvalho, Tom Zé e Marcelo Segreto) é reciclagem do tema composto por Tom Zé - sobre a melodia criada pelo compositor mineiro Joubert de Carvalho (1900 - 1977) para a marcha Ta-hí (1930) - para o comercial que lançava há 40 anos uma marca de refrigerantes. O tema ganhou o acréscimo de duas estrofes escritas por Marcelo Segreto. "Como se vê, há muito tempo que eu estou no pecado da publicidade", ironiza Tom Zé no texto que escreveu para apresentar o Tribunal do feicebuqui. Com toques de rap, a música-título, Tribunal do feicebuqui (Marcelo Segreto, Gustavo Galo, Tatá Aeroplano e Emicida), alinha na letra os xingamentos dirigidos ao artista por conta de sua controvertida participação no comercial. Zé a zero (Tom Zé, Marcelo Segreto e Tim Bernardes) repõe em campo a discussão, levada ao altar da ironia em Papa Francisco perdoa Tom Zé (Tim Bernardes). Por fim, Irará iralá (Tom Zé), faixa gravada com coro feminino e com arranjo que remete às trilhas dos filmes de faroeste spaghetti, lista nomes de habitantes da cidade natal do artista. Disponível para download gratuito no site oficial do artista, o EP é a prévia do álbum de repertório inédito que Tom Zé vai gravar e lançar no segundo semestre de 2013.

    ResponderExcluir
  2. Diante disso tudo só me resta tentar achar, e tomar, outra latinha da Coca com o nome de Irará. rsrsrss
    A história me lembra quando o Tom Jobim vendeu Águas de Março para a mesma Coca e tb sofreu patrulha ideológica.
    O Tom saiu-se com seu humor de sempre. Ele disse:
    "Ué, pensei que todos vcs gostassem e bebessem"
    Porémmmm, ai, porémmmm, o que o Tom sempre vendeu, música em si, é bem diferente do que o Tom Zé vende - algo mais que música.
    Lobão diz que quem vende idéias não vende produtos.
    No mundo cada vez mais cínico e consumista de hoje tal frase soa como uma aberração.
    Enfim, fica a impressão de sempre.
    Pra dita cuta que ergue e destrói coisas belas conta-se nos dedos quem não abre as pernas.
    Lembrei que o Caetano negou "Leãozinho" para o Chá Mate Leão.
    Alguns dirão que o Caetano é milionário e tal.
    Entonces eu pergunto:
    Aquela que Cazuza queria para viver depende de quanto se tem na conta bancária?
    Se cobre vira circo. Se cerca vira hospício.
    Vamos cobrir que é melhor. :-)


    ResponderExcluir

Este é um espaço democrático para a emissão de opiniões, sobretudo as divergentes. Contudo, qualquer comentário feito com agressividade ou ofensas - dirigidas a mim, aos artistas ou aos leitores do blog - será recusado. Grato pela participação, Mauro Ferreira

P.S.: Para comentar, é preciso ter um gmail ou qualquer outra conta do google.

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.