Em 2003, Tom Zé lançou disco, Imprensa cantada, com músicas que comentavam - de forma explícita ou implícita - fatos noticiados pela mídia. Dez anos depois, o cantor e compositor baiano disponibiliza gratuitamente na rede EP com cinco músicas, Tribunal do feicebuqui, idealizado e gravado como defesa mordaz aos ataques ideológicos que Tom Zé sofreu em março deste ano de 2013 por ser o narrador do comercial de uma marca de refrigerantes. Gravado neste mês de abril de 2013 sob a direção artística de Marcus Preto, jornalista que prepara a biografia do artista, o EP linka Tom Zé a nomes da cena indie de São Paulo (SP) como o rapper Emicida, o cantor Tatá Aeroplano, o grupo O Terno e a Trupe Chá de Boldo. Das cinco músicas, somente uma não é inédita. Taí (Joubert de Carvalho, Tom Zé e Marcelo Segreto) é reciclagem do tema composto por Tom Zé - sobre a melodia criada pelo compositor mineiro Joubert de Carvalho (1900 - 1977) para a marcha Ta-hí (1930) - para o comercial que lançava há 40 anos uma marca de refrigerantes. O tema ganhou o acréscimo de duas estrofes escritas por Marcelo Segreto. "Como se vê, há muito tempo que eu estou no pecado da publicidade", ironiza Tom Zé no texto que escreveu para apresentar o Tribunal do feicebuqui. Com toques de rap, a música-título, Tribunal do feicebuqui (Marcelo Segreto, Gustavo Galo, Tatá Aeroplano e Emicida), alinha na letra os xingamentos dirigidos ao artista por conta de sua controvertida participação no comercial. Zé a zero (Tom Zé, Marcelo Segreto e Tim Bernardes) repõe em campo a discussão, levada ao altar da ironia em Papa Francisco perdoa Tom Zé (Tim Bernardes). Por fim, Irará irá lá (Tom Zé), faixa gravada com coro feminino e com arranjo que remete às trilhas dos filmes de faroeste spaghetti, lista nomes de habitantes da cidade natal do artista. Disponível para download gratuito no site oficial do artista, o EP é a prévia do álbum de repertório inédito que Tom Zé vai gravar e lançar no segundo semestre de 2013.
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2 comentários:
Em 2003, Tom Zé lançou disco, Imprensa cantada, com músicas que comentavam - de forma explícita ou implícita - fatos noticiados pela mídia. Dez anos depois, o cantor e compositor baiano disponibiliza na rede EP com cinco músicas, Tribunal do feicebuqui, idealizado e gravado como defesa mordaz aos ataques ideológicos que Tom Zé sofreu em março deste ano de 2013 por ser o narrador do comercial de uma marca de refrigerantes. Gravado neste mês de abril de 2013 sob a direção artística de Marcus Preto, jornalista que prepara a biografia do artista, o EP linka Tom Zé a nomes da cena indie de São Paulo (SP) como o rapper Emicida, o cantor Tatá Aeroplano, o grupo O Terno e a Trupe Chá de Boldo. Das cinco músicas, somente uma não é inédita. Taí (Joubert de Carvalho, Tom Zé e Marcelo Segreto) é reciclagem do tema composto por Tom Zé - sobre a melodia criada pelo compositor mineiro Joubert de Carvalho (1900 - 1977) para a marcha Ta-hí (1930) - para o comercial que lançava há 40 anos uma marca de refrigerantes. O tema ganhou o acréscimo de duas estrofes escritas por Marcelo Segreto. "Como se vê, há muito tempo que eu estou no pecado da publicidade", ironiza Tom Zé no texto que escreveu para apresentar o Tribunal do feicebuqui. Com toques de rap, a música-título, Tribunal do feicebuqui (Marcelo Segreto, Gustavo Galo, Tatá Aeroplano e Emicida), alinha na letra os xingamentos dirigidos ao artista por conta de sua controvertida participação no comercial. Zé a zero (Tom Zé, Marcelo Segreto e Tim Bernardes) repõe em campo a discussão, levada ao altar da ironia em Papa Francisco perdoa Tom Zé (Tim Bernardes). Por fim, Irará iralá (Tom Zé), faixa gravada com coro feminino e com arranjo que remete às trilhas dos filmes de faroeste spaghetti, lista nomes de habitantes da cidade natal do artista. Disponível para download gratuito no site oficial do artista, o EP é a prévia do álbum de repertório inédito que Tom Zé vai gravar e lançar no segundo semestre de 2013.
Diante disso tudo só me resta tentar achar, e tomar, outra latinha da Coca com o nome de Irará. rsrsrss
A história me lembra quando o Tom Jobim vendeu Águas de Março para a mesma Coca e tb sofreu patrulha ideológica.
O Tom saiu-se com seu humor de sempre. Ele disse:
"Ué, pensei que todos vcs gostassem e bebessem"
Porémmmm, ai, porémmmm, o que o Tom sempre vendeu, música em si, é bem diferente do que o Tom Zé vende - algo mais que música.
Lobão diz que quem vende idéias não vende produtos.
No mundo cada vez mais cínico e consumista de hoje tal frase soa como uma aberração.
Enfim, fica a impressão de sempre.
Pra dita cuta que ergue e destrói coisas belas conta-se nos dedos quem não abre as pernas.
Lembrei que o Caetano negou "Leãozinho" para o Chá Mate Leão.
Alguns dirão que o Caetano é milionário e tal.
Entonces eu pergunto:
Aquela que Cazuza queria para viver depende de quanto se tem na conta bancária?
Se cobre vira circo. Se cerca vira hospício.
Vamos cobrir que é melhor. :-)
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