Resenha de show
Título: Solo +
Artista: Chiara Civello (em foto de Rodrigo Amaral)
Local: Miranda (Rio de Janeiro, RJ)
Data: 22 de maio de 2013
Cotação: * * *
Cantora e compositora italiana que tem transitado desde 2008 na ponte entre Brasil e Itália, Chiara Civello enfatiza o longínquo elo musical entre os dois países em Solo +, o show de apurado tom acústico que a artista tem apresentado neste ano de 2013. Chiara já tem quatro álbuns de estúdio lançados na Itália, mas somente o terceiro, 7752 (2010), foi editado no Brasil no rastro do sucesso popular das parcerias da compositora com Ana Carolina. Alguns dessas parcerias, como Dez minutos (2009) e Problemas (2011), aparecem em Solo + nas versões em italiano intituladas Dimmi perche e Problemi, gravadas por Chiara em seus álbuns, com a cantora ao piano. Em cena, Chiara se reveza no piano e no violão, dividindo o palco com o guitarrista Guilherme Monteiro. Além das canções passionais, a cantora e compositora transita pelo blues, gênero evocado em Tre (Chiara Civello e Rocco Papaleo, 2010). Na apresentação que encheu a casa carioca Miranda, na noite de 22 de maio de 2013, Solo + começou frio - mas já elegante na combinação de guitarra e piano que deu o tom de Ao posto del mondo (Chiara Civello e Diana Tejera, 2012) - e foi se revelando mais sedutor à medida que avançou. A inclusão de duas músicas italianas bem conhecidas no Brasil em versões em português de Nelson Motta - Veleno (Alfredo Polacci, 1947) e E po' che fà (Pino Danielle, 1982), sucessos nas vozes de Marina e Marisa Monte como Veneno (1984) e Bem que se quis (1989), respectivamente - contribuíram para aumentar a empatia entre público e artista. Versátil, Chiara também cantou em inglês L train (Chiara Civello e Jim Campilongo, 2007), tema de elétrico clima folk. Grande momento do show, o dueto com Daniel Jobim em Estate (Bruno Martino e Bruno Brighetti, 1960) expôs toda a beleza da canção italiana, com o piano e a voz de Jobim em fina sintonia com o canto de Chiara. A participação de Ana Carolina em Simplesmente aconteceu (Chiara Civello e Dudu Falcão, 2010) inflamou a parte da plateia que tinha ido ver a intervenção da cantora mineira no show de Chiara, mas tal exaltação não fez o número destoar do tom refinado da apresentação. Sem exageros vocais, Ana reiterou a potência de seu canto quente em dueto terno e afetivo. Em dueto bilíngue com Preta Gil, em italiano e em português, Chiara mostrou em tom mais expansivo que sua música Sofa' (Chiara Civello, Ana Carolina e Diana Tejera, 2010) - cantada por Preta Gil em português na versão intitulada Batom - resiste bem fora do universo festivo. Tal expansão foi mantida no último número, Got to go (Chiara Civello e Jesse Harris, 2012). No bis de tonalidade mais íntima, feito por Chiara à sós com seu violão, os sucessos italianos Il mondo (Jimmy Fontana, 1965) e Io che amo solo te (Sergio Endrigo, 1962) reiteraram o afeto passional que liga o cancioneiro do Brasil à música do país da artista. Traço que propicia a Chiara transitar com naturalidade nessa ponte Brasil-Itália com um canto que jamais sai do tom, embora não tenha um toque mais pessoal que identifique Chiara Civello de imediato neste (já populoso...) país de cantoras.
Cantora e compositora italiana que tem transitado desde 2008 na ponte entre Brasil e Itália, Chiara Civello enfatiza o longínquo elo musical entre os dois países em Solo +, o show de apurado tom acústico que a artista tem apresentado neste ano de 2013. Chiara já tem quatro álbuns de estúdio lançados na Itália, mas somente o terceiro, 7752 (2010), foi editado no Brasil no rastro do sucesso popular das parcerias da compositora com Ana Carolina. Alguns dessas parcerias, como Dez minutos (2009) e Problemas (2011), aparecem em Solo + nas versões em italiano intituladas Dimmi perche e Problemi, gravadas por Chiara em seus álbuns, com a cantora ao piano. Em cena, Chiara se reveza no piano e no violão, dividindo o palco com o guitarrista Guilherme Monteiro. Além das canções passionais, a cantora e compositora transita pelo blues, gênero evocado em Tre (Chiara Civello e Rocco Papaleo, 2010). Na apresentação que encheu a casa carioca Miranda, na noite de 22 de maio de 2013, Solo + começou frio - mas já elegante na combinação de guitarra e piano que deu o tom de Ao posto del mondo (Chiara Civello e Diana Tejera, 2012) - e foi se revelando mais sedutor à medida que avançou. A inclusão de duas músicas italianas bem conhecidas no Brasil em versões em português de Nelson Motta - Veleno (Alfredo Polacci, 1947) e E po' che fà (Pino Danielle, 1982), sucessos nas vozes de Marina e Marisa Monte como Veneno (1984) e Bem que se quis (1989), respectivamente - contribuíram para aumentar a empatia entre público e artista. Versátil, Chiara também cantou em inglês L train (Chiara Civello e Jim Campilongo, 2007), tema de elétrico clima folk. Grande momento do show, o dueto com Daniel Jobim em Estate (Bruno Martino e Bruno Brighetti, 1960) expôs toda a beleza da canção italiana, com o piano e a voz de Jobim em fina sintonia com o canto de Chiara. A participação de Ana Carolina em Simplesmente aconteceu (Chiara Civello e Dudu Falcão, 2010) inflamou a parte da plateia que tinha ido ver a intervenção da cantora mineira no show de Chiara, mas tal exaltação não fez o número destoar do tom refinado da apresentação. Sem exageros, Ana reiterou a potência de seu canto quente em dueto terno e afetivo. Em dueto bilíngue com Preta Gil, em italiano e em português, Chiara mostrou em tom mais expansivo que sua música Sofa' (Chiara Civello, Ana Carolina e Diana Tejera, 2010) - cantada por Preta Gil em português na versão intitulada Batom - resiste bem fora do universo festivo. Tal expansão foi mantida no último número, Got to go (Chiara Civello e Jesse Harris, 2012). No bis de tonalidade mais íntima, feito por Chiara à sós com seu violão, os sucessos italianos Il mondo (Jimmy Fontana, 1965) e Io che amo solo te (Sergio Endrigo, 1962) reiteraram o afeto passional que liga o cancioneiro do Brasil à música do país da artista. Traço que propicia a Chiara transitar com naturalidade nessa ponte Brasil-Itália com um canto que jamais sai do tom, embora não tenha um toque mais pessoal que identifique Chiara Civello de imediato neste (já populoso...) país de cantoras.
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ResponderExcluirFaltou citar a primeira parceria da Chiara com a Ana, grande sucesso das duas que esteve inclusive na trilha de Passione: Resta e 8 Storie, mais uma das mais de 20 músicas que já compuseram juntas.
ResponderExcluirA verdade é que ela e a música dela vêm conquistando cada dia mais o Brasil.
Ah, e quem critica é por outras razões que não vou citar aqui... O talento e o conhecimento musical dela são inegáveis e perceptíveis. Berklee "deve" ser uma boa escola de música, não?! ;)
ResponderExcluirChiara Civello é uma cantora "plural", se tenho orgulho de alguma coisa, é de ser fã dela! A mistura de ritmos e a genialidade com que ela faz suas músicas, é incrível. Estou aguardando mais uma oportunidade para ir em outro show, pois a musicalidade que Chiara tem, é a melhor! <3 Parabéns Mauro, arrasou!
ResponderExcluirTambém gosto da voz dela mas acho que falta realmente um pouco de personalidade no estilo. Ouvi o 7752 todo mas não consegui observar grandes destaques ou superioridade em relaçao as versoes em portugues da Ana. Acho inclusive meio chatinho o tom jazzy que ela aborda a maioria das cançoes. Ela tem talento e qualidade, mas para o meu gosto musical é dispensável.
ResponderExcluirChiara civello chegou para ficar. Cantora e compositora talentosa e versátil, com músicas envolventes executadas com muita emoçã, cativa a todos com seu jeito simples e muito amável....sejam fãs ou apenas novos expectadores, é uma linda mulher que também agrada a vista...canta e encanta.
ResponderExcluirChiara civello chegou para ficar. Cantora e compositora talentosa e versátil, com músicas envolventes executadas com muita emoçã, cativa a todos com seu jeito simples e muito amável....sejam fãs ou apenas novos expectadores, é uma linda mulher que também agrada a vista...canta e encanta.
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ResponderExcluirChiara é completa! Não deixa a desejar em nenhum aspecto. Tem uma voz aveludada que conforta todo e qualquer tipo de ouvidos e corações. Extremamente talentosa ao empunhar o violão e ao ressoar seu piano. A visceralidade nas composições, os sentimentos expostos em forma de poesia... Tudo! A mulher é fantástica! Tem um carisma enorme e uma paixão imensa pelo seu trabalho, sabemos que ela faz música de corpo, alma e coração. Me orgulho imensamente de carregá-la no meu peito e agradeço imensamente à ela por ser quem ela é, do jeito dela!
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