Fagner e Zeca Baleiro se reencontraram no palco do Theatro Muncipal de São Paulo, na noite de 18 de maio de 2013, dez anos após lançarem (bom) álbum em dupla, Raimundo Fagner & Zeca Baleiro (Indie Records, 2003). A reunião aconteceu no show em que Fagner revisitou seu primeiro álbum, Manera Fru Fru, manera - "O último pau-de-arara" (Philips, 1973), 40 anos após a edição do disco que deu impulso à carreira do então iniciante cantor e compositor cearense, embora de início tenha sido um fracasso comercial, vendendo somente cerca de cinco mil cópias. Produzido por Thiago Marques Luiz, com projeções de imagens da época por Paulo Neto, o show foi gravado ao vivo pelo Canal Brasil para ser exibido na TV e para possibilitar a posterior edição do DVD Manera Fru Fru, Manera - 40 anos depois. Baleiro se uniu a Fagner em Serenou na madrugada (tema folclórico adaptado por Fagner), em Tambores (Raimundo Fagner e Ronaldo Bastos) e em Cavalo Ferro (Raimundo Fagner e Ricardo Bezerra). Música lançada por Fagner em compacto de 1972, Cavalo ferro não fazia parte do repertório original do LP, mas entrou a partir de edição de 1979 para substituir a faixa Canteiros (Fagner sobre um poema de Cecília Meirelles), então alvo de pendenga judicial entre o artista e os herdeiros da poeta carioca Cecília Meirelles (1901-1964) que somente se encerraria em 1999. A propósito, por impedimento judicial de gravar músicas do compositor cearense Petrúcio Maia (1947-1994), Fagner teve que excluir do roteiro a faixa Pé de sonhos, parceria de Petrúcio com Brandão. Eis o roteiro seguido por Fagner - com Zeca Baleiro na foto de Mauro Ferreira - no show Manera Fru Fru, manera - 40 anos depois, apresentado em São Paulo (SP), dentro da programação da Virada Cultural 2013, sob a direção musical do baixista Fernando Nunes:
1. Moto 1 (Raimundo Fagner e Belchior, 1973)
2. Sina (Raimundo Fagner, Ricardo Bezerra e Patativa do Assaré, 1973)
3. Nasci para chorar (Born to cry) (Dion DiMucci em versão de Erasmo Carlos, 1964)
4. O último pau-de-arara (José Guimarães, Corumba e Venâncio, 1956)
5. Mucuripe (Raimundo Fagner e Belchior, 1972)
6. Como se fosse (Raimundo Fagner e Capinam, 1973)
7. Penas do tiê (Você) (Hekel Tavares e Nair Mesquita, 1928)
8. Serenou na madrugada (Tema do folclore adaptado por Fagner, 1973) - com Zeca Baleiro
9. Tambores (Raimundo Fagner e Ronaldo Bastos, 1973) - com Zeca Baleiro
10. Canteiros (Raimundo Fagner sobre poema de Cecília Meirelles, 1973)
11. Manera Fru Fru, manera (Raimundo Fagner e Ricardo Bezerra, 1973)
Bis:
12. Revelação (Clodô e Clésio, 1978)
13. Noturno (Graco e Caio Silvio, 1979)
14. Borbulhas de amor (Juan Luis Guerra em versão de Ferreira Gullar, 1991)
15. Cavalo ferro (Raimundo Fagner e Ricardo Bezera, 1972) - com Zeca Baleiro
Bis 2:
16. Quem me levará sou eu (Dominguinhos e Manduka, 1979)
17. Jura secreta (Sueli Costa e Abel Silva, 1977)
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