Mauro Ferreira no G1

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quarta-feira, 22 de maio de 2013

Dylan à parte, primeiro álbum de Jake Bugg revela inspirado compositor

Resenha de CD
Título: Jake Bugg
Artista: Jake Bugg
Gravadora: Mercury Records / Universal Music
Cotação: * * * * 1/2

Sim, é impossível dissociar o folk vintage de Jake Bugg do som de Bob Dylan nos anos 60. Basta ouvir a irresistível Lightning bolt (Jake Bugg e Iaim Archer) - a primeira das 14 faixas autorais do primeiro álbum deste cantor e compositor britânico de 19 anos - para fazer o link. Tal conexão se refaz e salta aos ouvidos de imediato ao longo do disco, em especial em músicas como Trouble town (Jake Bugg e Iaim Archer) e Note to self (Jake Bugg e Iaim Archer). Até porque o canto anasalado de Bugg também evoca o estilo vocal do cantor e compositor norte-americano. Contudo, o CD Jake Bugg (2012) - recém-lançado no Brasil via gravadora Universal Music - mostra que, acima de qualquer comparação, paira o talento de Bugg como compositor. Não é sempre que um artista desponta em disco com uma safra autoral tão inspirada. O cancioneiro de Bugg é de excelente nível. Basta ouvir a belíssima balada Broken (Jake Bugg e Crispin Hunt) para perceber que o rapaz é hábil na arte de fazer música. Jake Bugg, o disco, se sustenta bem ao longo de seus quase 40 minutos. Baladas como Slide e Ballad of Mr. Jones - ambas compostas por Bugg com seu parceiro mais frequente, o irlandês Aim Archer - se harmonizam com folk rocks como Taste it (Jake Bugg e Iaim Archer) e Seen it all (Jake Bugg e Iaim Archer) numa atmosfera retrô da qual Dylan parece ser a maior referência, mas não a única. Two fingers (Jake Bugg e Iaim Archer) tem um clima que evoca o pop rock da fase inicial dos Beatles. Enfim, Jake Bugg debuta com grande disco. Resta torcer para que o jovem talentoso artista consiga delinear sua identidade musical com mais nitidez nos próximos álbuns.

Um comentário:

Mauro Ferreira disse...

Sim, é impossível dissociar o folk vintage de Jake Bugg do som de Bob Dylan nos anos 60. Basta ouvir a irresistível Lightning bolt (Jake Bugg e Iaim Archer) - a primeira das 14 faixas autorais do primeiro álbum deste cantor e compositor britânico de 19 anos - para fazer o link. Tal conexão se refaz e salta aos ouvidos de imediato ao longo do disco, em especial em músicas como Trouble town (Jake Bugg e Iaim Archer) e Note to self (Jake Bugg e Iaim Archer). Até porque o canto anasalado de Bugg também evoca o estilo vocal do cantor e compositor norte-americano. Contudo, o álbum Jake Bugg - recém-lançado no Brasil pela gravadora Universal Music - mostra que, acima de qualquer comparação, paira o talento de Bugg como compositor. Não é sempre que um artista desponta em disco com uma safra autoral tão inspirada. O cancioneiro de Bugg é de excelente nível. Basta ouvir a belíssima balada Broken (Jake Bugg e Crispin Hunt) para perceber que o rapaz é hábil na arte de fazer música. Jake Bugg, o disco, se sustenta bem ao longo de seus quase 40 minutos. Baladas como Slide e Ballad of Mr. Jones - ambas compostas por Bugg com seu parceiro mais frequente, o irlandês Aim Archer - se harmonizam com folk rocks como Taste it (Jake Bugg e Iaim Archer) e Seen it all (Jake Bugg e Iaim Archer) numa atmosfera retrô da qual Dylan parece ser a maior referência, mas não a única. Two fingers (Jake Bugg e Iaim Archer) tem um clima que evoca o pop rock da fase inicial dos Beatles. Enfim, Jake Bugg debuta com grande disco. Resta torcer para que o jovem talentoso artista consiga delinear sua identidade musical com mais nitidez nos próximos álbuns.