Título: Save rock and roll
Artista: Fall Out Boy
Gravadora: Island Records / Universal Music
Cotação: * * 1/2
O título do quinto álbum de estúdio do Fall Out Boy, Save rock and roll, soaria pretensioso até em disco de banda do quilate do U2. No CD de um quarteto de pop punk associado ao adolescente universo emo, tal título beira a insanidade. Até porque Save rock and roll mostra que o Fall Out Boy não salva nem a si mesmo neste CD produzido por Butch Walker com os quatro integrantes do grupo norte-americano. O álbum começa muito bem - com The phoenix e My songs know what you did in the dark (Light em up), dois rocks de aura pop com refrão e energia contagiantes - mas, a partir da terceira das 11 faixas, a energia começa a se dissipar. Embora haja pepitas dispersas no meio do inédito repertório autoral, sobretudo Death valley (faixa calcada nos violões com pegada firme, capaz de incendiar arenas), Save rock and roll soa irregular e frustra expectativas. Afinal, o sucessor de Folie a deux (2008) é o primeiro álbum do Fall Out Boy após o hiato anunciado em novembro de 2009. De lá para cá, o vocalista Patrick Stump se aventurou em controvertida carreira solo e o baixista Pete Wentz virou DJ enquanto o baterista Andy Hurley e o guitarista Joe Trohman se exercitaram em outros grupos. Contudo, em essência, as experiências individuais dos integrantes do Fall Out Boy ao longo do recesso pouco ou nada acrescentaram ao som da banda. Gravado com adesões de Big Sean (rap em The mighty fall) e Courtney Love (em Rat a tat), Save rock and roll é álbum até certo ponto previsível por gravitar em torno do habitual universo do Fall Out Boy. Nem a inusitada intervenção de Elton John na ótima música-título - Save rock and roll, um hino épico à moda do Queen - atenua a impressão de o quinto álbum do Fall Out Boy nada avança em relação ao anterior Folie a deux, ainda que tenha uns quatro rocks de irresistível aura pop. No todo, Save rock and roll não traduz em som a expressiva imagem da capa, que mostra dois garotos de mundo distintos (um punk e um monge) de mãos dadas, sinalizando que, apesar da inevitável colisão entre o velho e o novo, a tradição pode se alinhar com a mudança em harmonia. Faltou o novo, a mudança propriamente dita, em Save rock and roll.
3 comentários:
O título do quinto álbum de estúdio do Fall Out Boy, Save rock and roll, soaria pretensioso até em disco de banda do quilate do U2. No CD de um quarteto de pop punk associado ao adolescente universo emo, tal título beira a insanidade. Até porque Save rock and roll mostra que o Fall Out Boy não salva nem a si mesmo neste CD produzido por Butch Walker com os quatro integrantes do grupo norte-americano. O álbum começa muito bem - com The phoenix e My songs know what you did in the dark (Light em up), dois rocks de aura pop com refrão e energia contagiantes - mas, a partir da terceira das 11 faixas, a energia começa a se dissipar. Embora haja pepitas dispersas no meio do inédito repertório autoral, sobretudo Death valley (faixa calcada nos violões com pegada firme, capaz de incendiar arenas), Save rock and roll soa irregular e frustra expectativas. Afinal, o sucessor de Folie a deux (2008) é o primeiro álbum do Fall Out Boy após o hiato anunciado em novembro de 2009. De lá para cá, o vocalista Patrick Stump se aventurou em controvertida carreira solo e o baixista Pete Wentz virou DJ enquanto o baterista Andy Hurley e o guitarista Joe Trohman se exercitaram em outros grupos. Contudo, em essência, as experiências individuais dos integrantes do Fall Out Boy ao longo do recesso pouco ou nada acrescentaram ao som da banda. Gravado com adesões de Big Sean (rap em The mighty fall) e Courtney Love (em Rat a tat), Save rock and roll é álbum até certo ponto previsível por gravitar em torno do habitual universo do Fall Out Boy. Nem a inusitada intervenção de Elton John na ótima música-título - Save rock and roll, um hino épico à moda do Queen - atenua a impressão de o quinto álbum do Fall Out Boy nada avança em relação ao anterior Folie a deux, ainda que tenha uns quatro rocks de irresistível aura pop. No todo, Save rock and roll não traduz em som a expressiva imagem da capa, que mostra dois garotos de mundo distintos (um punk e um monge) de mãos dadas, sinalizando que, apesar da inevitável colisão entre o velho e o novo, a tradição pode se alinhar com a mudança em harmonia. Faltou o novo, a mudança propriamente dita, em Save rock and roll.
Discordo completamente da crítica. Nem sou fã da banda mas achei o álbum excelente. The Phoenix e Light Em Up sao fantásticas, rocks contagiantes, que com sua alma pop estão de certa forma fazendo jus ao titulo do album e trazendo o rock and roll de volta aos charts (cada vez mais dominada por rappers e dj farofeiros). Sobre o resto do album, acho que um verso de The Phoenix traduz bem o espirito (I'll change you like a remix then I'll raise you like a phoenix). Eles quiseram misturar o rock a vários estilos diferentes como o soul folk da ótima Just One Yesterday e o surf rock de Young Volcanoes. Achei o album bem coeso e não enjoa. Daria 4 estrelas, mesmo porque as letras são bem superiores ao que se ouve por ai.
Eu não poderia descrever melhor o que os integrantes realmente quiseram fazer, quanto o Daniel, então muito obrigada. Eu sou fã, então posso dizer que conheço bem a intenção que cada um deles teve quanto ao título do álbum. Segundo o Patrick, save rock and roll veio para mostrar a diversidade dentro do gênero rock, nem tudo são pesadas notas de guitarra, barulho e gritaria. Mas pra quem estava esperando "PUNK DE VERDADE" O Pax.am.days está aí!
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