Dois anos após entrelaçar baião e choro em álbum intitulado Chora baião (2011), o pianista Antonio Adolfo se debruça sobre um repertório de jazz, mas sem tirar do ouvido os sons da música brasileira. É justamente a fusão do jazz com ritmos, tons e sentimentos do Brasil que guia o músico em Finas misturas, CD recém-lançado pelo selo AAM Music nos Estados Unidos - país no qual Adolfo se radicou há seis anos - com distribuição no mercado nacional via Sala de Som Records. Em Finas misturas, disco gravado no Rio de Janeiro (RJ) em dezembro de 2012, Adolfo alinha quatro temas de sua autoria - Balada (música composta nos anos 70), Floresta azul, Misturando (síntese do conceito do disco) e Três meninos (composição com toque de baião que poderia ter figurado no álbum anterior do músico) - entre músicas de gigantes do jazz, recriadas com o toque brasileiro do pianista. Adolfo bate na tecla da fusão do jazz com ritmos nacionais ao longo de todo o disco. Giant steps, tema do saxofonista norte-americano John Coltrane (1926 - 1967), ganha elementos de quadrilha, ritmo que anima as festas juninas do circuito do Nordeste do Brasil. Já Memories of tomorrow, música do pianista norte-americano Keith Jarret, é impregnada do sentimento da toada nacional enquanto Con alma, composição do trompetista norte-americano Dizzy Gillespie (1917-1993), é ambientada em clima de bossa nova. Por fim, um toque cool de samba tempera Time remembered, tema do pianista norte-americano Bill Evans (1929 - 1980). Guiado por sua piano, Adolfo gravou suas misturas finas na companhia dos músicos Claudio Spiewak (violão), Jorge Helder (baixo), Leo Amuedo (guitarra), Marcelo Martins (sax tenor e flauta) e Rafael Barata (bateria e percussão).
Guia jornalístico do mercado fonográfico brasileiro com resenhas de discos, críticas de shows e notícias diárias sobre futuros lançamentos de CDs e DVDs. Do pop à MPB. Do rock ao funk. Do axé ao jazz. Passando por samba, choro, sertanejo, soul, rap, blues, baião, música eletrônica e música erudita. Atualizado diariamente. É proibida a reprodução de qualquer texto ou foto deste site em veículo impresso ou digital - inclusive em redes sociais - sem a prévia autorização do editor Mauro Ferreira.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
3 comentários:
Dois anos após entrelaçar baião e choro em álbum intitulado Chora baião (2011), o pianista Antonio Adolfo se debruça sobre um repertório de jazz, mas sem tirar do ouvido os sons da música brasileira. É justamente a fusão do jazz com ritmos, tons e sentimentos do Brasil que guia o músico em Finas misturas, CD recém-lançado pelo selo AAM Music nos Estados Unidos - país no qual Adolfo se radicou há seis anos - com distribuição no mercado nacional via Sala de Som Records. Em Finas misturas, disco gravado no Rio de Janeiro (RJ) em dezembro de 2012, Adolfo alinha quatro temas de sua autoria - Balada (música composta nos anos 70), Floresta azul, Misturando (síntese do conceito do disco) e Três meninos (composição com toque de baião que poderia ter figurado no álbum anterior do músico) - entre músicas de gigantes do jazz, recriadas com o toque brasileiro do pianista. Adolfo bate na tecla da fusão do jazz com ritmos nacionais ao longo de todo o disco. Giant steps, tema do saxofonista norte-americano John Coltrane (1926 - 1967), ganha elementos de quadrilha, ritmo que anima as festas juninas do circuito do Nordeste do Brasil. Já Memories of tomorrow, música do pianista norte-americano Keith Jarret, é impregnada do sentimento da toada nacional enquanto Con alma, composição do trompetista norte-americano Dizzy Gillespie (1917-1993), é ambientada em clima de bossa nova. Por fim, um toque cool de samba tempera Time remembered, tema do pianista norte-americano Bill Evans (1929 - 1980). Guiado por sua piano, Adolfo gravou suas misturas finas na companhia dos músicos Claudio Spiewak (violão), Jorge Helder (baixo), Leo Amuedo (guitarra), Marcelo Martins (sax tenor e flauta) e Rafael Barata (bateria e percussão).
Ainda não vi o CD físico, mas espero que a edição da Sala de Som tenha sido mais cuidadosa dessa vez. Os outros CDs "estrangeiros" do Antonio Adolfo e da filha Carol Saboya foram lançados no Brasil pelo selo em embalagem pack sem encarte e com preços altíssimos. Daí é preferível ficar com a versão digital mesmo.
Tratam-se de Cds importados. No Brasil, apenas a distribuição é feita pela Saladesom Records.
Postar um comentário