Mauro Ferreira no G1

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quinta-feira, 9 de maio de 2013

Criôla balança ao traçar rota musical do Rio no CD 'Subúrbio bossanova'

Resenha de CD
Título: Subúrbio bossanova
Artista: Orquestra Criôla
Gravadora: Sem indicação
Cotação: * * 1/2

Criada pelo saxofonista e maestro Humberto Araújo no Rio de Janeiro (RJ), a Orquestra Criôla mapeia os sons e tons miscigenados de sua cidade natal ao longo das 12 músicas de seu recém-lançado primeiro CD, Subúrbio bossanova, produzido por Araújo com Rodrigo Campello. O samba predomina no repertório turbinado com o balanço afrolatino dos sopros da Criôla. Além de dar voz (opaca) à grande parte dos temas inéditos que compôs com parceiros como Claudio Jorge (Rio, meu amor e Onde o samba nasceu), João Cavalcanti (a música-título Subúrbio bossanova e Temporal, atemporal), Nei Lopes (Vacilou) e Paulo César Pinheiro (Quem é de samba e Zona Sul), Araújo recebe convidados na sua nostálgica travessia carioca. João Donato põe o toque caribenho de seu piano em Vacilou. Luiz Melodia põe sua voz aveludada no registro balançado de Carinhoso (Pixinguinha e João de Barro). Verônica Sabino sobe o morro sem ginga para cantar Favela (Padeirinho da Mangueira e Jorge Pessanha). Já Wilson das Neves está em casa ao defender Onde o samba nasceu. Além da batida do samba do subúrbio, rebobinada em atmosfera de salão, o álbum ambienta sucesso popular do cantor Reginaldo Rossi, Mon amor, meu bem, ma femme (Cleide), em clima de bossa nova. Nas letras das músicas, os compositores traçam painel da diversidade sonora do Rio de Janeiro. As melodias são menos sedutoras. A rigor, o suingue da Orquestra Criôla soa mais interessante do que o repertório criado por Humberto Araújo para a viagem, que tem o subúrbio como ponto inicial.

Um comentário:

Mauro Ferreira disse...

Criada pelo saxofonista e maestro Humberto Araújo no Rio de Janeiro (RJ), a Orquestra Criôla mapeia os sons e tons miscigenados de sua cidade natal ao longo das 12 músicas de seu recém-lançado primeiro CD, Subúrbio bossanova, produzido por Araújo com Rodrigo Campello. O samba predomina no repertório turbinado com o balanço afrolatino dos sopros da Criôla. Além de dar voz (opaca) à grande parte dos temas inéditos que compôs com parceiros como Claudio Jorge (Rio, meu amor e Onde o samba nasceu), João Cavalcanti (a música-título Subúrbio bossanova e Temporal, atemporal), Nei Lopes (Vacilou) e Paulo César Pinheiro (Quem é de samba e Zona Sul), Araújo recebe convidados na sua nostálgica travessia carioca. João Donato põe o toque caribenho de seu piano em Vacilou. Luiz Melodia põe sua voz aveludada no registro balançado de Carinhoso (Pixinguinha e João de Barro). Verônica Sabino sobe o morro sem ginga para cantar Favela (Padeirinho da Mangueira e Jorge Pessanha). Já Wilson das Neves está em casa ao defender Onde o samba nasceu. Além da batida do samba do subúrbio, rebobinada em atmosfera de salão, o álbum ambienta sucesso popular do cantor Reginaldo Rossi, Mon amor, meu bem, ma femme (Cleide), em clima de bossa nova. Nas letras das músicas, os compositores traçam painel da diversidade sonora do Rio de Janeiro. As melodias são menos sedutoras. A rigor, o suingue da Orquestra Criôla soa mais interessante do que o repertório criado por Humberto Araújo para a viagem que tem o subúrbio como ponto inicial.